Volume 1 – Arco 2

Capítulo 21: Para Virar um Sentinela

A cena era de devastação total. Um edifício havia se transformado em meros escombros, com poeira espalhada por toda parte. O responsável por tal estrago foi Lionel Forcie, que utilizou nada além de seus próprios punhos.

À medida que a poeira baixava, a imagem de duas pessoas feridas e cheias de hematomas apareceu. Uma era Natasha, que ainda conseguia se mover um pouco; mesmo depois de cair de uma grande altura, ela não largou a pistola em nenhum momento. O outro era Dusk, que estava na mesma situação, mas ele segurava sua espada.

Foi um incidente que poderia ter sido fatal, mas por algum milagre, os dois ainda estavam na disputa. Eles tinham várias feridas, sangue escorrendo, e, para piorar, ambos pareciam extremamente irritados pelo que acabara de acontecer.

Lionel, o autor daquela imensa confusão, surgiu de pé, aparentemente ileso, em meio à destruição, segurando o orbe vermelho em suas mãos.

— Vocês são fortes, mas falta garra e força de vontade em vocês. Por muito tempo fui alguém exibicionista, sempre armando o palco perfeito, mas hoje vejo que podia ter feito tanta coisa e ter ajudado aqueles à minha volta. Percebo que tanto eu quanto vocês sempre seremos crianças crescidas — disse Lionel.

Ao notar que seus adversários lutavam para se levantar, Lionel conduziu a esfera avermelhada em direção ao broche em seu peito. No entanto, antes que pudesse completar o processo, uma pedra atingiu a esfera com tanta força que a lançou para longe, fazendo com que ele perdesse a posse dela.

— Presta atenção aqui! Para de falar coisas estranhas aí, entendeu? — falou Dusk, se levantando um pouco cambaleante.

Seguindo o exemplo de Dusk, Natasha também se levantou. Ela parecia bastante abatida, mas, graças à sua força de vontade e determinação, conseguiu se sustentar. Ambos demonstravam um forte desejo de persistir.

— Concordo com o que ele disse, você é bem estranho — comentou Natasha.

— Como isso é possível? Não era para vocês estarem de pé depois de uma queda daquelas.

— Isso se chama carma — brincou Dusk.

Dusk concentrou a mana nas mãos e criou um fantasma branco que entrou dentro de si. Uma luz começou a refletir sobre sua pele, e os machucados, antes vazando sangue, foram fechados, deixando apenas a dor e a fadiga.

Preocupado com a situação de Natasha, o garoto se virou para ela e percebeu que a moça bebia um líquido verde de dentro de um pequeno frasco. No mesmo instante, Dusk reconheceu o que era: poção de cura, um remédio feito magicamente que cura ferimentos ao ingeri-lo.

— Pode usar esse tipo de coisa? Não é contra as regras!? — questionou Dusk.

— Como é? Não escutei ninguém mencionando esse tipo de coisa. Então está valendo, certo? Para falar a verdade, olha quem tá falando, o cara que usa magia para se curar. Acha que não notei você e aquele fantasma — respondeu Natasha.

— Aí cê tem um ponto!

Percebendo que deveria fazer algo, Lionel, que observava a interação da dupla, deu um passo à frente com os punhos fechados.

Natasha, no mesmo instante, preparou sua pistola, mirando tanto em Dusk quanto em Lionel.

Dusk preparou sua espada para o próximo round e se colocou em guarda.

— Vocês falam e falam, mas no final vejo é um bando de fracotes. Para que o mundo tenha um novo amanhã, é necessário alguém forte e imbatível — disse Lionel.

— E deixa eu adivinhar… Você acha que é essa pessoa? — perguntou Dusk, zombando.

— Minha nossa, quanta arrogância — comentou Natasha, entrando no fluxo da conversa.

Aquele trio estava um de frente para o outro. Seus olhos não paravam de se cruzar; analisar o movimento do adversário era a prioridade no momento, pois qualquer erro significava perder.

— Serei a pessoa que vai passar no teste, não importa o que eu tenha que fazer ou quanto vou me ferir, o importante é passar! — disse Lionel firmemente.

Lionel adotou uma postura de lutador de boxe, com um braço avançado e outro recuado, seus olhos oscilando entre a moça e o garoto.

— Pelos meus irmãos e colegas da resistência, não posso falhar aqui. Isso significaria desonrar o legado deles — comentou Natasha.

Na ponta do cano da pistola, uma luz pulsante começou a emanar, formando pequenas raízes que entravam no cano.

— Tenho que proteger o máximo de pessoas que puder, assim como meus pais faziam — declarou Dusk.

Com uma das mãos voltadas para frente, ele fluiu mana pelos dedos, e uma luz negra se formou. Isso era a formação de sua alma malevolente.

— Não tenho muita energia para continuar. Por isso, vou ter que apelar de novo para conjuração verbal. Sombras eternas, revelem o mal. Espírito sombrio, atenda ao chamado. Do abismo profundo, venha sem demora. Conhecedor da maldade, apareça agora.

Conjuração verbal é quando um feitiço é entoado por uma voz. A liberação de mana necessária tem uma diminuição drástica de energia perdida no processo em comparação com a conjuração silenciosa.

A luz negra que Dusk conjurou logo se transformou em sua magia de alma malevolente. Sabendo que tinha pouco tempo, ele concentrou o máximo de mana que podia para deixá-la potente o bastante.

— Alma Malevolente! — conjurou Dusk.

— Disparo Guiado! — gritou Natasha.

— Explosão de Punho! — disse Lionel.

Socando o ar à frente em direção aos dois, Lionel projetou uma mão mágica translúcida e colossal. O projétil de Natasha foi ao encontro dessa mão, ambas se colidindo no ar, liberando faíscas de energia intensa.

O fantasma de Dusk foi o último a ser lançado, pois ele precisou concentrar mais energia devido à sua fadiga.

No momento da colisão, as três habilidades — o punho, a bala e o fantasma — ficaram em um impasse acirrado. Todos concentraram suas energias, desejando vencer, mas a alma malevolente de Dusk absorveu as duas habilidades, desaparecendo logo em seguida. Dusk, exausto, conseguiu se manter de pé apoiado em sua espada.

“Droga, usei muita mana, estou quase no meu limite.”

Natasha ficou surpresa ao ver sua habilidade completamente subjugada, mas isso deu a Lionel a oportunidade para um ataque surpresa. Ele socou o ar novamente, direcionando um punho na direção dela. Natasha tentou fugir, mas escorregou em uma pedra, perdendo o equilíbrio e sendo atingida em cheio pelo golpe.

Dusk, próximo a Natasha, viu o impacto e percebeu que ela cairia com força no chão, podendo causar danos graves. Correndo para ajudá-la, ele conseguiu amparar sua queda, mas percebeu que ela havia perdido a consciência. O broche dela, no entanto, não ativou o efeito de teleporte para o centro médico.

Uma densa fúria emergiu dentro de Dusk. Seus olhos, vermelhos de raiva, se fixaram em Lionel.

— Precisava fazer isso, idiota? Quer tanto vencer que usa qualquer tática? — criticou Dusk.

— Desde o começo, falei que usaria qualquer meio para vencer. E também foi culpa dela por baixar a guarda. Só aproveitei a oportunidade. Sei que ficou bravo, mas acha que os Etéreos serão piedosos como eu? Pelo contrário, farão de tudo para acabar com você.

Dusk, ainda próximo de Natasha, estava praticamente de joelhos, apoiando a cabeça no cabo de sua espada. Ele fechou os olhos e tentou esvaziar a mente, mas esse tipo de mantra não funcionaria mais.

— Sei que, nas condições atuais, não estou bem, mas mesmo assim vou acabar com você, nem que eu tenha que usar cada gota de minha energia para quebrar essa sua cara! — declarou Dusk.

— Você fala demais, criança. Nunca entenderia minhas motivações. Se ela queria tanto ser uma sentinela, não deveria ter ficado desatenta.

Dusk não entendia completamente o motivo daquela ação, mas sabia que estava em um exame em que apenas um passaria, e que qualquer meio poderia ser usado para isso.

— Não percebe, garoto? O mundo é um lugar frio e cruel onde aqueles com poder têm forças para se levantar e continuar, enquanto os fracos não têm vez, sempre vivendo de migalhas, sem perspectiva de melhora.

Dusk compreendeu o que foi dito, mas sabia que Natasha não era fraca. Ela queria entender o que aconteceu para evoluir. Mesmo compreendendo um pouco do que foi dito, Dusk sabia o que era certo.

— Não importa o quanto você fale, não vou perdoar o que fez. Minha mãe uma vez disse…

 

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Dusk, ainda criança, estava no quintal de casa sentado sobre um pano, que evitava o contato direto com a grama. Sua mãe, Aliyah, o abraçava carinhosamente e fazia carinho em sua cabeça.

À sua frente, o pai, Ronnos, balançava sua espada com vontade e convicção, atingindo repetidamente o tronco de uma árvore, que exibia as marcas dos ataques.

— Mamãe, por que o papai faz isso todos os dias? Você sempre insiste para ele treinar, mas não entendo por quê.

Momentos antes, Aliyah teve que brigar, falar alto e forçar Ronnos a entender que ele precisava treinar, pois ele estava preguiçoso e não queria sair da cama.

— Digo isso porque ele precisa ser forte como eu. Não adianta eu ser uma grande feiticeira, a melhor das melhores, e seu pai ficar sempre na minha sombra. Quero que ele seja forte para lutar ao meu lado. Mas ainda bem que tenho um marido responsável, respeitador e, acima de tudo, esforçado! Isso é algo que espero que você seja quando crescer, entendeu? E se ele continuar brandindo sua espada e não evoluir, mas ainda assim ficar ao meu lado, tenho certeza de que ficarei feliz, mesmo que ele seja um fracote — disse Aliyah, apaixonada.

Em meio aos seus golpes contra a árvore, Ronnos parou e se virou para os dois, que o observavam atentamente.

— Não fale assim, querida. Você sabe que é a razão pela qual estou aqui hoje e balanço essa espada. Não importa o quanto eu tenha que falar, nunca vou deixar você, boba! — disse Ronnos com um sorriso orgulhoso no rosto.

 

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— Temos que ter cuidado com nossas ações e com quem fazemos elas. Não podemos agir de qualquer forma para com os outros, sempre temos que considerar a segunda pessoa! — afirmou Dusk.

Parecendo ignorar completamente as palavras de Dusk, Lionel caminhou em sua direção com determinação. Seus olhos fixos no garoto, e cada passo deixava uma cratera no chão.

— É mesmo? Então me diga, o que vai fazer? Você não tem força para rivalizar comigo. Assim como uma pedra, também posso te esmagar.

— Hahaha! Continue me subestimando. Quando eu socar essa sua cara de otário, vamos ver quem tinha razão no final.

Sem temer a aproximação de Lionel, Dusk, usando sua espada embainhada, conseguiu se levantar com muito esforço. Sua reserva de mana estava quase esgotada, e seus ferimentos, embora fechados, ainda doíam. A magia de cura do fantasma branco estancava e fechava as feridas, regenerando um pouco de mana, mas não removia a dor e a fadiga como uma poção de cura faria.

"Tenho que derrotar esse idiota o mais rápido possível. Preciso fazer valer cada golpe!"

De repente, uma lembrança passou pela mente de Dusk, trazendo um sorriso confiante aos seus lábios. Lionel percebeu essa mudança drástica de comportamento, parou e deu um passo para trás. Ele tremeu um pouco e ficou visivelmente surpreso.

— Por que parou? Você não vai vir? — Dusk levantou um de seus punhos e apontou na direção de Lionel. — Sabe, até agora não usei minhas mãos para atacar. Quero dizer, usei para atacar com minha espada, mas nada como um soco de verdade.

— E o quê que tem? — perguntou Lionel.

Apesar da sensação estranha que sentia vindo de Dusk, Lionel correu em sua direção com seu punho carregado com a magia Explosão de Punho, certo de que, se acertasse, seria o fim de Dusk.

Mas Lionel atingiu o ar vazio.

Com agilidade, Dusk se esquivou do impacto do Punho Explosivo e, cerrando o próprio punho, direcionou um soco contra a barriga de Lionel, que estava de guarda baixa naquele ângulo.

Foi um ataque certeiro. O golpe tinha uma força tremenda, pois Dusk concentrou muita energia mágica para fortalecer seus músculos. Ao mesmo tempo, seu braço assumiu uma tonalidade branca, graças à magia Alma Benevolente.

O impacto foi tão forte que o corpo grande e pesado de Lionel foi jogado para longe, atravessando paredes, arrebentando postes, árvores e carros.

Antes que pudesse voar por mais alguns metros, Lionel agarrou o solo, freando seu corpo bruscamente. Ele viu seu oponente avançar com tudo para atacá-lo. Ainda perplexo pela força que Dusk demonstrou, ele não conseguia entender como o garoto conseguiu lançá-lo tão longe. Porém, estava certo de que sua própria força era superior.

— Como? Ele tinha tanta força escondida? Conseguiu me jogar para longe? Não me venha com essa, seu pirralho!

Com os punhos fechados, Lionel socou o ar, projetando punhos mágicos que voavam como mísseis contra Dusk, que se desviava com velocidade e audácia.

Em um certo momento, Dusk viu vários punhos explosivos vindo em sua direção. Ele apontou seu braço, que ainda tinha o fantasma branco, e o lançou contra os punhos mágicos, assumindo uma forma espectral.

— Bla! Bla! Bla! Você falou e falou, mas no final não disse nada! Forças ocultas, ouçam meu clamor. Aumentem meu poder, fortaleçam meu ardor. Pelo fogo e pela luz, intensifiquem minha arte. Que a magia em mim se torne mais forte — recitou Dusk.

De repente, o fantasma branco absorveu uma grande quantidade de energia mágica de seu usuário, ampliando-se e cobrindo um grande espaço.

— Vá destruir tudo!!! — ordenou Dusk.

O fantasma branco avançou, fazendo todos os punhos projetados magicamente desaparecerem, sobrecarregados pela magia da alma benevolente. A magia recitada por Dusk serviu para fortalecer ainda mais sua magia, tornando-a mais poderosa.

Com os punhos de Lionel neutralizados, o fantasma se aproximou dele. Em uma tentativa desesperada de acabar com aquilo, Lionel tentou socar o fantasma com toda sua força.

 

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— Ei, filhão, que tal uma disputa amigável de queda de braço com seu pai? — perguntou Ronnos, com um sorriso desafiador.

Dusk, com apenas sete anos, estava na mesa terminando seu almoço. Quando ouviu a proposta de seu pai, desviou a atenção para ele, um pouco desconfiado.

— Claro que não! Você vai roubar! Vai fortalecer seus músculos com magia.

Ronnos riu, balançando a cabeça.

— Desculpa, filho, é que faço isso tão automaticamente que, às vezes, nem percebo que me fortaleci com mana. Prometo que vou tentar me controlar. Aliás, se eu te ensinar como se faz isso, aposto que também vai gostar de usar.

Dusk ponderou por um momento, ainda incerto.

— Tá bom, mas se eu ganhar você tem que me ensinar essa coisa direitinho. E não vale trapacear!

— Combinado! — disse Ronnos, piscando para o filho. — Vamos lá!

Os dois se posicionaram na mesa. Ronnos, com um esforço visível para não usar magia, segurou a mão do filho. Dusk, determinado, tentou reunir toda a força que tinha.

— Pronto? No três! Um, dois, três!

A disputa começou, e Dusk colocou toda sua força, mas Ronnos, sem perceber, deixou sua energia escapar e fortaleceu o braço. Em um segundo, Dusk foi derrotado.

— Ah! Você roubou! — reclamou Dusk, soltando a mão e cruzando os braços.

Ronnos olhou para o próprio braço, percebendo o que havia feito, e deu uma risada constrangida.

— É, escapou de novo. Mas, veja pelo lado bom, como compensação vou te ensinar a fazer isso também. Que tal uma aula prática agora?

Dusk, ainda emburrado, não conseguiu esconder a curiosidade e a animação.

— Tá bom, mas você tem que prometer que da próxima vez vai jogar limpo.

Ronnos riu e bagunçou o cabelo do filho.

— Prometo, campeão. Agora, vamos começar a aula!

 

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Ao ver o fantasma branco aproximar-se com toda força, Lionel se preparou para o impacto, seu punho pronto para atacar a magia. Mas, surpreendentemente, o fantasma desapareceu no último segundo, deixando Lionel confuso.

De repente, Dusk surgiu de um salto, atacando com um soco. Os punhos de ambos se colidiram, e Lionel, que acreditava ter a força física superior, ficou surpreso ao perceber que o golpe de Dusk era equiparado, ou até superior, ao seu.

“Obrigado, pai! Fortalecimento muscular é uma habilidade interessante e útil.” pensou Dusk.

Os dois ficaram travados nesse golpe, um impasse que decidiria tudo. Lionel, com uma mínima vantagem de equilíbrio, conseguiu empurrar Dusk um pouco.

— Do que adianta essa força se não sabe usá-la?

O punho de Lionel começou a emitir uma pequena luz, indicando que ele usaria sua habilidade de Punho Explosivo. Mas antes que pudesse concluir, o punho de Dusk ficou preto, sinalizando seu fantasma negro. Quando os efeitos mágicos colidiram, uma explosão negra aconteceu.

— Como assim??? — gritou Lionel, desesperado.

Aproveitando a brecha, Dusk não deu apenas um ou dois, mas cinco socos em sequência.

— Essa aqui é para você parar de ser otário e arrogante!

Cada soco conectou com perfeição, e o último golpe atingiu em cheio a boca do estômago de Lionel. No meio dos golpes, Dusk jogava sua espada de uma mão para outra. Lionel, após receber a sequência avassaladora, foi jogado contra uma parede, que rachou com o impacto.

Embora tenha usado muita força, que desmaiaria ou até causaria danos letais a uma pessoa comum, Lionel ainda estava consciente, mas sem forças. Espumando sangue e com as pernas cedendo, ele recostou-se na parede, assumindo sua derrota.

Observando a situação, Dusk aproveitou para tirar sarro do adversário.

— Você é um bom lutador, mas pena que falta carisma para ser popular.

Dusk também estava acabado, quase sem energia. Mas, ao contrário de Lionel, que caiu no chão inconsciente, ele conseguia se manter de pé. Um círculo vermelho se ativou ao redor de Lionel.

— Por que você luta? Qual é o motivo de querer ser um sentinela? — perguntou Lionel antes de desaparecer.

Dusk virou-se um pouco, exibindo um grande sorriso.

— Tenho um desejo egoísta de seguir os passos de meus pais.

Assim, Lionel foi desclassificado da prova. Dusk, depois de recuperado, foi atrás do orbe vermelho imediatamente. Caminhou por mais alguns minutos até chegar no prédio devastado onde havia lutado contra Natasha e Lionel. Ali, ele viu a garota sentada encostada na parede, sem forças para levantar.

— Me desculpem, eu desapontei todos. Eles estavam torcendo para eu passar. Agora não sei onde enfiar minha cara de vergonha quando voltar para lá — reclamou Natasha.

Dusk passou por ela e encontrou seu passe, a esfera vermelha. Quando o pegou, percebeu que um círculo vermelho apareceu abaixo de Natasha.

— Como deve não ter mais ninguém ou monstro aqui, eles devem voltar para o centro médico. — Ao ver a cara desolada de Natasha, ele gritou algumas palavras para ela. — Se dependesse de mim, vocês dois seriam sentinelas também.

Natasha mostrou um sorriso simpático no final e foi teleportada. Seguindo o mesmo exemplo, Dusk encostou o orbe em seu broche no peito, onde um círculo verde apareceu abaixo dele, emitindo um flash.


Continua no Capítulo 16: Formações dos Esquadrões

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