Volume 1
Epílogo: Diário da Saki
Epílogo: Diário da Saki
7 de junho (domingo)
Estou muito aliviada.
Quando nos conhecemos, eu sabia que ele não era uma pessoa ruim.
Também sabia que ele era atencioso.
Ele é o tipo de cara que prepara um novo banho para mim depois de terminar o seu.
Eu não esperava que ele também frequentasse a Suisei.
8 de junho (Segunda-feira)
Asamura se aproximou de mim na escola.
Ele é menos emotivo do que eu imaginava.
Fiquei um pouco chateada já que ele acreditou naquele rumor sobre mim, mas talvez fosse inevitável. Eu sei como as outras pessoas me veem.
Mas ele ficou irritado.
E ele reconheceu que eu estava irritada.
Ele pode ser a primeira pessoa que conheci que se preocupou em entender como ambos nos sentimos e tentou chegar a um acordo.
9 de junho (Terça-feira)
Nota: Asamura gosta de shoyu nos ovos fritos.
A partir de hoje, eu estou encarregada da cozinha.
É o mínimo que posso fazer, já que Asamura está me ajudando a procurar um trabalho de meio período com bom salário.
Ele se desculpou e disse que não conseguiu encontrar um, mas eu já sabia que não seria fácil.
Saber confiar nos outros de forma inteligente, né?
Se ao menos... Eu pudesse fazer isso.
10 de junho (Quarta-feira)
Meu Deus, estou tão envergonhada.
Não pensei que ele ouviria isso.
Não quero que as pessoas me vejam enquanto estou me esforçando. Não é legal.
Maaya veio me visitar em minha nova casa. Como sempre, ela era barulhenta e incômoda.
Nós três jogamos um jogo e rimos muito. Quando foi a última vez que ri tanto? Asamura e eu também trocamos nossos números de celular.
É bem a cara dele ter uma foto de paisagem como seu ícone.
Ei, Asamura, obrigada pelo guarda-chuva.
11 de junho (Quinta-feira)
De agora em diante, vou ter cuidado e me certificar de fechar a porta quando pendurar minha roupa íntima para secar. Sim, é isso que vou fazer.
Roupa íntima não é nada mais do que pedaços de tecido, mas pensar que Asamura ficou tão animado com elas. Ai, ai...
Felizmente, ele não parecia estar pronto para se tornar um criminoso e roubar uma peça.
Mesmo assim...
Ele disse que não faria isso e que ter um desejo e agir sobre ele são coisas diferentes. Eu não poderia concordar mais.
Percebi que concordo com todas as opiniões dele. Deve ser por isso que me sinto tão confortável perto dele.
Asamura é perigoso.
Ele me entende bem demais.
12 de junho (Sexta-feira)
Asamura me repreendeu pela primeira vez.
Uma coisa levou a outra, e eu contei ao Asamura sobre ele quando eu nem queria pensar nele. Asamura parece ter um passado semelhante, embora eu não tenha chegado a perguntar sobre isso.
Conversamos muito, mas tem algo que eu não consegui contar a ele.
Eu estava tão assustada de dever algo pra ele que até tentei vender meu corpo para ele.
13 de junho (Sábado)
Asamura e eu jantamos sozinhos.
Isso porque conseguimos que a Mamãe e o Papai saíssem juntos.
Asamura sugeriu isso. Ele é muito atencioso.
E é exatamente por isso que não posso chamar ele de irmão.
Se eu fizer isso, sei que começarei a querer depender absurdamente dele.
Não posso deixar isso acontecer. Nunca.
Me desculpa, Asamura.
Mas Asamura—toda vez que eu chamo seu nome, sou preenchida por este sentimento, e não é o tipo de sentimento que se tem por um irmão.
Eu nunca me senti assim e não sei como descrever.
Minha cabeça está confusa, eu estou sempre pensando nele.
Eu estou tendo problemas para dormir, e não ajuda cobrir minha cabeça com o cobertor.
Eu tô tendo que colocar música relaxante no celular e lentamente tento acalmar meu cérebro, ou a tensão no meu corpo não vai embora. Eu não consigo acreditar que não tô conseguindo dormir sem o poder da música, e quando eu estou tentando fazer de tudo para me tornar independente, isso é patético.
... Mas falando sério, o que é isso?
Tradução: Thomás Masg
Revisão: Luuh
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