Volume 1
Capítulo 5.1: Os normies querem um Campeonato
Ultimamente eu tenho tido esse sonho.
Um cachorro de pelo escuro que mora em uma cidade escura, late para a luz que tenta invadir o seu lar, um dia, da luz um ser apareceu diante do cachorro, o ser era um gato.
O gato brilhava mais do que qualquer coisa que o cachorro viu em sua vida e trazia Luz para a cidade, o cão pela primeira vês achou a luz admirável, mas quando tentou tocar o gato, ele se queimou. O cachorro assustado começou a correr pela cidade procurando a sua escuridão reconfortante.
Mas o gato o perseguia trazendo luz a toda aquela escuridão. Quando se sentiu encurralado em um canto escuro, começou a latir com violência para o gato. O gato viu os olhos violentos do cachorro e assustou-se fugindo para longe; já o cachorro se sentiu seguro novamente na escuridão.
Talvez eu seja como o cachorro... Que tem medo do novo e prefere o antigo, porque houve um dia que o novo me machucou.
Você pode começar a pensar onde eu estou para iniciar esse pensamento... Hm, eu estou no lugar de sempre na biblioteca, mas dessa vez estou sonhando acordado, mas há um motivo para eu estar de olhos fechados.
O motivo...? O motivo é aquilo. Eu abri meus olhos e eles estavam lá de novo.
Olha só todas aquelas abelhas em cima de Lucy como se ela fosse um pote de mel. Vocês não conseguem ver? Ela é um morango bem amargo, não tem nenhum mel aí.
— Ei! Vocês podem formar esse campeonato com as outras escolas.
— Lucy, você tem namorado?
— Certo Parsa, aí podemos jogar contra eles.
— Eh? Eu....eu não. — Lucy.
— Nossa, isso vai ser muito louco!!
— Lucy você é tão bonita.
— É nós vamos vencer, porque a gente é muito foda.
— Hã? É... Obrigada. — Lucy.
— Sim, somos foda Parsa. — Nesse momento dois garotos fizeram um aperto de mão esquisito.
Eu realmente não consigo entender esses caras, eles me dão náuseas, que tipo de língua eles estão falando? Mesmo observando esses seres por um bom tempo, eu ainda não os entendo.
Fechei os meus olhos com força e os abri novamente, e sim eles ainda estavam na minha frente, eram quatro garotos de salas diferentes, dois deles estavam enchendo os próprios egos com elogios e os outros dois estavam enchendo o ego de Lucy.
— Tudo bem pessoal, tudo bem, está quase na hora do intervalo e nós precisamos que vocês saiam.
Isso mesmo Anna, coloque o lixo para fora.
— Sim, sim nós vamos lembrar da opinião de todos tá — falava Anna
— Mas você nem é do conselho estudantil — disse um dos garotos.
— Calado — disse Anna.
Anna acompanhou cada um deles para fora da biblioteca, e com isso eu estou querendo dizer que ela empurrou cada um deles para fora delicadamente até que a sala chegasse ao seu silêncio cotidiano.
— Aaah, Obrigada Anna. Eu não estava aguentando mais. — A expressão sorridente de Lucy desapareceu quando os garotos saíram da sala. Lucy desmanchou sobre a cadeira.
— De nada, ha-ha-ha... — Anna sorriu descontraída, puxando uma cadeira ao lado de Lucy e sentando.
— Assustador — sussurrei.
— O que foi?
— Nada — Lucy me perguntou quando percebeu que eu estava olhando para ela, sua expressão era de uma garota irritada. Eu desviei o meu olhar.
Esse já conta como o terceiro dia que esses normies vem aqui, falar sobre esse tal campeonato, e por algum motivo eles querem que nós organizemos. Fala sério, porque diabos eles não pedem para o representante da sala deles?
— Eu não entendo, por que esses meninos gostam tanto de futebol, qual é a graça no futebol? — Lucy falava para si mesma, quando de repente ela olhou para mim como se tivesse descoberto algo muito importante.
— Arthur! você é um menino, talvez você saiba.
— Você está falando sério? — Eu suspirei: — O que você não entendeu sobre isso?
— São apenas seres humanos chutando uma esfera para dentro de um arco de metal. — Eu fiz uma expressão de cara inteligente e estendi minha mão apontando para um fato invisível.
— Por favor, não simplifique tanto assim — falou Lucy.
— Hm... Se não fosse para simplificar tanto... Hmm — Anna pensava olhando para o horizonte.
— Eu diria que os garotos gostam do futebol, pela emoção que eles sentem ao jogar — continuou Anna — A emoção que eles sentem quando chutão a esfera para dentro do arco de metal e marcam um ponto para o seu time. A emoção que eles sentem quando vencem uma partida e se reúnem com o time para comemorar... Acho que essa é a razão deles gostarem tanto.
— ...Uau! — exclamei.
— ...Nossa! — exclamou Lucy. Lucy e eu ficamos sem palavras. O que tinha acabado de acontecer aqui?
— Ha-ha-ha. — Anna sorriu desconfortável.
Não faça essa expressão sorridente e descontraída sua nerd de futebol, agora nós sabemos o que você é.
— Acho que você saiu um pouco do personagem Anna — eu falei casualmente.
— Desculpa, é que eu gosto de futebol, he-he-he.
Não faça essa expressão descontraída e sorridente.
— Há-ha-ha, você é uma nerd de futebol.
— Hã! Não, Lucy não diga isso, eu não sou uma nerd. — Anna se jogou nos braços de Lucy e começou a choramingar, enquanto Lucy sorria.
— O que você está olhando idiota? — Anna olhou para mim com seu rosto corado, já eu, demonstrei o meu rosto de escárnio como um cão raivoso.
— E então? Você vai finalmente me dizer por que aquela garota te chamou de dragão? — Lucy perguntou.
— Aah, não é nada demais — eu falei olhando para a minha light novel sem dar muita importância para ela.
— Eh? Como assim nada demais? Arthur, se você não falar eu vou falar.
— Fique quieta Anna, isso não é da sua conta — quando falei, Anna olhou para mim com uma expressão monótona.
— Ele era chamado assim pelas garotas — disse Anna, olha para Lucy.
Meu. Deus!
— Por que? — perguntou Lucy, levantando uma bolacha na frente de Anna, que comeu.
— Porque ele — não se dava bem com elas, então bastava uma...
Por favor termine de comer e depois fale. Se você está com fome Anna, apenas dessa no intervalo dos sétimos e coma algo lá.
Lucy e Anna estão massacrando um saco de bolachas desde que eu entrei aqui, e elas ainda não acabaram com ele.
...Provocação para que ele cuspisse fogo nelas, assim como um dragão, Buaaaa! — Anna levantou as mãos tentando imitar garras e abriu a boca como um dragão.
Porque essa expressão parece estranhamente sexy? Esse nariz e esses lábios parecem mais com um gatinho miando do que com um Dragão.
— Ha-Ha-ha — Lucy sorriu olhando para Anna — mas aquela garota parecia não gostar de você também.
— Ah?! Isso deve ser...
Lucy pare de alimentar Anna, assim ela não consegue terminar uma frase inteira sem estar com a boca cheia. O pior é que Lucy abria a boca para que Anna copiasse o seu movimento, assim as duas pareciam dois gatinhos com fome.
...Bem, eu não era uma flor que se cheire na que lá época.
— Eh? Sério?
— Sim, ha-ha-ha. Eu acho que, eu era uma delinquente.
Você acha? Eu tenho certeza. Na verdade, você era "a Gata delinquente".
— Oh, eu não acho que você tenha cara de ser uma delinquente. Seu nariz e sua boca... Você se parece mais com um gato. Miau! — Lucy deu uma miada lentamente.
Eh? De onde velho esse elogio? Lucy leu a minha mente? Eu esqueci que mulheres podiam fazer isso.
Anna abriu a boca como se fosse falar alguma coisa, mas desistiu e encheu suas bochechas como uma criança emburrada, ela estava envergonhada.
— Hm... — Anna levantou uma bolacha na frente de Lucy e abriu a própria boca. Lucy que aprendeu o efeito mímica no pré-escolar, copiou o gesto de Anna.
Oh...! Olha como a boca dela é grande.
— Olha... eu não tinha reparado... Seus olhos castanhos brilham como diamantes...
Isso parece familiar.
— E seus lábios finos são vermelhos como um morango — falava Anna, enquanto olhava Lucy com a boca aberta.
Deus! elas estão flertando e eu estou vendo isso ao vivo? Na verdade, essa cena é estranhamente sexy. Elas estão emitindo uma luz tão forte que está me cegando. Por favor parem, é como se eu estivesse pulando direto para o final de um manga Yuri.
As duas garotas se olhavam, seus olhos brilhantes refletindo uma à outra, a garota alfa (Anna) quer que a garota beta (Lucy) morda a bolacha, a garota beta se aproxima lentamente do alimento... Ela vai morder...
TRIK!!!
— Ahh?! Droga eu quebrei meu lápis. — Devido a ansiedade de um manga Yuri ter um final feliz, eu acabei quebrando meu lápis.
— Uhaaaa! — Me assustei quando percebi que Anna e Lucy estavam me olhando de uma forma assustadora.
— Arthur... Nós vamos matar você — elas disseram isso com um sorriso assustador.
— E? Vocês não fariam isso, não é? Eu apenas estava admirando vocês, era apenas isso — falei com uma expressão sorridente.
— Lucy vá pelo outro lado.
— Vocês estão falando sério?! — Me levantei da minha cadeira, quando Lucy começou a contornar o meu lado esquerdo e Anna o meu lado direito.
Nós nos encaramos e elas ficaram em silêncio.
— Não!!!! — Eu gritei e corri quando as garotas vieram na minha direção.
— Licença, mas vocês estão ocupados? — Segundos depois da investida das garotas contra mim, aporta da biblioteca se abriu, era Caio e ele ficou paralisado com a situação que estava vendo.
Anna tinha passado os seus dois braços pela minha cintura e estava me agarrando pelas costas enquanto cheirava o meu cabelo; já Lucy tinha pisado no meu pé direito e agarrou completamente o meu braço para me derrubar, mas por algum motivo ela também desviou seu foco para o meu cabelo.
Será que eu estou fedendo?
Todos nós olhamos para caio, e Caio vendo a cena diante dos seus olhos, fechou a porta com apenas uma frase: — Eu volto mais tarde.
Antes que ele pudesse tirar sua mão da maçaneta, eu corri para a porta e a abrir ofegante: — O que você quer?!!
Caio entrou meio desconfiado e foi em direção a uma cadeira. As garotas voltaram a se sentar normalmente. Eu acompanhei Caio, mas enquanto ele se sentou de frente para as meninas, eu me sentei no meu lugar habitual no fundo da sala, perto da janela. Anna e Lucy que estavam sentadas do mesmo lado da mesa, me acompanharam com seus olhos até que eu me sentasse.
— Então por que você está aqui? — perguntou Lucy jogando o seu cabelo para trás de sua orelha, com seu rosto levemente corado.
— Vocês já devem estar sabendo sobre o campeonato que os garotos querem fazer.
— Sim, nós estamos sabendo — falou Lucy, com seus olhos fechados em uma postura levemente seria, suas bochechas estavam roborizadas.
— Na verdade, eles vêm aqui todos os dias desde que essa fofoca começou — continuou Anna.
— Hm, desculpa por isso, eu falei para eles não virei — após falar, caio suspirou.
— Mas eles continuam insistindo, então eu estou aqui para perguntar... Vocês acham que conseguem fazer esse campeonato?
— Não depende só de nós; para que algo assim aconteça, os professores precisam apoiar e a diretoria precisa concordar e os representantes...
— Você está falando sério? — Lucy falava com uma de suas mãos em seu queixo, ela estava seria sobre isso, mas eu a interrompi com um questionamento.
Nesse momento eu tinha a atenção de todos.
— Você realmente está considerando fazer esse campeonato?
— Arthur está certo. Mesmo eu gostando muito de futebol, não vejo por que precisamos de um campeonato — Anna falou.
— Não é disso que eu estou falando — pontuei.
— Lucy, para que algo grande assim acontece precisamos de uma desculpa maior ainda. A escola não vai querer realizar um campeonato só para que os alunos se divirtam.
— Eu não costumo concordar com o Arthur, mas ele está certo — disse Lucy.
Na verdade, você nunca concorda comigo.
— Caio, você é um representante de classe, não é? Por que você está aqui, falando como se nós quiséssemos realizar esse campeonato? Por que você e a sua dupla não estão organizando isso? — Nesse momento um silêncio se estabeleceu, Anna e Lucy pararam de olhar para mim e começaram a olhar para Caio.
Ele respirou fundo e disse: — Hm... Você me pegou.
— A minha dupla não está interessada em um campeonato. Estou aqui porque preciso da ajuda de vocês.
Anna e eu começamos a olhar para Lucy, ela estava pensativa. Se fosse por mim eu apenas ignoraria os normies, esse campeonato não vai nos levar alugar nenhum, mas como eu não mando em nada aqui, vou apenas desejar que ela recuse.
— Eu não sei... — quando Lucy falou, eu apenas demonstrei minha felicidade levantando o meu punho sutil mente; mas Anna reconheceu a minha felicidade.
— Você sabe quem começou com essa ideia Caio? — Anna perguntou. Mas a verdade é que ela deveria ficar quieta. Você nem faz parte do nosso conselho estudantil garota, apenas fique quieta.
— Na verdade, eu tenho uma ideia de quem seja.
— Se falarmos com a pessoa que teve a ideia... Talvez ela tenha uma ideia de como fazer a ideia dela funcionar — ao terminar de falar, Lucy reorganizou os seus pensamentos e percebeu que talvez não tenha sido muito clara ao se expressar.
— Vocês entenderem o que eu disse? — perguntou ela olhando para todos nós.
— Sim! — Anna e Caio responderam ao mesmo tempo, eu apenas concordei com a cabeça.
— Vocês realmente querem realizar esse campeonato, ele vai servir apenas para inflar o ego dos garotos que vão participar e inflar ainda mais o ego dos vencedores. — Todos ficaram em silêncio por um momento após a minha analogia espontânea, então Caio quebrou o silêncio.
— Você não quer que o campeonato aconteça? — perguntou Caio.
— É...
— Não, Arthur apenas está interessado em saber, quanto tempo e esforço isso tudo vai custar a ele. Mas ele vai ajudar, não é mesmo Arthur? Você está me devendo, lembre-se que você me fez ajudar Anjo.
No momento em que eu iria falar, Lucy me cortou executando um discurso que realmente me deixava amarrado a ela, mesmo que eu tenha feito a maior parte da resolução do problema da Anjo, eu iniciei a solução em nome dela. Tenho que pagar essa dívida o mais rápido possível.