Volume 1 – Arco 1
Capítulo 20: Novos jogos
São Paulo, 2017 D.C
Nos seus vinte anos de carreira como policial civil — quatorze lidando com os contratados. Para sobreviver aos eventos catastróficos e o surgimento de pessoas com capacidades destrutivas assustadoras, ele acabou desenvolvendo uma espécie de sexto sentido, que sempre o alertava quando estava em uma situação de alto risco.
Há alguns meses, na conferência nacional, criada para discutir sobre o surgimento da terceira onda, onde se juntaram todos os maiores talentos do país, essa habilidade foi levada ao limite, quando confrontada com forças além da sua compreensão.
Por causa disso, agora, em um típico congestionamento de São Paulo, levando Lucca para delegacia, ele se questionava se aquele evento havia bagunçado essa sua habilidade, pois a cada cinco segundos, sentia que estava prestes a morrer, mas quando olhava para o lado, o detido: vestido de roupas de praia, tirava um cochilo.
— Pode ligar o ar? — perguntou Lucca, ainda de olhos fechados.
— Claro... — Pela expressão dos dois, parecia que era o policial é quem estava sendo levado a força para a delegacia. — O aquecimento global tá com tudo esses dias, não é? Haha...
Então o policial olhou para as algemas arrebentadas no braço do Lucca e cogitou se aquilo foi mesmo um mal funcionamento.
Enquanto estava algemando Lucca, seu aparelho de detecção de surgimento de masmorras e portas, começou a apitar em sua intensidade mais alta.
Ele verificou seu celular, esperou por um tempo, mas nada aconteceu, mesmo com o aparelho ainda chacoalhando sem parar.
— Por acaso, você é um mago?
— Consigo usar mana, mas não sou.
— Então é isso. — Como o surgimento das duas anomalias são medidos pela concentração de mana, perto de magos fortes, um falso sinal poderia ser emitido.
O policial desligou o aparelho, arrancando as pilhas e pegou uma algema especial, mais robusta e com um sistema híbrido: eletrônico e mágico. Porém, logo que ela se fechou no pulso de Lucca, o centro começou a esquentar, soltar uma fumaça, então se quebrou na metade.
— Não fiz nada — disse Lucca.
— Eu sei, já sabia que essa máquina velha ia pifar logo. — Na hora, ele não pensou muito sobre, já que isso ocorria com mais frequência que gostaria.
O certo seria atualizar os aparelhos mágicos a cada onda, visto que novos materiais e técnicas eram constantemente descobertos, acompanhando o fortalecimento dos contratados, porém, o dispositivo de detecção e a algema que usou, ainda eram do tempo da primeira onda.
Atualmente, qualquer mago fraco com o mínimo de treinamento, poderia se equiparar aos mais fortes da primeira onda.
No entanto, com seu instinto gritando que algo estava errado, ele começou a temer que havia mexido com alguém perigoso de verdade.
“Quando eu for solto, eu compro primeiro um salgado na padaria perto da minha casa, uma bolinha de bacalhau ou um torresmo no bar?”
Da perspectiva do Lucca, os quinze anos em situações de vida ou morte, haviam feito com que ele ficasse alerta até inconscientemente e respondesse a qualquer tipo de hostilidade com dez vezes o retorno, principalmente quando estava longe de seus companheiros.
Mas isso não significava que havia sequer o pensamento de comprar uma briga ou fugir, logo que voltou para casa.
Apesar de dirigir tremendo de cabo a rabo, a maioria o consideraria bastante corajoso, porque são poucos os que continuariam com o processo, mesmo depois de descobrir que possivelmente estava lidando com um contratado perigoso.
No outro extremo de deixá-lo ir só com um aviso, por medo, também existem aqueles que fariam isso por uma causa nobre, motivados pelas injustiças sofridas, causadas pela negligência e atraso do judiciário brasileiro em lidar com os contratados, comparado aos outros países, mas esse também não era o caso.
Esse policial era unicamente motivado pelo medo de um mal maior: o delegado de sua unidade, um homem terrivelmente obcecado em humilhar e destruir os despertados, o único forte o suficiente para isso.
Seus antigos hematomas relembravam o que aconteceria se deixasse um suspeito sem passaporte ir, só por ser um contratado de uma guilda influente.
— Chegamos.
A picape deu uma freada brusca, o policial tirou seu cinto de segurança e desligou o carro.
Depois de preencher um formulário, Lucca foi levado ao fundo da delegacia, onde ficava as celas para os prisioneiros provisórios.
“Não é a pior que já estive, mas está longe de ser descente.”
Nas celas individuais, mal havia espaço para ficar em pé. Nas celas coletivas, todos tinham que ficar encolhidos, esmagados pelas paredes, com mais presos que o limite permitido.
Os azulejos brancos do chão tinham ralos retangulares que exalavam um cheiro repugnante, as paredes estavam se despedaçando, as grades eram feitas de um ferro enferrujado, trancados por um único cadeado dourado, mais decorativo que funcional.
Parte dos policiais estavam armados com pistolas comuns, a outra parte não carregava nada.
— Olha só quem chegou...
Lucca pensou que estava sendo chamado, mas quando entrou na cela, foi completamente ignorado. O prisioneiro passou direto e partiu para cima um adolescente que tinha chegado pouco antes, o empurrando e derrubando no chão.
— Boa X9! Ferrou com todo mundo, para acabar sendo pego? — Ele levantou sua perna, mas foi parado pelo policial que estava levando Lucca, antes que conseguisse completar o chute.
Mas o caído se levantou e revidou com um cuspe, enquanto o policial estava de costas para ele.
— Vocês dois! Se continuarem de gracinha...
— Nossa, que medo~ — Ele se balançou e escapou do aperto do policial, pronto para escalar a briga.
Mas ambos sentiram um calafrio percorrer em suas espinhas, seguido de uma voz na mente dos dois:
"Parem com isso, crianças."
— Pf, tá achando que a gente vai te ouvir só porque é um mago?
— A essa distância seus poderzinhos não adiantam de nada! — E um dos garotos tentou agarrá-lo.
Mas bateu com tudo na parede, porque Lucca desapareceu sem dar sinais.
O garoto girou sua cabeça freneticamente, o procurando em todos os lados, mas levou uma leve batida em sua nuca e desmaiou
— Invisibilidade!?
O outro pegou um punhado de farinha de uma marmita largada de canto e jogou no Lucca.
Assim, mesmo usando a magia de invisibilidade, ainda teria como reagir. E seguiu com um uppercut veloz, mas que assim como o outro ataque, falhou completamente.
Ao invés de procurar pelos arredores como o outro, ele imediatamente se virou e conectou com um gancho, que foi parado com uma mão, sem dificuldades
— Não usei magia nenhuma. Nem antes, nem agora.
O prisioneiro puxou seu braço com toda sua força, mas Lucca não se moveu nem um centímetro.
— Vai ficar parado, só assistindo? — gritou para o policial, que abaixou seu chapéu, saiu e trancou a cela.
Com um meio sorriso forçado, levantou sua mão livre, se rendendo.
— Não vai bater em uma pobre criança indefesa, não é?
Lucca o soltou e ele tentou mais um ataque surpresa.
Einar, Shopping.
Depois de colocar o elmo, toda multidão se dispersou rapidamente.
— Vocês estão bem? — perguntou Katarina.
— Derrubaram todo meu lanche... — respondeu Henry, que enviou seus mortos-vivos para limpar a bagunça.
— Se ainda estiver com fome, pode pegar um pouco do meu. — E ela tirou um burrito mordido de uma sacola amassada.
— Não precisa. Isso foi culpa minha, eu que pedi para ele tirar o capacete, então mesmo que ainda estivesse com fome, resolveria por mim mesmo e caçaria aqueles que derrubaram a minha batata e obrigaria eles a pagarem o que devem!
— Poupe sua energia para escrever seus concertos.
— Falando nisso, ando em um tremendo bloqueio criativo. Eu me superei fazendo a música para a execução daquele pé no saco, na cerimônia do chá, mas agora nada que escrevo parece chegar aos pés daquela composição.
— Esse mundo deve ter músicos, estilos e composições completamente diferentes do nosso. Podemos procurar um concerto aqui perto, para ver se algum atiça seu espírito artístico.
— Boa ideia, parece divertido ouvir uma orquestra de outro mundo.
Enquanto os dois conversavam, Einar estava completamente acabado no canto, encostado na parede, sem mover um músculo, em silêncio absoluto.
— Ele está bem? — perguntou Katarina.
— Agora que o Einar finalmente tomou coragem para tirar esse capacete, deu tudo errado. Deve ser bem traumático, então deixa ele processar o que aconteceu...
— Os outros não estavam com você? — perguntou Einar.
— É mesmo, esqueci daqueles dois! Vou ter que ir agora, depois a gente conversa sobre a orquestra.
— Podemos ir com você — disse Einar.
— Posso ajudar a procurar eles rapidinho, com a minha coleção!
— Não, seus mortos vivos chamam atenção demais. Se forem vir comigo, só me acompanhem normalmente.
E eles subiram nas escadas rolantes e foram procurando os dois, nas lojas que seriam mais prováveis.
— Nesse ritmo, só vamos encontrar eles depois de explodirem algo.
— Olha, um mapa! — disse Henry.
— Comida, comida, roupa, brinquedos, roupa, comida... Academia? — disse Einar, lendo os ícones do mapa digital.
— Fica no quarto andar, do lado de uma churrascaria, quer ir lá?
— Foquem em encontrar o Wade e a Ágata primeiro.
— Se eu fosse eles... O que é aquela loja no andar de cima, brilhando? — E o Henry clicou no mapa e leu a descrição: — Uma loja de videogames? O que é isso?
— Não sei, mas aqueles dinossauros são a cara deles, vamos lá.
No meio da escada rolante, eles já conseguiram enxergar os dois, discutindo sobre qual jogo comprar.
— V-vinte mil!? — gritou Katarina, logo que viu a etiqueta de preço do que a Ágata e o Wade carregavam.
O que essa caixa enorme continha, era um console de realidade aumentada, com a nova tecnologia de uma civilização mais avançada, com suporte para dois jogadores, o eletrônico mais famoso da última geração, que possibilitava a sensação dos cinco sentidos, dentro do jogo.
— Tudo bem que não tem limite, mas por favor tenham o mínimo de consideração. A gente ainda vai ter que...
...
"O cartão foi congelado temporariamente."
— Roubaram o seu cartão? — perguntou a madrasta do Nilo, em uma ligação.
— Uns amigos pegaram emprestado...
— Eu consigo rastrear as últimas compras pelo celular, já estou enviando algumas pessoas para pegarem de volta.
— Não precisa! Eles disseram que iriam devolver.
— E você acreditou?
— Acho que é mais fácil explicar pessoalmente, já passo aí.
...
— Por que esse negócio não está funcionando? — perguntou Ágata, tentando comprar um jogo de trezentos reais.
— Vocês já gastaram mais que todo mundo junto... — A Katarina estava prestes a usar suas plantas soníferas, mas se controlou, porque também afetaria as outras pessoas na loja. — É a última vez que eu vou falar!
— De que adianta comprar um console, sem ter um jogo para jogar?
Katarina se irritou ainda mais, por não entender essa frase sem sentido e puxou a Ágata e o Wade pela orelha.
— Espera! Desculpa! Eu prometo que não compro mais nada... Além desse joguinho indie de cinquenta reais.
Vendo isso, o vendedor da loja, que tinha explicado todos os termos que eles não entendiam, interveio, com medo de uma devolução:
— Já passou a era em que um jogo tem que custar caro para ser bom. A senhora não precisa se preocupar em gastar nem mais um centavo. Depois deles experimentarem o Rem, não vão querer mais nenhum outro jogo!
— E quanto que é esse tal de Rem?
— Zero! De graça.
— E qual o truque?
— Desde que seus... — E o vendedor analisou os três: Wade e a Ágata eram velhos demais para serem filhos dela, mas a forma de agir, era como se fossem. Pela aparência e falta de conhecimento sobre termos humanos, eles claramente eram visitantes de outro mundo. — Amigos? Não comprem cosméticos nos jogos, tudo sai de graça.
— Mas por que um vendedor recomendaria um produto que não rende nada para a loja? — perguntou Katarina, ainda mais desconfiada.
— Eles já bateram a minha meta de vendas, com essa compra. Depois disso, não ganho mais nada. Considere como uma recomendação de um fã, indicando seu jogo favorito.
Ela soltou os dois e saiu da loja com o cartão.
Então o vendedor cochichou para os dois:
— Dá para comprar os jogos que vocês quiserem, pela loja virtual, da casa de vocês.
Eles sorriram e saíram da loja.
— Bloqueado? — Einar e Henry bateram no cartão, para ver se estava quebrado e tentaram passar novamente, só para o mesmo erro surgir.
— Tem certeza de que a senha era essa?
— Eu até anotei em um dos mortos-vivos provisórios — disse Henry, invocando e mostrando o braço de um esqueleto.
Einar definhou e saiu cabisbaixo, mas quatro recém adultos, que estavam treinando, viram isso e correram para ajudar.
— O passe diário é baratinho, podem entrar, a gente faz a boa para vocês!
Eles eram criadores de conteúdo fitness, com um canal de quatrocentos e cinco inscritos. E nunca deixariam uma oportunidade dessas, passar batido.
— O que está fazendo? A gente mal tem dinheiro para pagar as contas desse mês! — Não deixariam, até mês retrasado, quando perderam seu membro mais popular, para um time de fisiculturismo famoso e foram processados logo depois.
— E nunca vamos ter, se continuarmos fazendo o mesmo! — Depois de uma fervorosa discussão e uma votação, que terminou com três favoráveis e um contra; o que fez a proposta, se voltou para os dois e acrescentou: — Com uma condição!
— Qual?
— Gravem um vídeo com a gente!
Conseguir gravar um vídeo com alguém de outro mundo, já iria garantir milhares de visualizações, se feito corretamente, mas o físico do Einar tinha um potencial de superar até essas expectativas otimistas.
— O que é isso?
— Vocês não sabem o que é um vídeo?...
— Concordamos! — Para Einar, a melhor forma de lidar com os seus problemas, era esquecer eles treinando e seu maior problema era não conseguir treinar.
As consequências ficam para depois.
— Que vídeo a gente pode fazer...
— Não é só fazer o de sempre?
— Uma entrevista é melhor!
— Um desafio de levantamento seria legal.
No fim, decidiram fazer todos.
— Com licença, como que uso essa máquina? — perguntou Henry.
— A cadeira extensora? Você se senta aí, ajusta para ficar confortável, escolhe um peso... Acho que quinze é bom, para um iniciante do seu porte. E empurra para cima.
Então Henry balançou seus pés, como se nem percebesse o peso.
— Acho que estou fazendo errado...
— Deve estar leve demais para você, deixa eu subir para trinta.
E o resultado foi o mesmo.
— Aumenta para o máximo logo! — disse Henry.
— Tem certeza?
— Agora sim! — Com cento e quarenta quilos, ele começou a sentir algo, mas completou cem repetições, sem problema.
Enquanto isso, Einar fazia um desafio com o mais forte dos quatro, para ver quem levantava mais peso no levantamento terra.
— Isso é uma pegadinha?
— Hahaha, gravou isso?
Mesmo depois de ter vencido, Einar foi aumentando o peso, até acabar o espaço na barra.
— Todo visitante de outro mundo é assim?
— Se fossem, a gente já teria sido extinto faz anos.
Assistindo isso, a mente dos quatro começou a borbulhar de ideias, que logo foram sendo executadas, uma atrás da outra.
— Com licença, posso limpar aqui? — Uma pegadinha disfarçando o Henry de faxineiro e levantando os pesos dos bombados, com uma mão.
— Um pouco mais para esquerda... Levanta esse braço! — Uma sessão de fotos com as poses dos torneios. — Não consegue mesmo tirar esse capacete?
— Fica até mais icônico assim, deixa ele.
— Urgh... Eu trouxe as roupas! — Cosplay de personagens famosos.
— Quem conseguir levantar mais que ele, ganha cinco mil reais! — Desafios de rua.
E quando se deram conta, já era de noite.
— Isso foi incrível!
— Foi divertido — disse Henry.
— Querem comer uns espetinhos em uma loja perto de casa? A gente paga!
Como o cartão não estava funcionando, essa proposta capturou os dois facilmente.
— Sabia que isso ia acontecer, que bom que fomos em um rodízio!
— Mais dez, por favor!
— Chega! Saiam daqui! — Depois de chegar perto dos cinquenta espetinhos cada, os dois foram expulsos do restaurante.
— Ai, ai, vamos passar um bom tempo editando tudo isso. — Mesmo com o tom desanimado, ele estava pulando de alegria por dentro.
— Nossa casa é para lá, até mais!
— Hm, se não for pedir muito, teria como emprestar um dinheiro para pagarmos um hotel?
— O cartão pifou, né. Mas infelizmente a gente...
— Querem dormir na nossa casa?
O Henry pegou um celular emprestado, fez uma ligação para Esfayl e deu um sinal positivo.
— Por favor, ignorem a bagunça...
— Mas está tudo limpo.
— Eu sei, fizemos uma faxina ontem.
— Então por que...
— É um costume desse país.
Os quatro moravam em uma casa espaçosa e bem localizada, comprada pelo mais rico entre eles, que conseguiu esse dinheiro em ações, por pura sorte, mas que se recusava a parar de reinvestir o dinheiro em compras de alto risco, forçando os outros a pegarem trabalhos de meio período e formas de renda extra duvidosas de gurus vendedores de curso, para pagarem as contas restantes.
— Eu durmo na sala e o Edu divide o quarto com ele, podem ficar com os dois quartos livres.
— Nem sei se eu vou conseguir dormir, com esse tanto de coisa para trabalhar.
— Eu te ajudo, relaxa.
E eles acabaram fazendo uma escala, para editarem em turnos.
— Onde que tem...
Enquanto um deles esperava sua vez, Henry o viu mexendo em um programa de música.
— O que é isso? — Como ele estava de fone, Henry foi ignorado, então chegou mais perto e encostou seu ouvido no headset. — Que instrumento estranho.
— Ah, você estava aí, foi mal.
— É um músico?
— Que nada, é só um hobby.
— Mas você compõe tão bem...
— É só uns samples que remixei de uma música antiga.
— Como que usa esse instrumento?
— Só sei o básico, mas posso tentar te ensinar um pouco. Puxa aquela cadeira ali.
Assim, tirando o Einar, que dormiu assim que chegou, todos acabaram virando a noite.
— Todo esse trabalho, para só 4 mil visualizações?...
Ainda era bastante acima da média, mas as suas expectativas não estavam de acordo.
— Q-quatro mil pessoas viram a gente!? — Mas a reação dos dois, animou a todos, que se prepararam para continuar gravando.
Depois de um merecido cochilo.
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