Volume 1
Capítulo 15: Bruxa do Massacre (5)
Kanghun sorriu e os homens com espadas circularam ao redor da Mino.
— Fique quieta... vamos nos divertir em breve.
Mino fechou os olhos e olhou para baixo.
Parecia que havia desistido de tudo, mas os Assassinos da Floresta Sombria sabiam o que acontecia com os seus inimigos quando ela fazia essa cara.
As mãos dela se moveram quando os três homens pularam em sua direção.
Os movimentos eram tão rápidos que nem eram visíveis. Os três homens, excluindo Kanghun, tremeram violentamente como se tivessem sido atingidos por um raio e caíram; havia uma adaga no peito de cada um. Com isso, o rosto do Kanghun ficou sombrio.
— Ah, foi mal. Acho que joguei com muita força, porque to puta. — Mino sorriu, mas suas palavras ficaram mais cruéis, conforme falava.
— Falhei em atrair os monstros... meu parceiro é burro... e a Arma Espiritual está nas mãos de um tolo... então tudo está funcionando... mas não como deveria.
Kanghun sentiu seu mundo desabando quando ouviu essas palavras nefastas.
— O que acha de devolver essa espada para o dono?
— E se eu não quiser?
— Não sei, mas essa arma não serve para alguém do seu nível. Você vai ficar em apuros.
— Esta arma fica melhor comigo do que com esse idiota.
— Você acha mesmo? Então acho que não tenho escolha.
Mino tirou o manto preto e revelou o uniforme do Clã Floresta Sombria. Em seguida, um brasão com sete adagas brilhou na gola.
— Você está em apuros.
Kanghun olhou para ela por um segundo e respondeu amargamente. — Então... você é mesmo a Bruxa do Massacre.
— Hã? Você sabia?
— Como é que eu não saberia...? Você atraiu todos esses monstros com tanta facilidade. Só um idiota não saberia.
Kanghun respondeu enquanto cerrava os dentes. Mino deu um tapa na testa e murmurou: — Droga. O líder vai me dar um sermão de novo...
Em seguida, uma aura viciosa de energia começou a irradiar de dentro dela. Mino, que estava se passando por uma Inadaptada, agora estava explodindo com o Poder Espiritual que apenas um Adaptado de alto nível possuía.
— Então, é verdade que os Assassinos da Floresta Sombria podem controlar o Poder Espiritual.
— Olha, para uma besta, você até que sabe muito.
— Quem ordenou esse trabalho?
— Quem se importa? Vocês mataram tantos Inadaptados que vários querem vocês mortos.
— O que, não tem como Floresta Sombria aceitar esse trab...
Foi então que Kanghun percebeu algo e perguntou: — Espere... o trabalho. Foi um pedido pessoal?
— Por que isso importa?
— Se for esse o caso, você não pode lutar contra “nós”, Bruxa.
— O quê?
Neste momento, Mino sentiu uma mudança nos arredores. Ela suspeitou dos arredores da floresta há um tempo, porque sentiu um monte de Poderes Espirituais, só que estavam distantes e longe da vila, então não achava que era algo sério. Havia a possibilidade de que fossem caçadores saindo em uma caçada noturna, mas estavam todos se reunindo em um só lugar.
Mino ficou pálida e se lembrou do Kanghun enviando o pássaro mensageiro.
— Você acha que não pedi reforços quando estou com a Bruxa da Floresta Sombria e um homem que matou um bichifre com um ataque?
— …
— Bem, eu não teria pedido tanto se soubesse que pegaria essa Arma Espiritual com tanta facilidade.
Figuras sombrias começaram a aparecer acima da floresta, um monte deles. A maioria era pelo menos Adaptados de 1º estágio, enquanto alguns estavam no 2º estágio. E entre eles estava alguém contra quem Mino não tinha certeza se poderia vencer numa luta 1 contra 1. Era um homem com capa preta e um capuz.
— Raposa Negra... você está aqui também?
— Bruxa do Massacre.
— Está tão entediado assim?
— Pense nisso como uma honra... que metade da Raposa Escarlate se reuniu apenas para te matar.
Klant, a Raposa Negra, era famoso em toda a região por ser um poderoso Adaptado de 3º estágio e o Mestre do Clã Raposa Escarlate.
— Que demais...!
Ela falou isso, mas a situação era terrível. Mino contou o número de inimigos e perguntou sem olhar para trás.
— Ei, alzheimer. Ó, quero dizer, o Forte do Abismo. Tá aí?
A voz veio de trás dela: — Sim.
— Sei que é um pouco tarde, mas foi mal.
— …
— Eu só queria fazer parecer que a Raposa Escarlate foi morta pelo Forte do Abismo.
— Eu sei.
— Sabia? — Mino respondeu surpresa, enquanto Jaehwan repetiu o que memorizou com uma voz sem emoção.
— HAHA. Raposa Escarlate, estava esperando. Eu sou o Forte do Abismo que vai punir vocês!
— Então você memorizou tudo... mas ainda não falou?
— Senti vergonha alheia.
Mino sorriu. — Haha, saquei. Bem, foi mal por ter te forçado. — Mino sorriu, mas sua voz ficou séria. — Foi mal mesmo.
Sua voz possuía vários significados. Jaehwan olhou para as costas dela sem palavras, porque sabia que ela não queria fazer mal, mas não era algo que podia ser resolvido só com desculpas. Mino mordeu os lábios e falou.
— Acho melhor você correr.
— Por quê?
— Porque não posso te salvar.
Esse foi seu último jeito de se arrepender, mas sabia que Jaehwan não podia correr, visto que não tinha nenhuma habilidade de Jogo de Pernas para fugir dessa batalha, então Mino jogou algo para trás.
— O que é isso?
— É uma Pedra da Fuga. Você pode se teletransportar para a fortaleza mais próxima. Eu só tenho uma, então use bem.
— E você?
Mino não respondeu, enquanto Jaehwan olhava para a pedra, que parecia muito familiar. Tinha a forma da pedra que Jaehwan mais desprezava.
Mas esta não era a que "mandava de volta ao passado", porque servia para salvar alguém no presente.
Era a pedra para salvar alguém para seguir em frente.
‘Yoonhwan...?’
Jaehwan pensou no seu amigo, aquele que não pôde salvar no 98º andar da torre.
Yoonhwan também segurou uma pedra na época.
Ele falou como se fosse a Pedra do Regresso, mas Jaehwan sabia que não tinha nada a ver. E se entregasse esta pedra para seu amigo na época?
Jaehwan apertou a pedra como se fosse a resposta que queria. A sensação das bordas ásperas dela veio até ele como se estivesse viva, então falou. — Ei, deixa eu perguntar uma coisa.
— O que é? — Mino não olhou para trás e respondeu com uma voz tensa.
— Você regressaria ao passado se pudesse?
Mino ficou estarrecida. — Você pergunta essas coisas na situação em que estamos? — ela não conseguiu entender o motivo, mas respondeu sem hesitar como se a resposta tivesse sido dada há muito tempo — Eu nunca vou regressar.
— Por quê?
— Por que dei o meu máximo até agora.
Ela não entrou em detalhes, mas Jaehwan sentiu que entendeu.
— Se for para eu morrer hoje, então que seja, só que não vou regressar.
No entanto, essa resposta fez o coração de Jaehwan bater forte. Ela não sabia que sua resposta acabou de mudar todo o seu destino.
'Sim, isso serve.'
Jaehwan colocou a mão no ombro dela e andou para frente, então Mino olhou para ele sem palavras, porque esse era o passo que não teve coragem de dar, mas Jaehwan deu um passo à frente sem medo.
— Você não vai morrer hoje.
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