Volume 1

Capítulo 15: Preenchi com Terra

— Senhor Hiel. Aqui está um pouco de água!

— Obrigado, Riena.

Depois de comer uma maçã assada perto da costa, Riena me entregou um copo de água — meu coração acelerava sempre que via seu belo rosto de perto — sim... eu não tinha nenhuma experiência com garotas.

Riena olhou para mim e sorriu; ela era boa na cozinha e gentil.

“Sinto que estou me tornando um ga… não, eu apenas a respeito muito.” Pensei enquanto balançava a cabeça, logo bebi a última gota d’água.

Então Varis disse: — Senhor Hiel. Sobre o plano de que falamos ontem…

Ah, sobre a expansão das terras ao redor da ilha?

— Sim. Espero sinceramente que você concorde com a expansão.

— Em outras palavras… você quer mais terras agrícolas?

— Certamente. Se tivéssemos Pedras Solares ilimitadas, poderíamos nos contentar com a plantação que temos agora. No entanto, as pedras não são um recurso infinito. Por isso, acho que será melhor criar mais terras.

Bem, aquilo tinha sido algo que eu estava atrasando propositalmente, pensando que conseguiríamos continuar só com aquela plantação de alguma forma. Entretanto, se assim continuasse, poderiamos ter problemas mais tarde. 

Riena continuou depois de Varis.

— Claro, a pequena plantação é suficiente para garantir comida a você, senhor Hiel. Talvez o resto de nós pudesse ficar com os peixes.

— Não. Como eu disse antes, devemos compartilhar tudo. Ainda assim

Aparentemente, estávamos nos aproximando da estação para o plantio de sementes. Se eu fosse fazer algo em relação a isso, deveria ser em breve.

Além disso, havia as crianças Goblins a considerar — elas gostavam de correr e brincar — até tinham um cantinho da ilha onde podiam fazer isso.

No entanto, muitos deles preferiam esportes mais atléticos, porém... claramente a ilha era pequena demais para isso. E as minas eram estreitas.

— Muito bem. Vamos fazer isso.

— Obrigado, senhor Hiel! Mas se você nos desse o material, poderíamos fazer isso…

— Isso levaria muito tempo. Deixe o trabalho de construção comigo.

Varis tinha criado os planos ontem; primeiro, eu tinha que tirar a área rochosa que seria preenchida, remover a água e despejar a areia…

Tudo isso levaria um grande tempo caso os Goblins fossem encarregados, e só tínhamos um único barco.

Logo, o rosto de Varis escureceu. Ele claramente não queria que eu fosse incomodado.

— Mas… isto é trabalho que deveríamos estar fazendo…

— Eu sou o senhor desta ilha. Eu tenho que ser aquele que trabalha ativamente para resolver os problemas aqui. E não é como se fosse um grande problema para mim. Quero comer boa comida tanto quanto o resto de vocês também.

Varis ponderou nisso por um momento e depois acenou com a cabeça.

— Senhor Hiel… Nesse caso, prometo cultivar colheitas que irão satisfazê-lo.

— Certo, estou ansioso por isso. Muito bem, vamos começar então.

Eu me levantei fortemente do chão. E então Riena, Varis, e Shell, me seguiram — Elvan me notou lá da ferraria, ele e Mappa estavam aparentemente fazendo machados e picaretas.

— Chefe? O que você vai fazer?

— Expandir a terra. Provavelmente haverá algumas ondas grandes, então você deve mandar os Goblins se afastarem da costa.

Ei! Todos vocês! Juntem-se aqui! — Elvan os chamou, todos se reuniram. E tudo estava pronto.

Levantei minha mão em direção ao mar e abri meu inventário. Primeiro, eu empilhei pedras para moldar a área que queríamos, e depois retirei a água — então derramei um pouco de areia junto das fe… do material vindo das Aranhas.

Como disse antes, eu não tinha nenhum conhecimento real sobre expansão. Isso tudo foi idéia de Varis; claro, o Xamã também não tinha experiência, aquilo tudo veio do livro que havia lido uma vez.

Normalmente, este era um trabalho que envolveria grandes navios, maquinaria pesada e muitas pessoas. Porém… isto o que eu faria agora, seria apenas um teste.

E assim usei o recurso de suporte que era a oficina, e comecei a criar blocos de pedra e areia — planejava por os blocos nas laterais — uma vez terminados, deixei-os cair no mar a partir do meu inventário.

Os blocos caíram no mar com um forte salpico.

Para os espectadores, pareceria que de repente pedras gigantes saíam da minha mão direita. Eu provavelmente parecia ridículo também.

Continuei fazendo isso até que elas fossem empilhadas a cerca de 3 metros acima da água, criando uma moldura sólida para a terra que eu queria preencher.

Só isso foi suficiente para que os Goblins levantassem suas vozes em surpresa. Mas, não era hora de pensar sobre isso, eu mal podia acreditar que era capaz de fazer tais coisas também.

“Minha crista não dever ser subestimada.”

Foi com tal pensamento em mente que terminei de criar a estrutura.

Em seguida, usei — Fluxo — um tipo de magia de água que me permitia controlá-la.

Assim, tirei toda a água para fora da moldura e a joguei no mar. Surpreendentemente, isso tudo aconteceu num piscar de olhos.

Eu vinha aumentando continuamente minha mana com cristais, mas, não esperava que fosse ficar tão forte… Segundo o Conselheiro, eu havia esvaziado uma área de água com cerca de 10.000m².

A partir de agora, nenhuma água do mar estava transbordando para dentro da estrutura — significava que as pedras estavam empilhadas bem juntas.

Portanto, comecei a derramar areia e pedra, após preencher o oco; em sua superfície, acrescentei o material das Aranhas.

No entanto, descobri que não tínhamos "material" suficiente para cobrir tudo. Assim, completei com pedras, afim de transformar o espaço extra em um pequeno campo — as crianças poderiam usá-lo.

— Bom… está tudo feito.

Eu suspirei e limpei o suor da minha testa. Os Goblins todos levantaram suas vozes e aplaudiram. As crianças começaram imediatamente a correr no novo campo.

— A-ainda pode ser perigoso… Vão com calma.

Depois de terem corrido pelo o novo espaço, as crianças Goblins viraram em minha direção e disseram: — Senhor Hiel! Obrigado!

— D-de nada... — Eu disse enquanto acenava para eles.

Sem realmente planejar, eu estava aos poucos começando a me tornar algo parecido com um lorde — um Senhorio amado por seu povo... 

— Senhor Hiel. Eu também devo agradecer a você! Prometemos fazer aqui uma grande plantação.

Eu me virei para ver Riena.

— Certo, estou ansioso por isso — falei com uma risada.

Logo depois… Com uma velocidade em que meus olhos não conseguiam acompanhar, Mappa desapareceu da minha vista — rapidamente fiz uma varredura na área e tentei descobrir para onde tinha ido — ele estava no céu.

Na verdade, era carregado pela boca de um pássaro gigante.

— MAAAPPPAAAaaa!!!

Enquanto eu gritava para o ar, o pássaro preto gigante cobria o céu sobre nossas cabeças.


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