O Primeiro Serafim Brasileira

Autor(a): Anosk


Volume 1

Capítulo 65: A Aprendiz e o Viajante

O Pilar do Vento se aproximou mais um pouco antes de parar e examinar todos do grupo e uma expressão levemente confusa tomou conta de seu rosto.

— Quando fui informado sobre a situação em Krimisha, imaginei que um dos heróis que “morreram” pudesse ser você, Sariel — disse em uma voz calma. — E é claro, não acreditei nem um pouco na sua morte.

Aegreon encarou Feng Ping e depois Sariel. Uma ideia percorreu sua mente, mas era muito cedo para pô-la em prática.

— Por que não está morto? — perguntou conforme dava um passo em direção ao Pilar do Vento. — E qual a relação entre vocês dois?

— Por que eu estaria morto, Shura? — rebateu tentando manter sua voz neutra, apesar de haver um leve resquício de repulsa quando a disse a palavra Shura. — E quanto sua segunda pergunta, eu deveria fazer o mesmo.

Luna observava a conversa em silêncio. Não fazia a menor ideia do que aconteceria a seguir, mas estava claro que havia uma grande tensão no ar no momento.

Contudo, era no mínimo curioso que Feng Ping não perguntou sobre ela no momento que se aproximou.

Shiina também estava tensa, já que ela tentou matar a aprendiz do Pilar do Vento.

— Feng Ping... — começou Sariel — por que está aqui?

Um breve silêncio se sucedeu após essa pergunta, quando o Pilar do Vento esboçou um sorriso quase imperceptível e se aproximou do viajante.

Agora que estava bem perto, era possível ver melhor suas roupas: Eram bem mais confortáveis e largas — cobrindo todo seu corpo e deixando apenas suas mãos e rosto expostos. Usava um colar — escondido por suas roupas — com uma grande pedra de Alteração, a mesma pedra que fazia sua lança flutuar próximo dele.

Sua lança era uma verdadeira obra prima: todo o cabo da arma era um dragão cinzento com ventos seguindo seu corpo, e o pomo era sua cabeça — que possuía uma barba, sinal de sua respeitosa idade e conhecimento.

Já a lâmina, tinha o formato de um poderoso e devastador tornado e era bem fina. Qualquer ferreiro sabia muito bem que curvar metal dessa maneira apenas seria viável para uma arma cerimonial e decorativa já que muito provavelmente quebraria em batalha — principalmente com aquela espessura —, mas este não era o caso da arma feita pelo Pilar do Vento.

— Por qual motivo além de vê-lo? — perguntou com um leve tom de companheirismo.

Após perceberem que Feng Ping não estava lá para exercer seus deveres como Pilar, Raymond, Shiina e Luna se aproximaram.

— Peço perdão pela intromissão, senhor — disse o guarda-costas ainda alertado pela presença do Pilar do Vento —, mas podem dizer o que está acontecendo?

— Vejo que não contou nada a eles — disse Feng Ping. — Bem, eu teria feito o mesmo.

— Feng Ping — insistiu Aegreon. — O que veio fazer?

Ao ouvir isso, o Pilar do Vento suspirou e disse: — Bem, suponho que devemos contar tudo, certo?

Sariel concordou com a cabeça e disse: — É melhor que eu comece explicando...

 

***

 

Um homem com cabelos pretos e médios, olhos azuis e roupas de viajante dirigia-se em direção às Montanhas Prateadas.

A estrada era feita de pedra, mas não havia muitas pessoas. Na verdade, o viajante apenas encontrou gente vindo pelo caminho oposto que se dirigia.

Sariel havia deixado seu reino na mesma noite que conheceu Kura, com Su-en — seu cavalo — sendo o seu grande parceiro nessa jornada.

Como o viajante era um Volátil, podia trocar seu elemento para Proteção e fortalecer as capacidades físicas e percorrer distâncias ainda maiores por dias sem sequer uma parada.

O plano original era ir direto para Fordurn, contudo, como Sariel sempre quis conhecer Feng Ping, ele aproveitou a oportunidade para ir até as Montanhas Prateadas.

Seria um pequeno desvio, mas não custaria muito tempo e o que aprenderia sobre Feng Ping e o Conselho seria extremamente valioso.

Já era bem conhecido ao redor de todo mundo que o Pilar do Vento não usava mais magia e não deixava seu reino a quase 16 anos, mas o motivo era desconhecido ao povo.

Estava anoitecendo, e Su-en respirava cada vez mais pesadamente, apesar de estar sempre fortalecido com magia.

— Sentindo-se cansado, amigo? — perguntou o viajante enquanto acariciava o pescoço do cavalo.

Su-en reclamou com um relincho.

Sariel sorriu e disse: — Tudo bem, vamos descansar então.

Os dois se afastaram da estrada e montaram um acampamento em uma clareira.

Já estavam perto do território das Montanhas Prateadas, por isso as árvores eram poucas e neve caia constantemente, dificultando o processo de acender uma fogueira.

Entretanto, isso não era um problema para um Volátil.

O viajante mudou seu elemento para Natureza e criou uma cabana feita de árvores, abrigando-o junto de seu cavalo.

Depois, usou alguns galhos e troncos que fez crescer com magia e os organizou no formato de uma fogueira, e em seguida mudou seu elemento para fogo e a acendeu.

Uma fogueira não seria necessária já que Sariel seria imune ao frio se trocasse seu elemento para Gelo, no entanto Su-en não era capaz do mesmo.

O viajante poderia até absorver o frio, mas isso apenas tornaria a temperatura tolerável para seu companheiro, e Sariel desejava que Su-en descansasse com conforto.

Aproveitando-se de sua versatilidade, o viajante criou várias frutas e as entregou ao seu companheiro, que as devorou em um instante.

— Ei, devagar — disse Sariel com um sorriso. — Vai se engasgar se comer rápido desse jeito.

Su-en reduziu um pouco a velocidade com que comia, apesar de ainda ser bem rápido.

O cavalo, assim que terminou de comer, empurrou gentilmente o viajante com sua cabeça.

Sabendo o que Su-en queria, Sariel fez carinho nele por um bom tempo, até que o cavalo repousou a cabeça no colo do viajante e adormeceu.

Ao perceber que seu amigo estava dormindo, Sariel deixou um pequeno suspiro escapar.

— Tenho sorte em possuir um físico resistente... Caso contrário acordaria com terríveis dores amanhã...

Movendo-se devagar para que não acordasse Su-en, o viajante repousou o corpo da maneira mais confortável que encontrara e dormiu.

No dia seguinte, ambos continuaram sua jornada até as Montanhas Prateadas, e a cordilheira já dominava toda a visão no lado direito.

O frio se tornava cada vez mais intenso e, para o azar do viajante, fazia uma forte nevasca.

Obviamente a nevasca não passava de uma brisa ao redor de Sariel, que absorvia o frio, caso contrário Su-en já estaria morto a um bom tempo.

Com o terreno subindo cada vez mais, luzes tímidas puderam ser avistadas ao longe.

Era um pequeno vilarejo com casebres feitos de madeira e quase cobertos na neve. Não havia ninguém caminhando no lado de fora, o que faz sentido considerando a forte nevasca.

O viajante se aproximou em ritmo constante até o vilarejo, quando algumas pessoas perceberam sua aproximação e imediatamente saíram de suas casas para auxiliá-lo, trazendo consigo cobertores, roupas de frio e pedras de Fogo.

Todas as pessoas vestiam kimonos bem grossos, possuiam olhos puxados e faziam um grande esforço para caminharem na neve.

— Aqui, senhor! Cubra-se! — ofereceu uma jovem mulher.

— Use estas pedras para se aquecer! — disse um homem enquanto oferecia pedras de Fogo. — Use-as em seu cavalo também!

— Vista isso, por favor! — disse uma senhora. — Está se sentido doente?

As vozes de todos estavam carregadas de preocupação, e seus rostos confirmavam isso.

Apesar de ser um completo estranho visitando um pequeno vilarejo, a primeira reação dos moradores fora oferecer ajuda a ele.

— Não se preocupem comigo, possuo elemento Gelo, portanto o frio não me afeta — acalmou Sariel. — Mas aceito que ajudem meu amigo.

Ao ouvir aquilo, a preocupação dos moradores reduziu um pouco, mas continuaram a insistir que o viajante se cobrisse.

Percebendo que suas palavras não convenceram muito, o viajante decidiu aceitar a ajuda, vestindo algumas roupas de frio e se cobrindo.

— É melhor que fique em minha casa — disse um homem jovem e de cabelos escuros curtos. — É mais bem aquecida.

— Agradeço a hospitalidade — agradeceu Sariel enquanto se curvava.

Após essa breve comoção, o viajante foi levado até um dos casebres que nada de diferente havia em comparação com as outras.

Apesar da aparência frágil, era um fato de que aquele casebre era resistente já que suportava o peso da neve acumulada no telhado e os fortes ventos.

Quando chegaram na entrada, havia uma mulher de cabelos também escuros e presos em um coque aguardando Sariel.

— Leve-o até a fogueira, por favor — disse o homem. — Levarei seu cavalo para um lugar quente, acompanhe minha esposa, por favor.

— Obrigado, chamo-me Sariel inclusive. — O viajante se curvou novamente.

— É um prazer, Sariel. Me chamo Suzuki, e esta é Yuri. — O homem também se curvou, acompanhado de sua esposa.

— Venha para dentro rápido, por favor — disse Yuri. — Ah, e tire seus sapatos, por favor.

O viajante adentrou a casa e tirou os calçados, deixando-os na entrada.

No interior, o chão era todo coberto com tatame e estava completamente limpo. As portas eram feitas de papel e madeira, portanto seria possível ver silhuetas de pessoas próximas delas. Também havia uma pequena fogueira estava acesa próximo de uma mesa com tigelas de madeira e hashis em cima, provavelmente era a cozinha.

Não havia nada que chamasse atenção, era uma simples casa típica das Montanhas Prateadas.

Yuri guiou Sariel até a fogueira — que havia um bule logo acima —, e o viajante se sentou próximo dela.

— O que veio fazer aqui? O inverno acabou de passar, então as nevascas ainda são muito fortes — disse a mulher. — Deveria ter esperado o verão, ou pelo menos não ter seguido o caminho pelas montanhas.

— Vim visitar o Pilar do Vento — respondeu Sariel.

— Ah, o mestre Feng Ping... — Yuri fez uma expressão sem jeito. — Sinto em informar, porém ele não aceita nenhum discípulo...

— Sei disso, mas desejo conhecê-lo de qualquer maneira.

— Entendo sua motivação, afinal mestre Feng Ping é conhecido no mundo todo, mas pelo que ouvi, você precisaria derrotar a aprendiz dele em uma batalha para ter a chance de vê-lo, e ela é bem forte.

— Mas ele não aceita nenhum aprendiz?

— Bem... ela é um caso especial por ser a filha do mestre dele, portanto é uma pessoa muito importante para mestre Ping.

— E como ela se chama? — perguntou o viajante.

— Yukinoshita Yuu.

Sariel permaneceu em silêncio por um tempo, como se tentasse decifrar algo.

— Yuu... com qual letra se escreve esse nome?

— Com a letra de “gentileza”.

— Ah, então Yukinoshita Yuu... Gentileza sob a neve?

Ao ouvir isso, uma expressão de surpresa tomou conta do rosto de Yuri, além de ter deixado escapar um suspiro de espanto.

— O senhor sabe nosso idioma? — perguntou a mulher.

— Um pouco — respondeu o viajante com um leve sorriso de orgulho por ter acertado sua tradução. — É uma língua que me fascina, apesar de haver caracteres demais.

— Entendo o que diz, muitos se sentem acanhados em aprender nossa língua por isso. Saber que você está praticando-a me deixa imensamente feliz! — Yuri se curvou para demonstrar seu respeito.

Yuri exibia um sorriso puro de gratidão, afinal de contas, as únicas pessoas que aprendiam a língua falada nas Montanhas Prateadas — além dos nativos — eram pesquisadores, já que existia a língua universal adotada por todos os reinos para lutar contra os anjos.

Enquanto ambos conversavam, a porta se abriu e Suzuki apareceu com suas roupas cheias de neve.

— Peço perdão pela demora — disse enquanto se curvava. — A nevasca piorou.

— Está tudo bem, agradeço por cuidar de Su-en.

— Su-en... então o senhor deve ser de Eribur?

— Exato.

Enquanto Suzuki e Sariel conversavam, Yuri removeu o bule da fogueira e o levou até a mesa, despejando a água quente em três copos de madeira.

— Peço perdão por minha intromissão, mas qual o motivo de sua visita ao nosso reino?

— Sariel-dono deseja conhecer mestre Feng Ping — disse Yuri enquanto oferecia um dos copos ao marido.

— Mestre Feng Ping? Peço perdão pelo que irei dizer, porém creio que não deveria fazer isso... — disse com preocupação.

Yuri levou um dos copos e entregou para o viajante.

— É chá, e está quente. Beba devagar — ofereceu com um sorriso.

— Agradeço. — Sariel pegou o copo com respeito. — E obrigado por sua preocupação comigo, mas sou mais forte do que pareço.

O viajante experimentou o chá, sorrindo e acenando com a cabeça para Yuri sinalizando de que estava saboroso.

— Não desconfio disso, senhor, contudo a aprendiz de mestre Ping é muito poderosa — explicou o homem. — Apenas digo isso para que não se decepcione depois.

Sariel sorriu ao ouvir isso e disse: — Está tudo bem, conheço a fama dos pilares, portanto não me arriscaria a fazer isso se não tivesse certeza de que pudesse vencer.

Suzuki pareceu querer continuar a argumentar, entretanto achou que seria inconveniente e desrespeitoso com os desejos de seu convidado, portanto desistiu.

— Tudo bem... mas pelo menos passe a noite até a nevasca enfraquecer. Poderá partir pela manhã, e temos um quarto extra — sugeriu com um leve tom de tristeza na voz.

— Neste caso, estou em suas mãos. — O viajante se curvou.

Depois disso, o casal preparou um jantar e os três comeram juntos. Sariel mencionou que não comia nada de origem animal antes, e felizmente Yuri sabia receitas e tinha os ingredientes para fazer algo compatível com os hábitos dele.

O casal ainda sugeriu que o viajante usasse talheres de outros reinos que possuíam guardados, já que nas Montanhas Prateadas usavam hashi, uma espécie de utensílio que consistia em dois pauzinhos compridos e eram usados para pegar a comida, mas Sariel preferiu respeitar os hábitos deles.

Em seguida, o viajante foi até o quarto vago. Não havia muita coisa além de um colchão no piso.

Contudo, Sariel percebeu algumas roupas pequenas, provavelmente eram roupas pertencentes a uma criança ou adolescente.

Sem dar muita intenção para isso, deitou-se e dormiu.

No dia seguinte, o viajante acordou cedo e se dirigiu até a cozinha e se deparou com o casal já preparando o café da manhã.

— Bom dia — cumprimento Yuri. — Seu futon estava confortável?

— Sim, agradeço a hospitalidade.

— Ainda bem, gostaria de se juntar a nós em nosso café da manhã? — perguntou Suzuki.

— Claro, ficaria honrado. — O viajante se curvou e comeu a refeição rapidamente, e logo em seguinte preparou-se para partir.

Quando estava prestes a partir, Suzuki se aproximou dele e disse: — Ah, irei buscar seu cavalo.

— Ah, poderia ficar com ele por mais algumas horas? — perguntou. — Não demorarei muito com Feng Ping.

— Ah, tudo bem... — respondeu Suzuki. — Mas tem certeza de que quer fazer isso?

— Não se preocupe — disse o viajante enquanto saia pela porta. — Ainda hoje retornarei.

— Certo...

Sariel deixou a casa e pisou na densa neve, mas antes de ir embora, se virou para Suzuki e disse: — Bem, estou indo.

— Vá com cuidado!

O viajante caminhou rapidamente enquanto Suzuki o observava de longe. Não demorou muito para que Sariel desaparecesse devido ao terreno e pela vasta quantidade de neve ao redor.

O aposento onde Feng Ping morava era relativamente distante dali, mas Sariel chegaria lá antes mesmo do fim da manhã.

Conforme caminhava, percebeu outras vilas bem distantes nas montanhas, bem semelhantes com a que tinha ficado, sem possuírem muitas casas ou algo que parecesse importante.

Ao pé das montanhas também havia vilarejos, e estes eram bem maiores e populosos, já que haviam sido construídos em um lugar de mais fácil acesso.

Quando a tarde estava prestes a começar, o viajante finalmente chegou em um grande castelo que parecia não ter ninguém morando — apesar de estar bem cuidado, indicando o contrário.

Algumas árvores rodeavam o local, mas não eram muitas.

Sariel estava do lado de fora dos muros e prestes a entrar, quando percebeu uma jovem mulher vestindo um kimono azul aguardando-o no portão principal.

Quando estava a apenas alguns metros de distância dessa mulher, ela se curvou e disse: — Peço perdão, senhor, mas mestre Feng Ping não aceita visitas.

— Ora, mas vim de tão longe para conhecê-lo... Não há nada que posso fazer para conseguir pelo menos vê-lo? — perguntou enquanto fingia fragilidade e assumia o comportamento de um aprendiz teimoso.

Yuu examinou o viajante em silêncio por um bom tempo.

“Mais um que não respeita a vontade de mestre Ping...”, pensou Yuu.

A ideia de testar aqueles que buscavam tutoria com o Pilar do Vento veio dela, uma ideia infalível já que havia pouquíssimas pessoas no mundo que seriam capazes de vencê-la em uma batalha.

Por isso, Yuu lutava com tudo que tinha pois, além de estar cumprindo seus deveres, ficava levemente irritada por ter de lidar com tantas pessoas que não sentiam empatia com a vontade de seu mestre.

“Vamos, morda minha isca”, pensou Sariel enquanto aguardava a resposta da aprendiz.

Após um tempo pensando, Yuu se segurou para não deixar um suspiro escapar e disse: — Bem, se o senhor me derrotar em uma batalha então poderá ver mestre Feng Ping.

Ao ouvir aquilo, o viajante sorriu internamente.

— Mesmo? Podemos começar agora? — Sua voz demonstrava uma grande esperança, que parecia bem genuína para Yuu já que Sariel estava usando magia de Ilusão.

— Siga-me, por favor. — A aprendiz levou o viajante até uma área afastada dali, um local aberto e com várias marcas de batalhas anteriores, como crateras no chão, árvores derrubadas e pedras quebradas.

Quando chegaram, Yuu se afastou de Sariel e ambos ficaram a uns 20 metros de distância, enquanto se encaravam.

A aprendiz pegou uma folha no chão e a fez subir alguns metros no ar com magia de Vento.

— Quando a folha tocar o chão, a batalha se inicia — disse conforme a folha caia lentamente. — A propósito, chamo-me Yukinoshita Yuu. — A aprendiz se curvou ao dizer seu nome.

— E eu me chamo Sariel. — O viajante também se curvou.

A folha desceu mais um pouco, e Yuu arrastou seu pé direito lentamente para trás enquanto levantava os dois braços com as palmas abertas na frente de seu corpo.

Enquanto isso, o viajante permanecia com uma postura casual.

“Não irá nem mesmo assumir uma pose de batalha?”, pensou a aprendiz.

Os segundos se passaram lentamente, até que a folha finalmente tocou a neve no chão e a batalha se iniciou.


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