Volume 1
Capítulo 5: O Mago Ganancioso
Uma nevasca tomava conta de todo reino de Qliw. Sendo a mais forte de todos os tempos, tornando extremamente difícil para qualquer cidadão caminhar pelas ruas.
Mesmo com a enorme nevasca, um único jovem com roupas pretas e um turbante azul cobrindo suas costas e cabeça caminhava pela rua desértica tranquilamente. O frio, muito menos a neve encostava em seu corpo e vestes.
Isso se dava a proficiência do jovem como um mago de fogo, água e luz. Assim ele envolvia seu corpo com uma grossa camada envolvida em calor fazendo com que a neve no chão ou no ar fosse derretida e evitasse sofrer com o frio da nevasca e com sua magia de água fazia uma leve camada de água fazendo com ficasse úmido e possível manter ambas calor e umidade, com a magia de luz iluminava o caminho por onde passava.
O que fazia alí caminhando sem rumo aparente? Pessoas vendo através da janela de suas casas pensavam enquanto não ousara sair para perguntar ou acolhê-lo em suas residências.
Todavia o mago tinha um objetivo. Servir de como mentor para os filhos de um conhecido...
O mago não era o tipo de pessoa que viajaria tanto para ajudar conhecidos, porém isso mudara quando envolvesse moedas. Precisamente moedas de ouro.
Um ganancioso que faria qualquer serviço portanto que tivesse o devido pagamento.
O jovem continuava a adentrar cada vez mais pela capital.
"Coff, coff."
Uma tosse surge em meio a ventania pesada. O barulho parecia imperceptível para os comuns humanos, no entanto o garoto escutava aguçadamente a voz, fazendo com que a seguisse sem pensar.
Várias barracas sem qualquer mercadorias indicando que poderia estar num mercado local, a tosse ficava mais alta.
Virando a esquina pela direita encontrava o dono das tosses imparáveis.
“Um mendigo...”
"Coff, coff."
O jovem se aproximara com cuidado preparado para o pior. Esticou seu braço e com sua mão tocando no pescoço do mendigo que se mantinha encolhido; uma luz surge no ponto específico.
“Como se sente?”
O mendigo ficou surpreso com tal acontecimento, sua tosse abruptamente parou, o frio que sentia sumiu.
“Muito…obrigada…” a voz era suave e plena, mas a gratidão era precisa.
“...”
O salvador do mendigo o encara. Olha cada milímetro do corpo dele, suas roupas em frangalhos, as únicas que lhe tinham sido providas.
“A-algo de errado?”
“Sua voz é agradável.”
“Hã?”
Definitivamente não era a resposta que se esperava de seu salvador, contudo isso o alegrou e deu brilho aos olhos do mendigo.
“Fico agradecida por ter apreciado minha voz. Todos sempre me desprezaram por isso, então… sniff, sniff… muito obrigada.”
“Eu quero fazer uma pergunta?”
O mendigo rapidamente secou as lágrimas que caíam de seus olhos marrons.
“Irei responder o que for que deseje saber!”
A firmeza em sua fala era animadora, talvez finalmente o jovem iria deixar de caminhar sem rumo pelas ruas da capital.
O garoto retira um papel enrolado do bolso em seu turbante e mostra pro mendigo.
“Onde fica a casa desse cara aqui?”
“Esse rapaz parece bastante com o grão-mestre, talvez seja algum parente… ele mora ao norte do quartel general.”
“Entendi, valeu. Agora vamos indo antes que esqueça onde é.”
“Eu irei junto do senhor?”
O mendigo matinha uma confusão.
“Se não quiser morrer aqui, só vir atrás de mim.”
“Ta!”
Assim ambos, o jovem e o mendigo seguiram para o localização informada.
“Já faz algum tempo que não sinto frio.”
O mendigo questionava.
“Isso é magia, estou aquecendo nossos corpos a ponto de que a neve não incomode.”
“Ah, que maravilhoso é a magia.”
O mago junto do mendigo chegaram a uma grande, era um edifício luxuoso e isso animava o mago que passou calmamente pelo portão da entrada principal, seguindo até a porta, ele bateu.
“Tudo bem eu pisar aqui, senhor?”
“Não se preocupa.”
Logo se escutou os passos de alguém aproximar-se da porta.
A voz feminina e madura surgiu.
“Quem é?”
“Hiari, fui chamado pra ser mentor de umas crianças daqui.”
O mago não mostrava qualquer cordialidade, porém seu jeito descontraído era o que o tornou um excelente conjurador.
A porta se abre.
Uma bela mulher de vestido carmesim se prostra na frente do homem de turbante.
“Há quanto tempo, Hiari.”
Hiari estava surpreso pela linda mulher que o recepcionava.
“Faz um tempinho mesmo, Hana, você está bem mais bonita.”
“Ahaha, não precisa de tanta modéstia, entrem. Irei chamar Yama.”
Entrando rapidamente, se acomodou no sofá grande e macio que estava na sala de estar.
“Não vai sentar?”
O mago Hiari pergunta pro mendigo que mesmo relutante manteve firme seus desejos.
“Não, senhor. Não mereço isso.”
“Você que sabe…”
Hiari olha ao redor “Quanto luxo, em…”
Com sete minutos, o homem alto de cabelos loiros surge junto da bela mulher que havia ido chamá-lo.
Aquele que se dirigia ao encontro não era um qualquer, muito menos alguém fraco. Era simplesmente o grão-mestre do reino que vivia, um dos cavaleiros mais fortes de todo o reino e com a alcunha de estrategista real, aquele que comandaria qualquer as movimentações militares do exército.
“Você chegou mais cedo que o previsto, você deve está cansado.”
“Ah, não foi nada, é tudo pelo dinh- meu amigo que há eras não vejo.”
“Continua ganancioso como sempre, mas é bom ver que está bem.”
O homem loiro sentou no sofá ao lado do qual estava o mago, a sua esposa sentou em seguida.
“E então, vou ter que ser babá de seus dois filhos?”
Mesmo com a atitude de Hiari, o homem Yama não ficava incomodado, talvez por serem amigos ou por não querer iniciar um conflito por imaturidade.
“Não. Na verdade eu só tenho uma filha, o garoto que irá participar da sua tutela é filho de uma amiga.”
“Saquei, tá bom. Pode deixar comigo, farei de ambos ao menos classe imperador.”
A fala do mago foi condizente com sua ganância, contudo não tinha qualquer mentira ou falsidade em completar seu objetivo de tornar as duas crianças em poderosos conjuradores de magia.
“Hoje você pode descansar, Hana levará você até um dos aposentos disponíveis e mais tarde irei apresentar seus pupilos.”
“Tá, então vou descansar. Ele vem comigo, belê?”
“Certo, mas antes acredito que ela queira tomar um banho.”
“Ela?”
O mago questionava a quem seu amigo se referia, tinham apenas três homens e uma mulher, e ele não falaria tal assunto de sua esposa.
“Do mendigo, ela não é uma mulher?”
“É um homem!”
O jovem Hiari tem fortes convicções sobre seu companheiro ser um homem.
No entanto, o mendigo mesmo nervoso interviu.
“C-Com licença, senhor, mas o grão-mestre está certo…”
“O quê? Sério? Achei que era um homem.”
Com as devidas medidas, o jovem mago foi para o quarto enquanto a sua acompanhante seguiu para um banho antes de encontrá-lo.
Assim como dito, durante a noite Hiari, acompanhando seu amigo foram encontrar os pupilos.
“Nao vi nenhum dos pirralhos desde que me acomodei, por acaso você é papai malvado que tranca seus filhos no próprio quarto? Que feio, Yama, que feio…”
“Não é bem assim. Neku costuma treinar com Hina, mas desde que ela adoeceu, ele preferiu estudar os livros da biblioteca.”
“Sua filha tá doente? De quê?”
“Gripe de Nuestas aparentemente, por isso preferi isolar ela, mas já tem um curandeiro cuidando dela.”
“Hm… tá, então vamos passar no quarto da sua filha primeiro.”
O grão-mestre não tinha idéia do que seu amigo planejava, contudo apenas aceitou.
Subindo as escadas, os dois se encaminharam até o quarto da menina, Hina.
“Hina, está acordada?”
“Sim, papai…”
“Que chatice.”
Sem se importar e com as mãos firmes, Hiari abre a porta, entrando em seguida.
“Iai, menina, eu sou o novo médico que seu pai enviou pra curar sua doença tão grave.”
“S-cof, cof, sério?”
“Uhum.”
Todo o quarto começa a brilhar repentinamente, a menina e o curandeiro que já estava no quarto ficavam surpresos enquanto, o mago não se importava apenas mantinha os olhos na garota em sua frente.
“Que vossa divindade me dê o poder para purificar os indefesos: Curar.”
O forte brilho que preencheu o quarto logo dissipou.
“Iai, como cê tá?”
A garota começa a se analisar. O frio que cobria seu corpo havia amenizado, as tosses numerosas tinham diminuído e as dores no corpo sumido.
“Estou bem melhor, senhor curandeiro.”
“Belê, isso só deu uma diminuída, vou preparar um remédio pra você ficar tomando por duas semanas. Daí você tará 100%.”
“Muito obrigada, senhor curandeiro!”
“Nada que não fizesse pelo d-Yama, meu amigo. Agora dê as boas notícias ao seu pai!”
A porta que outrora foi fechada pelo mago foi aberta, dessa vez pela menina que agora estava quase completamente curada.
“Papai! Estou curada.”
O grão-mestre apressa o passo aproximando de sua filha, dando um abraço na garota que mostrava uma surpresa agradável e aconchegante vindo daquele homem.
Com o término dos carinhos trocados entre pai e filha, os três seguiram para o quarto do outro pupilo.
“Neku?”
O garoto abriu a porta assim que o grão-mestre chamou por seu nome.
“Esse é Hiari, será o tutor de voc-.”
Antes que Yama terminasse de falar, o mago se aproximou pressionando seu rosto perto do menino. Minutos após encarar o menino, Hiari se afastou.
“Tá, já entendi. Como sua filha ainda está doente, então começarei o treino deles após a melhora dela. Belê?”
“Certo, deixo eles em suas mãos. O pagamento será feito amanhã à tarde.”
“Que maravilha, você é um ótimo amigo, Yama.”
“Sei disso.”
Hiari então passaria a viver na grande mansão de seu amigo até que finalizasse o treinamento de magia aos parentes do grão-mestre Yama.