Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 7 - A Batalha na Masmorra!

Ryusaki acaba de ser teleportado para um novo nível na masmorra e chega no que parece ser um andar onde existem diversas árvores. 

Ele olha ao redor e percebe que o clima parece quente e extremamente abafado como se algo estivesse queimando. 

Ryusaki pega o papel da sua missão e olha a imagem do monstro que deveria derrotar e começa a perceber que este parece ser o andar certo.  

Acho que cheguei no lugar correto, afinal esse monstro parece que tem um fogo em seu corpo e a sua madeira não queima. Esse clima abafado e essa sensação de que algo está queimando deve ser por aqui. 

Ele sai do círculo mágico e começa a andar pelo andar da masmorra que mais parecia uma floresta prestes a ser queimada com toda a vida que ali existia. 

A medida que ele segue o caminho para o interior do andar o clima vai se tornando ainda mais desagradavel e sua respiração começa a falhar, sua boca fica seca e imediatamente conjura uma magia de água. 

Assim que a magia aparece acima de sua cabeça, a água evapora por conta do calor do ambiente. 

O que eu posso fazer nesse momento pra poder cumprir a missão e dar o fora daqui? Será que se eu conseguir fazer uma magia de água encoberta em uma magia de vento eu vou conseguir segurar meu corpo e manter minha temperatura? Vamos tentar. 

— Aqua incantationis corpus. Incantatio est Ventus a corpore repellere aerem. — Ryusaki utiliza encantamentos mágicos para criar magia que envolve o seu corpo. 

Seu corpo começa a ser envolto em água, mas quando a segunda magia de vento é utilizada ela repele a de água e ele sente o calor novamente em seu corpo. 

Parece que desse jeito não deu certo. Acho que preciso de algo tipo uma armadura para me proteger e me ajudar. 

Ryusaki começa a falar um novo encantamento —  Arma aqua involuta vento repellit et aerem normalem conservat. 

Imediatamente começa a aparecer uma armadura azul em seu corpo, protegendo seu corpo do calor e deixando o ar normal para ele. 

—  Consegui!!! —  exclama Ryusaki extremamente feliz de sua conquista. 

Ele volta a caminhar para encontrar os Treant que podem estar bem próximos. 

À medida que vai seguindo o caminho indo mais ao fundo do nível da masmorra sente como se diversas pessoas estivessem olhando para ele. 

Ele começa a ficar apreensivo sobre o que o espera mais adiante e não vê nenhum sinal de monstro por perto, o que o deixa ainda mais preocupado. 

Ryusaki escuta um barulho vindo de suas costas e imediatamente olha para trás, mas o caminho pelo qual ele veio havia desaparecido. 

Porque o caminho que eu acabei de passar desapareceu? E por que parece que tem mais árvores aqui do que antes? Será que esses monstros são inteligentes?

Ryusaki escuta um barulho de madeira estalando e percebe que está sendo cercado por diversas árvores. 

As árvores ao seu redor na realidade são uma horda de monstros Treant.  

E começam a atacar Ryusaki com seus galhos. 

Ryusaki desvia para o lado e ao tentar se levantar vem um novo golpe de outro monstro que acerta sua armadura, mas não consegue atravessá-la. 

Ele recua um pouco e usa seu teleporte para ir longe do círculo que os monstros fizeram ao seu redor. 

Assim que aparece atrás dos monstros começa a realizar um novo encantamento.  

—  Ventus qui ignem exstinguit — finaliza o encantamento que acerta um dos monstros. 

O monstro tem o seu fogo interno apagado e cai ao chão, mas sua madeira começa a queimar imediatamente. 

Então eu não posso apagar o fogo antes de pegar a madeira, sem isso eu não consigo cumprir a missão. Vamos tentar outra coisa então. 

Ryusaki puxa uma espada que ele havia conseguido antes de sua viagem, imediatamente usa encantamentos de fortalecimento em seu corpo e arma. 

Ele tenta usar uma força contra um dos monstros, mas leva um golpe de outro que se juntava para cercá-lo novamente. 

Se levantando do golpe que recebeu Ryusaki imediatamente começa a correr e se esquivar dos golpes desferidos por outros monstros, mas ao desferir seu golpe corta um dos monstros com facilidade e retira parte de sua madeira. 

A madeira que cai ao chão permanece inteira e sem queimar, mas logo o monstro cai ao chão.

O monstro caído não apaga o fogo e permanece imovel. 

Então tenho que cortar esses monstros enquanto eles estão me atacando e não o fogo que eles têm. Agora me animei. 

Ryusaki começa a derrubar mais Treants com mais facilidade do que antes, pois descobriu como deveria fazer. 

Assim que ele derrotou alguns que daria para cumprir a sua missão estava extremamente cansado de correr e utilizar magia. 

Os monstros não paravam de aparecer. 

Se eu continuar com isso eu nunca mais vou sair daqui, esses monstros parecem infinitos. Vou pegar o que preciso e colocar na minha bolsa enquanto corro. 

Ele começa a correr e a se esquivar de ataques, pega algumas peças de madeira e coloca em sua bolsa. 

Assim que pega o que havia derrubado ele começa a juntar os corpos dos Treants mortos perto de um lugar. 

Ele corre de alguns monstros e em seguida chega perto da pilha que havia feito e segura a pilha de Treants e teleporta para a floresta fora da masmorra. 

Assim que ele teleporta começa a cortar os monstros, mas não foi rápido o suficiente para cortar todos e alguns deles apagaram o seu fogo antes de cortá-los. 

Pelo menos consegui concluir a minha missão e consegui mais do que precisava. Agora já terei o dinheiro para poder comprar o meu nome. 

Ele bebe um pouco de água e descansa antes de retornar a guilda. 

Na vila de Tanjiro Sankay após ter lido os livros e adquirido mais informações segue para o quadro de missões da vila. 

Ele chega em frente ao quadro de missões da vila e fica pensativo. 

Eu preciso de missões que sejam complicadas para conquistar um certo respeito por aqui e também para ganhar um bom dinheiro. 

Sankay olha para as missões e a maioria delas precisa de uma alta capacidade mágica ou de pessoas em um grupo. 

Acho que vou pegar essas aqui. 

 

Sankay pega as missões para matar ogros, orcs, lobos infernais e colher ervas. 

Segue para falar com a Violet. 

—  Quero essas missões! —  exclama Sankay. 

—  Essas missões parecem bem complicadas para um novato, eu te indico que procure um grupo ou pesquise mais sobre ervas. —  diz Violet. 

—  Onde posso encontrar mais informações sobre essas ervas e sobre esses monstros além da guilda? —  pergunta Sankay sedento de curiosidade. 

—  Você vai ir até a loja de armaduras em uma casa verde e encontrará uma biblioteca onde temos alguns livros básicos sobre as ervas e monstros da vila. —  responde Violet com um sorriso no rosto. 

—  Tudo bem, vou até lá, mas obrigado. —  responde Sankay. 

Sankay imediatamente segue o seu caminho para a biblioteca antes de sair a caminho de suas missões. 

Eu preciso de mais informações sobre o reino e sobre essas ervas e monstros para saber onde eu estou me metendo e o que me espera. 

Assim que ele chega a biblioteca pergunta ao atendente onde ficam os livros sobre ervas, monstros e sobre a história dos reinos. 

O atendente indica onde ficam os livros e Ryusaki começa a ler para entender mais. 

O primeiro livro que ele pega conta sobre a batalha com o rei demônio. 

 

A batalha de 50 anos foi a batalha que causou a divisão dos continentes que existem hoje. 


A batalha travada pelos 5 aventureiros de nível santo contra o autointitulado Rei Demônio Dadb. 


O Rei Demônio era um descendente do primeiro da raça dos demônios e queria conquistar os seres humanos e dar lugar a sua raça, mas foi impedida pelos aventureiros. 


A batalha travada no centro do continente que existia antes causou a separação em três e causou a morte de dois aventureiros de nível santo. 


O rei demônio não foi derrotado, mas aprisionado em um selo que deverá permanecer enquanto os reinos colaborarem em manter o selo por mais tempo. 


Os seguidores do Rei Demônio que o ajudaram em suas estratégias de dominação e de subjugação dos humanos nunca foram encontrados, mas eram conhecidos como os 12 generais. 


O selo ainda permanece intacto, mas há pessoas que esperam pela volta do rei demônio. 


Tudo isso você pode encontrar nas histórias dos reinos e nos mitos da antiguidade. 



Como assim? Esse livro só dá as mesmas informações que os outros e só me diz isso de diferente dos outros? Alguém precisa muito esconder informações. 

—  Vou ter que deixar essa história para uma outra hora, mas me parece um trabalho muito grande para esconder simples histórias dos reinos. —  sussurra Sankay consigo mesmo. 

Sankay pega os livros sobre ervas e começa a ler para compreender mais sobre elas. 

Passa algumas horas lendo e quando termina percebe que já está tarde e escurece. 

Assim que ele levanta para guardar os livros cai uma folha no chão. 

— O que é isso? —  sussurra Sankay curioso. 

Sankay abre a folha, mas não encontra nada na folha que caiu além de um símbolo. 

Um símbolo com doze pontas. 

Mas que símbolo será esse? E por que eu não vejo nada nesse papel? Deve ter algo nele. 

Sankay pega o papel que caiu e coloca em seu bolso para poder analisar em outro momento e descobrir o que significa esse símbolo. 

Ele guarda os livros da biblioteca e olha para a janela e percebe que é mais tarde do que ele imaginava.

—  É melhor eu procurar algum lugar para me hospedar. —  exclama para si mesmo. 

Enquanto caminha em busca de um lugar para poder dormir, ele passa em frente a uma loja de poções e decide parar para olhar. 

Assim que ele entra na loja um sino toca a porta e…

—  Seja bem-vindo , meu rapaz! Que tipo de poção você deseja. —  exclama um homem alegre. 

—  Estou somente olhando para conhecer. —  responde Sankay. 

—  Muito bom! Temos diversas poções e teremos mas assim que alguns pedidos meus para a guilda chegarem. —  responde o homem. 

—  O senhor fez algum pedido para a guilda? —  pergunta Sankay. 

—  Fiz sim, meu jovem. Mas logo poderei fazer mais poções. —  responde o homem. 

—  O senhor pode me dizer onde encontro um lugar para dormir?—  pergunta Sankay. 

—  A duas casas da minha loja tem uma taverna que aluga alguns quartos em um excelente valor. —  responde o homem. 

—  Obrigado, vou ir lá e depois voltarei aqui. —  diz Sankay. 

Sankay sai da loja e segue para a taverna . 

Assim que ele chega a taverna encontra muitos aventureiros se embebedando. 

—  Olá, tem algum quarto disponível? —  pergunta Sankay. 



—  Temos dois quartos garoto, são 3 moedas de bronze pelo quarto. —  responde um homem careca e barbudo limpando um copo. 

—  Quero um quarto então. Quanto é a comida? —  exclama Sankay. 

—  A nossa comida de hoje custa 5 moedas de bronze. —  responde o homem com certa ironia. 

—  Quero uma também! — diz Sankay. 

—  Tá aqui a chave do seu quarto que fica lá em cima, pode sentar aí em qualquer lugar e levaremos sua comida. —  responde o homem.

—  Tudo bem! —  responde Sankay. 

Sankay se senta ao fundo da taverna e fica observando as pessoas ali próximas bebendo e se divertindo. 

Alguns ficavam se vangloriando de suas conquistas e de como tinham derrotado ogros, goblins e outros monstros. 

Sankay fica prestando atenção às conversas que aconteciam ao seu redor para poder compreender mais sobre as pessoas da vila e saber o que conheciam. 

Chega a sua comida e ele continua prestando atenção às conversas. 

Ao seu lado alguns conversavam sobre o aventureiro da guilda que perdeu para um garoto. 

Outros falavam sobre mulheres e sobre os prostíbulos de Tanjo. 

Mas uma das mesas tinha uma conversa diferente. 

—  Você sabe que estão dizendo que os demônios estão reaparecendo e podem voltar de vez? —  fala um homem de capuz há duas mesas de Sankay. 

—  Mentira! Os aventureiros mais fortes não deixariam isso acontecer. —  responde o rapaz à frente dele. 

—  Você não deve saber que é isso que eles querem que você pense. Mas em Kerraton já tem vários vivendo com o aventureiro de nível santo. —  exclama preocupado o homem de capuz. 

—  Você sabe que ele mantém eles sobre rédea curta. —  responde o outro olhando ao redor. 

Sankay percebe que os dois olham ao redor e decide sair para não correr riscos e segue para o seu quarto. 

 



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