Hant! Os Piores Brasileira

Autor(a): Pedro Suzuki


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 23: Banana espiã

Em uma sala escura, no subterrâneo de uma casa localizada no bairro residencial, dezenas de caixas cheias de mercadorias estampadas com uma variedade de brasões comerciais chegavam, carregadas por homens de todo tipo, orquestrados por um jovem segurando uma prancheta, acompanhado de uma bela garrafa de vinho.

Todos mostravam o que tinham conseguido e só armazenavam ou coletavam, quando obtinham sua aprovação.

Em meio a esse fluxo, um homem adulto, que não segurava nem desejava levar nada, chegou discretamente e andou na direção do que coordenava tudo.

— Como está? — Quando ele abriu a boca, todos da sala pararam, se viraram para confirmar quem era e logo se curvaram. — Voltem ao trabalho. Só vou ter uma conversinha com seu supervisor.

— Fique de olho em tudo, enquanto estiver fora. — Frustrado e com um pouco de medo, o jovem passou a prancheta para um assistente próximo, pegou a garrafa de vidro, virou tudo, arremessou contra a parede e subiu com o homem.

Eles saíram da casa, entraram em uma charrete que os esperava e partiram.

— O que foi agora? — perguntou o jovem.

— Não sei, mas o chefe está bastante irritado. Se prepare para perder alguns dentes.

Onde a charrete passava, os moradores fechavam suas janelas e os transeuntes desviavam o olhar e aceleravam o passo.

— Parece que meus anos servindo a ele não valeram de nada.

— Vou relatar isso.

— Que se dane, relate o que quiser! Já estou morto mesmo.

O homem segurou o queixo do jovem e o forçou a olhar em seus olhos.

— Do jeito que fala, parece que o chefe é quem deve algo para você. — E o puxou ainda mais para perto. — Você iria para os campos de trabalho forçado, se não fosse por ele, mas expressa sua gratidão bostejando como se fosse um novato?

O jovem deu uma cabeçada nele e se virou para o outro lado.

— Eu já paguei tudo que devia e muito mais! O que mais querem de mim?

O homem tocou em sua testa, se enfureceu ao ver gotas de sangue em seus dedos e deu um murro no jovem.

— Por isso que eu falo para ele não dar cargos importantes para lixos ingratos como você!

O jovem levantou sua mão para revidar, mas se estremeceu com o olhar dele.

— Toque em mim e não só você, mas toda sua família está morta!

Pff...

Então um segundo soco, ainda mais forte que o anterior, fez o jovem se contorcer de dor.

A charrete parou, o jovem cuspiu no chão e desceu cambaleando.

Passando por um jardim, os dois entraram na casa vigiada por diversos soldados cobertos por armaduras completas e seguiram até a sala principal.

— Tiveram algum imprevisto no caminho? — O homem sentado no sofá, que fumava um cigarro, tinha uma barba bem cuidada, um cabelo curto, colorido de amarelo, usava roupas douradas, listradas em branco, um cordão de meia lua feito de ouro e óculos escuros.

— Perdão pelo atraso.

— É culpa desse infeliz que me socou...

— O que vocês pensam que estão fazendo? — Os dois se calaram, corrigiram suas posturas e se curvaram diante da presença do chefe. — Sabe por que eu chamei você aqui?

— Não senhor, perdoe minha ignorância.

— Você finge que não sabe, realmente não sabe ou é parte do problema? — O chefe mexeu seu nariz e pediu para o jovem se aproximar. — Vinho de primeira qualidade...

— Se quiser, posso trazer um pouco. Conseguimos colocar as mãos em uma carga de primeira, que ia em direção a capital.

— Idiota! — E o chefe apagou o cigarro na bochecha do jovem, que tentou se manter imóvel. — Você tem noção do tanto de problema que você me arranjou por causa da sua incapacidade de seguir uma única ordem!?

 — Já estamos roubando aqueles mercantes, uma bebida ou outra, não vai fazer falta...

— O que os detetives vão pensar quando verem que está faltando bebidas em todas as cidades, menos nessa!? Hah... Leve-o para ser disciplinado corretamente.

— Sim senhor.

— Espera! O que fiz é tão grave assim? Aqueles comerciantes já estavam começando a tomarem outras rotas, muito antes de eu agir!

— Não aprendeu quando calar a boca?

E o jovem foi arrastado para fora da casa, gritando por ajuda.

— Essa pressa na reta final, vai me custar caro...

— Com licença, chefe. — Passando ao lado dos dois, um vendedor vestindo um avental, chegou na sala.

— Passe o que for, por relatório, depois. Hoje estou sem humor para resolver essas coisas.

— É urgente.

O chefe pegou um pente curvado e começou a arrumar o cabelo.

— Diga.

— Um vendedor do mercadão foi morto pelos cavaleiros da família Fortuna.

— Qual deles... Qual membro?

— O único nobre de baixo ranque que anda por aí com escoltas desse nível é o Barão Prykavyk.

Ele respirou fundo, bateu com o pente na mesa de madeira e gritou:

— Mate o responsável por atrair atenção demais e venha com um plano para lidarmos com isso até as quatro!

— Sim senhor.

O chefe se virou e se deitou no sofá.

— Só mais um pouco...

Lucca Massaro Monti, pousada.

— M... Maçã.

— A... Artérias das cavernas luminosas!

— Ele inventou isso, né Selena?

— Nem eu ouvi falar.

— “Os cipós carmesins, as artérias da caverna iluminavam o caminho para a saída...” Está até nos contos do mochileiro viajante, como vocês não sabem?

— Não era vigarista viajante?

— Vigarista viajante é o livro em que o velho aparece. Mochileiro viajante, é uma história inspirada nela, mas que é bem diferente.

— Eu nunca comi, mas já vi em uma enciclopédia que é real!

— Escolhe outro.

— Abacate.

Ele só estava comprando tempo?

— E... E... Tudo bem, eu perdi.

Com o Sol raiando novamente, descobri que o Khajilamiv tentou fugir para procurar pistas sozinho e por causa dele, o Barão armou uma armadilha mágica que nos impedia de sair da pousada.

— Que fome... Podem ir comprar algum doce para mim? — disse Selena para os cavaleiros do lado de fora da pousada, pela janela.

— O máximo que podemos fazer é trazer os suprimentos da viagem.

Ela fechou a janela e se sentou na cama.

— É, eu tentei.

— Não poderia ser um pouco mais convincente?

— Eu fui treinada para ser uma assassina e espiã, não uma atriz.

— Qual o problema em ficar de bobeira aqui enquanto eles trabalham? — perguntei. — Eles trouxeram até seus livros.

— É a chance de eu conseguir um grande feito!

— Para que? Quer virar militar?

— Só assim eu vou conseguir ter uma desculpa para me encontrar com o Gamaliel na capital e finalmente me tornar um discípulo dele.

Ah, por isso que você tinha tantos livros de magia?

— Magia é legal por si só, me tornar discípulo do Gamaliel é consequência, não o motivo disso.

— Sua família tem contato até com o imperador — disse Selena tomando uma das pílulas que roubou. — É só pedir para o Grão-Duque quando tiver a oportunidade.

— Eu tenho medo dele.

— Mais que fanáticos desconhecidos capazes de se explodirem?

— Te garanto que ele é pior que todos os criminosos desse lugar — Seus olhos relembravam cenas terríveis e sua expressão era de completo desgosto.

Vou ser julgado por um homem tão ruim assim?

— Se não tem jeito, qual é o seu grande plano para lidar com os lunáticos daqui? — perguntou Selena.

Khajilamiv sorriu como se só esperasse que alguém dissesse isso e tirou do bolso uma folha de papel.

— Um... Contrato?

— Isso mesmo.

— Se eles já estão quebrando a lei, por que se importariam em seguir um contrato?

— Não é só qualquer contrato, é um contrato especial de classe dois, vindo diretamente de Volenti!

A Selena se surpreendeu por alguns segundos, mas novamente murmurou algum xingamento a família Fortuna.

— O que tem de especial lá? — perguntei.

— É onde está a catedral da Santa Luchiena!

O Vaticano desse mundo?

— Então você comprou uma indulgência?

— No que isso me ajudaria com... Não tenho certeza de como são, ou que significam as indulgencias no seu mundo, mas aqui é um contrato emergencial que resumidamente me garante a ganhar qualquer conflito que eu tiver se eles assinarem aqui!

— E como você vai fazer eles assinarem?

— Se eles fossem inteligentes não estariam nesse ramo.

— Está confiando seu plano inteiro nisso? Eles confiscaram as armas da Selena, para gente pisar fora daqui não podemos contar com a ajuda de nenhum dos grão-mestres e nem sabemos o quão forte, ou quantos são.

— Confio na força de vocês dois.

— Na Selena tudo bem, ela passou pela peneira e tal, mas eu era só um cidadão comum em meu mundo.

— Tão comum que conseguiu ser transportado para outro mundo, fugir da prisão mais segura do Ducado e limpar uma ilha sozinho?

Sabia que não devia ter contado a história da ilha.

O tempo passou, tentamos encontrar formas de distrair os cavaleiros, mas eles eram disciplinados demais. Então o Khajilamiv finalmente desistiu e passamos o resto da manhã jogando jogos de tabuleiro que pedimos para um funcionário da pousada emprestar.

— São eles? — Na quinta rodada da batalha naval, as peças caíram no chão pela forte marcha dos monstros dos grão-mestres.

Abrimos a janela e acenamos para eles, que entraram na pousada para explicar a situação no primeiro andar, que funcionava como um restaurante aberto, até ser totalmente alugado pelo Barão. Os cavaleiros e funcionários se acomodaram nas mesas, então o líder começou o relatório da situação:

— Interceptamos uma mensagem cifrada dos criminosos e descobrimos que eles vão enviar todo o seu pessoal para roubar uma frota comercial de um grupo grande. Já enviamos um cavaleiro para alertar eles desse perigo e a noite partiremos com quase todo pessoal para acabar de uma só vez com eles.

— O que significa que iremos estender nossa estadia nessa cidade por mais um dia, para lidar com os procedimentos seguintes — complementou o Barão. — Até lá, estão dispensados para se divertirem um pouco aqui.

O Khajilamiv começou a sorrir, mas logo teve suas esperanças cortadas:

— Menos vocês três. Por segurança, estão proibidos de sair da pousada.

Assim, a reunião terminou. Os funcionários partiram para comemorar, os cavaleiros cansados e ainda com sintomas restantes da bebedeira de ontem saíram para planejar a emboscada e o único que ficou foi o Barão.

— Por que não me deixa ir com você? — perguntou Khajilamiv.

— Tenha paciência. Quando você crescer, vou te levar para quantas aventuras quiser. — respondeu o Barão. — Mas por hoje, trouxe algumas coisas para manter vocês entretidos.

Um cavaleiro chegou com uma pilha de livros para o Khajilamiv e outros dois prepararam um campo de treino para a Selena, que incluía até dois golens de madeira.

— E para mim? — perguntei.

— Você já está crescido demais.

— Então vou com você? — Ele riu da resposta, mas partiu sem dizer mais nada.

— Quer saber, vou te ajudar a... — Mas o Khajilamiv estava maravilhado com os novos livros e a Selena com o campo de treino.

Pela barreira ter funcionado na manhã, os cavaleiros ficaram mais desleixados na guarda. Então só passei pela entrada, entre os dois e eles deixaram eu ir, já que não fazia sentido alguém conseguir superar uma barreira especializada em barrar três pessoas, sem nem desativar ela, provavelmente pensando que o Barão havia me chamado ou algo do tipo.

Passeando pela cidade, comecei a perceber algumas coisas estranhas.

Em todo lugar que eu passava, quer fosse o lado comercial ou o bairro dos moradores da cidade, sempre havia uma pichação, banner ou etiqueta anunciando: “compra-se bananas”, em quatro línguas diferentes.

Arranquei uma dessas etiquetas e guardei no bolso para checar o endereço mais tarde e continuei procurando por pistas.

Depois de andar bastante, acabei caindo em uma área bastante suspeita com vários vendedores de rua, cheio de produtos que pareciam caros, estendidos em um pano enorme.

— Quanto é? — perguntei para um deles, apontando para o produto que parecia mais caro.

— Vinte e cinco Kal, pelos dois.

Doze reais por um artefato tecnológico de ponta?

— E esse daqui? — Apontei para um produto que vi em uma loja na vila perto da prisão, que tinha uma ideia do preço.

— Quatro Kal.

Com certeza eram os produtos roubados.

— Obrigado, volto mais tarde.

Andei de volta para a pousada e sugeri um plano para o Khajilamiv.

— Consegue fazer uma escuta improvisada em uma banana?

— O que?!

— Sei que parece maluco, mas tem algo suspeito, que eu preciso de uma banana espião para investigar.

O Khajilamiv ficou em estado de choque até eu explicar a situação com a etiqueta que eu peguei antes.

— Como você conseguiu sair? — perguntou Khajilamiv.

— Eu andei pela porta.

— Fácil assim?

— É.

— Deixa eu tentar.

O Khajilamiv andou de peito estufado até a porta, mas bateu de cara com a barreira.

— Você está bem jovem mestre!? — disseram os cavaleiros, preocupados. — Chamem um médico!

— Se acalmem, estou bem.

Ele voltou e se sentou na cadeira, então começou a escrever uma lista em uma página em branco do seu livro, que arrancou e me entregou.

— Selena, pode emprestar seu dinheiro para o Lucca fazer uma banana espiã?

Ela ficou tão confusa quanto o Khajilamiv, mas concordou sem pedir explicações.

— Depois de me deixar pegar aqueles suplementos, eu venderia até meus sapatos sem pedir explicações. Faça o que quiser!

Com o dinheiro em mãos, eu saí da pousada, novamente sem problemas, voltei ao mercado suspeito para comprar os materiais necessários, voltei; com ajuda do Khajilamiv montei a banana espiã, impossível de se distinguir das demais só pelo olhar e fui para o endereço escrito na etiqueta.

— Com licença, estão comprando bananas aqui? — perguntei para um vendedor de uma loja de discos de vinil, que acenou negativamente.

— Essa etiqueta é daqui? — Novamente negaram.

“Que estranho, tinha certeza de que era aqui... Será que estão mais cautelosos por causa do incidente no mercadão?”, quando estava prestes a dar meia volta, uma voz me chamou em um beco escuro, no meio das duas lojas.

— Gostaria de testar sua sorte? — A voz áspera que me chamava vestia uma capa preta e fazia movimentos enigmáticos em uma bola de cristal.

Suspirei e me virei para ir embora.

— Espera! Eu compro bananas!

— O que?

— Ser cartomante nesses dias é difícil demais, tenho que arranjar outros bicos.

— Entendi?

Como não tinha mais nenhum uso para ela, entreguei a banana espião, decepcionado por ser apenas uma cartomante precisando uma renda extra.

— Aqui está. — Mas então ela me entregou mil Kal em troca disso.

— Me desculpe, mas acho que a senhora cometeu um engano... Mil Kal é demais por uma banana.

— Você não é daqui né? — Ela começou a brincar com as cartas. — As bananas estão em falta em toda região, mil Kal é até menos que o preço de mercado.

— Em falta?

— Desde que aquele homem começou a trabalhar aqui, ele tem monopolizado todas as bananas.

— Que homem?

— Garoto. Se quer viver uma vida longa e tranquila, não se meta com essas coisas.

Decidi não insistir mais e voltei para a pousada.

— Agora é só ficar de olho.

Na pousada, o Khajilamiv monitorava uma pequena tela parecida com o walkie-talkie que usavam na prisão, que a cada minuto atualizava sua localização.

Segundos, minutos, horas se passaram e o pontinho continuava piscando no mesmo lugar.

— Está quebrado? — perguntou Selena, enquanto performava um ataque preciso depois de dois mortais carpados, desviando de flechas de ponta de borracha, que eram disparadas sem parar por um dos golens.

— Fica de olho Lucca, vou no banheiro.

...

— Sua bruxa! O que está tramando? — gritou o supervisor temporário que substituiu o anterior.

— Não sei de nada! Só repasso o que vendem para mim!

— Se acalma moleque.

Antes das bananas serem enviadas, elas passavam por um rigoroso processo de análise. E em um deles, um imã gigante para detectar metais pegou a banana espiã.

— Está claro que foram os Fortuna que armaram isso.

O supervisor correu para quebrar o dispositivo, mas foi segurado.

— Todos vocês só tem vento passando dentro dessa cabeça inútil?

— Quer usar isso para armar uma armadilha?

...

— Mexeu! A banana está sendo levada! — gritou Selena.

Já era noite, a maioria dos cavaleiros já tinham partido e até a escolta que ficava na frente da pousada já tinha começado a vigiar em turnos.

No tempo em que ficamos ociosos, eu consegui desativar a barreira e já tínhamos um percurso de fuga pronto.

— Que estranho. — Mas mesmo com esse plano, eu esperava que ao menos um dos guardas ia notar nossa falta, mas tudo ocorreu tranquilamente.

— Para lá! — A localização havia parado de atualizar, o que significava que estávamos com o esconderijo deles na palma da mão.

Chegamos em uma casa velha, dominada por plantas, que aparentemente estava vazia. E sem hesitar, a Selena partiu na frente, checando para ver se havia pessoas escondidas.

— Está vazia até demais — disse Khajilamiv.

— Mas tem vários vestígios que muitas pessoas passaram por aqui durante o dia — disse Selena.

Na casa não parecia ter nada demais, era só um espaço abandonado sem mobília alguma, mas o rastreador indicava que a banana estava do nosso lado.

A Selena deu duas batidas no chão e confirmou:

— Tem um porão aqui embaixo.

Depois de vasculhar todo canto, finalmente encontramos um tapete que escondia um alçapão e descemos as escadas, prontos para lutarmos.

Mas estranhamente, não havia ninguém.

— Esse é o armazém secreto deles?

Era uma sala repleta de mercadorias roubadas, mas eu tinha certeza de que era uma distração.

— Tirando o localizador, não tem nenhuma banana aqui. — E até mesmo a banana espiã parecia ter sido mexida.

— Que estranho, se eu soubesse que tinha sido descoberto, eu usaria isso para emboscar quem tivesse me procurando. — Quando Khajilamiv me disse isso, eu dobrei a atenção em todos os meus sentidos, preparei todas as minhas armas e subi as escadas preparado para um ataque surpresa.

Mas felizmente não tinha ninguém.

“Não saia dizendo essas coisas do nada Khajilamiv...”

— Acho que esse lugar não é relacionado com os cultistas — disse Selena.

— O raciocínio mais lógico é que se o criminoso que encontramos vendia frutas, se tem anúncios de alguém comprando frutas em todo lugar e tem alguém roubando frutas, é pensar que todos eles estão relacionados, mas dando um passo atrás, será que estão mesmo?

— Quer dizer o que com isso?

— Isso pode ser consequência de as frutas terem se tornado um produto valioso e não necessariamente que tem um proposito para elas.

— Eles estão tentando usar a tática dos vendedores de diamantes? — perguntei.

— Como assim?

— Inflacionar o preço de um produto artificialmente por meio do monopólio.

— Talvez.

Voltamos a pousada pela porta dos fundos e andamos até o restaurante para jantarmos, mas parecia que ainda não estava pronto, apesar do horário.

— O que será que houve?

Andamos para a entrada e os guardas haviam sumido.

— Será que a emboscada deu errado e eles pediram reforços?

Mas até os funcionários da pousada não estavam em lugar nenhum.

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