One Shot

Prólogo

   Sou aluno do segundo ano do ensino médio e meu nome é Yonekura Tohru. Tenho uma amiga de infância da minha idade. Asakura Rin — a melhor da turma, atlética, uma aluna exemplar e com uma beleza estonteante, como alguém tirada diretamente de um mangá.

   Mas todos os elogios que Rin recebe não se devem a algum talento inato. Como amigo de infância dela, eu sei que vêm de um esforço incansável. No ensino fundamental, Rin era péssima tanto nos estudos quanto nos esportes.

   Então, um dia, algo mudou. Ela despertou, por assim dizer, e com um esforço avassalador que não deixava ninguém chegar perto do seu nível, ela chegou ao topo.

   Observando sua ascensão constante ao longo do ensino fundamental e médio de perto, não pude deixar de sentir respeito. Ao mesmo tempo... ela está muito à frente agora. Eu às vezes me sinto um pouco solitário. Ao contrário de mim — que passo os dias postando novels na internet como um introvertido — Rin provavelmente se tornará a garota mais popular da turma. Não, de toda a série.

[Kura: Não te julgo, afinal, sou revisor de novels. | Del: Como tradutor, pareceu que o texto conversou comigo kkkkk.]

     Ela certamente viverá uma vida escolar brilhante, cercada por um monte de amigos.

   —ou assim eu pensei.

“O que é essa cara de refrigerante sem gás?”

   Era de manhã, a caminho da escola. O comentário ríspido de Rin me tirou do meu transe.

“Ah, desculpe. Eu só estava divagando.”

   Ela suspirou, opaca e cinzenta como um céu nublado, e imediatamente respondeu.

“É melhor que essa sua aura negativa assustadora não me contagie também. Pare com isso agora mesmo.”

“Isso só está me deixando mais negativo!”

   Minha amiga de infância é um pouco ríspida. Com seus comentários naturalmente mordazes, ela ataca qualquer cara que se aproxima, sempre mantendo a calma e a compostura. Como resultado, ela não tem amigos homens — e até mesmo poucas amigas. Então, na realidade, sua vida escolar brilhante está longe da verdade. Não que isso mude o fato de que ela ainda é popular na nossa turma.

“Tohru-kun, você fica acordado até tarde. Talvez devesse sair da internet.”

“Você está tentando me matar?”

“Claro que não. Eu só quero que você seja atropelado por um caminhão, vá para um isekai e viva uma vida feliz lá.”

“Reencarnar é basicamente a mesma coisa que morrer, sabia!?”

   Quando eu devolvi uma resposta de volta exageradamente, os olhos penetrantes de Rin suavizaram-se levemente e seus lábios se curvaram em um sorriso fraco. Aquela expressão calorosa e radiante de primavera contrastava tanto com sua atitude habitual de tundra que fez meu coração disparar. Se ela sorrisse assim com mais frequência, seria ainda mais popular, pensei mais uma vez. Rin é realmente uma garota ridiculamente linda. Eu realmente acredito que ela é a mais fofa do mundo.

   Sua pele era tão clara quanto um céu de inverno, seus traços tão perfeitamente equilibrados que você pensaria que foram desenhados com uma régua. Seus olhos afiados podem parecer pequenas lâminas, mas essa é apenas sua aparência natural — ela não está realmente brava.

   Suas pernas longas estavam envoltas em meias pretas, e seu cabelo preto e liso brilhava e dançava na brisa ainda fria de março.

   Uma garota linda, igualmente graciosa e digna — essa é Rin.

     Sim. A mais fofa do mundo. Sem dúvida. Ela provavelmente ficaria incrível segurando uma katana ou um arco.

“Por que você está me encarando? Que nojo.”

“E-eu não estava te encarando!”

“Todo criminoso diz a mesma coisa.”

“Se isso fosse crime, todas as prisões do Japão estariam lotadas.”

“Mesmo depois de ser preso, você ainda seria um fardo. Talvez você devesse reencarnar?”

“Você trata a reencarnação com muita leviandade! Como se fosse só salvar e recarregar!”

[Kura: Isso é mesmo uma amizade? Sei que as de verdade são duras, mas essa…]

   …Bem, é sempre assim. Toda vez que nos encontramos, Rin me ataca com palavras duras, mas, sinceramente? Não acho isso nada desagradável. E não é porque eu seja masoquista nem nada. É só que, como amigo de infância dela, sei que ela tem seus motivos. Sua língua afiada é basicamente uma linguagem particular que só existe entre nós dois. É um tom que desenvolvemos ao longo de dez anos de amizade.

     É sério, eu não sou masoquista.

   ──Mesmo assim, eu quero namorar a Rin. Gosto dela há muito tempo.

   Mas... há uma razão pela qual ainda não consigo confessar meus sentimentos.

   Mesmo assim... quero contar a ela. Quero ficar com ela. Desde que entramos no ensino médio, esses sentimentos só crescem. Mas eu não conseguia me obrigar a agir de acordo com eles, então fiquei preso nesse estado constante de frustração.

   Ou pelo menos, eu estava...

 

 

 

 

“…Tudo bem. Vou fazer isso.”

“…Se você vai fazer isso, por favor, seja rápido.”

   Uma sala multiúso vazia. Rin fechou os olhos com força, as bochechas coradas. Lentamente, estendi meus braços em sua direção.

   Um aroma doce. O som de roupas roçando. A respiração de alguém que não era eu. Seu corpo — o primeiro que segurei por vontade própria — era mais delicado do que eu imaginava, e eu temia que pudesse quebrá-la se não tomasse cuidado.

“Nn...”

   Uma voz tão suave e doce que era difícil acreditar que vinha dela. Meu peito se apertou na parte superior, como se algo o estivesse apertando.

   Deve ser isso que significa sentir afeição — amor. Eu queria tocá-la mais, sentir seu calor. Esse desejo surgiu como magma, e eu a apertei ainda mais.

“Hyuu—!”

“Ah, desculpe. Doeu?”

“N-Não, estou bem. Não foi nada — eu consigo lidar com isso perfeitamente.”

   Até sua bravata era adorável. Enterrei meu rosto na curva do seu pescoço. O cheiro de xampu misturado com algo doce preencheu meu nariz. Era como o calor reconfortante de uma toalha seca ao sol. Enquanto eu sentia a pressão suave do seu peito contra o meu, me lembrei.

   Até recentemente, Rin e eu nem tínhamos chegado perto o suficiente para nos tocarmos. Na verdade, mal nos falávamos, além de irmos juntos para a escola. Quase não interagíamos durante o dia. E agora, lá estávamos nós — distância zero.

   Estávamos com os braços em volta das costas um do outro, compartilhando o calor do corpo.

 

     E agora, de repente... não consigo deixar de me perguntar: como chegamos a esse ponto?

 

-Link do nosso servidor: https://discord.gg/4m4E6zxRRk

 

-DelValle: Esse… foi uns dos prólogo mais loucos que eu já vi… estava muito divertido, até do nada uma reviravolta. Kabumm, sla. É isso né. Enfim, olá Leitorada! Prazer, DelValle aqui, o tradutor. Espero que gostem dessa obra, eu peguei ela pra fazer por que alguém que admiro gosta bastante dela, então vim com expectativa e com um pretexto de lágrimas de alegria. É isso, uma bela leitura a todos!!

-Kurayami: Del, onde você me meteu? Eu esperava algo, mas esse é absurdo kakakakaka. Mas bem, prazer leitorada! Me chamo Kurayami, ou Kura para os mais íntimos. E apartir de hoje serei o revisor dessa pequena obra que me surpreendeu bastante… Mas sem enrolar, vamos ver o que aconteceu? Também estou curioso.

Apoie a Novel Mania

Chega de anúncios irritantes, agora a Novel Mania será mantida exclusivamente pelos leitores, ou seja, sem anúncios ou assinaturas pagas. Para continuarmos online e sem interrupções, precisamos do seu apoio! Sua contribuição nos ajuda a manter a qualidade e incentivar a equipe a continuar trazendos mais conteúdos.

Novas traduções

Novels originais

Experiência sem anúncios

Doar agora