Volume 6

Capítulo 316: Explosão Cruel

“Vocês duas, ele é mais provavelmente parte dos de Robe Preto Estampados.” (Halvrid)

Ouvindo as palavras de Halvrid, ambas Crouch e Ionis olharam para ele como que para perguntar como ele havia chego nessa conclusão.

“Porque… há uma estampa nas costas do robe preto que caiu ali.” (Halvrid)

Seguindo a direção em que ele estava apontando, elas viram o robe preto que o homem tirou em cima do ponto de controle sendo carregado até elas pelo vento. No que ele caiu no chão, elas avistaram uma estampa de estrela desenhada nele.

“Então é verdade nya!?” (Crouch)
“Mais provavelmente, ele não está morto como Nigg, mas é uma pessoa viva ao invés disso.” (Halvrid)
“D-de fato, aquilo nyão pode ser uma pessoa miauta…” (Crouch)
“É, ele está transbordando com tanta vitalidade que é irritante…” (Ionis)
“Ahaha! Venham, vejam! Minha beleza não conhece limites~” (Bea-Johnny)

Vendo como a expressão e ações dele estavam cheias de energia impensáveis para uma pessoa morta, os três julgaram que ele definitivamente não pertencia aos mortos.

“Ainda assim, o que nós devemos fazer? Nosso caminho de retirada foi cortado.” (Halvrid)

Diante deles havia uma gigantesca, assombrosa flor e Bea-Johnny. Atrás deles, as bolhas que ele criou, bloqueando o caminho deles como uma parede.

“M-mas por que isso nyão tem qualquer efeito em nyós?” (Crouch)

A questão de Crouch era natural. Neste ponto, a maioria dos soldados deles estavam caídos no chão por causa do gás inalado.

“Deixem-me lhes dar uma linda resposta para essa questão!” (Bea-Johnny)
“Você, nya? Então vá logo com isso nya.” (Crouch)
“Com certeza~! Agora ouçam, esta flor é feia, tão feia, tão desesperadamente feia…” (Bea-Johnny)
“Você nyão está dizendo “feia” um pouco demais aí…” (Crouch)
“Mas o néctar que ela produz contém veneno, sabem~!” (Bea-Johnny)
“Então por qual razão ela nyão funciona nya gente?” (Crouch)
“Hng~este veneno não funciona em pessoas além de uma certa força~” (Bea-Johnny)
“… Hmm? Então por que você está se protegendo com essa bolha? Se você é um dos de Robe Preto Estampados, então você deve ter força o suficiente para manter isso, certo?” (Halvrid)
“Isso é simples~”, ele disse e girou ao redor, então parou subitamente e apontou seu dedo para eles e adicionou, “minhas roupas ficarão sujas se isso me tocar, não ficariam!”

…………………?

“… É-é isso?” (Ionis)

De fato, era bem possível que as roupas puramente brancas que Bea-Johnny vestia ficariam manchadas se o gás evaporado dos fluídos verdes venenosos tocassem elas, contudo, os três não esperavam que essa fosse a razão para isso.

Depois disso, Bea-Johnny começou a flutuar no ar enquanto envolto por aquela bolha.

“Aah~ olhar para baixo para ver esses seres tolos e sem graça assim me deixa parecer tão… lindo…” (Bea-Johnny) 

Enquanto Bea-Johnny estava ocupado tendo um autogasmo, havia alguém que viu isso como uma chance. 

“Eu farei algo primeiro sobre aquela flor!” (Halvrid)

Era Halvrid. Ele olhou para cima, para Bea-Johnny que subiu aos céus, e correu até a flor para se livrar dela de algum jeito enquanto havia uma abertura entre os dois.

“Machado de Sombras!” (Halvrid)

Um machado gigante colorido pela própria escuridão em si se manifestou nas mãos dele. A Magia de Escuridão em que ele excelia podia produzir várias armas assim quando ele quisesse. 

As espadas de antes foram igualmente produzidas com magia. Dando um grande balanço naquele machado, ele cortou a flor gigante de cerca de 10 metros de altura pelo lado.

Slaaaaash!

Como esperado de um capitão que liderava o exército, Halvrid conseguiu cortar com sucesso o talo gigante.

“Tudo bem! Agora ela não…” (Halvrid)

Ele pensou que ela não produziria mais aquele líquido assim que ela morresse, mas as expectativas dele foram traídas.

“Ah, eu esqueci de mencionar~ saibam que a flore tem mais à oferecer!” (Bea-Johnny)

O grito de Bea-Johnny de cima alcançou os ouvidos de Halvrid. Isso dito, ele não podia entender o que ele quis dizer com aquelas palavras, mas no momento seguinte, tudo ficou claro.

A flor que devia ter sido cortada em duas havia se transformado em líquido num instante e atacou ele. Enquanto ele ficou abalado devido à situação inesperada, ele acabou sendo coberto naquele líquido da cabeça aos pés.

“Gaaaaaaaaaah!?” (Halvrid)

Subitamente, fumaça subiu dele e sua armadura começou a derreter.

“Ahaha! Você não me ouviu~! Eu disse que o líquido era veneno. Quando ele está vaporizado, ele afeta aqueles sujeitos fracos e feios, mas em sua forma líquida, parece que ele funciona em praticamente qualquer um~” (Bea-Johnny)

Halvrid teve seu corpo inteiro coberto no líquido verde e ergueu gritos dolorosos no que ele rolou no chão.

“Halvrid!” (Ionis)

Ionis estava prestes à correr para o lado dele, mas ela repentinamente parou onde estava. Porque o mesmo Halvrid havia erguido sua mão trêmula e gesticulado para ela não ir.

Certamente, isso podai virar um desastre secundário – ou talvez, uma infecção secundária, neste caso – se ele fosse aproximado descuidadosamente, e se Ionis tocasse ele, ela seria envenenada também, isso faria com que ainda outra pessoa fique incapaz de lutar mais.

Halvrid estava pensando em seus companheiros mesmo enquanto ele aguentava o calor e dor. A escolha que ele fez foi correta aqui.

Contudo, mesmo se a situação não piorasse, desse jeito elas acabariam assistindo enquanto o veneno derretesse ele.

Todos podiam claramente ouvir o som da fumaça subindo pelo corpo inteiro, e elas podiam ver o corpo dele gradualmente escurecendo.

Era desconhecido se ele ainda estava mantendo sua consciência no que ele ficou deitado ali. Ele estava tremendo de tempo em tempo, mas era claro para todos que isso era como uma respiração moribunda.

Contudo, graças ao fato que ele conseguiu cortar aquela flor, o veneno vaporizante não existia mais, e os sofrimentos também pararam para os soldados. Ironicamente o suficiente, ele conseguiu proteger seus soldados com seu corpo.

“Ah~ tão feio, seu corpo se tornou… entristecedor, isto é tão entristecedor… antes disso acontecer, você estava olhando para mim com seu rosto sério, abaixo da média, mesmo se você não podia me alcançar… e agora que isso aconteceu… não tem mais qualquer sentido para sua vida, tem?” (Bea-Johnny)

Com aquelas palavras, Halvrid foi envolto numa bolha e subiu até o céu, assim como Bea-Johnny.

“O-o que você está fazendo!” Ionis gritou.

“Devolve ele nya!” Crouch também gritou para ele com seu dedo apontando para ele.

Contudo, Bea-Johnny mostrou um sorriso extasiado e respondeu, “eu deixarei vocês presenciarem isso também… este momento verdadeiramente lindo!”

Halvrid foi levado para mais alto no céu. E então, Bea-Johnny declarou como se dando um sinal.

Isto é… a beleza momentânea!” (Bea-Johnny)

No instante seguinte, a bolha cobrindo Halvrid se iluminou com uma luz brilhante ———————- e explodiu.

“Ah… aah… ah…” (Ionis)

Ionis tremeu toda no que ela encarou para as fumaças da explosão. Não havia sinal de Halvrid caindo, não importa quanto tempo passasse. Ao invés disso, o que caiu foi o líquido vermelho… e o algo torrado.

“Is-isto nyão pode ser… ele realmente foi miaurto assim…?” Crouch ainda não conseguia acreditar nisso e estava encarando o céu assim como Ionis.

Os homens de Halvrid gritaram seu nome, mas naturalmente não houve resposta aos chamados deles; não importa quanto tempo eles esperassem, mesmo depois de toda a fumaça ter ido embora, tudo que cumprimentou eles era puro vazio.

“Yup, como esperado, nada se compara à beleza de um momento passageiro.” (Bea-Johnny)

Vendo Bea-Johnny falando como se ele não estivesse envolvido fez Ionis finalmente surtar. Ela saltou com um grito.

“AAAAAAAaaaaaaaahhh!” (Ionis)

Ela manejou as «Kaijin» que ela segurava em cada mão e atacou o flutuante Bea-Johnny com uma força assustadora. Contudo, bolhas emergiram ainda de novo nos caminhos delas e as repeliram através de explosões.

“Eu não perdoarei você!” (Ionis)

Ionis olhou para ele com seu rosto normalmente sem expressão tingido em pura fúria, uma que ela raramente demonstrava, contudo, Bea-Johnny não prestou atenção nela em exasperação e deu de ombros.

“Ficando brava assim… isso te torna feia. É por isso que você falhou em notar. Você já levou—————um cheque-mate.” (Bea-Johnny) 

Ionis, que havia saltado para cima, havia sido cercada por bolhas sem perceber.

“Oh nã-!?” (Ionis) 

De fato, ela havia falhado em manter em mente o alcance de ataque do Bea-Johnny, um que Halvrid havia aproximado depois de grandes custos, e havia descuidadosamente se aproximado do alcance dele.

“Então você também… adeus~” (Bea-Johnny)

Ionis enrijeceu no lugar, como se o tempo em si tivesse sido congelado, observando no que ela se tornaria presa para as bolhas sem um jeito de sair da situação.

Ela ficou ali arrependida por se perder em fúria e desperdiçar o aviso de Halvrid; que longe de vingar ele, ela também estaria encarando seu fim em breve.

(… Sinto muito… pessoal…)

E então, ela parou de cerrar seus dentes em frustração e desistiu de sua vida ——————— mas então…

“«Vazio do Trovão»!” (Cheetara) 

No momento que aquele grito agudo alcançou os ouvidos dela, todas as bolhas ao redor foram cobertas em diferentes bolhas brancas azuladas. Apesar dela ainda estar surpresa, ela adivinhou que algo deve ter acontecido já que as explosões não estavam ocorrendo, então ela se virou para Bea-Johnny e soltou suas «Kajin» mais uma vez.

Bea-Johnny também parecia não ter entendido o que estava acontecendo e tentou evitar as «Kajin» com uma expressão espantada, contudo, ele era de longe lento demais para conseguir isso, e as «Kajin» perfuraram através da bolha dele com sucesso, cortando seu peito e cabelo no processo.

“Kuh!” (Bea-Johnny)

Tendo usa postura quebrada, Bea-Johnny girou seu corpo com uma expressão desesperada e de algum modo pouso no chão. E então, diferente do seu comportamento brincalhão de antes, ele olhou para Ionis com seus olhos tingidos com seriedade.

Ionis também conseguiu aterrissar no chão, mas ela parecia tão surpresa quanto que as bolhas não explodiram. E então, seus olhos avistaram uma nostálgica figura de alguém.

“… Muir…?” (Ionis)

“Io-chan!” (Muir)

De fato, era Muir Castrea, a companheira de guerra com quem ela uma vez duelou e, através do choque de suas forças, alcançaram o entendimento mútuo.



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