Volume 2

Capítulo 1 : O Teste

Dia 26 do mês 3 de 186 Rei Rubi, Reino de Janfor.

Anfiteatro Gysh House andares subterrâneos do prédio, duas mulheres assistiam uma apresentação exclusiva para VIPs, uma delas era uma mulher com cabelo preto e olhos pretos, seu olhar cansado, parecia tanto uma beleza quanto algo distante das pessoas do ambiente. Ela ignorou a peça inteira, embora olhasse para o palco do começo ao fim.

A mulher entrava acompanhando uma garota de cabelo verde como jade, um olho verde profundo e um sorriso adorável no rosto. Se aquela garota não estivesse disfarçada, seria uma simples e linda garota da família Jade, mas ela era da família Safira, Mirai em seus 10 anos.

— Garota está quase na hora do seu teste, vou te explicar seu primeiro trabalho antes dos seus problemas com o Valete realmente começarem, está preparada?

— Sim, qual o trabalho?

— Primeiro não esqueça seu nome atual é Luiza, você tem 11 anos e está nas suas férias passeado, por ser abandonada não pode usar abertamente o título, veio aqui para assistir as peças.

— E o seu nome?

— Não preciso disso e cuidado com o seu disfarce físico e o seu magico.

— Então vou estar trabalhando sozinha?

— Não é normal assassinos trabalharem juntos, só em ocasiões muito especificas o máximo que farei para você como sua instrutora da família Safira vai ser te resgatar da polícia se você fizer merda. Quanto ao teste, está vendo todas essas pessoas?

— Sim, algo entra umas 300 a 400 pessoas.

A garota observava todo o anfiteatro lotado. O local era enorme e claramente não utilizava seu espaço da melhor forma. O local era composto por diversos grupos com cadeiras luxuosas separados apenas por uma parede feita por cristais e o espaço dos grupos. Pessoas ricas do pais, realeza, estrangeiros e não humanos, apenas uma razoável linha dividindo os não humanos e suas necessidades dos humanos naquele lugar.

— Se levar em conta as pessoas em outras alas do andar, temos pelo menos 500 chegando até umas 20.000 quando lembramos dos andares superiores e inferiores.

— É um número relativamente pequeno para as pessoas que temos no reino...

— Não é para menos, aqui a maioria já cometeu um crime, ou é cumplice ou serve como um servo barra escravo, no máximo temos conversas muito duvidosas para serem feitas em público, podemos colocar suborno aberto nessas conversas.

— Certo, em outras palavras ninguém aqui presta.

— É mais uma questão “não vamos perder tempo”. Sua missão é simples, mate 3 pessoas, saia do prédio, não seja descoberta e no máximo mate 9 pessoas.

— Eu não posso matar mais do que 9 pessoas?

— Se você fizer duas pessoas se matarem vou considerar como sua culpa.

— Ok, posso tirar uma dúvida?

— Diga.

— Uma pobre e inocente garotinha nos seus 10 anos deve matar 3 pessoas em um anfiteatro subterrâneo e fugir sozinha. É isso mesmo? Não está sendo cruel?

— Pobre? Sua família sozinha chegou alguns anos atrás em 4% do dinheiro do reino inteiro, sendo 5 pessoas, e inocente? Está tirando uma com a minha cara?

— Ta bom, ta bom, tendi, só porque já matei não sou inocente...

— Voltando, das 9 pessoas 1 será alguém especifico.

— Pera não tinha nada disso antes.

— Inventei agora, agora cala a boca, vou escolher um alvo, se acostume com mudanças nos últimos minutos.

— Mesquinha.

A mulher ignorou as reclamações. Olhando atentamente para cada pessoa no local não havia uma única pessoa sem algum segurança particular ao lado, alguns possuíam até mesmo seguranças extras e dubles interpretando seu papel.

— Enquanto você escolhe alguém, pode responder algo? Dessa vez sério e não apenas uma piada.

— Fale.

— Por que só recentemente eu estou achando estranho eu não saber como exatamente é seu cabelo, seus olhos e não ter ideia do seu nome ser algo estranho? Digo hoje é a primeira vez que eu realmente percebo, seu cabelo é preto e liso, até hoje só lembrava dos seus olhos.

— Até então você era muito fraca para percebe essa inconstância, entenda, assim como você inconscientemente usa um calmante no seu arredor, eu uso a característica da minha família, literalmente uma magia para deixar estranhezas normais, seu pai morto e a amizade com o pai morto da sua atual irmã adotada é um dos exemplos disso, não havia muita história entre eles e mesmo assim “sempre foram amigos”, mas o meu nível é instintivo e não um uso realmente ativo disso. Aliás achei seu alvo.

— E será?

— Vou ser bem gentil, escolha um ou então leve os dois. Mate a princesa ou o príncipe de diamantes.

— Príncipes de diamantes?

“ ...poderia ser alguém daquele futuro do aniversário? ”

— Assento superior, o 3° da direita.

Virando seu olhar para o assento designado haviam 4 pessoas, 2 guarda costas com óculos escuros, cabelos normais e seus dois alvos sentados lado a lado na frente.  Uma garota entre 17 ou 18 anos, usando óculos escuros, seu cabelo era uma mistura entre um branco e um transparente era estranho observar. Ao lado um garoto entre 9 ou 10 anos seu cabelo idêntico ao da irmã, mas ele não usava óculos escuros, seus olhos eram pretos como uma obsidiana.

“ ... ele estava lá... naquela visão... há, há, há, um morto não tem futuro, então já quem levar. ”

A garota começou a sorrir maliciosamente para o lugar, sua acompanhante levanta a sobrancelha sem entende-la. Era a primeira vez correndo atrás de matar alguém da garota, mas sua motivação foi alta e distorcida, uma leve sensação satisfeita estava presa naqueles olhos.

— ...você parece motivada.

— Qual a cor dos olhos da irmã?

— Descubra.

— Eu vou matar os dois, me diga logo por favor.

— Amarelos e não esqueça limite.

— Precisava lembrar?

— Não esqueça dele.

— Certo... a peça já vai acabar, e praticamente já estou em 4 mortes...

— Não espere eu te ajudar em nenhum momento, eu realmente vou te deixar morrer se fizer merda.

— Quanta consideração por mim, mas não iria me resgatar?

— Resgatar da polícia e deixar morrer são coisas diferentes.

Um barulho havia tocado sinalizando o termino da peça, uma voz soava para todas as pessoas.

— Atenção público, começaremos agora o jantar e a pausa. Em 2 horas teremos a próxima peça. Por favor aproveitem a noite e passeiem pela instalação.

As duas haviam se levantado e saído. A garota estava para abrir a porta quando se viu sozinha no lugar.

“ Não para nem para dizer tchau. ”

Com termino da primeira peça, as pessoas se dirigiam para o salão do jantar. A sala era grande o suficiente para todos caberem dentro, mas com os seguranças restritos a 1 por pessoa.

“ Vir com muitos seguranças parece falta de respeito, então todos aqui são monstros? Ou aqueles os seguranças lá no fundo da sala são muito fortes? Hum... como será que eu avanço para perto deles enquanto estamos aqui? ”

Como se atendendo o seu pedido, o mundo parecia sumir. Era o mesmo local quando notou, ela estava perto dos dois, pareciam já estar conversando por um tempo.

“ ...normalmente nunca viria o que queria no futuro, era mais aleatório? Bom vamos ver como é o assunto, pensamos mais tarde nisso. ”

 

 

Diana e seu irmão Leoni estavam andando para a mesa, eles estavam se divertindo com a peça, eram dois irmãos bons irmãos da família Diamante. Enquanto faziam seus pratos uma garota tinha se aproximado com um grande sorriso no rosto.

— OI! Tudo bom, vocês estão gostando da peça também?

— Oi e sim, eu estou gostando bastante da peça, irmão? — a irmã mais velha respondia educadamente.

— A oi, é... bom, mas é um pouco entediante.

— O, é a sua primeira vez em uma peça?

— Sim... — o garoto respondia vagamente.

— Bom, isso é meio inevitável para o meu irmãozinho. E quanto a você?

— Eu gostei, foi realmente incrível o sacrifício do melhor amigo do protagonista pelo bem do mesmo, aquilo foi tão tocante.

— Sim, sim realmente, aquela cena foi bem marcante.

— Você só queria ver dois homens juntos irmã.

— Mas —  

— Vejo que és uma dama com cultura.

— Oi? — o garoto perguntava.

— Vejo, aprecias as mais belas artes do grande mundo, suplico a ti, qual vosso nobre nome minha cara?

— Irmã?

— O minha cara, suplico perdão pela tarde apresentação, de Luiza sou chamada, e vós quem sois?

— An? 

— Como Diana me chamam, mas de irmã pode me chamar, pois vejo nossas almas ligadas numa verdadeira irmandade. Já este ligado a meu sangue é Leoni.

— Que?

— Então minha ligada por alma ir—  

Uma onda de mana passou pelas pessoas, causando desconforto.

— Mas o—

PROTEJAM OS MAGOS DE TERRA!

Ao ouvir esse súbito grito, “Luiza” havia se aproxima dos dois irmãos e olhado para direção do grito.

“ E agora a casa cai. Bom, como eu cuido dos dois lá embaixo? ”

Mirai deu um leve aceno para sua professora antes do andar inteiro cair mais o andar cima deles vindo junto.

 

 

Enquanto observava Mirai, a professora estava prestando atenção em tudo, cada passo dela disfarçada como mais um dos VIPs, até sentir uma mínima oscilação na magia da sua aprendiz.

“ Aquilo novamente... bom desde as oscilações dela são realmente mínimas agora com os 3 núcleos, mas por que ainda ocorrem? É por não dominar esse outro núcleo? Bom se for o caso deve continuar diminuindo até parar um dia. Então como ela vai se aproximar dos dois? ”

Ela via sua aluna se aproximando, daquela distancia não era possível dizer o assunto da conversa, mas em nenhum momento o grupo parecia se afastar.

 “ Se aproveitou ser da realeza para se enturmar? Mas ainda é estranho, ela parece muito concentrada no príncipe, ela quer começar com ele? ”

— Rainha Akas quem diria que estaria aqui e ainda junto da princesa Iris e a Sra. Diax, está uma noite agradável para todos?

A mulher estava praticamente ao lado da conversa toda, apenas reforçou sua própria magia para não ser reconhecida. Uma das pessoas em destaque na sociedade atualmente conversava com a rainha, ele tinha cabelo branco e olhos azuis claros.

— É bom revelo Sr. Lian, mas estou aqui com uma amiga para passeios e negócios com ela. Sinto muito por estar ocupada.

A rainha respondia educadamente. Suas roupas era um vestido vermelho caríssimo, seu cabelo alaranjado estava amarrado, seu olhar vermelho foi gentil e dava a mão para uma garotinha pequena, como se tivesse 7 anos embora fizesse 10 nesse ano. O cabelo da menina era um vermelho intenso e precioso como um Rubi, enquanto seu olho era ainda mais vermelho. Acompanhando próximo a elas uma mulher com olhos vermelhos e um estranho penteado amarrado meio branco e transparente vagamente lembrava um cristal ou diamante.

“ Isso explica as duas crianças diamante estarem sozinhas, as mães deviam estar em outro lugar discutindo algo, mas na frente da princesa? ”

— Mamãe podemos comer agora? — Iris puxava levemente o vestido da mãe.

— Eu cuido dela rainha, não se preocupe, vou apresenta-la aos meus filhos.

— Certo, obrigada Diax. E quanto ao seu motivo Sr. Lian?

— Nossa eu realmente me sinto ofendido assim sabia?

“ ...espera Iris, Akas, a família diamante, tudo no mesmo dia do teste da Mirai... o Valete pediu isso justo nesse dia? Isso seria quase um teste para o título Rei da nossa família. Matar enquanto esconde sua identidade, foge e é perseguido... espera, um teste para Rei? ”

Pela primeira vez mostrando um olhar preocupado e desperto, a professora utilizou magia das sombras e todos os seus sentidos para analisar o ambiente, com uma péssima expectativa.

“ ...o merda, isso aqui é realmente um teste desses... Valete seu filho da puta... coincidências tem limites. ”

Alguém tinha segurado seu braço.

— Por que está usando magia das sombras dessa forma bruta? — Diax perguntava para ela.

— Porque parece que vai começar uma festa.

— Como é?

Uma onda de mana havia passado nas pessoas, era uma sensação desconfortante para todos. Sem perder a deixa a mulher deu uma joelhada no estomago dela para se soltar do aperto.

 “ Ele vai mentir sobre ser um acidente hoje? ”

O teto havia quebrado, pedaços do piso e dos pilares caiam aos poucos no ambiente inteiro.

PROTEJAM OS MAGOS DE TERRA!

— Mas gente alguém aqui é minimamente experta e rápida? Infelizmente para você, eu e meus amigos... — um homem falava enquanto conjurava perfurava o coração dos seguranças — ...já fizemos uma rápida pesquisa dos alvos principais.

“ Aquela garota ta ferrada, matar, fugir, sem ser reconhecida, enquanto é caçada é bom ela ser um prodígio ou vai tudo dar errado. ”

Um mar feito por chamas caia do teto junto dos destroços do andar. Quando olhou para a direção da sua aluna, ela viu a garota rindo e acenando para sua professora, tranquilamente sem nenhum momento qualquer pânico.

“ ... se ela nascesse na época do Valete os dois se casavam. ”

Todo o andar caiu e queimou em segundos.



Comentários