Ladrão de Poderes Brasileira

Autor(a): Crowley


Volume 1

Capítulo 42: Zumbi Indo Atrás de Outros

Em uma caverna escura e apertada, San se via preso, sozinho e abandonado. Subitamente, a passagem abriu, revelando um monstro feito de sombras, os olhos brilhando e a boca aberta, pingando baba no chão.

San tentou se afastar, usar seus poderes ou resistir, de nada adiantava. Pego pelos pés e arrastado, gritava, debatendo e usando as unhas, agarrando ao chão, tudo em vão.

Levado até uma fogueira enorme, o prenderam em um tronco e o jogaram no meio do fogo. As chamas queimaram, ignorando os gritos de dor e súplicas, incinerando até o fim.

Em meio a tanta dor, San implorava pra parar, e funcionou. De repente, estava em outro lugar, diferente, mas reconhecível.

No céu, uma lua de sangue iluminava o mar infinito escuro. Caminhando na água sombria, já sabia o que aconteceria, nem teve tempo e sentiu sua perna ser agarrada.

Relutante, abaixou a cabeça e deparou-se numa mão feminina. Quando resistia, mais a mão subia, o impedindo de dar um passo sequer. Logo, no pé direito, uma segunda o agarrou, masculina dessa vez.

A cada segundo, subiam, e sem demora, viu os rostos. Simon e Gina, ambos os olhos completamente escuros, lágrimas negras escorriam e suas bocas gritavam.

Subiram até seu peito, gritando e empurrando, não soltavam e os gritos pioraram. Antes de poder se aproximar até o rosto, abriu os olhos, de volta à realidade.

Acordando assustado, bateu no próprio corpo, como se algo o prendesse. Olhou os lados, medo de aparecer um perigo. Certificando-se de tá certo, suspirou e deitou. Olhando o teto, as imagens o faziam estremecer.

“Tem alguma coisa errada, tive esse sonho ao matar Simon, me agarrou e me escalava. Dessa vez, Gina tava junto. A única semelhança é que eram mutantes e roubei seus poderes. Será que sempre com uma nova habilidade, vou sonhar assim?”

Levantando-se por perder o sono, já amanhecia. Alongou-se, fez alguns exercícios aquecendo e avaliou o seu estado. A maioria das dores já havia desaparecido e voltou a ter uma velocidade alta.

Indo ao quarto, fez o máximo de silêncio deixando as garotas dormirem. Pegando o baú debaixo da cama, analisou seus equipamentos. A armadura cheia de furos e rasgos, causados da sua última aventura. Sua espada em perfeito estado, o resto era um manto e uma mochila.

Parando um segundo, virou-se ao guarda-roupa e considerou seriamente em pegar a máscara e ir atrás de Gus. Pensou em matá-lo de um jeito doloroso e lento, entretanto, interrompeu esses pensamentos, sabia que daria muito errado, e se desse certo, todos iriam suspeitar dele.

“Não é vingança, tô fazendo justiça. Aquele homem merece, vai matar outros, trair. Quem fará isso?” Independentemente de estar danificada, vestiu a armadura de couro, “melhor ruim do que nada.”

Prendendo a espada na cintura, esperou um pouco, notando uma presença perto. Na porta do quarto, Garmir o esperava; mesmo se não tivessem o elo, daria para sentir, queria o seguir.

Hesitando, achou ser uma boa ideia. O cão do inferno crescia no dia a dia; faltava longos meses para ter uma altura grande, mas precisava de experiência, tratá-lo feito um animal normal seria burrice.

— Vamo lá, garoto, quero companhia hoje.

Animando, evitou latir, permitindo às garotas dormirem. Os dois continuaram na rua, em caminho a pegar uma missão.

Alcançando à base dos mercenários, esperou na frente da porta, lembrando-se da última vez ali.

— Fica, vou pegar uma missão e vamo.

Sentando ao lado da entrada, esperou seu companheiro voltar. Ainda cedo, mercenários já começavam o dia, comendo ou discutindo. Só de pôr o pé dentro, os olhos foram na sua direção.

De cabeça erguida e ignorando os olhares, tanto de curiosidade quanto raiva, parou na frente do quadro de missões, procurou uma. Independente de preferir ignorar, escutou conversas.

— É o zumbi, garoto estranho…

— Já voltou? Seus ferimentos eram horríveis…

— Ouvi que ia matar o antigo companheiro…

— Assustador…

Suprimindo as vozes, escolheu uma missão dizendo: “4 carniceiros avistados nas redondezas, os achar e matar. Pegar a mão esquerda de comprovação.”

Arrancando o papel, saiu ao atendente. Cansado das conversas, ouviu por último:

— Há, vai caçar os membros da sua própria espécie.

O atendente era o de sempre; ao ler a missão, só falou:

— Boa sorte.

Assentindo, se afastava, infelizmente, o atendente chamou apressadamente.

— Desculpe, acabei de receber uma mensagem do chefe. Quer te ver na sala dele.

Estalando a língua, ficou aborrecido. Sabia que teria essa conversa uma hora; mesmo assim, queria adiar, já até imaginava o final. A passos lentos, passou pela porta.

A aparência do corredor era igual à da vez anterior, longo, frio e repleto de portas. No entanto, por um motivo desconhecido, enquanto andava, sentia o ar pesado, como se algo estivesse prestes a explodir a qualquer momento.

Passando a porta nem batendo, encontrou Mercer sentado atrás de sua mesa, mexendo no computador e lendo documentos. Avistando o visitante, parou.

Encarando, San percebeu uma diferença, olheiras grandes, um rosto cansado, revelando claramente estar acordado várias noites.

— Santiago, bom te ver, estava esperando se recuperar. Estou surpreso de voltar tão cedo. — Abriu um sorriso, também cansado, igual sua voz.

— Pois é, vai que um ataque ocorre, é bom tá em forma.

A menção do ataque o fez ficar nervoso. Olhou ao redor, como se houvesse mais gente na sala.

— Bom puxar esse assunto, vamos falar disso. Porém, vamos ouvir a história do ninho.

— Já deve saber, Gus falou a todos. Duvido que mude a situação.

— Por isso atrasou vir? Uma história tem dois lados, quero conhecer o seu.

— Tá né, vamo do início.

San contou, os monstros, o começo da missão, brigas pequenas e seu tempo preso. Durante o relato, cortou partes dos seus poderes e evitou detalhes sobre o acontecido com as garotas.

Terminando, Mercer nem mudou sua expressão, era o chefe dos mercenários e ouviu inúmeras histórias horríveis, de morte e traição.

— Obrigado por me contar.

— Deixa eu adivinhar, nada vai acontecer com ele.

— …Sim, infelizmente, é insuficiente, prendê-lo será difícil.

— Entende porque fiquei quieto.

— Mesmo livre, proibimos sua elevação no rank, e cuidaremos suas missões futuras.

San só o olhava irritado; depois de tantas mortes e sofrimento, o principal culpado iria permanecer livre.

— Nossa, punição ruim essa. — Sua voz carregando desdém.

— Acredite, é ruim; terá seus movimentos limitados. Uma hora, vai cometer um erro.

— Tendi. Me diz, chefe dos mercenários, onde estavam?

Erguendo uma sobrancelha, esperou a continuação.

— Sumimos por dias, e ninguém veio.

— Era perigoso enviar mercenários.

— Quando peguei a missão, dizia que iríamos receber ajuda se desse errado. — Sua voz se tornando irritada. — Nos arriscamos, sangramos e sofremos, onde estavam? Sequer consideraram ajudar?!

— Acredite, eu tentei, tava de mãos atadas.

Batendo na mesa, aproximou raivoso.

— Você é a porra do chefe dos mercenários. Mãos atadas? Tá de sacanagem, só pode. Enquanto éramos presos… Tinham esperança, achavam que a qualquer momento, seriam salvos. Só que fomos esquecidos!

— Me desculpe, na minha posição e…

Levantando, ia embora, cansado de ouvir coisas irritantes.

— É melhor ficar na cidade! — Mercer falou alto. — Hordas estão perto; quando chegarão é desconhecido.

Afastando, San respirou profundamente, acalmando para manter sua cabeça limpa.

Passando as mesas e pessoas, na porta, Garmir tava deitado de barriga pra cima, ao seu lado, uma garota dava carinho. Pele morena, cabelo curto e olhos incrivelmente verdes.

Vendo San, o cão arrumou a postura rapidamente, sério. A garota de vinte anos virou a porta e o encarou. Estendendo a mão, abriu um sorriso e disse:

— Sonea, prazer. É uma honra conhecer o zumbi.

“Odeio esse apelido.” Apertando sua mão, forçando a mente a lembrar seu rosto, “Tenho certeza que nunca a vi aqui.” Curioso, ignorou o aperto no pulso causado pelo relógio e perguntou:

— Sou San. Membro novo?

— Não, faz três anos que me juntei.

— Legal, e só te vi agora?

— Gosto de viajar, estava em uma aventura. Acabou, e ficarei um pouco por aqui.

— E já ouviu falar de mim?

— Normal, fico ligada nas notícias. Descobrindo uma pessoa andando pela cidade, ferrado e quase morto, chamou minha atenção.

— Bem, aqui estou, nada demais.

— Que isso, parece ser forte; se sobreviveu por tanto tempo. E outra, usamos arma parecidas, coincidência né?

Prestando atenção, olhou a cintura dela. Na direita e esquerda, uma espada de lâmina curvada, duas cimitarras que assemelhavam à de San. “Gosta de viajar, recém chegou e tem duas espadas parecidas com a minha. Puts, é a dona do livro: dança da serpente.”

— Pois é né, que mundo pequeno! To numa missão, falou.

Tentando afastar, Sonea vinha, num olhar animado.

— Que tipo de estilo usa?

— Ah, to aprendendo, nem sei se posso chamar de estilo.

— Sou ótima as usando. Se quiser, posso ver uma luta sua e aconselhar!

— É uma ótima ideia, mas to meio ocupado, deixamos pra próxima.

Ela parou, pensando. Logo, seu rosto iluminou.

— Boa ideia, tenho de resolver uns assuntos. Te dou meu contato, me liga.

Entendendo ser uma ideia ruim e o melhor seria recusar, inventar uma mentira para despistá-la, trocaram os números. A metros longe, deu um tapa na cabeça. “Burro, burro, burro! Se eu tivesse saído na hora, seria esquecido e deu. Vou ter que mostrar meu estilo de luta.”

— Eu avisei, achei ter sido bem expressivo. — Sacro falou.

— Foi um aperto no meu pulso! Ignorei.

— Pare de ignorar.

Passando os portões, os dois caminharam. Garmir animado, corria aleatoriamente, farejava rastros aleatoriamente.

Demorando uma hora, alcançaram a área demarcando a área de ataque dos carniceiros.

— Sacro, me fale; é verdade que uma das poucas fraquezas desses bichos é o fogo?

— Carniceiros comem cadáveres, ficam em lugares de grande morte, preferem humanos a monstros e agem principalmente em cemitérios. Rumores especulam que onde carniceiros estão, acontecerão várias mortes. Se alimentam principalmente à noite e de dia adormecem.

— Encontrando o local usado para dormirem pelo dia, já é bom.

— Sim. Também têm uma regeneração alta, suas garras são venenosas e só podem ser mortos de dois jeitos. Tendo a cabeça arrancada por uma lâmina de prata, ou queimados.

Confirmando saber da maioria das informações, procurou um rastro. Depois de um tempo, Garmir achou uma pegada de pé.

— Consegue rastrear?

Latindo animado, abaixou a cabeça e seguiu em frente. Após uns minutos, avistaram um grupo. Eram quatro, igual o cartaz dizia; todos a aparência semelhante a humanos em decomposição, a pele cinza e caindo, dentes pontudos e as costas curvadas.

Escondendo atrás de uma árvore, os observou. Devoravam um animal morto, a carne claramente em decomposição, comiam felizes.

“Estranho, deveriam estar dormindo; será por ser cedo? Ou talvez sejam diferentes de membros da sua espécie. Envolvendo essa cidade, tudo é possível.”

Considerando, apontou a Garmir ir em outra direção. Desembainhando a espada, preparou. A passos lentos, aproximou, procurando uma chance de matá-los em um golpe.

Emitindo um pequeno barulho, um levantou a cabeça, e foi cortada imediatamente. Os outros, vendo o corpo do companheiro caindo e morto, sem hesitar, atacaram San.

Afastando-se por pouco de ser arranhado pelas garras, surpreendeu-se da sua atitude. O normal seria a besta emboscada pegar distância para ver seu oponente; porém, os carniceiros só avançaram.

Levantando sua espada, ficou em guarda. Um por um, foram o rodeando, rosnando e ameaçando pular. Cercado, assobiou alto. De trás de uma moita, Garmir surgiu e pulou sob um.

O restante continuou o ataque. O da direita pulou, por sorte, rasgou somente o ar. San desviou e indo cravar a espada, um segundo apareceu, se jogando.

San usou a lâmina defendendo. O ataque permaneceu, constante e aleatório. Piorando, os dois se juntaram.

Tendo que segurar os dois, o forçaram pra trás. Dando uma olhada rápida, Garmir lutava pra arrancar a cabeça do que derrubou.

Esperando a hora certa, os dois ficaram um do lado do outro. Nessa hora, San estendeu a palma da mão aberta e uma força invisível os jogou longe.

Aproveitando a oportunidade, deu um tiro de energia na cabeça de um e pulou para o parceiro. Pondo o pé em cima do seu peito, cravou a espada no pescoço.

Antes de poder comemorar a vitória, o monstro ergueu os braços, pretendendo arranhar a perna de quem o prendia.

Lembrando-se de precisar arrancar a cabeça, moveu a espada decapitando-o. Tendo de golpear inúmeras vezes, finalmente conseguiu. Levantando o rosto, arfava cansado, o sangue descia a perna.

De canto de olho, uma figura cinza mexia. virando, com um buraco no meio da testa, a besta que deu um tiro levantou e pulou de mãos abertas, revelando as garras afiadas.

Prestes a usar sua Telecinese, Garmir pulou em cima, o derrubando e cravando seus dentes. San o encarou incrédulo, afinal de contas, o cão do inferno matou o que mordeu no começo.

“Será que monstros podem matá-los? Ou os dentes têm uma propriedade especial? Tentarei descobrir.” Sentando na grama, viu enquanto a cabeça do carniceiro era arrancada. Terminada a tarefa, pôs de pé para cortar as mãos e ir embora dali. Dando o primeiro passo, a mente girava.

Mantendo-se de pé com dificuldade, pensava no que acontecia.

— Sacro? O que tá acontecendo?

— Um momento. — Em alguns segundos, o analisando. — Tá infectado pelo veneno. Sugiro fazer um torniquete para retardar o veneno.

— Merda!

Rasgando sua camiseta, prendeu com força ao redor da perna. Sentindo o corpo estranho, arrancou as mãos dos monstros, pôs na mochila e se apressou. Andou nervoso, cambaleando e chocando nas árvores. Garmir ia à frente, vendo estar certo.

Voltando à cidade, diferenciar direita da esquerda era difícil, dor crescia e sua consciência esvaia. Enquanto andava, sabia que chegar no hospital seria difícil.

Demorando, escolheu a opção desesperada.

Empurrando a porta, entrou na loja de penhores, como sempre, vazio de clientes. Ouvindo o som do sino ecoando, Floki veio animado, imaginando ser um freguês.

Usava uma camisa rosa, bermuda listrada e chinelo de dedo. Avistando San, apressou-se o segurando.

— O que aconteceu?

— … Veneno… Carniceiro. — Sua fala tornando embaralhada.

— Sério? Consigo resolver.

Querendo recusar, dizer para o levar ao hospital com teletransporte, desmaiou.

Um assobio tomava conta da sua mente, era alegre e animado. Recobrando a consciência, Floki segurava as patas de Garmir, dançando de uma forma confusa.

— Devo tá sonhando. — falou enquanto coçava o rosto.

Floki virou, aproximou-se animado e disse:

— Meu amiguinho, bom que acordou. Achei que fosse dormir até o amanhecer.

Sentando, percebeu estar em cima de uma mesa normal de madeira. Olhando os lados, prateleiras de itens esquisitos espalhavam.

— Por que tô na loja?

— Onde mais estaria?

— Sabe, quando uma pessoa tá envenenada, é levada pro hospital.

— Ah, tá. Só pra roubarem seu dinheiro e dizerem ter te curado. Eu sou melhor.

— Valeu, eu acho.

Sentando, pôs peso na perna; a dor era baixa.

— Foram cortes superficiais. Misturando ao torniquete, o veneno foi retardado bastante.

— Tendi. Me diz, por que sempre que venho aqui, a loja tá vazia?

— É que meus itens são bem diferentes; não tem muita gente procurando especificamente uma pata de lagarto azul.

— Por que tem esse lugar? E pra que serve uma pata de lagarto azul?

— Gosto da privacidade, posso conduzir meus negócios e tenho uma desculpa do dinheiro que ganho de outras formas. A pata é um item pra poção.

— Bom pra ti, valeu. Vou indo agora, até.

— Perai, meu amigo, é bom que nos encontramos nessa circunstância, precisamos conversar.

— Tô ouvindo.

— Bem, queria me despedir.

— Despedir?

— Sim, devido às flores estelares e o método de cultivo, arrumei um bom dinheiro. Vou me mudar pra uma cidade bem maior, meus negócios vão triplicar.

— Pera, arrumou muito dinheiro? E a minha parte?

Dando passos para trás, falou em uma voz tranquilizadora:

— Por enquanto tô usando essa grana pra formar uma nova loja em Plária. Cê vai receber daqui a um tempo.

— Tomara, porque vamos nos ver alguma hora.

— Certeza que vamos, afinal, destinos de melhores amigos estão sempre unidos.

— É, isso aí, vou atrás do meu dinheiro.

Terminando as despedidas, foi embora. “Caramba, mesmo o cara sendo estranho e meio maluco, talvez sinta falta.” Lentamente, voltou pra casa.

Recém anoiteceu, então ao voltar em casa, as garotas estavam acordadas e preparando a comida. Quando o viram, cumprimentaram e comeram reunidos.

De barriga cheia, sentou no sofá e pensou no dia; sabia ter sido imprudente, cometeu erros, iria melhorar.

Saindo do quarto, Emma falou:

— Esqueci de falar, recebeu uma encomenda, deixamos em cima do armário.

— Obrigado.

Pegando o pacote, a embalagem era simples, pequena e tinha o formato de uma caixa.

Rasgando o lacre, abriu a caixinha; dentro um bilhete pequeno escrito.

“Saia da cidade e leve as garotas, tem cinco dias. Após, uma guerra irá começar. Irei te dar dinheiro.

Ass. Leonardo”



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