Vol 2

Capítulo 11: Disfarces na Floresta da Eternidade

Faltavam cinco dias para o Festival Centenário.

Alina caminhava pelas profundezas de uma floresta densa. Era uma masmorra de classe C chamada Floresta da Eternidade. Essas matas eram únicas.

Normalmente, apenas construções feitas pelos antigos eram chamadas de "masmorras", mas a Floresta da Eternidade era uma floresta aparentemente comum. Ainda assim, era considerada uma masmorra.

Isso porque estava repleta do éter que só podia ser encontrado nas ruínas dos antigos, o que significava que muitos monstros, atraídos por esse éter, haviam se estabelecido ali.

Dito isso, as criaturas na Floresta da Eternidade não eram muito fortes, e a masmorra tinha apenas um único nível. Cada andar de uma masmorra normalmente tinha uma área onde o éter era mais forte – conhecida como sala do chefe –, mas a vasta Floresta da Eternidade não possuía uma. Talvez o aumento do fluxo de ar ao ar livre permitisse que o éter se distribuísse uniformemente pela área.

A mata não era muito longe de Iffole, então dava para voltar à cidade sem nem mesmo usar o portal de cristal. Por essa razão, a Floresta da Eternidade era valorizada por aventureiros iniciantes como um campo de treinamento.

"Encontrar essa pessoa deve ser importante se você está usando seu precioso tempo de folga para isso...", Jade murmurou enquanto caminhava ao lado de Alina por um caminho sem trilha entre as árvores.

"Vou destruir aquele fofoqueiro. Vai ficar tudo bem. Eu disse à Laila que ela pode se virar sozinha."

"Sua traidora, Alina!!" Laila tinha gemido, seu rosto uma bagunça de ranho e lágrimas. Mas era preciso perder uma Laila para ganhar esta – ou melhor, perder uma batalha para vencer a guerra.

Caso contrário, esta catástrofe nunca teria fim. Alguns sacrifícios eram inevitáveis.

"Só para constar", Jade disse, "se quem está espalhando esse boato for a mesma pessoa que instigou Rufus, então eu quero interrogá-la. Por favor, não a mate por acidente."

"Farei o meu melhor."

"..."

"Mas espera, a pessoa que está espalhando as histórias está mesmo aqui...? Não num taverna ou algo assim?" Alina examinou atentamente a floresta ao seu redor mais uma vez.

Estavam cercados por árvores altas com folhagem entrelaçada formando um teto natural que bloqueava a luz do sol. Embora fosse plena luz do dia, a floresta estava escura e o ar era frio, com raízes brotando do chão que dificultavam a navegação.

"Muitos aventureiros vêm aqui. Não é um mau lugar para disseminar informações. E além do mais, os aventureiros que se reúnem em tavernas geralmente estão bêbados, então não dá para ter uma conversa decente com eles."

"... Entendo. Deixando isso de lado..." Embora convencida pela explicação de Jade, Alina pegou a ponta da túnica que vestia e fez uma careta. "O que há com essa fantasia?"

Neste momento, Alina não estava vestindo a capa que normalmente usava como o Carrasco. Ela estava coberta pela túnica de uma maga branca, o capuz obscurecendo seu rosto, e carregando uma cajado mágica desconhecida.

Alina não era a única com uma roupa incomum. Jade havia vestido uma túnica de mago negro e segurava uma cajado longa, Lowe estava em armadura leve e tinha uma espada longa à cintura, enquanto Lululee carregava um escudo grande de tanque nas costas. A curandeira parecia menos que estava carregando um escudo e mais que o escudo é que estava carregando ela.

"... Dê uma olhada na Lululee... O escudo é tão maior que o corpo dela que ela parece um escudo com pernas por trás...", comentou Alina.

"Pffft, heh-heh, honestamente eu estava pensando exatamente a mesma coisa. Um escudo se mexendo pela floresta. É hilário", acrescentou Lowe.

"Lowe..! Você vai pagar por isso..!" Lululee rangeu os dentes de frustração do outro lado do escudo.

"Uh, acho que ter a Alina encarregada da cura é muito mais alarmante, embora...", disse Jade.

"O que você está tentando dizer?" Alina o encarou.

Jade começou a explicar apressadamente as mudanças de roupa. "S-segundo as histórias que a equipe de informações reuniu, os rumores são direcionados a aventureiros novatos. É mais conveniente se eles não reconhecerem que somos a Espada de Prata. Isso não são fantasias, são disfarces."

"Cara, esse equipamento meio que me traz lembranças." Lowe sorriu, olhando para a armadura leve barata de seu disfarce como um aventureiro iniciante. Assim como todo o seu equipamento, era do tipo que se podia comprar por um preço baixo no mercado – armas comuns que se encontram em qualquer lugar. "Estou tendo flashbacks de quando era iniciante. Naquela época, até esse tipo de equipamento me deixava feliz. Era como, 'É, sou um aventureiro!' Né, monstro-escudo?"

"Mgggg..!" Embora Lululee estivesse rangendo os dentes novamente, Alina percebeu que ela não tinha uma resposta, pois se virou com um "humph!". O escudo estava no caminho, então Alina não pôde ter certeza.

"Um iniciante..." De repente, ela ouviu Lululee murmurar de trás do escudo.

"...É."

Ela devia estar cansada, pois sua voz soou um pouco sem energia.



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