Volume 1

Epílogo: Sãr Nimbus…

De acordo com os registros que Jim encontrara na mesa do Lorde Pirata, aqueles piratas eram corsários a serviço de alguma nação. Seu objetivo parecia ser roubar cargas e semear o caos para enfraquecer as nações que comerciavam com Porto Éter Sombrio. Talvez fossem aliados de algum inimigo de Cenferum, mas Jim não conseguiu determinar ao certo.

Com sua habilidade em navegação, Jim guiou as duas naves capturadas até o Zaratan, o gigantesco monstro que servia de ilha móvel para os piratas. Apesar do constante movimento da criatura, as anotações do capitão da nave pirata ajudaram a localizar o destino sem maiores problemas. Chegando lá, a tripulação retomou a Brand e assumiu o controle da nave pirata capturada, reforçando ambas com parte da tripulação da Peregrino.

A expedição retornava a Cenferum com muito mais do que esperavam: duas naves próprias, as naves saqueadas pelos piratas e a ilha móvel. 

Do outro lado do Zaratan, estavam as naves de Cenferum e algumas embarcações piratas sem tripulação, e os sobreviventes de Cenferum da expedição anterior permaneciam presos em cavernas semelhantes às que haviam sido encarcerados. 

Apesar das perdas significativas durante o ataque inicial, os aliados de Nimbus redobraram os esforços, organizando turnos exaustivos para conduzir as naves de volta, ainda que em velocidade reduzida.

Ari, por outro lado, tornou-se uma fonte de problemas. Determinado a reassumir seu posto de comandante da Engenharia, começou a causar sérios danos aos geradores da nave por puro capricho. Elisis, sem alternativa, ordenou que o rapaz fosse encarcerado, encerrando a ameaça que ele representava.

Enquanto isso, Jim descobriu como controlar o Zaratan, o que abriu novas possibilidades estratégicas. No entanto, a criatura era lenta e levaria cerca de três meses para chegar a Cenferum. 

Algumas naves foram deixadas ancoradas na ilha viva, com tripulações organizadas para formar guarnições e garantir a segurança durante a longa travessia.

Agora, o grupo seguia de volta ao continente. Todos os piratas capturados foram aprisionados nas mesmas cavernas que haviam servido de cela para os heróis. 

Por ordem de Sãr Nimbus, novo cavaleiro, oficial e segundo no comando da Brand, nenhuma execução desnecessária foi permitida. O jovem líder garantia que, mesmo em meio à vitória, houvesse espaço para honra e justiça.

Dias depois.

Nimbus estava na proa da Brand, contemplando sem medo o mar de éter que se estendia à sua frente. Nas mãos, segurava o anel que seu mestre, o lendário cavaleiro Sãr Lonios Drago, havia confiado a ele. 

A missão era clara: levar aquele anel até Victórius e contar sua história aos Governantes de lá. Como faria isso ainda era um mistério, mas uma coisa era certa: ele cumpriria a promessa, pois era isso que os cavaleiros faziam.

— Sãr Nimbus — um soldado aproximou-se, interrompendo seus pensamentos. — Aqui está sua lança, senhor. — Ele entregou a arma retrátil, projetada especialmente para destruir monstros do éter ao atingir seus múltiplos cérebros.

Nimbus pegou a lança, sentindo o peso da responsabilidade em suas mãos, mas também a coragem que crescia em seu coração. Antes que pudesse responder, ouviu a voz de Valeros, que se aproximava com determinação.

— Vamos embora, senhor cavaleiro cabeça nas nuvens — disse Valeros, segurando sua própria lança, mesmo com apenas a mão não dominante em condições de uso. O olhar confiante deixava claro que ele estava pronto para a batalha.

Logo atrás, Elisis juntou-se a eles, chamando Nimbus com firmeza.

— Sãr Nimbus, temos um monstro do éter para derrotar. Sãr Flavius e Portos já estão sobre a criatura, e os cavaleiros das outras naves estão em posição também.

Nimbus olhou para seus companheiros, um sorriso se formando em seus lábios. Antes de partir, lançou um último olhar pela janela da ponte da Brand. 

Lá, Jim, sentado na cadeira de navegador, devolvia-lhe o sorriso, acompanhado pelo Tenente Nicolas Pavel, a Tenente Wenre Nyota, a Tenente Ka Hikaru, os Doutores Henry e Leonardo, e a enfermeira Cristiane. Todos olhavam para ele com admiração e confiança.

Inspirado por aqueles rostos familiares e pelo peso da missão, Nimbus deu meia-volta, correu pela proa e saltou em direção ao monstro do éter. A lança em suas mãos reluziu, pronta para cumprir seu propósito, enquanto o jovem cavaleiro mergulhava na batalha que o aguardava.

FIM

Nimbus e os Cavaleiros de Cenferum

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