Nisōiro Brasileira

Autor(a): Pedro Caetano


Volume IV – Arco 11

Capítulo 94: Amigos e Inimigos

A noite encobriu o deserto. Os servos da matriarca iluminavam os braseiros, preservando a visibilidade dos dois chefes de estado. Itoshi recuou para seu assento, depois de proclamar seu plano. Cabisbaixa, Yasukasa recuperava o ar que havia escapado de seus pulmões.

— A sua liberdade é uma farsa — ela ergueu a cabeça — Não fomos nós que prendemos vocês naquele buraco. Vocês fizeram isso a si mesmos. Se tivesse aparecido aqui em busca de um acordo, nem haveria guerra — bateu na mesa —  Você quer isso!

— Cônsul — Kenkushi tocava no braço da matriarca para acalmá-la — Nós estamos confusos com seu intento. Seu povo pode ser livre sem guerra. Os Shiro já não circulam entre nós em paz?

— Da última vez que contei, eram apenas dois. Onde estão o resto? Eu te conto. O iro branco ou preto sempre se perdem na reprodução com qualquer cor primordial. A coexistência que você prega, é somente uma forma silenciosa de nossa extinção.

— Sua guerra por auto-defesa ainda é mal justificada — Hoshizora deu um passo a frente — As cores também não se misturam, mas ainda cooperam. 

— Como cooperaram com o último rei Kuro? — Itoshi revirou os olhos — Está tudo bem, eu entendo. Seu convite foi um clamor por misericórdia, eu aceito. Basta se renderem que lhes concedo um extermínio paulatino. Você e seu povo terão o direito de nos servirem até o fim natural das outras cores. 

— Também teríamos que lutar suas guerras por vocês, caso as outras nações não cooperem, estou certa? — questionou Yasukasa.

— É esperta, para uma mulher. Está começando a entender. Afinal, se nossos povos entrarem em confronto direto — reclinou sua cadeira e apontou para a torre no horizonte da capital — muito em breve estarei jantando ali, no seu lugar.

Yasukasa se endireitou na cadeira e respirou fundo.

— Tenho uma contraproposta: Quero que cale a merda da sua boca, e leve seu teatrinho de volta de onde veio — ficou de pé — Porque da próxima vez que nos virmos, será como inimigos. 

— Estou desapontado. Pensei que tivesse aprendido alguma coisa com a morte de seu pai — disse Itoshi, sem sequer erguer a vista — Se apenas dois dos nossos causaram a maior de suas perdas, que dirá um exército? 

— Ora seu — Yasukasa levou a mão à sua espada na cintura — Como você ousa?!

Antes de retirá-la da bainha, a sombra do mascarado desceu sobre ela. Prestes a encarar Noboru de frente, Yasukasa sentiu alguém puxá-la para trás. 

— Kenkushi, o que você está — suas pernas eram retidas — Me solta! Agora! 

— Eu sinto muito — pediu o conselheiro, olhando fixamente para o mascarado.

Itoshi ficou de pé, colocou a cadeira para dentro da mesa, dizendo:

— Isso sim é uma piada, mal consegue manter sua casa em ordem. 

— Meu pai me ensinou a não ter medo de pessoas como você! 

Itoshi apenas caminhou para a saída, escoltado por Nobura, os cavalheiros de Yasukasa que guardavam a porta deram um passo para o lado. Os visitantes caminham sem acenarem ou nem ao menos olharem para trás, com exceção de Mayuri que virou-se:

— Até a próxima cavalheiros. 

Após trocar olhares com o cavaleiro pessoal de Yasukasa, os dois homens correram para as escadas às pressas. Eles encontraram a matriarca sentada, ofegante, bebendo água que seus servos a ofereciam para se acalmar.

— O que aconteceu, alteza? — perguntou Kotaru.

— Eu não esperava que fosse tão… 

— O conselho estava tentando avisá-la, matriarca — disse Kenkushi.

— Cala a boca — retrucou Yasukasa, esbarrando no cálice e derramando a água.

Hoshizora arrastou a cadeira que Itoshi havia sentado para o lado da sua irmã e se sentou nela:

— Não temos escolha, irmã.

— Então é a guerra — afirmou Kotaru. 

— Pior. É muito pior — Yasukasa ficou de pé — Preparem meu transporte. Eu não durmo antes de enviar uma correspondência para o Reino Aka imediatamente.

Dias depois...

Entre matas densas e enormes troncos, a região cercada por florestas com suas cores neutras e frias, recebiam um visitante de tons claros com seu chapéu característico. Sendo avistados por outros sujeitos, não demorou muito para se encontrar com uma das autoridades do local. 

Nas profundezas do distrito de Chukai, dois homens vagavam por uma galeria de túneis, conduzidos pelo mais novo da dupla, que carregava uma tocha. A luz cortou a escuridão revelando um caminho adiante, enquanto reluzia em seus cabelos verdes e na capa branca de seu parceiro.

— Akira deixou mais do que uma população miserável — disse Dai, tomando a frente — Eu e meus homens estamos vasculhando este lugar há semanas. Parece não ter fim.

— Difícil acreditar que tudo foi feito com tão pouco recurso — disse Imichi olhando ao redor.

Eles chegaram em um beco sem saída daquele labirinto ladrilhado. No entanto, uma luz emanava debaixo. Dai agachou para levantar alçapão.

— Meu palpite é que este lugar tenha sido construído um pouco depois da independência. Ainda tinha muita vontade para trabalhar pelos nossos heróis naquela época — Dai deixou escapar uma risada — Depois que eles começam a nos matar, essa vontade some.

— Os Fantasmas surgiram nessa época, por conta da caça às bruxas. Quem mais precisaria de tanta discrição na própria casa?

— Não apenas quem — disse Dai, descendo a escada — O quê.

Imichi seguiu seu guia chegando a uma nova camada do esconderijo. O chão era de terra batida, as paredes bem iluminadas tochas recém acesas e o caminho era largo porém curto. 

No final uma alta porta de pedra. Em seu teto uma pequena infiltração de água escorria por sua fachada imponente.

— Isto aqui — Dai estendia os braços — era o grande segredo que protegiam de nós. 

— O que tem atrás?

— Não há mecanismos por perto — apontou para as paredes nuas — Ainda não achamos nada no labirinto, mas continuamos procurando.

— Depois de sumirem, os fantasmas devem ter levado a chave com eles. Faz meses que não os vemos.

— Eu não vejo nenhuma fechadura. Minhas raízes não forçaram nem um centímetro da porta — apontou para as vinhas esmagadas na base da porta, depois subiu a cabeça para o topo — E tem outra coisa, aquela água não é por acaso.

— Estamos debaixo da arena?

— Folcloricamente o povo de Chukai se exalta pelo fato de estar no centro do continente. Mas não tinha como nenhum de nós aqui tirar essa conclusão, certo? — cruzou os braços — se estamos no coração do mundo, alguém trouxe esse mito ou verdade para cá. 

Vasculhando na terra, Imichi sacou uma pedra. Atirando contra o paredão notou uma barreira invisível a centímetros da superfície do bloco. 

— Isto explica a feitiçaria — concluiu Imichi — Algo impede o contato direto com a superfície.

— Seth — rosnou Dai — Agora já sabe porque preciso recusar o seu pedido. Eu sinto muito, Imichi.

— Seth está com os Kuro, Dai. Com a sua ajuda, podemos formar uma aliança grande demais até para eles — encostou as duas mãos no ombro do Midori — Eu nunca te pediria algo sem garantir a segurança da sua família.

— Eu sei — virou de costas e se afastou — Mas Seth não cederia este lugar tão fácil. Algo me diz, que ele ainda pode conseguir o que quer. Se eu quiser proteger os meus… Eu tenho que ficar, essa guerra não é nossa. Eu tenho que entender o que é esse lugar e saber quem realmente é Seth. 

— Nosso tempo juntos deveria tê-lo ensinado que essas tarefas não são feitas sozinhas.

— Eu sei, mas — olhou para o amigo por cima dos ombros — Mitensai e os órfãos são muito jovens. Não quero ocupar Noriaki e meu pai. Os outros chefes de facção nunca vão entender tudo que vimos, e…

— Nunca… Se você não começar. Confiança nasce, acreditando.

— Tá bom — chacoalhou a cabeça — Um favor. É tudo que posso te oferecer. Só estou aqui por culpa sua então te devo uma. 

— Um favor é tudo que preciso — Imichi abriu um sorriso.

De repente o som de uma batida em grade de ferro assombrou os dois. Ela vinha de uma das cela do corredor. Outra batida se fez ouvir, então uma voz fraca exclamou:

— Já está na hora da minha comida? Tem alguém aí?! 

— Quem é? — questionou Imichi.

Dai o conduziu para a entrada da cela, respondendo enquanto erguia a lâmpada para iluminar o interior:

— A outra coisa que queria te mostrar.

A luz revelou um homem de cabelos e barba cheios e sujos que escondiam hematomas e cicatrizes no rosto de olhos da cor do céu. Sua roupa era de seda, uma túnica branca dourada e azul, apesar de rasgada. 

— Quem é este? — olhou para Imichi — Perigo, o bastardo está vindo. O Heishi Celestial escapou dos mortos para me pegar aquele bastardo! 

— Já disse que Suzaki não morreu — retrucou Dai, puxando um pedaço de carne da bolsa e jogando dentro da cela.

O homem se jogou na comida, quase mastigando os próprios dedos enquanto dilacerava a carne na sua frente.

— Eu não entendo — Imichi se aproximou das grades — Quem é este homem?

Daisuke deu pouca atenção. Segurando a própria cabeça e balançando de um lado para o outro, ele começou a balbuciar coisas para si mesmo repetidamente.

— Encontrei ele preso aqui — explicou Dai — Disse que foi destituído da nobreza pelo imperador por um atentado contra o Heishi Celestial. Sua vida foi oferecida a ele pelo próprio imperador, mas foi poupado. Então decidiu fugir do Império, mas não durou muito tempo aqui em Midori.

— Os fantasmas podem tê-lo capturado esperando que revelasse alguma coisa — Imichi levou a mão ao queixo — Descobriram invasão dos Heishis dessa forma.

— É, mas ele está aos delírios. Tudo que fala é sobre essa história do Heishi Celestial. Os Fantasmas devem tê-lo torturado por meses, mas eu sei que este era o título do Suzaki. Isso bate com o que o Kemono falou para a gente.

— Esta história está mal contada. Depois daqui, estava a caminho dos azuis para convidar o atual Imperador mesmo. Obrigado, Dai.

Imichi andou para a escada, mas seu parceiro segurou seu braço:

— Cuidado. Quando Suzaki me deixou, ele conquistou meu respeito. Mas não se engane sobre mim, nunca confiei em qualquer outro azul. Você faria bem duvidando de qualquer coisa que digam naquelas montanhas.

— Não se preocupe, sou um diplomata que carrega a herança de meu povo. Só preciso que confiem em mim.


Debaixo de um sol em seu ápice, regendo o céu azul, Imichi encontrava o palácio Imperial acima da cidade diante dele. A capital imperial contava com mais homens de armadura em sua guarnição do que no interior da sua principal fortaleza. 

A mera presença de suas vestes brancas do outro lado da ponte levadiça, agitou os arqueiros. Ao remover seu chapéu de palha, Imichi acenou com o objeto, exibindo um rosto amigo aos guardas. 

A ponte desceu conectando as duas partes da montanha. Descendo ao seu encontro para escoltá-lo, estava um jovem rapaz com um fino cachimbo nos dedos:

— Aqueles sanguinários imprestáveis te mandaram aqui?

— Vim por livre e espontânea vontade, em nome do meu povo. 

— Seu antigo povo — tragou um cachimbo, soltando a fumaça — nós estamos fartos de enganações. Diga logo a que veio.

— Desculpe, mas você não seria muito novo para isso? 

— Você não me conhece.

— Certo. Eu sou Imichi — estendeu a mão — você é?

— Basta — recuou — siga-me e nem uma palavra a mais.

Eles subiram a rampa para dentro do palácio, onde Imichi aguardou no pátio até o chamarem para o jardim dos fundos. Ao passar pelos guardas que protegiam a entrada para o lugar a pouco reconstruído, o rapaz de cachimbo  foi aproximado por uma jovem:

— O Imperador vai interromper seu almoço, por esse aí? Ele é confiável, Doku? 

— Kyoko, kyoko — tragou novamente — já devia saber que ninguém é. 

A garota subiu seu capuz, pedindo passagem aos guardas que a concederam acesso aos gramados externos. O lugar estava dividido em anéis concêntricos, formados por grama bem podada. 

Uma linha reta ligava o exterior ao círculo mais interno, por onde Imichi caminhou até encontrar uma mesa farta com o Imperador e seus criados esperando por ele.

— Deixem-nos a sós — ordenou Satoru, limpando a boca com um guardanapo. 

Imichi tomou a cadeira vazia do outro lado da mesa e descansou seu chapéu no encosto. Antes de saírem, os servos ofereceram ajuda para fazer o prato do Shiro, mas ele recusou.

— Você é o imperad… 

— É como me chamam — apontava para um quadro sustentado por um tripé às costas de Imichi — mas essa mulher me deu outro nome: Satoru Sora. 

O mais velho entre os irmãos Shiro se virou na cadeira e viu dois quadros exibidos. Um de uma mulher e outro de um homem, Imichi reconhecia bem, era Koji. Quando se virou, o braço esquerdo de Satoru, seu único, se esticava do outro lado da mesa.

— Sou Imichi, represento os Shiro — apertou a mão — É um prazer. Seu pai e eu éramos distantes, mas prometo marcar mais presença aqui de agora em diante.

— Fala como se fosse obrigado a isso. As tradições de seu povo não precisam recair sob suas costas — colocou o garfo na boca. 

— Tradições existem por um motivo. Mesmo assim, é o primeiro governante com quem falo que tem uma fala tão liberal.

— Entendeu mal. Sou imperador graças às tradições — contemplou o quadro de seu pai — mas sei diferenciar uma tradição benéfica de uma passageira. 

— Sinto muito pelo que aconteceu com seu pai. Eu sei como é perder uma família de um dia para o outro. 

— Muita coisa aconteceu neste lugar, muita mesmo — levantou a tampa da travessa de prata na sua frente — aceitaria ao menos a sobremesa? 

— Agradeço, mas eu vim tratar desta crise rapidamente — levantou a voz — Eu gostaria de poder contar com a força dos Ao. As cores primordiais estão frágeis contra os Kuro individualmente. Nos últimos meses treinamos os Aka para suportar um pouco, mas com a aliança Orange podemos fazer muito mais e… 

Satoru acertou a mesa com as mãos espalmadas, engasgando com a comida e então soltando uma tosse sob seu punho. 

— Ouviu o que acabou de dizer? — retomou a postura — Tradições podem ser passageiras, mas existem feridas abertas bem difíceis de curar, você sabe né? E esta ferida foi passada de pai para filho aqui. Naquela época já estávamos rendidos e mesmo assim não retiveram a espada. Percebe que está pedindo uma misericórdia de mim do qual os Aka não compartilham?

— Há feridas maiores que a Guerra do Sangue. E mesmo assim, encontrei cooperação até entre os Midori

— Isso deveria ser uma ameaça? A incursão de meses atrás foi uma tentativa de continuar os planos de meu pai, antes de sua morte. Isso sim, foi uma tradição passageira. Não ouviu nenhum relato de agressões após aquele pequeno incidente, ouviu?

— Eu serei franco, então. Suzaki é um alvo para as outras nações também.

Satoru empurrou seu prato, mastigando mais lentamente mudando sua expressão,  ao tempo que Imichi continuava:

— Os objetivos dos Aka, da Dinastia Kiiro e agora do seu Império estão praticamente alinhados. Os Kuro vão massacrar a todos e Suzaki está ao lado deles. Se seus sentimentos pelo ocorrido são reais, então reconhece que esta tradição de carregar a ferida é passageira frente a ameaça que vem por aí. Podemos deixar o passado de lado para trabalhar por uma paz no futuro.

Pegando seu garfo, ele fatiou um pedaço da torta na travessa para dentro do seu prato. Depois, ele cortou um pedaço menor e o levou à boca. Após mastigar, engolir e expirar, o imperador deu sua resposta: 

— Nokyokai é o único caminho por onde os Kuro chegariam aqui sem passar pelos Midori. É uma região pobre, mas que guarda recursos importantes e uma população carente. Quero que os Aka garantam a segurança deste lugar junto com meus Heishis.

— Obrigado, Satoru — ficou de pé, estendo a mão esquerda — Será feito.

— Lutaremos juntos sob uma condição — apertou o punho com força — Caso meu irmão seja raptado, ele deverá ser entregue a mim e a mais ninguém. 

Com a saída de Imichi, Satoru encarou o retrato de seus pais por um instante, até ouvir o farfalhar das folhas atrás dele:

— Saia daí. Quase me fez perder a concentração. 

— Vai ajudar ele — Kyoko surgia entre os arbustos — depois do que houve?!

— Esse não é o objetivo, criança — voltou seus olhos aos quadros — na verdade consegui exatamente o que queria — retirou o retrato de procurado de seu irmão. 

— Ele parece nem saber da pulsação. Por que não contou para ele? 

— Não parecia, né? — ficou de pé, ajeitando seu manto vermelho — isso é curioso para um viajante como ele. O momento pede calma. Por enquanto o inimigo do meu inimigo é meu amigo. E os dois são mais úteis quando estão por perto — cravou com um prego o rosto de seu irmão ao lado dos quadros de seu país.

Em uma mansão no interior de um território distante, o pôr do sol se aproximava na capital Kagutsuchi. Uma de suas autoridades bebia um vinho ao tempo que analisava papeladas imensas, a ponto de ter que desviar seu olhar para ver a porta de sua sala principal no qual era tocada três vezes: 

— Entre! 

Com a ordem concedida, um grupo de nove guerreiros adentrava a sala, bem conhecidos pela figura que se levantava em sua mesa. 

— Estamos aqui Supremo — todos prestaram continência. 

— Se agruparam mais rápido do que esperava, mas onde está… 

— Sem tempo para formalidades Ryoma — com os braços cruzados surgiu por último Oda — como sempre subestima minha liderança, diga qual é dessa vez. 

O líder dos principais passava pelos seus, fazendo com que automaticamente todos se levantem. O supremo se colocava frente a frente com seu rival. 

— Devem estar cientes de que amanhã será um dia histórico, receberemos a líder da Dinastia em nossa capital pela primeira vez em muito tempo. Quero contar com vocês para tomar as rédeas da recepção, desde a fronteira no norte até aqui. 

— Se aproveitando de meu conhecimento no norte? — abria um sorriso — eu realmente não sei o que seria você sem mim — virou as costas Oda — muito bem, eu faço de novo o trabalho pesado enquanto você senta a bunda nessa cad… 

Ele interrompia sua fala ao tempo que todos ali notavam passos apressados na direção da porta da sala, os principais ficavam em prontidão até que novamente a porta recebia batidas. Ryoma sinalizou, Oda abria a porta lentamente, quando o visitante entrou às pressas:

— Supremo! 

— Imichi? Disse que só voltaria amanhã — notava as roupas desgastadas e a exaustão do sujeito — o que houve com você? 

— Eu… eu vim mais rápido que pude — limpava sua testa com as mãos no joelho — os azuis.. o Imperador Satoru deu uma resposta favorável! — dizia com empolgação.

Os Principais presentes trocavam olhares entre si, enquanto Oda limpava poeira de seu ombro sem demonstrar reação, voltando a cruzar os braços observava Ryoma arregalar seus olhos processando a informação:

— Você disse… Satoru?


Ilustradora: Joy (Instagram).

Revisado por: Matheus Zache e Pedro Caetano.



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