O Retorno da Gula Coreana

Tradução: Teverrr

Revisão: Melão


Volume 1

Capítulo 35: Ao Paraíso (1)

Ao abrir os olhos pela manhã entrou em pânico. 

O sonho que teve fora bastante vívido e prazeroso, mas mesmo assim acordou com algo o pressionando. Quando viu Yun Seora dormindo entre os seus braços, deixou escapar um pequeno suspiro de susto. 

“Como é que ela faz isso sendo que a gente só se falou algumas vezes?!” 

Pensou em muitas coisas, mas logo percebeu que ele também a abraçava. Por alguma razão, pensou que o corpo daquela mulher era bastante confortável. 

—  Argh… 

Tentou levantar, mas a jovem o agarrou com ainda mais força, enfiando a cabeça contra o seu peitoral. 

“Pronto, pronto. O pai tá aqui. Não precisa se preocupar com nad…” 

Antes de conseguir concluir o pensamento, percebeu que estava dando tapinhas nas costas dela. 

“Que porra eu tô fazendo?” 

Quando encarou a hóspede mais uma vez, notou que ela estava esfregando as bochechas contra ele. 

“Isso aí é novidade…” 

Mesmo em pânico, ainda conseguiu levá-la de volta para a calma. Quando a cobriu, pôde ver Yi Seol-Ah, ao lado, toda esparramada, ainda dormindo. Foi então que entendeu o que aconteceu. 

Ah. Ela caiu da cama porque aquela outra ali ocupa todo o espaço. Deve ter sido chutada pra fora, coitada.” 

Riu vendo a situação que ambas se encontravam e colocou o cobertor por cima das duas. 

“Acho melhor eu dormir um pouco mais longe amanhã.” 

Mesmo que sem intenção, fez algo que não devia. Se Yoo Seonhwa descobrisse, o quão triste ficaria? 

—  Tsc.  

No mesmo instante, percebeu que estava enganado. Esse relacionamento já tinha acabado há muito tempo. O problema é que ele não conseguia esquecê-la. 

“Espero que Seonhwa esteja bem…” 

À medida que caminhava para o banheiro, passou a sentir um peso em seus ombros. Ou seria no coração? 

Na manhã seguinte… 

Quando acordou, ficou surpreso. Tinha sentido o peito um pouco pesado, mas logo que abriu os olhos encontrou Yun Seora o abraçando. Não entendia o motivo dela estar ali, já que tinha se certificado de dormir mais afastado da cama. O pior, estava dormindo em um sofá. Logo, mesmo que fosse chutada para o chão… 

“Será que ela é sonâmbula?” 

Com medo da reação dela caso acordasse, Seol se levantou com muita calma. 

“Eu tenho que achar um lugar mais seguro pra dormir mais tarde…” 

À noite, decidiu que esse lugar seria o banheiro. Como o seu quarto era enorme e luxuoso, o banheiro era um local confortável o suficiente para que conseguisse adormecer. O melhor, havia uma tranca na porta, então ninguém conseguiria entrar. 

Na manhã seguinte. 

Finalmente pôde despertar sem ninguém ao seu lado. 

“Acho que vou começar a dormir aqui.” 

Como aquele cômodo era gigante e muito limpo, não se importava de ficar ali. Ao levantar, espreguiçou um pouco e olhou na direção da porta. 

—  CARALHO?!  — gritou, assustado. — Q-que porra é essa?! 

Yun Seora estava com o rosto colado no vidro e os olhos arregalados, sem a menor consciência. 

 

***

 

E então duas semanas se passaram desde que o treino começou. 

—  Dez minutos de intervalo. 

Assim que Agnes deu permissão, o som de pessoas caindo no chão ressoou por toda a academia do terceiro andar. Enquanto olhava para Yi Seol-Ah massageando as coxas, começou a refletir enquanto coçava o queixo. 

“Ela é melhor do que eu esperava.” 

No começo, a treinadora pensava naquilo como uma boa diversão para passar o tempo livre. No entanto, com o tempo, aquela opinião mudou. Aquela menina se encaixava muito bem como uma Arqueira. Talvez porque já tivesse competido em corridas, mas a sua agilidade e concentração eram muito boas. Além disso, ela aprendia rápido. Tal classe deve ter uma destreza muito alta em várias habilidades. Nesse quesito, a compatibilidade era quase perfeita. 

“Não sei quem a convidou, mas essa pessoa achou um diamante bruto.”

Se fosse bem treinada, poderia se tornar alguém de Ranking Alto. Ao final dessa avaliação, a empregada passou a encarar Yun Seora, que estava arfando de cansaço. 

“Agora pra essa aí eu não tenho certeza.”

Esse pensamento não era para o lado negativo, e sim para o positivo. Podia imaginar como seria o futuro de Yi Seol-Ah, mas isso era quase impossível para a outra. 

“A sua condição física aumenta muito rápido e os talentos que ela tem são ainda melhores. Talvez possa ser uma Ranking Único?” 

Achou melhor parar. Deu um sorriso irônico e percebeu que os seus pensamentos estavam muito à frente. Ser um Ranking Alto já era difícil, mas Ranking Único era algo para muito poucos. 

—  Instrutora? 

Aquela voz a trouxe de volta. Virou-se e viu Yi Sungjin olhando ensopado de suor. 

—  Oi? 

—  Uhmm, que negócio é esse de “ursinho de pelúcia”? 

— Não sei. Do que você está falando? — respondeu após respirar fundo e se acalmar. 

—  Sério? Estranho. Seol Hyung disse que… 

—  O que é estranho? — perguntou após ouvi-lo sussurrando para si mesmo. 

—  É que o Seol Hyung me falou que se eu dissesse “ursinho de pelúcia” você iria ficar rindo. 

De repente, um som de dentes sendo cerrados saiu da boca de Agnes. Até mesmo as outras duas mulheres estavam olhando curiosas para a empregada. Também haviam escutado algo parecido. 

—  Eu tinha ouvido que era pra falar “lilás”. 

Ah, é? Eu ouvi que era pra falar só “ursinho de pelúcia”. 

—  Não percam o seu tempo pensando em coisas tão sem sentido — respondeu sem nem piscar os olhos. Na sua mente, já tinha matado Seol algumas vezes. —  À propósito, vocês sabem onde ele pode estar agora? 

—  O Hyung? Ele deve tá fazendo umas missões com o time dele. 

—  Entendi. Vou conversar um pouco com ele depois. Enquanto isso a gente volta a treinar — disse a instrutora, estalando os dedos da mão e deixando Yi Sungjin um pouco confuso com aquela atitude. 

À noite. 

Três deles… 

—  Eu!! 

SOCO!! SOCO!! SOCO!! 

—  Te disse!! 

—  Ai?! Agnes?! E-espera um pouco. 

—  Pra não!! Exagerar!! 

—  Para! Agnes!! 

—  Por sua causa!! O Pseudônimo!! Na minha Janela de Status!! 

—  Ai!! Para! 

—  Você!! Tem ideia!! De como ficou?! 

—  P-para!! Desculpa!! 

 

*** 

 

Depois do trio ter quase terminado o treino físico e já estarem familiarizados com as suas Habilidades de Classe e aplicação de mana, a empregada sugeriu que treinassem pela manhã e completassem missões pela tarde de agora em diante. Mesmo sem estarem prontos, ela tinha feito o seu máximo para treiná-los no curto período que teve. No entanto, como Seol sempre fornecia poções de Competência e outros suplementos, os resultados até que eram bons. Além disso, já deviam começar a se acostumar ao combate, mesmo que as condições não fossem as ideais.

Nesse dia, Seol comprou equipamentos para todos. Planejava gastar 10000 pontos para cada, mas, infelizmente, acabou encontrando Aragaki Yuzuha de novo, que fez com que as despesas superassem o limite de 30000 como se isso não fosse nada. Se não contasse o desconto de 30%, teria investido 43000 pontos. 

Yi Seol-Ah pulava como uma criança. Yun Seora achou as armaduras usadas no Paraíso um pouco estranhas, então continuou procurando algo. Ela até pegou uma espada longa e a brandiu, o que deixou o Marca de Ouro impressionado com tamanha proficiência. 

Mesmo que com aquele valor pudesse comprar um Elixir Divino, ele não se importou. Muito pelo contrário, sentia-se até aliviado. 

“Acho que agora já deu.” 

Agnes se certificou de que os três recebessem treino o suficiente, então tudo que devia fazer era ficar ao lado deles quando fossem completar uma missão. Pensou em ajudá-los em umas três ou quatro de dificuldade “Normal”, o suficiente para que se acostumassem ao combate. Imaginou também que, talvez, o caça-talentos que Kim Hannah mencionou não ficasse muito feliz com ele seguindo a sua grande esperança, Yun Seora. 

“É, acho que tá na hora deles se virarem sozinhos.” 

Estava prestes a sugerir para que o trio fosse procurar alguns pergaminhos, mas percebeu que algo não se encaixava. Quando olhou em volta, viu uma certa mulher oriental os encarando de longe. Porém, aquele olhar não era nem um pouco amigável. 

“Quem é ela? E por que ela…? 

Mesmo que não se lembrasse, aquele rosto parecia familiar. Quase podia se lembrar de quem era. A encarou por um bom tempo antes de lembrar o que Han, o Guia, havia dito meses atrás. 

—  Foi fácil calcular os pontos da senhorita Oh Minyoung… 

“Ah.”  

Era a mulher que quase não passou no Tutorial. Fora a última a chegar naquela pequena cerimônia de contagem do número de modas. Ela não apenas estava viva, mas parecia ter conseguido umas boas recompensas pela armadura que vestia. Contudo, ele não conseguia entender o motivo daquele olhar ameaçador. Pouco tempo depois, ela se virou e foi embora. Ativou o “Nove Olhos” e levou um susto. Oh Minyoung emanava uma cor amarelada. 

“Será que eu deixo ela ir mesmo?” 

Podia não ser nada, mas mesmo assim ficou preocupado. Kang Seok também já não tinha emitido coloração parecida? No mínimo ela devia estar planejando alguma coisa. 

Ajudou o trio a completar as primeiras missões e, sem ninguém saber, chamou Hyun Sangmin para conversar. 

 

***

 

 

Depois de se juntar àquele time, Delphine e os outros integrantes do grupo conseguiam completar qualquer missão que tentassem. Em certo momento, decidiram tentar a mais desafiadora disponível dentre as “Muito Difíceis”. Assim, pela primeira vez, quase perderam um dos seus integrantes. 

Um Sprite era uma criatura demoníaca parecida com uma fada. Era coberta em um vestido feito de grama com cerca de metade da altura de uma mulher adulta e coberta de asas draconídeas saindo das costas. A aparência fora de combate possuía uma beleza ímpar, mas assim que a batalha começou, puderam presenciar o quão cruel e sinistro tal ser era. 

Uma das coisas mais irritantes sobre aquele monstro era que ele ficava usando ataques de longa distância do outro lado da ponte. Três ou quatro não teriam os incomodado. No entanto, projéteis que lembravam raios e flechas eram atirados a todo momento. Para piorar, a criatura sabia como lançar feitiços de vento que eram quase como uma cópia do tornado que a Maga do time usava. A Sprite até mesmo usava dardos disparados de balistas para atacá-los. 

Para piorar, vários obstáculos e barricadas foram colocadas na ponte, formando um zigue-zague, o que dificultou ainda mais o caminho. 

Tinham escolhido a tática de confiarem na barreira de proteção feita pelo Sacerdote e avançaram à medida que conseguiam se livrar dos empecilhos que encontravam. Porém, em certo ponto, o encanto se desfez, deixando-os em uma situação muito perigosa. Hao Win tinha se preparado para esse desfecho e usou o grande escudo que tinha para protegê-los, mas foi arrastado para longe logo que aquela besta usou a magia de vento que possuía. 

Seol e Tong Chai tentaram resgatar o companheiro enquanto o outro arqueiro do grupo ficava responsável pela cobertura, desviando a atenção do inimigo. Após cobrir os três, Leorda  usou a imensa agilidade que tinha para escalar pelos obstáculos, mas logo um dos dardos disparados das balistas atingiu o seu estômago. Naquele momento, Seol já tinha tirado o outro Guerreiro do grupo do perigo imediato. Assim, pôde se concentrar em levar o companheiro ferido para um local mais seguro. 

As feridas eram bem sérias; as escleras dele estavam saltadas e o corpo tremia. Delphine usou o frasco de uma das poções de cura super caras que tinha comprado para ajudar. Se não fosse pelas duas camadas de armadura terem absorvido parte do impacto, nem mesmo a poção e a magia de cura que utilizaram seria o suficiente para salvá-lo. 

A situação estava crítica. Porém, inesperadamente, Seol conseguiu bolar um plano — usou as bolas de feitiço que estava guardando para emergências. A primeira que arremessou era a “Névoa Venenosa”; das seis que restavam, ele jogou três, dando bastante dano ao inimigo. Essa abertura era a chance que precisavam para agir. Avançaram com todas as forças que tinham e conseguiram cruzar a ponte. Tiveram muita sorte, pois ninguém havia considerado a possibilidade da Sprite ser fraca contra veneno.

Leorda cerrava os dentes enquanto corria passando pela criatura que quase o matou, a qual tossia e chiava em desespero.. 

Ao conseguirem emboscar aquele demônio, ele pediu para que os outros esperassem um minuto ou dois para completarem a missão, pois queria se vingar. Então, caminhou em direção à Sprite, amarrando-a na balista. 

Vendo o companheiro encher o inimigo de tapas, xingamentos e chutes, Seol teve uma estranha sensação de dèja vu. 

— Caralho, a gente quase se ferrou muito nessa, né? — disse Hao Win, caminhando e se sentando ao lado do Marca de Ouro. 

—  Não nos preparamos do jeito que deveríamos. — Ao proferir essas palavras, a expressão no rosto de Delphine era muito séria. 

— Sim. A gente pensou que conseguiria, já que não tinha muita informação disponível sobre essa missão, mas, porra, foi complicado. 

—  Acho melhor aprender alguns feitiços de defesa. Pensei que não teria problema investir só nos de ataque, já que temos um Sacerdote… — Ela deu de ombros. Ainda não conseguia esquecer a visão das chamas da sua magia de fogo sendo apagadas sem muita dificuldade pela magia de vento da Sprite. 

—  Boa ideia. Criar Barreiras pode deixar nossa vida mais fácil — concordou o chinês. — Eu acho que vou trocar toda a minha armadura por uma de metal. Já que eu tenho uns pontos pra gastar, devo comprar uns escudos melhores também. 

—  Você quer comprar dois escudos? 

—  Sim. A minha função é de proteção e o principal objetivo dessa missão era cruzar a ponte do jeito mais seguro possível. —  O que ele disse fazia sentido; o inimigo era muito difícil à longa distância, mas assim que se aproximaram, a batalha ficou muito mais fácil. 

—  Concordo. Cruzar a ponte foi difícil para caralho, mas a real é que a gente só precisa fazer com que o Seol chegue do outro lado, né não? 

—  Tô achando que não é bem assim. A luta corpo-a-corpo deve ter sido bem mais fácil porque o oponente já tava enfraquecido pelo veneno. 

—  Hmm, você ainda tem algumas dessas bolas de feitiços? 

—  Tenho três sobrando, mas nenhuma é de Névoa Venenosa. 

—  Então isso é outra coisa pra eu me preocupar. Eu só posso aprender feitiços de veneno quando estiver no nível 2… — falou em uma voz preocupada e, logo depois, lambeu os lábios. 

—  Vamos parar de fazer missões hoje então. Vamos comprar algumas coisas melhores nas lojas e tentar de novo amanhã. Como agora já dá pra gente saber o que esperar, não deve ser tão difícil ficarmos mais preparados. 

No meio da discussão do grupo em como melhorar as estratégias de batalha, ouviram um grito vindo atrás deles. O Sprite estava tentando escapar desesperadamente. Vendo aquilo, Tong Chai levantou a mão para estimular Leorda a continuar. 

—  Vai! Mostra pra esse bicho quem manda nessa porra! 

—  Relaxa! Ela vai sofrer! — gritou em resposta sem nem se preocupar em olhar para trás antes de arrancar as asas da criatura. 

—  Beleza. Vamos parar por aqui — disse Hao Win. Logo depois, ele limpou a garganta com uma tosse falsa. — E como tá indo a sua amiga? 

Estava pensando no que comprar, então foi pego de surpresa. Arregalou os olhos em confusão. 

—  Opa, opa, opa, opa. Por que ficou todo escabreado assim do nada? Leorda vai se divertir ali ainda, então por que não aproveitamos o tempo pra você contar o que aconteceu até agora? O que vocês fizeram até agora.

—  C-como assim? Fizemos o quê? 

—  Tá fingindo que não me entende? Olha aqui, cara. Como alguém que te ajudou, eu tenho direito em saber do progresso do seu romance. 

—  R-romance? V-você tá falando da senhorita Seora? 

—  Isso mesmo! Dela! — Ele deu um sorriso suspeito. — No mínimo uma sugada, né?

—  G-glub glub? Quer dizer, um b-beijo? 

—  Nãããão. — Grunhiu e logo respondeu. —  Isso é um smach, tô falando de glub glub. Sabe? Glub glub glub glub!!

Quando Hao Win começou a forçar a bochecha com a língua, Seol saiu correndo para tapar a boca dele e lançar um olhar para Odelette Delphine. Tinha muitos motivos para ela não achar aquela conversa muito agradável. 

—  Do quê é que vocês tão falando? O que é? Me contaaa! — Porém, a garota séria de segundos atrás não estava mais ali e ela logo voltou a ser a adolescente entusiasmada. 

—  S-senhorita Delphine… 

—  Eu posso não parecer, mas entendo rápido. Me conta a história! — Ao pedir, ela se aproximou dos dois. 

Ficou nervoso. Na verdade, estava preocupado com algumas coisas e não se importaria de discuti-las com os outros. 

—  É que a senhorita Seora começou a ficar um pouco estranha desde hoje à tarde… 

—  Estranha como? 

—  Teve uma vez que eu acordei de manhã e ela tava dormindo nos meus braços. 

—  Opaaa! — O chinês deixou escapar uma expressão de admiração. 

—  E aí? O que aconteceu depois? — perguntou a maga, curiosa para saber. 

—  Eu pensei que ela só tinha dormido mal, então levei ela de volta pra cama. 

—  Que porra? Mano, tu é? Pelo que você contou acho que tá bem na cara… 

—  Concordo com ele. Não gosto de cabaços. 

—  N-não. Não é bem assim… —  Tossiu e logo continuou contando a história. — De qualquer forma, eu dormi no sofá na noite seguinte. Mas eu acordei e ela tava dormindo em cima de mim. 

—  É, tá acontecendo. Tá mesmo acontecendo.  

—  Não vem me dizer que levou ela pra cama de novo. Se você falar que sim, vou sair espalhando pra todo mundo que você é tchola. 

“Qual é a desses dois?!” 

Com os dois comemorando a cada coisa que ele contava, Seol começou a ficar desmotivado em continuar a história. Chegou até a pensar que tinha sido muito burro em tentar discutir as suas preocupações com esse pessoal. 

—  É tipo um livro de romance! —  Tong Chai explodiu em uma risada. 

—  Talvez… — Sorriu um pouco, pensando que tinha achado alguém mais ou menos normal. 

—  E o que aconteceu depois? 

—  Oi? 

—  Tá disfarçando? Você começou a contar a história, agora vai terminar. 

“Esse cara também…” 

Encarou para o Arqueiro surpreso até que ele deu um longo suspiro.

—  Tá bom. Você sabe  criar suspense, né? Já entendi. Eu vou pagar. 

—  Como assim? 

—  Você tem que se sentir honrado por eu gastar meu próprio dinheiro em alguma coisa assim. 

Antes que pudesse pensar, apareceu um anúncio de que 100 Pontos de Sobrevivência tinham sido adicionados à sua conta.

—  Acho que isso deve dar, certo? Por favor, tô ansioso em saber o que vai acontecer depois, então conta logo. É muito mais interessante do que eu tinha pensado. 

—  Senhor Tong Chai. Eu tenho que perguntar, por que você me deu os seus pontos? 

—  Hmm? Não era isso que você queria dizer? Se quisermos que você conte o final da história, teríamos que comprar o resto — disse removendo o turbante. 

Se esqueceu do que queria dizer. 



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