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CAPÍTULO 17: DESTINO DESVENDADO

LORTEL SIMBOLIZAVA O REALISMO SOMBRIO E DOMINAVA A ARTE DO COMPROMISSO, abraçando seu destino. Embora suas ambições fossem altas, suas habilidades inatas eram insuficientes, deixando-a em uma situação intrigante quando vista de uma perspectiva externa.

Assim que o Professor Glast ingressou na Academia Silvana, Lortel conquistou seu lugar na Classe A, sendo uma das três estudantes a fazê-lo. Seus talentos extraordinários permitiram que ela compreendesse a essência de um livro após uma única leitura, superasse os limites da Percepção de Mana e desfrutasse do apoio da renomada Corporação Elte. No entanto, esses feitos não a elevaram ao status de elite.

No campo da magia, ela estava em uma liga própria como 'Lucy Preguiçosa', intocável pelos outros. No entanto, quando se tratava de julgamento, pensamento rápido e adaptabilidade em combate, ela não conseguia se equiparar a Ziggs das Planícies do Norte. Sua linhagem nobre, nascimento elevado, caráter inato e habilidades de liderança empalideciam em comparação com sua rival, a Princesa Penia. Cruelmente, o destino condenou Lortel a uma vida na segunda divisão, nada mais.

Seu desejo inabalável tornou-se a ferramenta que ela usava para desafiar esse destino cruel.

— Ah, Yenika — Lortel saudou, sua voz transbordando de surpresa genuína.

Um constante balanço entre ganhos e perdas, benefícios e prejuízos, mostrava sua determinação inflexível. Seu realismo severo e prontidão para se alinhar com males necessários sem hesitação retratavam uma atitude de compromisso infinito.

Embora muitos rotulassem Lortel como oportunista devido ao seu modo de vida, ela não se sentia insultada por isso. Na verdade, considerava mais vergonhoso perder uma oportunidade que estava ao seu alcance.

— Eu planejava visitá-la com um presente, mas é surpreendente encontrá-la aqui — ela disse, ajustando suas palavras ao momento.

— Hum...? Você é... Lortel, certo? Você parece bem diferente com o cabelo solto — Yenika comentou.

— Ouço isso com frequência — Lortel respondeu com um toque de diversão.

Elas estavam no corredor do Salão Ophelis, o dormitório mais luxuoso entre os três da Academia Silvana. Para ter acesso, era necessário cumprir um de dois critérios: possuir um status social esmagador ou demonstrar um desempenho acadêmico impressionante. 

Yenika se enquadrava na última categoria, enquanto Lortel, sendo herdeira da Corporação Elte, satisfazia ambos os requisitos. No entanto, suas condições de vida no dormitório permaneciam amplamente inalteradas por esses fatores.

Segundo Lortel, ela havia acabado de terminar um banho noturno e passou algum tempo com as empregadas do Salão Ophelis antes de ir ao seu quarto. Ela aparecia com uma vestimenta simples, com o cabelo ligeiramente úmido caindo. Para Yenika, era uma visão revigorante.

— Porque, durante o recente treinamento conjunto de combate, causei um grande alvoroço ao usar mágica intermediária de forma independente. Tenho um lado impulsivo e, embora algum tempo tenha passado, queria me desculpar quando tivesse a chance — Lortel explicou.

— Entendo — Yenika respondeu, compreendendo a razão por trás das ações de Lortel.

Lortel havia usado a magia intermediária de Esfera de Gelo, Lança de Gelo, e Congelamento Instantâneo de forma agressiva contra Yenika durante o treinamento. 

Ela visava avaliar o valor de sua reputação como a melhor aluna do segundo ano na Academia Silvana. Enquanto os alunos do primeiro ano tinham se tornado as estrelas atuais do Departamento de Magia, garantir a vitória contra eles não era uma tarefa fácil. No entanto, reivindicar o título de melhor aluna do segundo ano tinha seu significado.

Lucy Mayril, a incomparável aluna do primeiro ano, tornava irrelevante debater quem ocupava o primeiro lugar. No entanto, ao discutir quem ocuparia a segunda posição, o nome de Lortel continuava na conversa. Infelizmente, as tentativas de medir a diferença entre ela e Yenika se mostraram inúteis. Yenika comandava altos espíritos, e até mesmo a magia elementar intermediária, que os alunos do terceiro ano lutavam para dominar, não conseguia causar danos significativos a ela.

O preço da arrogância era alto. Mesmo após o treinamento conjunto de combate ter concluído, Lortel ainda usava bandagens sob suas roupas, cuidando de ferimentos menores que não haviam se curado completamente.

— Posso ver que você ainda não se recuperou totalmente dos seus ferimentos — Lortel observou, notando a preocupação persistente no olhar de Yenika.

Yenika Faelover possuía uma bondade inabalável que despertava instintos protetores em quem estava ao seu redor, tornando-se uma idol entre os alunos do segundo ano. Em um momento em que os alunos do primeiro ano tinham tomado o centro das atenções, Yenika, como a única senpai que exibia competência e capacidade, havia se tornado sua salvadora. Lortel, tendo suportado uma severa surra durante o treinamento conjunto de combate, desempenhou um papel nesse resultado.

Antes uma aluna em necessidade de proteção, Lortel agora se tornara a única esperança e guia dos alunos do segundo ano. Abraçando as expectativas que recaíam sobre ela, tornou-se um objeto de admiração num piscar de olhos.

— Acredito que vou me recuperar em breve. Por favor, não se preocupe comigo, senpai — Lortel assegurou.

No reino das conexões sociais, reside o poder social. Lortel, bem ciente desse fato, mantinha seu sorriso profissional enquanto interagia com a adorável melhor aluna do segundo ano. Considerava qualquer senso de obrigação da outra parte como um ativo. Seria tolice não utilizar os ativos à sua disposição.

Com esses pensamentos em mente, Lortel pretendia aproveitar essa oportunidade para fomentar uma relação mais próxima com Yenika, capitalizando a dívida que lhe devia.

— Você não conseguiu falar com Ed? — Lortel perguntou.

De vez em quando, a usuária de espíritos perfurava sua fachada com um sorriso incrivelmente refrescante. No mundo do comércio, um sorriso tão astuto era símbolo de um caráter impecável, uma raça de comerciantes que buscava superar os outros com bondade infinita e pureza.

Curiosamente, não havia um traço de malícia no riso da garota. Ele mostrava sua astúcia natural, fazendo uma pergunta sem intenções malévolas ou motivos ocultos.

— Ouvi tudo. Os espíritos adoram conversar, não é? — Yenika mencionou, reconhecendo as tentativas de Lortel de se envolver com Ed Rosetail.

Ignorando as palavras de Lortel, Ed havia se afastado, e ela o havia perseguido unilateralmente, engajando-se na conversa. Seu trajeto estava, sem dúvida, levando à entrada da floresta do norte.

Tradicionalmente, a floresta do norte pertencia a Yenika, a usuária de espíritos. A maioria dos espíritos que brincavam na floresta ficavam do lado dela. Lortel só havia vislumbrado as periferias da floresta do norte distante, e até mesmo isso estava dentro do domínio de Yenika.

Do ponto de vista de Lortel, isso permanecia totalmente desconcertante. A conversa que ela teve com Ed Rosetail dificilmente merecia orgulho ou ostentação. Suas intenções eram transparentes, usando dinheiro como ferramenta para forjar uma conexão com Yenika e explorando as circunstâncias desesperadoras de Ed Rosetail para avaliar suas verdadeiras capacidades. Não era uma situação que aquecia o coração.

— Pode haver um método na loucura de Lortel — Yenika reconheceu, mesmo diante do absurdo. — Mas Ed pode ter seu próprio jeito de lidar com as coisas. Do meu ponto de vista, isso é muito mais intrigante.

Lortel permaneceu em silêncio, absorvendo as palavras de Yenika.

— Claro, eu apreciei a disposição de Lortel de investir generosamente em moedas de ouro para se aproximar de mim... Mas dizem que você não pode comprar a sinceridade de alguém. Hmm, isso soa como se eu estivesse me gabando? É a primeira vez que tenho uma júnior, então acho que estou excessivamente empolgada. Ah, é embaraçoso — As palavras de Yenika se derramaram, acompanhadas por uma leve risada.

Apesar do absurdo da situação, Yenika não rejeitou nem amaldiçoou os métodos de Lortel. Naquele momento, Lortel finalmente compreendeu a opinião prevalecente sobre Yenika.

Ela era como um personagem saído de um conto de fadas.

Sua personalidade vivaz e efervescente frequentemente evocava imagens de uma jovem brincalhona. No entanto, sob essa suposição havia um sutil tom de humilhação. Lortel acreditava que Yenika era ingênua, vivendo em um jardim florido desprovido de conhecimento mundano. Mas ela estava enganada.

Yenika entendia os aspectos pesados do mundo, mas nunca havia perdido sua vivacidade. Diante de sua radiação, aqueles com intenções sombrias recuavam para as sombras, consumidos pela vergonha.

Em um mundo onde todos residiam no lamaçal, eles haviam aceitado seu estado lamacento como a condição natural da humanidade. Mas não passava de uma ilusão. Yenika sabia que havia indivíduos que se destacavam, mas era preciso procurar nos cantos mais distantes do mundo para encontrá-los.

— Ed Rosetail é, sem dúvida, um personagem intrigante — Lortel concedeu, cativada pelo enigma que o cercava.

Ela ponderou, mas não conseguia compreender por que Yenika o tinha em tão alta estima.

Mas mais especulações eram inúteis neste ponto. O melhor era enterrar esses pensamentos nas profundezas de sua mente.

— Seja como for...

Lortel contemplou, a visão peculiar vislumbrada através da porta fechando do quarto de Yenika deixou uma impressão duradoura.

Quase parecia que, sob sua fachada vibrante e despreocupada, escondia-se um senso enigmático de fragilidade.

No entanto, ela não conseguia identificar a fonte dessa impressão. A resposta, ao que parecia, não viria prontamente.

 

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[Nome: Ed Rosetail]

Gênero: Masculino  Idade: 17 anos  Ano Escolar: 2º  

Raça: Humano  Conquistas: Nenhuma  

VIT:INT:DEX: 9 STR: 8 SORTE: 6

Habilidades Detalhadas de Combate >> 

Habilidades Detalhadas de Magia >> 

Habilidades Detalhadas de Vida >> 

Habilidades Detalhadas de Alquimia >>


[Nova Criação]

Tendo tecido habilmente uma rede de pesca para aquicultura, Ed a prendeu a um galho de árvore robusto e cuidadosamente a posicionou no riacho, garantindo sua estabilidade. Parecia capaz de preservar os peixes capturados em um estado fresco por vários dias.

Dificuldade da Criação: 2/5

[Criação concluída. Proficiência em criação aumentou.]


A rede, que levou meio dia para ser confeccionada, provou ser mais vantajosa do que imaginava inicialmente. Embora ele tenha utilizado metade dos recursos disponíveis para a rede de pesca, acreditava que os materiais restantes seriam úteis em breve.

Talvez ele pudesse experimentar a pesca com rede ou até mesmo usá-la para construir uma rede de descanso confortável, criando assim um local agradável para repouso. A ideia o deixava bastante contente.

À medida que sua morada gradualmente tomava forma, suas ambições aumentavam. Sua dieta tornou-se mais variada e melhorada, e, o mais importante, ele não experimentava mais o cansaço que o atormentava antes.

Anteriormente, a corrida matinal até o prédio dos professores sozinha drenava sua energia, deixando-o completamente exausto pelo resto do dia.

No entanto, ultimamente, ele até começou a correr de volta. Mesmo depois de ficar acordado até tarde, conseguia acordar revigorado na manhã seguinte, cultivando um crescente senso de satisfação e confiança em seu novo estilo de vida.

Além disso, o aumento de sua proficiência mágica contribuiu significativamente para sua sobrevivência.


[Habilidade Detalhada de Magia]

Classificação: Estudante de Magia Básica

Especialidade: Elemental

Magia Comum: Lançamento Rápido Nível 2; Percepção de Mana Nível 5

Magia Elemental de Fogo: Ignição Nível 10

Magia Elemental de Vento: Lâmina de Vento Nível 10


Embora ele ainda lutasse para empregar proficientemente a magia intermediária, seu conhecimento estava restrito a dois feitiços básicos.

No entanto, em seu ambiente atual, onde o fogo era uma necessidade para a sobrevivência, ele alcançou seu objetivo inicial de chegar ao nível 10 de proficiência através de repetição incansável.

Com prática focada, ele adquiriu a habilidade de derrubar uma árvore substancial com um único golpe, e acender ou controlar chamas se tornou tão fácil quanto consumir sopa gelada enquanto reclinado.

Embora sua mana inata permanecesse um tanto limitada, inibindo a conjuração de feitiços sem restrições, ele ainda superava a maioria dos alunos do primeiro ano em sua destreza com a Lâmina de Vento e a Ignição.

Depois de atingir um nível de proficiência em magia elemental, ela se tornou uma ferramenta prática para sua vida diária — cortando lenha, regulando temperaturas para dormir e criando vários objetos.

Ele recebeu considerável assistência enquanto processava materiais para suas criações.

Para ser sincero, ele passou a apreciar isso.

Antes de partir a escola de manhã, ele arrumava suas coisas e admirava seu acampamento.

Pode não ser grandioso ou impressionante, mas era um lugar que ele havia esculpido com suas próprias mãos, instilando nele um senso de orgulho e realização. Essa sensação se provou viciante.

Ele se via ansiando por fazer mais, por melhorar.

Por exemplo, o processo de defumar carne se mostrou bastante trabalhoso.

Ele se perguntava se poderia construir uma casa de defumação adequada para evitar a dispersão de fumaça. No entanto, ele não tinha certeza sobre o design ideal.

— Bem, isso pode ser resolvido a qualquer momento.

Sentado junto à fogueira crepitante, ele verificou a lavanderia e inspecionou a carne-seca no varal após concluir seu trabalho no arco.

As tarefas atribuídas a ele no escritório do professor haviam sido cumpridas de forma bastante tranquila, restando apenas a revisão do trabalho dado pelo Professor Eskin.

Considerando que era início de noite, ele parecia estar pegando o jeito de gerenciar suas responsabilidades diárias.

Cantando para si mesmo, ele estava prestes a terminar a última flecha quando aconteceu. Tudo vinha correndo bem nos últimos dias, deixando-o de bom humor.

Se ao menos ele pudesse manter esse ritmo até a formatura, sem complicações imprevistas.

Perdido nesses pensamentos tranquilos, ele estava prestes a encerrar o dia...=

— Wham!

De repente, um objeto parecido com uma entidade monstruosa surgiu do nada, demolindo seu varal e rolando duas vezes no chão.

Pássaros assustados levantaram voo das árvores, e uma densa nuvem de poeira obscureceu momentaneamente sua visão.

Ele permaneceu sentado na mesma posição em que estava enquanto trabalhava no arco, olhando para o objeto. Quando sua visão clareou, ele reconheceu algo muito familiar — um chapéu de bruxa repousando suavemente no chão.

Erguendo ligeiramente o olhar, ele notou Lucy Mayril estatelada no chão, em meio aos destroços de equipamentos de construção. Sua aparência desalinhada, coberta de sujeira e segurando firmemente um tronco grosso, apresentava um espetáculo e tanto.

— O que... o que aconteceu?

Ele perguntou, reagindo um pouco tarde. Enquanto ele se levantava, Lucy, ainda enredada, respondeu lentamente.

— Quase morri...

Essas eram palavras que nunca deveriam ter escapado dos lábios de Lucy Mayril.

Tarde da noite, uma garota que deveria estar vagando pelo Salão Ophelis como um fantasma após o jantar se encontrava enredada nesse lugar. Por quê?

Com base em seu conhecimento da escola, a única pessoa capaz de combater Lucy seria o Diretor Obel.

Para alguém empurrar Lucy à beira da morte, seria uma variável que ele não poderia lidar de sua posição.

Um senso de perigo iminente brotou dentro dele, e ele se apressou a questionar Lucy, que acabara de se libertar.

— Quase morreu, nas mãos de quem?!

— Bell Meiya... Bell Meiya...

Ela era a governanta-chefe do Salão Ophelis.

— Você deve estar brincando!

Pegando um galho qualquer, ele o atirou em Lucy. Esperava que ela o desviasse com facilidade, mas para sua surpresa, nenhuma magia defensiva foi lançada.

Consequentemente, Lucy, atingida em cheio pelo galho, fez uma careta e desabou no chão. A leve marca preta gravada em sua testa era bastante impressionante.

— Você realmente foi atingida por isso?

— Estou sem poder mágico...

A rapidez surpreendente e o impacto devastador certamente envolveram magia espacial avançada, como Salto Espacial.

Até os professores se concentravam e entoavam fervorosamente para empregar tal magia de alto nível.

— Fui pega faltando à reunião mensal do dormitório que a chefe organiza após o jantar...

— E então?

— Bell ficou furiosa e veio atrás de mim, punhos cerrados.

Naquele momento, lembranças de várias cenas envolvendo Lucy passaram pela mente dele. Bell Meiya era a arqui-inimiga dessa travessa encrenqueira que ninguém conseguia controlar.

Sempre que Lucy cometia um erro, perdia um compromisso ou agia de forma inadequada, Bell desferia seus punhos sobre ela. Lucy não tinha defesa contra esses ataques nas maçãs do rosto.

Socar as maçãs do rosto para submeter uma encrenqueira havia se tornado uma tradição de longa data. Havia até um renomado especialista nesse campo, Bong Mi-sun.

Observar Lucy, uma prodígio de sua geração, sendo subjugada por uma mera governanta era bastante engraçado.

No entanto, independentemente do talento de Lucy, ela não ousava enfrentar as governantas do Salão Ophelis. As governantas que auxiliavam os alunos impecavelmente mereciam respeito — uma regra silenciosa de Silvana.

De fato, mesmo antes de reconhecer essas regras não escritas, os alunos que residiam no Salão Ophelis nutriam uma dívida de gratidão inerente às governantas.

Apesar de serem alunos acostumados a receber atenção constante, ficavam admirados com a competência das governantas. Elas constituíam um grupo de elite.

Além de suas tarefas fundamentais de manutenção, limpeza e cozinha, elas auxiliavam na vida acadêmica e até demonstravam magia elementar.

Apesar de suas habilidades notáveis, permaneciam devotadas à sua principal função — apoiar a vida dos alunos. Evitavam interferências desnecessárias e mantinham uma aura de tranquilidade.

Bell Meiya não era exceção; sua postura aparentemente rude e personalidade não eram suas características definidoras.

— Eu senti sua tensão por baixo da superfície... Ela tem estado extremamente nervosa ultimamente... Parece que está preocupada com alguém... Mas por que sua agitação deve me afetar...

Não bastaria se comportar adequadamente? 

A resposta a essa pergunta evidente era universalmente conhecida, mas colocá-la seria inútil. O fato de que tal tentativa não resultaria em nada também era amplamente reconhecido.

Lucy, esparramada no chão, coberta de poeira, finalmente falou.

— Ei.

Sempre que ela chamava com essa única palavra, o resultado era sempre o mesmo. Era previsível.

— Você tem alguma carne-seca?

Como esperado, a fome havia atingido-a.

Com um suspiro profundo, ele apontou preguiçosamente ao redor de Lucy com o dedo. Os restos do varal destruído, espalhados desde seu pouso forçado, estavam ali junto com a carne-seca que estava no processo de secagem.

Era evidente que a carne-seca, rolando no chão e acumulando poeira, não estava em condições de ser consumida.

— Nããão...

Ao ver isso, o rosto de Lucy empalideceu instantaneamente. Aproveitando a oportunidade, ele estalou sua testa. Sem qualquer poder mágico, Lucy apenas conseguiu emitir um gemido fraco enquanto continuava rolando no chão.



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