Volume 1 – Arco 2
Capítulo 20: Vi um Dragão (3)
Assim que saiu da jaula, bem em frente aos dois gatinhos, Cale colocou o dragão no chão.
— Ele parece estar sofrendo...
— Ele vai ficar bem…?
On e Hong circulavam ao redor do ser ainda silencioso que subitamente começou a mostrar seus dentes e a rosnar em suas direções.
Esta foi, provavelmente, a primeira vez em sua vida que viu algo além de humanos.
Kim verificou o tempo em seu relógio: Eles pareciam ter apenas o tempo suficiente para escapar.
— Parece doer...
On ao se aproximar de Cale, bateu com sua pata em seus pés — ela parecia estar pensando na poção que ele havia trazido em sua bolsa mágica. E já que não podia simplesmente pedi-la, ela só fez isso.
— Espere.
Kim havia pego aquela poção com o intuito de usá-la. No entanto, precisava esperar até que o colar de restrição de mana estivesse desligado; a poção só funcionaria corretamente se a mana, que era praticamente tão importante quanto o coração de um dragão, não fosse mais restrita.
O ruivo começou a se dirigir para o lado oposto da jaula, o local que o torturador de antes parecia estar vigiando — lá não estava muito barulhento, mas ele também podia ouvir Choi Han lutando à distância. — No fim, supôs que sua batalha terminaria logo.
"Vejamos..."
Cale começou a dar tapinhas na parede da caverna com suas mãos. Ele chutou o torturador com seu pé para tirá-lo do caminho e continuou a bater por toda a parede.
O dragão rosnou depois de ver o torturador, mas ficou parado e continuou a se concentrar em seu salvador.
"A última linha de defesa de Venion deve estar por aqui em algum lugar..."
Como todos os membros da família do marquês Stan, o narcisista se preocupava extremamente com a ideia da invasão de alguém enquanto ele estivesse dentro da caverna. E por conta disso havia criado um túnel secreto para ser usado como uma rota de fuga caso algo assim acontecesse.
Se o torturador soubesse disso, ele provavelmente o teria usado para escapar mais cedo, porém, infelizmente, nem mesmo o torturador sabia dessa rota.
"A novel dizia que havia uma área plana nesta parede ferrada... Ah, aqui está."
De fato, havia uma área plana do tamanho da mão de uma pessoa sobre uma das paredes rachadas daquele lugar.
Embora Venion parecesse ter TOC e que nunca faria nada parecido com aulas de luta: todos na família do marquês tinham aprendido artes marciais.
"Se usarmos força suficientemente aqui, uma passagem se abrirá."
Aquilo não era um dispositivo mágico, na verdade, muito pelo contrário, era a força de um impacto que faria com que o dispositivo funcionasse.
Kim virou sua cabeça em direção a pessoa que acabou de entrar e perguntou.
— Tudo feito?
— Sim.
Choi Han balançou sua espada levemente no ar para se livrar do resto dos resíduos de sangue — e após se aproximar mais — seu olhar logo caiu sobre o dragão: Ele começou a franzir a sobrancelha. Aquela era uma reação natural ao ver uma criatura tão pequena coberta de sangue.
Não demorou muito para o protagonista também notar o torturador caído: O brilho em seus olhos eram sinistros.
— Choi Han.
Foi por isso que Kim o chamou, mas como resposta ele apenas manteve seu olhar sobre o torturador e fez seu relato.
— Assim como você pediu, deixei os funcionários que fugiram em paz. E me certifiquei de que todos os indivíduos "fortes" não fossem mais capazes de lutar de novo.
— Ótimo.
Cale elogiou Choi Han antes de apontar para a área plana na parede.
— De um soco nesse bem ali.
— Com toda a minha força?
"Tá afim de destruir a caverna inteira?"
— Não. Controle sua força. Pense que está socando uma parede com 10 cm de grossura.
— Ah, um soco fraco então.
— Isso mesmo.
"Fraco...?"
Kim rapidamente se afastou depois de ouvir aquela figura chamar algo que era impossível para ele de "soco fraco".
Sem demora, o protagonista fez o que o ruivo mandou, portanto, imediatamente deu um soco na parede com o punho.
Bum!
— Uau!
Cale pegou o Dragão Negro de volta enquanto os irmãos gatinhos estavam admirando o que aconteceu.
Screeeeeech—
Um barulho arrepiante saiu da parede e uma área do tamanho de um homem adulto apareceu; Choi Han rapidamente pegou uma tocha.
— Vamos.
Ao comando de Kim, os filhotes subiram nas costas do protagonista enquanto ele entrava no túnel primeiro — Cale o seguiu logo atrás. — O dragão permaneceu quieto em seus braços, com apenas o som de sua respiração sendo ouvido. Entretanto, a todo o momento manteve um olhar extremamente feroz.
Ao invés de qualquer sentimento de gratidão por ter sido salvo, ele ainda parecia estar cheio de pensamentos de terror de ser torturado por outra pessoa; assim como de raiva e ressentimento aos humanos.
— Pare de me olhar assim.
Kim conversou casualmente com o ser em seus braços.
"Haaa… estou ficando sem ar."
Enquanto tentava acompanhar Choi Han, que parecia não ter problemas em correr, sua respiração se manteve ofegante.
"Eu deveria ter feito ele carregá-lo?"
O dragão de 1 metro de comprimento era bem pesado, por outro lado isso se tornaria fácil caso Cale conseguisse pôr as mãos em um dos poderes antigos chamado "Vitalidade do Coração".
A figura ruiva seguia segurando o Dragão Negro firmemente em seus braços para que ele não o derrubasse por conta da exaustão: Não havia a menor chance dele deixá-lo aqui depois de tudo que fez para resgatá-lo.
As roupas pretas do Kim começaram a ficar cobertas pelo sangue daquele ser.
Depois de correr por aquele túnel escuro e estreito por alguns minutos, Choi Han de repente falou com Cale.
— Há uma parede em nossa frente.
— Bata no centro dela, com a mesma força de antes. Então continuaremos a correr.
— Certo.
Os gatinhos saltaram do ombro do protagonista e recuaram. Logo, o centro da parede foi atingido com força.
Bum!
A parede desmoronou quase que instantaneamente e, logo, o céu noturno foi visto — eles agora estavam do lado de fora da caverna. — Kim assumiu a liderança enquanto olhava em volta.
Ali também se encontrava uma das razões pela qual eles precisavam que a ferramenta de interferência de mana funcionasse em toda a montanha.
Venion também tinha colocado um dispositivo de gravação mágico nesta saída secreta do túnel; ele era uma pessoa muito meticulosa.
Cale não sabia exatamente onde o fim daquele túnel estava localizado, e também não lhes restava muito tempo — eles precisavam sair do alcance do dispositivo de gravação mágico nos próximos um ou dois minutos. — Mas isso não deveria ser problema.
Choi Han seguiu atrás da figura ruiva enquanto fazia novos rastros de sua presença e, à medida que passavam, eliminava seus rastros verdadeiros. Depois de sobreviver na Floresta das Trevas sozinho por tanto tempo, ele virou praticamente um especialista em fazer e seguir pistas.
Depois de fugirem da entrada secreta do túnel por cerca de dois minutos, Kim olhou para seu relógio.
— Parem.
Os alarmes que estavam soando na área de repente sumiram: A ferramenta de interferência de mana havia parado de funcionar.
— Haaa...!
Cale soltou um suspiro profundo, acalmando seu coração que batia rapidamente. Ele sentia o Escudo Indestrutível ganhar cada vez mais força com seu cansaço; era como se aquilo estivesse se preparando para alguma emergência.
"Mas, não tenho planos de usá-lo agora..."
Por enquanto, ele apenas gostaria de libertar aquele dragão, dizer adeus a Choi Han na próxima cidade e, assim, conseguir um poder antigo chamado Vitalidade do Coração.
Kim, com mais tempo para olhar em volta, desceu seu olhar e então, começou a sorrir.
Olhando o céu noturno, aquele dragão com uma expressão rebelde se foi, agora só havia um ser tomado por admiração.
Em seus quatros anos de vida, esta era a primeira vez que ele viu algo além das paredes de uma caverna.
Cale entendia o que ele estava sentindo e até queria lhe dar mais algum tempo, porém, não podia fazer isso — ele logo colocou o dragão sobre a grama; ambos se olhavam agora. — Logo, enquanto seu corpo se erguia, a expressão de admiração se foi e, mais uma vez, a face cheia de raiva e ressentimento voltou.
"Não é de se admirar que ele tenha aguentado ser torturado por quatro anos. Sua personalidade é forte."
Era por isso que Kim gostava dele, mas claro, eles eram diferentes.
Diferente do dragão, Cale, não, Kim Rok-Soo, cresceu sendo maltratado como um órfão e no fim cedeu. Depois que desistiu de encontrar um lugar para chamar de lar, ele não teve mais força para lutar contra o mundo.
— Ei.
Assim que se certificou de que o dragão estava olhando para ele — pegou um par de luvas e uma ferramenta de corte em forma de tesoura com um monte de símbolos mágicos gravados — logo então vestiu as luvas anti eletricidade.
Aquele cortador era um dos dois itens que Cale teve que comprar em nome de Billos: Algo que não pôde alugar com dinheiro.
"Não faço ideia do porque você precisa disso, entretanto, jovem mestre, espero vê-lo vivo na capital."
"Você acha que eu vou morrer?"
"Tudo que sei é que você planeja causar um tumulto."
"Cala a boca..."
Kim estava se lembrando da conversa que teve com Billos, antes de perceber que seu ambiente, de repente, ficou extremamente silencioso.
Choi Han observava o cortador com olhos caóticos, enquanto os irmãos gatinhos se escondiam atrás dele.
— Tch.
Cale clicou sua língua em resposta a todos e se aproximou mais do Dragão Negro.
A coleira de restrição da mana foi feita com algo semelhante à borracha — se fosse feita de metal não teria cabido no corpo de um ser em crescimento. — Cale então agarrou o pescoço do dragão.
— Gah! — Os gatinhos vacilaram juntos.
Entretanto, Kim os ignorou e prosseguiu — era melhor fazer aquilo o mais rápido possível. — Logo o cortador se aproximou do pescoço, suas lâminas afiadas brilhavam sob o luar.
Antes de lentamente fechar seus próprios olhos, o dragão manteve seu olhar em Cale e viu olhos pacíficos e sem emoção.
Naquele momento, todos ouviram o barulho de algo sendo cortado: O colar de restrição de mana soltava faíscas.
— O que foi? Perdeu algo aqui? — Kim zombou do dragão confuso que havia aberto os olhos.
Ele logo tirou uma das luvas e entregou a Choi Han.
Assim que recebeu a luva, o protagonista a vestiu e, em seguida, pegou o colar e tirou um frasco com um líquido vermelho de sua bolsa: Uma poção de cura da mais alta qualidade.
Ela foi uma das responsáveis por fazer Cale se sentir mal por pedir mesada nos últimos dias antes de partir.
— Tch.
Assim que clicou sua língua, ele voltou a olhar fixamente para o dragão.
— Tem noção de quanto gastei nisso aqui?
O dragão tinha ouvido essas mesmas palavras com bastante frequência; praticamente desde o dia de seu nascimento.
"Por que você não me obedece!? Tem noção de quanto gastei nisso aqui?", "Acho que você precisa ser espancado um pouco mais."
E enquanto era espancado, ouvia até que ele precisava parar de pensar por si próprio… No entanto, ele não cedeu.
— Como gastei tanto dinheiro com você, é melhor você se curar direito, seu idiota.
O Dragão Negro não sentiu nenhuma dor.
Kim derramou cerca da metade da poção nas costas dele e despejou o resto em sua boca: Felizmente, não houve resistência.
Depois de alguns minutos, Cale ficou surpreso com o que viu — a mana, que era equivalente ao coração de um ser e a fonte de todo o seu poder, começou a se mover — todos os ferimentos no corpo do dragão desapareceram instantaneamente, e uma aura azul que parecia ser a sua aura cercou seu corpo como o vento.
Esta mudança que ocorreu em um instante fez Kim pensar o quão assustador e poderoso era um dragão de verdade.
— Ei.
Ele já não deveria estar mais machucado. E o fato de que seus olhos voltaram completamente a vida só mostrava isso; sem contar que ele era inteligente, portanto, parecia entender o que havia acontecido com seu corpo.
Cale deu um passo em sua direção. A pequena criatura apenas se encolheu enquanto continuava a observar.
— O que você quer fazer agora?
Ao fazer sua pergunta, a figura ruiva começou a sorrir; ele via o dragão em silêncio.
— Eu sei que você pode falar a língua humana. Você é um dragão. A existência mais inteligente e forte do mundo.
Kim perguntou mais uma vez.
— O que você queria fazer quando estivesse livre?
— E-Eu…
Hesitantemente o dragão começou a falar; não havia como ele não ter aprendido a língua humana nos últimos quatro anos.
— Eu…
O Dragão Negro podia sentir que, com sua força atual, ele facilmente poderia matar o homem que estava à sua frente. Entretanto, seus instintos falavam que o outro indivíduo, aquele que estava atrás dele, era perigoso. De qualquer forma, ele ainda estava confiante que podia pelo menos escapar vivo.
Com isso em mente, o dragão finalmente disse pela primeira vez em voz alta o que havia pensado para si mesmo durante os últimos quatro anos.
— Eu vou viver. — Ele viverá, não importa como.
— Vou embora. — Ele iria embora daqui.
E logo revelou seu pensamento interior: — E não serei domado.
— Então faça isso — Cale estava dizendo que o dragão estava certo.
— Você é um dragão. Tem o direito de viver livremente.
Ele também tinha força o suficiente para sobreviver sozinho. Já sua raça, normalmente, é independente e orgulhosa. Portanto, com apenas dois anos de idade criavam seu próprio covil; eram muito diferentes de um humano com dois anos de idade.
Kim olhou nos olhos do dragão desconfiado e começou a falar com seriedade.
— Eu não vou ficar com você.
Ele não tinha motivos para ficar com algo mais forte do que ele — haveria também diversas complicações em potencial sobre mantê-lo por perto — diferente dos filhotes da Tribo dos Gatos, On e Hong, um dragão estava fora dos limites. E ele também não confiava em Cale.
— Mentiroso!!! Os humanos são bons em mentir. — Ao declarar isso, apenas raiva era vista em seus olhos.
Claro, aquela emoção não era apenas dirigida a Cale — os dragões nasciam naturalmente com muito orgulho — portanto, aquilo vinha dos anos em que esse "orgulho" foi pisoteado pelos humanos.
— Isso é verdade. Eu sou ótimo em mentir.
Kim aceitou facilmente aquelas palavras e, continuou a falar.
— Mas você deve viver como quiser. O que você vai fazer?
— Eu...
O pequeno dragão levantou a cabeça para olhar para o céu noturno: Aquilo era diferente da escuridão de dentro da caverna. Claro, era escuro, mas ainda havia luz.
— Eu odeio os humanos. Eu quero ser livre.
— Ótimo.
Kim que estava agachado se levantou — ele logo tirou algumas poções de tamanho médio e um saco menor da sua bolsa mágica. — E assim que colocou os frascos no saco, o entregou para o dragão.
— Viva livremente.
As pupilas negras daquele ser aumentaram e começaram a tremer. No entanto, em seu olhar ainda havia dúvida e ressentimento.
Naturalmente, Cale não se importou.
"Isso deve ser suficiente."
Ele libertou o dragão, ferrou Venion, salvou o vilarejo e ajudou Choi Han a entender o que significa liberdade. E, mais importante ainda, não precisou assumir a responsabilidade por ninguém.
Cale também podia ver em seus olhos que ele não queria segui-lo — portanto, foi uma conclusão muito boa. — Logo então falou com os membros de sua equipe de resgate com um tom de satisfação.
— Vamos!
Sem hesitação a figura ruiva virou as costas para o dragão e começou a andar. Choi Han seguiu silenciosamente atrás e se concentrou em alterar seus rastros. Os gatinhos, que hesitaram por um momento, viram a pequena criatura abaixar seu olhar.
Quando os irmãos da Tribo dos Gatos se afastaram, o Dragão Negro levantou sua cabeça e os observou se afastando.
— E-Eu odeio os humanos… eles são maus...
Mesmo falando isso, por alguma razão, ele está mais prestando atenção nas costas de um humano do que no céu noturno que via pela primeira vez.
Hong aproximou-se lentamente de sua irmã On enquanto seguiam atrás de Cale.
— Noona, eu acho que ele vai nos seguir!
— É, eu também!
— Quer dizer que vamos ter um irmão mais novo?
— É o que parece~!
Os gatinhos estavam conversando entre si, mas Kim, que escutava, zombou deles e os retorquiu.
— Impossível. Os dragões são extremamente orgulhosos e nunca aceitarão ordens. Além disso, aquele ali odeia os humanos.
— Sei…
Se um gato tivesse uma expressão zombeteira, provavelmente seria a de On agora mesmo.
— Uhum...
Hong havia olhado para trás antes de concordar com sua irmã.
A dupla parecia ter imaginado que aquele dragão desfrutaria de sua liberdade primeiro, antes de compartilhar carne com eles no futuro.
Momentos depois, Cale voltou a falar com a dupla felina que sussurra algo entre si.
— Vão buscar a esfera enterrada de volta.
Logo, para que pudessem comer mais carne, os dois irmãos foram buscar a ferramenta de interferência de mana. Kim em seguida bateu no ombro de Choi Han.
— Bom trabalho.
Hoje deveria ter sido a primeira vez que ele havia salvado alguma coisa. Claro, antes houve aquela batalha com os bandidos, porém aquilo foi mais "protetor'' do que ''salvador".
E bem, os eventos da novel mudaram, o protagonista havia salvou o dragão ao invés do vilarejo e, mas o importante ainda, ele "salvou" alguém.
— Cale.
— Sim?
Assim que o ruivo, Choi Han tinha em silêncio por um tempo, mas, logo voltou a falar mais uma vez.
— E se o dragão decidir te seguir, o que vai fazer?
— Isso nunca vai acontecer.
— "E se", hipotéticamente falando.
"Hipotéticamente?"
Kim pensou sobre isso por um tempo, antes de responder suavemente.
— Eu não penso em "e se" ou no passado.
Assim que disse isso, por alguma razão, ele de repente se arrepiou e olhou para trás pela primeira vez desde que se afastou do Dragão Negro.
Felizmente, ele não viu nada…
Cale suspirou em alívio, antes de voltar para a pousada e adormecer.
Mal ele sabia sobre a magia que a pequena criatura usava pela primeira vez: Ela a permitia se tornar invisível.
O dragão, agora invisível, ficou em sua janela por um longo tempo antes de sair. Ele se manteve firmemente agarrado ao saco de poções que havia ganhado.
No dia seguinte, o ruivo teve que lidar com as perguntas do protagonista desde o início da manhã.
— Cale chegaremos a uma cidade dentro de alguns dias! É o ponto que mencionou antes?
Estava quase na hora de Choi Han terminar de fazer o "recompensar" no qual Cale havia falado. Isso também significava que Kim estava se aproximando de pegar outro poder antigo para si.
Originalmente, na novel, o filho mais velho da família do marquês Stan, aquele que foi expulso da competição por conta de ser aleijado, encontraria esse poder em cerca de um mês.
Tal poder antigo era seu último vislumbre de esperança, mas, infelizmente, acabou sendo um poder no qual não pôde usar.
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