The Extra's Academy Survival Guide (Light Novel) Coreana

Light Novel

Capítulo 8: Um Dia Antes do Início das Aulas (1)

— E agora… O que eu faço…?

No meio de um pequeno lago, na parte sudeste da floresta, havia uma ilha rochosa onde se erguia a Árvore Guardiã de Merilda.

Foi lá que encontrei Yennekar, a Elementalista, perdida em pensamentos, concentrada enquanto se apoiava contra o tronco da árvore.

Sem que eu percebesse, o início das aulas já estava a apenas um dia de distância.

Havia muitas coisas que eu precisava preparar.

A primeira delas era minha aparência deplorável.

Depois de dez dias vivendo na natureza, eu parecia mais um plebeu do que um nobre.

Embora tomasse banho no riacho todos os dias, ainda precisava raspar minha barba rala.

Peguei a dobradiça que havia removido da minha mala, afiando a borda.

Mas só de pensar em realmente usá-la, já ficava apreensivo.

Se me cortasse com uma lâmina enferrujada, poderia acabar pegando uma infecção séria, como tétano.

No entanto, para manter uma vida acadêmica discreta em Silvenia, preservar minha dignidade era o básico do básico.

Meu objetivo era me formar sem chamar atenção.

Ser notado pelo corpo docente por parecer um mendigo seria um desastre.

Eu precisava encontrar um jeito de conseguir uma lâmina de barbear limpa.

Depois de me vestir e concluir as demais preparações, peguei meu arco.

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[Habilidades de Combate]

Nível: Iniciante em Combate

Especialização: Arco

Proficiência com Arco: Nível 1

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Sem hesitação, decidi especializar-me no arco como minha principal habilidade de combate.

Em Silvenia’s Failed Swordmaster, havia quatro categorias de habilidades:

1. Combate
2. Magia
3. Vida
4. Alquimia

O sistema determinava a profissão do personagem com base na combinação de duas dessas categorias.

Se um jogador tivesse liberdade para escolher, o ideal seria analisar bem suas opções.

Mas, no meu caso, eu não tinha escolha.

Eu precisava treinar minhas habilidades de Vida para sobreviver.

Além disso, este corpo pertencia a um aluno do Departamento de Magia, então treinar magia era inevitável.

Ou seja, especializar-me em Magia e Vida não era uma opção, mas sim uma obrigação.

Essa combinação não era das melhores, mas ainda permitia seguir caminhos como Engenheiro Mágico ou Encantador.

Ainda assim, não havia arma com a qual eu tivesse mais afinidade do que o arco.

Combate corpo a corpo estava fora de questão.

Minha resistência, minha força muscular e meus reflexos eram fracos demais.

Atacar de longe era a estratégia mais ideal.

Com o avanço da minha proficiência em produção, eu poderia criar flechas de alta qualidade e encantá-las com magia.

Portanto, a melhor decisão seria especializar-me no arco para Combate e no Elementarismo para Alquimia.

— Elementalismo…

No entanto, Elementalistas nascem com uma habilidade inata chamada ressonância espiritual.

A capacidade de se conectar com espíritos não pode ser treinada indefinidamente.

Na história, os grandes Elementalistas sempre foram aqueles nascidos com essa aptidão natural.

— Se não der certo, paciência… Mas isso seria um problema.

Dentro das especializações de Alquimia, não havia muitas boas opções.

A única alternativa que me vinha à mente era focar na produção de medicamentos fitoterápicos.

Mesmo assim, forçar a Ressonância Espiritual não seria possível se eu simplesmente não a tivesse.

Se não desse certo, teria que encontrar outro caminho.

— De qualquer forma, está na hora de testar o arco que passei a noite inteira fabricando.

Fiquei eufórico quando consegui finalizar a produção do arco, cuja dificuldade de fabricação era nível 2.

Mas, ao mesmo tempo, ainda não confiava completamente nele.

Peguei as dobradiças das minhas malas, afiando-as e fixando-as em hastes de madeira para criar flechas.

No total, fiz quatro flechas.

Mas, para ser sincero, não sabia se elas seriam eficazes para matar alguma coisa.

Contra javalis selvagens, provavelmente não fariam nada.

Mas talvez funcionassem contra esquilos e coelhos.

Com o arco nas costas, saí para caçar.

Duas horas depois, após conseguir derrubar dois esquilos, encontrei Yennekar na Árvore Guardiã de Merilda.

Desde cedo, ela já tinha firmado um contrato com Takan, um espírito de fogo de alto escalão.

Ela era uma Elementalista prodígio e, atualmente, cursava o segundo ano em Silvenia.

No futuro, ela seria corrompida pelo espírito das trevas Velosper, que era a mão direita de Glasskan, o espírito sombrio de mais alto escalão.

Ela então se tornaria a responsável por tomar o controle do Centro Estudantil.

Ela era a chefona final do primeiro ato de ‘Silvenia’s Failed Swordmaster’.

Eu não tinha ambições.

Eu só queria me formar nesta academia.

Esse era o melhor caminho para mim.

Mas, para ser sincero…

Não era como se eu não tivesse sonhos.

Não era como se eu não quisesse ser o herói deste mundo, trilhando um caminho de louvor e reconhecimento.

No entanto, o caminho de um herói sempre estava cheio de espinhos.

Existe um motivo pelo qual os heróis são louvados:

Eles avançam silenciosamente por essa trilha espinhosa, onde o sangue flui como se fosse um campo de flores.

O mesmo valia para o herói deste mundo, Taylee.

Por enquanto, ninguém sabia quem ele era, onde estava ou o que estava fazendo.

Mas eu já joguei tantas vezes como Taylee que sabia disso bem demais.

Com um total de 5 atos e 43 capítulos, a história era como uma epopeia.

As provações que o protagonista Taylee enfrentaria não eram algo que uma mente fraca poderia suportar.

No final de sua jovial e romântica vida acadêmica, ele enfrentaria a dor da morte repetidas vezes e inimigos esmagadoramente poderosos.

Em seu último semestre, a escala das provações aumentaria drasticamente.

Taylee estaria sob constante ameaça, enquanto sua vida pessoal desmoronava diante de seus olhos.

A sensação de triunfo ao superar esses desafios poderia ser doce, mas eu não queria passar por tudo isso.

Acima de tudo, superar essas dificuldades não significava que haveria uma grande recompensa esperando no final.

Honra e glória são coisas valiosas, mas nunca vêm de graça.

No processo, sempre há sacrifícios.

Se já sei que o caminho à minha frente é repleto de espinhos,

então seria estupidez seguir por ele de propósito.

Essa foi a minha conclusão.

Seja como for, eu seguiria o caminho "autêntico".

O caminho de ‘Silvenia's Failed Swordmaster’ que eu conhecia.

De um jeito ou de outro, Taylee enfrentaria todas as provações e desafios por conta própria.

Eu só precisava torcer por ele, dizer que ele estava fazendo um ótimo trabalho e bater palmas de longe…

Enquanto me concentrava em sobreviver e conseguir meu diploma.

Além disso, eu era um ano mais velho que ele.

O enredo de ‘Silvenia's Failed Swordmaster’ ficaria muito mais intenso no último ano de Taylee, quando ele estivesse prestes a se formar.

Esse era o clímax da história.

Seria quando forças externas invadissem a academia, quando os alunos estivessem sob constante ameaça, quando a atmosfera da escola se tornasse sombria.

Os estudantes enfrentariam todo tipo de adversidade.

Mas, um ano antes disso acontecer…

Eu já teria conseguido meu diploma e ido embora.

Minha estratégia era pegar todos os benefícios da academia e, antes que os problemas chegassem, sumir dali e seguir com minha vida.

Enquanto isso, o protagonista ficaria para lidar com as dificuldades.

Não era um plano perfeito?

Agora… Quanto a esta situação atual…

Diante de mim estava uma das personagens mais importantes do jogo.

E, mais do que isso…

A primeira pessoa a derrotar Taylee: Yennekar Palerover.

Se eu não quisesse me envolver, o mais sensato era simplesmente seguir meu caminho.

Esse seria o curso de ação mais racional.

Mas, bem quando eu estava prestes a sair…

— Oh, céus… Não é você o amigo engraçado de quem Merilda me falou?

Yennekar abriu os olhos e falou comigo.

Claro. Esta era minha vida.

Nada nunca saía como eu queria.

— Toda essa floresta é território de Merilda. E, embora ela não seja um espírito de rank tão alto, ela adora falar tudo o que pensa.

Ela falava como se o antigo espírito do vento, que protegia esta floresta desde antes da fundação da Academia Silvenia, fosse sua amiga.

Seus longos cabelos rosados estavam bem escovados, e duas tranças caíam simetricamente dos lados do rosto, transmitindo uma sensação calorosa e amigável.

Ela vestia o uniforme padrão da Academia Silvenia, um casaco vermelho e saia azul marinho.

Mas talvez por estar frio, tinha uma manta felpuda sobre os ombros.

Ao redor dela, havia vários livros de magia espalhados.

Ela devia estar lendo enquanto aproveitava a tranquilidade da floresta.

— Eu voltei para o dormitório depois das férias, mas parece que eu tenho um monte de coisas para contar… Sempre sou admirada por ter um espírito de alto escalão ao meu lado, mas acho que fiquei solitária sem ninguém para conversar. Eu mal sobrevivi às férias de tanto tédio!

Ela sorria e conversava animadamente.

Mas, do meu ponto de vista, isso era um grande problema.

Porque eu não queria me envolver com ela.

No caso da Princesa Penia, eu tive que agir, pois ela estava diretamente ligada à minha situação.

Mas isso aqui era uma história completamente diferente.

— Bem… Ficar sem ninguém para conversar pode ser solitário para qualquer um.

Ela parecia tão gentil e acolhedora, com aquele sorriso radiante.

E é exatamente por isso que a revelação de que ela era a antagonista do primeiro ato chocou tanto os jogadores.

Uma segunda-anista confiável e amigável,

mas que, em um piscar de olhos, tomaria o controle do Centro Estudantil com o selo amaldiçoado de Glasskan marcado por todo o corpo.

Foi um choque para quem ainda estava se acostumando com as regras daquele mundo.

Na verdade, foi nesse momento que eu me envolvi de verdade com a história.

Eu me lembro claramente da minha reação na época.

— Mas que merda é essa?

Agora… Por que ela estava falando comigo?

Bom… De alguma forma, eu já sabia a resposta para isso.

— Ouvi dizer que você está vivendo na floresta…? Depois de ser excomungado?

— A dona da floresta te contou isso?

— Merilda é um tanto fofoqueira. Afinal, ela ama essa floresta.

Com um sorriso no rosto, ela parecia rodeada por flores desabrochando ao seu redor.

Era como se sempre estivesse positiva, não importava quão ruim fosse a situação.

O contraste entre essa imagem amigável e a visão dela dominando o Centro Estudantil no futuro me dava arrepios.

— Ela ama essa floresta mais do que qualquer coisa. Não é natural que ela perceba quando há um ‘convidado indesejado’ perambulando por aqui?

— Uhm…

Olhei de relance para os dois esquilos mortos pendurados atrás de mim.

E também para as muitas árvores que eu havia derrubado.

— Não se preocupe com essas besteiras~ Faz parte da ordem natural que os seres vivos caçem e se alimentem uns dos outros. Você acha que Merilda se incomodaria com isso?

— Até um lobo gigante assustador pode ter um coração gentil, hein?

— Surpreendente, não é? Hahaha!

Merilda, a guardiã da floresta, era um espírito do vento de alto escalão em forma de um lobo gigante.

Pelo que eu me lembrava, ela raramente aparecia para os humanos.

Mas parecia que ela era mais tolerante do que eu pensava.

Isso explicaria por que eu ainda não tinha sido expulso da floresta por estar acampando, caçando e colhendo recursos.

— Sua aparência mudou bastante. Hmm… O Ed do semestre passado era mais… Bem, nós não conversamos muito, mas… Como posso dizer… Sua voz era mais 'lamuriosa'. Agora parece mais séria. Foi uma mudança de imagem?

— Algo assim.

— Aha! Eu também fiz uma mudança! A empregada do Ophelis Hall trançou meu cabelo dos dois lados. O que acha? Eu pareço mais moleca?

Ela girou levemente os fios de cabelo, esperando uma resposta.

Eu poderia elogiar a forma como ela interagia tão naturalmente com Ed Rothstaylor, o maior babaca do mundo.

Mas… Sabendo o que aconteceria no futuro, eu não conseguia sorrir com leveza.

Bom. Se o objetivo era manter distância, isso seria fácil.

Afinal, eu conhecia um "feitiço mágico" capaz de deixar qualquer um desconfortável e suspeito de mim.

Não importa quão bondosa ou piedosa a pessoa fosse.

— Yennekar, deve ser destino termos nos encontrado no dia antes das aulas começarem. Posso te pedir um favor?

— Um favor?

— Ultimamente, estou precisando urgentemente de dinheiro, então estou procurando um lugar onde eu possa pegar um empréstimo

Sem hesitar, lancei minha magia.

— Você poderia me dar uma garantia?

— …