Negociar para Não Morrer Brasileira

Autor(a): Lágrima Negra


Volume 2

Capítulo 18 : Enfim Começamos a Escola

Dia 9 do mês 1 de 187, Reino de Magnik

Mirai seguia para o prédio da turma noturna, o mais isolado e antigo da escola. Era o único prédio com 2 andares superiores e o único com a quantidade real dos andares inferiores desconhecida por quem não o frequentasse.

O prédio parecia velho recentemente reformado por fora e seu interior era luxuoso. Enquanto observava o interior do prédio Leo Jade se aproximava da garota.

— Bom dia Mirai, seja bem-vinda. O andar superior é a área dos dormitórios e os únicos andares permitidos visitas é do segundo andar ao primeiro subsolo. O segundo andar do subsolo ainda seria permitido, mas ele existe apenas para evitar situações inesperadas, se alguém for pego nele e for de fora, restringiremos a entrada dessa pessoa, compreendido?

— ... bom dia para você também, obrigado pelas informações, quanto a área dos veteranos?

— Eles dividem espaço conosco entre primeiro e segundo andar.

— Você precisa de alguma coisa comigo?

— Sim, nos dois estaremos na turma da tarde junto com a sua amiga Iris, então existe algum plano para eu seguir ou coisa similar?

Suas palavras quase não tinham emoções, era por tédio, ou simplesmente falta do interesse nas coisas, mas por precisar da informação ainda corria atrás.

— Eu vou lidar com ela, mas você por acaso tinha pensado em um plano?

— Pensando em como você estaria como homem, e eu mulher, cogitei fazermos uma falsa atuação de casal.

— ... seu plano é o suficiente para irritar muita gente sabia? Mas a forma falada...

— Eu preciso é evitar problemas. Voltando, como nos dois vamos passar a maior parte do tempo na mesma sala eu peço que me fale qualquer coisa importante e sua estratégia para se manter como “Lucas”. A e ninguém me conhece na turma, só preciso parecer mulher até o fim.

— Ótimo, mais alguma coisa?

— Sim o Valete falou da sua chegada sendo hoje, ele está te esperando no refeitório, por favor deixe suas malas comigo, seu quarto será o 1-A e por favor temos um quadro de avisos logo ali está vendo? Lembre-se de ler todo dia, caso venha chamar alguém anote nele. Por fim, quanto a sua aparência de homem pegue isso, todas as informações necessárias estão aqui. Aproposito...

— Sim?

— Você acha necessário usar enchimento para o meu disfarce?

— Hum... sinceramente tem vantagem e desvantagem, é fácil não ser associado, mas se algo acontecer e perceberem os enchimentos isso te traz mais desvantagem.... na dúvida use apenas um pouco e acrescentando aos poucos até ter atenção suficiente começando em outro ano, esse primeiro seria estranho.

— Entendo.

— Mas por que me fez essa pergunta, não tinha outras pessoas para perguntar?

— A dificuldade do seu disfarce em partes está em ter conhecidos na escola, o meu está em realmente fazer do zero o disfarce, digo você chegou a criar a identidade falsa sua?

— A entendi. Quanto a última pessoa?

— Ela legalmente está morta.

— Eita... certo, obrigado. Aliás...

— Sim?

— Deve ser melhor não fazer um falso namoro durante os primeiros anos. Crie um círculo para te apoia, algo como uma rainha da panelinha. Use-as para dar ordens gerais nas mulheres fora do seu controle através dos números. Eu pretendo algo parecido entre os homens, mas não posso garantir nada.

— Plano interessante.

— Bom, até senhora...

— Leona, mas pode me chamar de Leo, senhor Lucas.

— ... assim fica fácil, nem mudou o nome.

“ No final ele parece seguir sempre o caminho mais prático, simples e direto. ”

A garota seguiu para o refeitório. Várias pessoas estavam comendo seu café da manhã. Haviam veteranos e novatos no refeitório, o único ponto estranho era toda uma região vazia, com apenas duas pessoas conversando enquanto tomam um café.

Um deles era um homem com cabelo cinza amarelado e olhos amarelos. Era a pessoa mais influente do submundo da história atualmente e ele ria e bebia café enquanto conversava com uma garota irritada. A garota tinha um estranho brilho, seus olhos e roupas embora todos sejam pretos, pareciam refletir a luz e brilharem na luz. Chegando próximo aos dois, ela recebe um olhar divertido e sorridente e um outro curioso e irritado.

— Mirai! Bom Dia! Tudo bem? Ela irá se apresentar, embora a maior parte do tempo vocês não vão se encontrar.

— Akira, prazer.

— Prazer, Mirai.

— Correção o nome dela era “Hana Onix”, mas a família dela a executou.

— Certo...

“ Como assim a família dela a executou? Isso pode ser bom. ”

— Você não precisa dos detalhes.

— Ok...

— Você não sente vontade de irritar ela Mirai?

— ... um pouco, mas se eu fizer isso seria ruim quando eu preciso pedir um favor.

— Um favor?

— Um bom ponto para não irritar alguém.

— Primeiro, a sua família, os olhos da sua família para ser preciso, quais os elementos deles?

— Por que te interessa?

— Bom se eu vou pedir um favor preciso oferecer outro. Não é motivo para me gabar, mas eu fui uma das culpadas pelo fim da família diamante, no ataque terrorista eu mesma executei Diax e seus filhos, pareço útil caso precise duma mãozinha em algo?

— E quanto ao pedido real? Isso é algo facilmente confirmado pelo Valete.

— Simples, ajude na proteção da minha irmã Yuty. Ela pode ser forte, mas nunca vai ser demais uma mãozinha.

— Tem a ver com o incêndio anos atraz? Bom, tanto faz. Toda a minha família usa sombras graças aquela bizarrice feita lá dentro.

— Então essa informação é verdadeira... sabe, existe um homem na família Pedra do Sol muito peculiar, seu dom é trocar seu elemento mágico todo dia ao meio dia.  Apesar disso, seus olhos sempre são vermelhos, por conta da lente especial usada e desenvolvida pela família dele e graças a um espelho especial, ele pode ver qual a cor dos olhos sem ninguém saber. Entendeu minha dúvida?

— Sim, mas para me perguntar sobre minha família por acaso tem algum interesse em mata-los também?

— Claro Akira. Eu, Lucas, tenho interesse nisso.

— Espero poder ser um grande amigo seu “Lucas”.

O homem olhava para as duas garotas.

— Pelo visto as duas vão ser amigas.

— Eu já terminei meus assuntos com ela.

— Ótimo, me siga então.

Após um breve aceno, Mirai segue Valete e um copo com café voava para suas mãos junto com uma fatia de pão.

— Eu devia esperar seu café?

— Não precisa, posso falar e comer.

— Perfeito.

 

 

Uma vez num quarto isolado o homem ouviu o plano da garota para lidar com Iris. Valete calmamente respira fundo, cruza as pernas e olha para menina. Respira fundo de novo, seus olhos mostravam nojo.

— ... seu plano brilhante é em suma, conte para a Iris a verdade, e depois peça ajuda para ela esconder a verdade. Estou errado?

— Exatamente.

— Antes de eu te matar publicamente agora, por que teve essa ideia e a considera brilhante, se ela é literalmente você negando seu próprio pedido para mim?

— Simples eu escondi algo de você esse tempo todo, a Iris pode reconhecer absolutamente toda e qualquer mentira contada por alguém ou intenção ruim dirigida a ela, ou seja, é impossível engana-la ou tentar matá-la sem resistência dela.

— ... como é que é?

Seus olhos arregalaram e inclinou sua cabeça com a resposta.

— Primeiro permita mostrar em provas esse dom. A quantos anos a família Rubi nunca foi enganada ou teve uma falha quando a rainha Akas estava intervindo ativamente?

— Bom, ela sempre foi uma mulher perspicaz, mas tinha falhas no passado... embora ela realmente não tenha tido nenhuma falha nos últimos anos... garota, essa é a terceira vez, correção segunda, que eu me irrito com o contrato com você. Seu irmão um caso à parte, Yutyssia se transformou e vai ser sem dúvidas nesse ritmo, legalmente, a maior maga das sombras e a Iris, além de já ser assustadora naturalmente com sua magia das chamas pode diferenciar toda mentira e a verdade das pessoas, sério essas as duas... seria muito melhor para mim coloca-las em um contrato, principalmente quando uma delas era realmente fácil...

— ... por que meu irmão é um caso à parte?

— Bom, herdeiros principais das famílias sempre são muito intocáveis, não seria impossível, mas pelo meu próprio bem devo me manter numa posição pacifica distante.

— No final, se arrepende por me contratar? Minha nossa, nossa, nossa, estou tão triste agora.

A garota fingia uma aparência triste e melancólica.

— Bom, ainda é a criatura mais fora da curva, mas ter 3 pessoas uteis pode valer mais em casos onde preciso lidar com muitos problemas diferentes simultaneamente.

— É um ponto justo — a tristeza falsa tinha acabado, mas havia um olhar irritado na garota. —  Só não se esqueça da proteção deles.

— Certo, certo e as lutas de abertura?

— Me fale dos adversários, mas só pretendo ganhar como Mirai.

—Vai ser contra o garoto da família Pedra do Sol sua batalha como Mirai. Dito isso é melhor eu já ir pensando como sequestrar aquele ex-príncipe de rubi.

— Agradeço desde já.

“ Bom, um final ruim negado agora por completo... embora ainda me pergunte como ele conseguiu me prender. ”

 

 

Na manhã do dia seguinte, três alunos andavam lado a lado como se tivessem se tornados amigos recentemente. Dois homens rindo enquanto conversavam com uma garota no centro.

Um dos rapazes tinha o cabelo listrado preto e branco amarrado em um rabo de cavalo, vestia apenas branco puro ou preto puro, olhos pretos e gentis. Algumas pessoas o encararam como se fosse um mordomo entrando na escola enquanto acompanha a sua senhorita. Seu nome era Akira o disfarce da garota Hana.

A garota se chamava Leona, tinha cabelo curto preto, seus olhos eram verdes, usava uma meia calça branca e um par de luvas muito longas e brancas, sua pele escura se destacava ao lado dos garotos e mantinha um puro sorriso de princesa inocente no rosto. Outros homens olhavam para ela sem conseguir tirara seus olhos da sua inocente e pura aparência. Leo se sentia levemente arrepiado com os olhares masculinos.

O último rapaz era Lucas, tinha um cabelo verde e olhos verdes, uma impressão feliz e gentil, usava um par de luvas pretas e um brinco na orelha esquerda com uma pedra azul, ao longe as garotas olhavam para ele e suspiravam com sua aparência simpática e descontraída, enquanto alguns homens pareciam não gostar muito dele e sua aparência. Mirai tranquilamente olhava para as pessoas longe e sorria para amenizar as pessoas.

O trio caminhava para suas turmas tranquilamente com uma falsa conversa amigável. Mirai se sentiu observada intensamente durante a caminhada. Olhando sutilmente para a direção do olhar uma raposa e um corvo a encaravam.

“ ... eu esqueci delas... vou ter que aturar elas reclamando muito pelo jeito, mas... elas não vão ficar alternando entre uma forma humana e animal, né? ”

Ao se separar do trio ela caminha para os animais. Ambos carregavam muitas queimaduras em várias partes do corpo. O problema era a raposa branca com metade do corpo preta por queimaduras e com algumas partes faltando. Sua versão no sonho estava muito melhor, parecia até ter tido seus problemas aumentados durante o tempo.

Quando chegou ao ponto de toca-la seus olhos dourados e fracos olhavam com leve suspeita da situação.

— Minha voz está diferente, mas vocês sabem quem sou eu?

 Ambos os animais acenaram positivamente.

— Só conseguem falar nos sonhos mesmo?

Eles concordaram novamente.

— Vejo... então fazemos o contrato e fingimos ter sido tudo certo o tempo todo sem eu esquecendo das duas?

A raposa suspirou e o corvo balançou a cabeça em decepção. Removendo as luvas, estendeu uma mão para cada, eles colocaram a cabeça na mão, em cada uma um símbolo apareceu. Um era um olho vermelho na mão esquerda, estendida ao corvo. O outro foi um par de olhos dourados como os da raposa.

— Certo... ei corvo, vai continuar agindo sozinho certo? Eu devo negar toda e qualquer tentativa para invoca-la, não é mesmo?

Ela confirma.

— Então, raposa, você estaria bem em me acompanhar enquanto eu estou disfarçada como “Lucas” como meu familiar?

Com uma certa relutância concorda.

— Prefere ficar dormindo em algum lugar e só aparecer quando eu te invocar?

Dessa vez com relutância discorda da ideia.

— Certo, vamos ao dormitório da tarde pedir um registro de familiares, no caso só o da raposa.

Olhando para a mão esquerda e controlando a magia a marca de familiar sumiu como se não existisse, já a da direita manteve. Antes de se levantar para ir ao dormitório olhou para as pernas da raposa, estavam parcialmente queimadas e feridas. Após vestir as luvas pegou a raposa no seu colo e deixando confortável, seguiu para registrá-la.



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