O Anjo da Porta ao Lado Me Mima Demais Japonesa

Tradução: DelValle

Revisão: Jeff, Mon, Kurayami


S.S. Vol 9

Short Story 7: O Encanto da Primavera

   Como um de seus princípios, Mahiru sempre se manteve em um alto nível de autodisciplina. Mostrar seu lado descuidado ou vulnerável aos outros era algo que ela não suportava, especialmente em espaços públicos. Isso não mudou nem mesmo com Amane, seu namorado. Embora ela relaxasse mais perto dele em comparação com os outros, ainda tinha um ar muito mais sereno e diligente em comparação com a atitude tranquila de Amane. Ela era tão diligente, na verdade, que às vezes o fazia se preocupar com ela.

   Era assim que Mahiru sempre agia, mas havia uma exceção a essa regra que ocorria apenas quando certas condições especiais eram atendidas.



✧ ₊ ✦ ₊ ✧



“...I-Isso não está certo”, disse Mahiru, com a voz trêmula, enquanto olhava para um canto da sala de estar.

   As janelas do apartamento eram relativamente grandes, deixando entrar bastante luz no cômodo. No espaço aberto em frente a essas janelas, o famoso sofá “maligno” do quarto de Amane estava orgulhosamente posicionado. O sofá era adornado com a almofada que Amane costumava usar, além do cobertor favorito de Mahiru. O ar-condicionado estava ajustado na temperatura ideal para o conforto, e cortinas de renda com proteção UV estavam fechadas para criar um espaço aconchegante e suavemente iluminado, além de proteger contra queimaduras solares.

[Del: O sofá do diabo está de volta. | Mon: E olha ao redor disso, o clima… Tudo perfeitamente arquitetado para dormir a tarde toda! | Kura: Mon, a macumba do Yoru fez efeito kkkk]

   A luz do sol primaveril que entrava pelas cortinas de renda era suave e agradável. Combinada com a temperatura amena, era o cenário perfeito para qualquer um se descontrair enquanto se deleitava com a luz suave. O ambiente estava meticulosamente preparado para ser irresistivelmente convidativo. Mahiru, percebendo que tudo estava preparado especificamente para ela, tremeu levemente, entendendo claramente o seu propósito.

“Algo está errado?” Perguntou Amane.

“V-você armou tudo isso só para me fazer sentir preguiça, não é!?”

“Uh, sim.”

“Não fique só balançando a cabeça como se não fosse nada!”

“Quer dizer, com o tempo tão perfeito e tudo resolvido, agora é a hora perfeita para relaxar. Devemos pegar leve.”

   Ultimamente, as coisas estavam ficando cada vez mais agitadas, mas hoje ele já havia concluído tudo o que havia planejado. Mahiru também havia concluído suas tarefas da manhã para poder relaxar à tarde, e era justamente por isso que tudo estava preparado.

“V-você não poderia relaxar sozinho, Amane-kun?”

“Hã? Não, eu não quero. Vou ficar sozinho... Não podemos relaxar juntos?”

“Eu— ...Não é que não possamos! Mas tenho certeza de que você sabe perfeitamente que não consigo resistir quando você faz essa cara!”

“Yep.”

   Como estavam juntos há um tempo considerável, Amane compreendia muito bem a personalidade de Mahiru. Ele sabia que, se demonstrasse um pouco de expectativa e solidão, Mahiru se tornaria — até certo ponto — mais complacente. Claro, ele nunca pediria que ela fizesse algo que ela realmente não gostasse. Desta vez, seu objetivo era transformar a hesitação dela em algo que ela pudesse aceitar, fazendo parecer que era para o bem dele.

“...Você realmente começou a descobrir como usar suas expressões faciais a seu favor ultimamente, não é?”

“Seja objetivamente atraente ou não, eu sei que você também ama meu rosto, Mahiru.”

“N-não é como se eu tivesse escolhido você pela sua aparência!”

“É, foi por isso que eu disse ‘também’.”

“U-Uuuh...”

“Não se preocupe, acho que te entendo muito bem. Pelo menos, acho que entendo. Na verdade, posso não estar sempre certo, mas acho que acertei dessa vez.”

“...Idiota.”

   Amane sabia que o “idiota” de Mahiru significava que ela finalmente havia cedido. Quando ele sorriu para seu rosto emburrado, ela o encarou ainda mais com os olhos semicerrados.

“...Você está ficando menos fofo agora”, disse Mahiru.

“Então, no que estou me tornando?”

“E o jeito que você consegue dizer coisas assim é exatamente o motivo.”

   Esse “...Você está ficando menos fofo agora” provavelmente era tanto uma reclamação quanto um elogio. Se fosse o antigo Amane, ele não teria a confiança necessária para afirmar que Mahiru o amava tão abertamente. Mahiru sabia que essa nova confiança vinha da certeza do amor dela por ele. Dito isso, sua nova “falta de fofura” também significava que Amane havia se tornado mais difícil de lidar, o que deixou Mahiru com sentimentos confusos.

   No entanto, parecia que essa mudança não era algo que desagradasse a Mahiru. Sentindo-se mais tranquilo, Amane riu e aceitou sua atitude um pouco emburrada enquanto ela, gentilmente, batia em seu braço em um leve protesto.

“Quer dizer, eu já terminei toda a minha lição de casa e tarefas. A preparação do jantar está pronta, fiz todas as compras e a limpeza de manhã e já alcancei minha meta de estudos do dia. Você também liberou sua agenda para a tarde, não é?”

“Eu-eu posso ter liberado, mas ainda assim! S-se você preparar algo assim, eu vou... acabar ficando preguiçosa.”

“É, esse é meio que o meu objetivo.”

   Como Mahiru sempre foi rigorosa consigo mesma e raramente se dava ao luxo, Amane achou importante que eles criassem e passassem um tempo juntos e relaxando. Além disso, outro fator importante era que ele simplesmente queria passar um tempo tranquilo e aconchegante com Mahiru.

“Por que você quer ver sua namorada sendo preguiçosa como uma preguiça?”

“Hmm... Quer dizer, você está sempre tão no limite, Mahiru. Pensei que um tempinho de relaxamento como este pudesse te ajudar a relaxar. Às vezes você não se permite relaxar nem perto de mim.”

“M-mas mesmo assim...”

“Tentei criar um ambiente que você gostasse. Foi demais da minha parte?”

“N-não, não é isso...!”

“Então está tudo bem?”

“...O que você planeja fazer enquanto eu estiver relaxando, Amane-kun?”

“Depende de você, eu acho... Se você não quer que eu veja, então estarei no meu quarto estudando.”

“E se eu não me importar que você veja?”

“Então, talvez eu goste de ver você se deixar levar pelo relaxamento.”

“...Você não vem relaxar comigo?” Mahiru olhou para Amane.

   Quando ela o olhou com aqueles olhos e fez aquela pergunta, não havia como alguém no mundo recusar seu pedido.

“Se estiver tudo bem para você, eu adoraria.”

“Você diz isso, mas eu sei que planejou isso desde o começo.”

“Sim. Não está okay?”

“...Agora você está sendo direto — e fofo.”

“Mahiru, seus padrões de fofura estão além da minha compreensão. Bem, eu não me importo de não ser fofo.”

“...Você é fofo, mas não é ao mesmo tempo.”

   Ligeiramente divertido com as palavras ambíguas de Mahiru, Amane riu baixinho e, como solicitado, acomodou-se no sofá-cama “maligno” que estragava qualquer um que caísse em suas garras. Mahiru sentou-se ao lado dele... ou assim ele pensava — em vez disso, ela se jogou bem entre suas pernas e se recostou nele ousadamente.

   Mahiru olhou para Amane, que então piscou de surpresa. Um sorriso travesso surgiu em seus lábios.

“...Se o objetivo é me fazer sucumbir à preguiça, então prefiro fazê-lo pelas suas mãos, Amane-kun.”

   Ao ouvir um sussurro tão doce, Amane não soltar um gemido foi quase um milagre. Mahiru também era bem versada em como agir de maneiras que fariam Amane cair.

“...Você é tão fo—”

“Não é fofo o suficiente para você?”

“...Isso foi tão fofo que estou preocupado. Por favor, se preocupe com você primeiro.”

“Por quê?”

   Se você começar a me provocar assim, até minha compostura pode ser afetada, pensou Amane com um suspiro, desejando que ela fosse mais cuidadosa. Ele envolveu seus braços em volta do corpo delicado dela. Embora inicialmente ela tenha ficado tensa de vergonha, rapidamente relaxou e se entregou completamente a ele. Enquanto ele a abraçava gentilmente e eles se banhavam na branda luz do sol, a respiração de Mahiru logo se acalmou em um ritmo lento e constante em seus braços.

   Ela já devia estar cansada, pois Amane podia ver de cima que suas pálpebras já começavam a fechar. “...Tão quentinho”, disse ela.

“Eu ou a luz do sol?”

“Ambos. É muito reconfortante.”

“Sim.”

   Amane sentiu uma alegria imensa ao ouvir a voz sonolenta e tranquila de Mahiru e ao ver sua postura relaxada, o que era uma prova de sua total confiança nele. Saboreando o momento, ele fechou os olhos também, deixando a suave e cálida luz do sol primaveril embalá-lo em paz.

     ...É assim que se sente a felicidade.

   Confortavelmente aninhada em seus braços, Mahiru já começara a respirar suavemente, por fim, adormecendo. Amane, sentindo um calor diferente daquele da luz do sol primaveril, saboreou aquele momento de pura alegria. Lentamente, deixou seus pensamentos vagarem pelo mar de sono, envolto na felicidade de abraçar sua amada.

 

 

-DelValle: Poética.

-Moonlak: Dormir de conchinha com alguém agora seria tudo bom… :( tá triste ein família

-DelValle: Aôôôôô carência, né Mon? ...Não que eu seja alguém pra falar… kkkkkk, conchinha seria legal algum dia…

-Moonlakgil 2.0: Ayo família parou ai 😭🙏 

-Kurayami: Mon, compra um ursoMas bem, o cap foi ótimo  kkk Amane manipulando.

 

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