Volume 1
Capítulo 52 - A Verdadeira História!
O momento em que ele era levado para um lugar que nem sabia onde era e nem mesmo o que iria encontrar trouxe um receio a ele.
Imediatamente pensou em tentar juntar energia mágica.
A energia de seu corpo era sugada.
Mas nesse momento o guarda que sussurrava disse — Não se preocupe, logo tiraremos sua alguém, mas precisa nos escutar. Siga calado e vamos te mostrar a verdade.
Kuros ficou calado, mas ficou tentando armazenar energia.
Sempre que absorvia ou conseguia controlar a forma de energia, a algema absorvia.
Ele permaneceu tentando juntar sua energia mágica, mas isso até que a algema deu um trincado.
A pequena rachadura na algema permitiu que Kuros pudesse reunir parte de sua energia mágica sem sofrer tanto e sem absorção como estava sendo antes.
Ele permaneceu juntando energia e observando para onde estava sendo levado.
Os guardas o levavam diretamente para o porão do castelo.
Eles desceram por algumas escadas.
Passaram pela entrada de onde ficavam as celas, mas foram para outro lado.
Era o contrário do caminho para as celas, mas Kuros percebeu que nunca havia visto nada daquele local.
O local era como se fosse um mausoléu cheio de teias de aranhas e tinha um aspecto de nunca fora cuidado e nem mesmo visto há anos.
— Estamos chegando no local. — disse um dos guardas.
Eles continuaram o caminho pelo corredor de rochas negras que emitiam pequena luminosidade roxa.
Seguiram por algum tempo até enxergarem uma porta grande no fim do corredor.
— Logo estaremos lá. — disse outro guarda.
Um dos guardas se aproximou da porta e disse em língua demoníaca — खुल के सारे झूठ दे पिच्छे असली सच्चाई उजागर करो।.
A porta começou a apresentar sons de travas de todos os lados e parecia realmente um código secreto falar no idioma dos demônios.
Logo ela começou a abrir-se.
Kuros ficou pensativo, pois também sabia falar na língua demoníaca.
O que será que isso significa? A verdade é que os demônios matam os humanos e o rei demônio foi o incentivo para as destruições e as guerras. O que eles querem dizer com essa verdade.
Assim que a porta se abriu, os guardas empurraram Kuros para dentro da sala que a porta revelara e disseram — Continue nesta sala e espere até que sinta coisas diferentes sem suas vidas.
Ao ser empurrado e imediatamente a porta se fechar, se encontrou em uma sala escura e sem quase nada de visibilidade.
Kuros aproveitou que neste momento estava sozinho e usou a parte da energia magica para quebrar as algemas que já estavam trincadas.
Colocou a magia em seus punhos e utilizou magia de fortalecimento.
— Sit vis magica in corpore meo confirma et permittat corpus meum ad maximam eius potentiam pervenire — pronunciou o encantamento.
Seu corpo se iluminou com sua energia mágica e logo Kuros conseguiu quebrar as algemas.
Assim que as algemas foram quebradas, ele tentou falar em idioma demoníaco, mas as palavras ditas foram em vão.
— खोल दे। — pronunciou Kuros.
— दरवाजा खोलो। — tentou novamente.
— मुझे छोड़ने की अनुमति दे।— continuou sua tentativa.
Com suas tentativas de retorno frustradas, só restava a ele continuar naquela sala e descobrir o que precisava ser visto naquele momento.
Kuros continuou seu caminho por aquela sala, mas logo percebeu que ela parecia mais longa do que o comum.
Resolveu utilizar sua energia mágica concentrada nos olhos.
No momento em que utilizou a magia desenvolvida por ele começou a ver mais claramente aquele ambiente.
Olhando ao redor ele encontrava diversos itens, mas não tinham nenhum tipo de luz.
Inesperadamente ele escutou um barulho que parecia ser de alguém arrastando alguma coisa muito pesada.
Olhou ao redor, mas não encontrou nada, mas logo uma voz pigarreou se preparando para falar.
Kuros olhava em todo e qualquer lugar que seus olhos alcançavam, mas não conseguia ver nada.
— Hum-Hum. — pirgarreou a voz feminina.
— Quem é você? Onde está? — perguntou Kuros.
— Seja bem vindo! Me chamo Dadb e vim contar a real história por trás dos demônios. — disse a voz feminina que ecoava no local.
Kuros estremeceu e arregalou os olhos ao escutar aquele nome, pois ele mesmo foi um dos responsáveis por aprisionar o Rei Demônio.
— Aqueles que adentram esta sala, são os escolhidos da lingua demoniaca para compreender a realidade por trás da discriminação e por trás da maldade de alguns seres. — continuou a voz.
Kuros procurava pelo ambiente sinais e traços de magia enquanto escutava as palavras que ressoavam naquele ambiente.
— Primeiramente precisamos mostrar que o mito Fanheamadem que a família Raijin dissemina como sendo a realidade. Não passa de uma pura enganação a todos os que aceitam sem buscarem a verdade. O mito foi criado e modificado por um dos familiares de Raijin. — continuou a voz.
Kuros ficou sem acreditar com aquelas primeiras revelações ditas pela voz.
— As Famílias reais e realmente importantes para o nosso mundo de Raenus na realidade são: Severus, Rokuto, Vandelord, Kerraton e Hanz. A família Raijin roubou parte da glória se aproveitando da recém-chegada raça dos demônios e se aproveitando de mestiços. — afirmou a voz.
Ao escutar essas palavras, Kuros parou de buscar de onde a voz vinha e parou buscando prestar atenção ao que aquela voz dizia.
— Desde o momento em que a raça dos demônios surgiram, os Raijin se aproveitaram dos mestiços sem poder e novos para escravizá-los e vendê-los para os demônios. Fazendo com que os demônios fossem gostando cada vez mais de carne e de comer seres vivos. Mas isso não durou muito tempo.
Continuou a voz — Com o passar do tempo os demônios eram vistos como o maior mal de nosso mundo, mas os próprios Raijin alimentavam essa maldade com suas estratégias de comércio e, ao mesmo tempo, faziam armadilhas para capturar demônios e aumentarem sua força como guerreiros.
Kuros escutava atentamente a cada palavra dita por aquela voz.
— Em pouco menos de 20 anos que os demônios surgiram, os Raijin ficaram sendo conhecidos como os únicos combatentes que faziam algo para buscar exterminação dos demônios, mas, ao mesmo tempo, os Vandelord diminuíam , pois os seus filhos e netos desapareciam, com os mestiços de junções de famílias.
Continuou a voz — Raijin e Sartre tinham um plano em conjunto. Aquele que no conto diz ser um Deus é na realidade um ser maligno que se aproveitou da crença das pessoas para ser cultuado como um Deus, mas ele era poderoso a ponto de ser comparado a uma divindade. Assim como o nosso grande mestiço Torkus Rakerhan.
Kuros arregalou os olhos vendo que a voz não só dizia de acontecimentos do passado como citava nomes reais que estão ainda nos textos antigos.
— Sartre havia conquistado um status, mas ainda não era um Deus, pois a sua benção permitia influir no mundo de forma positiva. Recebeu a benção de um Deus de outro mundo. Ele se personificou como Deus, mesmo sem ser aceito pelo Deus deste mundo.
Continuou a voz — Com isso ele conseguiu amaldiçoar os mestiços seguidores de Rakerhan com maldições que faziam com que as energias expelidas pelos demônios gerassem as masmorras. Assim criando monstros e dando vidas a novos seres. Os Raijin sabiam do plano e o seguiram a risca com o Sartre.
Ao escutar tudo isso, Kuros não conseguia se conter com a incerteza que pairava em sua mente.
— Quando as famílias foram atrás dos demônios, Sartre não conseguiu persuadi-los, mas os Raijin conseguiram dar razões boas para quase todas as famílias, exceto os Vandelord e os Rokuto. E nesse momento eles incriminam as duas famílias e voltando as atenções de todos para aquelas famílias que quase foram extintas. Os que se salvaram foram algumas crianças que os Raijin fizeram questão de “cuidar”.
Continuou a voz — O cuidado era a escravização e o ganho com dinheiro em cima de torneios de sobrevivência de mestiços e de demônios famintos que eles capturavam. Os demônios que não se alimentavam com carnes humanas ou de outras raças conseguiam ser civilizados, mesmo apesar do medo gerado por todos.
Nesse momento Kuros começou a pensar que realmente nem ele e nem os outros aventureiros deram voz ao que o Rei demônio falava e somente um pais conseguia ter amizade com os demônios. Os Kerraton eram conhecidos pela sua brutalidade e seu amor pelas lutas.
— A verdade é que o verdadeiro Rei demônio é o Sartre que se passa por divindade e causa caos em nosso mundo. Junto a ele está a família Kerraton que possui o auxílio do mesmo. — conclui a voz.
Assim que a voz finalizou, uma luz apareceu em meio aquela sala e iluminou um pergaminho ao centro de tudo.
Kuros percebeu o que acontecia ali e se dirigiu para o pergaminho.
Quando ele se aproximou daquele pergaminho, a voz disse — Se você deseja enxergar a verdade, toque no pergaminho e veja com seus próprios olhos.
Então Kuros dirigiu a sua mão para tocar aquele pergaminho.
Enquanto Kuros descobria a verdadeira história do mundo, Ryusaki, Sankay, Lina e Excia chegavam no Reino de Tanjo.
Antes que eles chegassem a ver a entrada da cidade, sentiram uma massa pesada de energia.
— Isso é a Dadb? — perguntou Lina.
— Creio que sim, mas precisamos confirmar. — disse Sankay.
Quando todos começaram a avistar a entrada da cidade se depararam com casas destruídas, prédios caídos e diversas pessoas caídas.
Ryusaki e Sankay olharam um para o outro e sabiam que se tratava de Dadb.
— Vocês querem parar quem causou toda essa destruição? — perguntou Excia.
— Sim. — respondeu Ryusaki demonstrando receio na sua afirmação.
— Qual é o plano de vocês? — perguntou Excia curiosa.
Quando ela pronunciou a sua pergunta todos olharam diretamente para Sankay que era a pessoa que disse ter um plano em mente.
— Primeiro precisamos encontrá-la e depois sei o que fazer. — respondeu Sankay.
Imediatamente ele ordenou que seus lobos saíssem de sua sombra e também o wyvern vir na direção dele.
Os lobos restantes saíram de sua sombra, mas o líder não estava lá.
Mas a sua ordem foi para que o líder dos lobos infernais cuidasse e uivasse para que a sua direção fosse indicada.
Quando a sua ordem finalizou, todos escutaram o uivo vindo do centro da cidade.
Logo todos se encaminharam para o local.
Antes que chegassem até lá passaram por muitos soldados e aventureiros que estavam caídos.
Foi nesse momento que Sankay viu aquele aventureiro que pegou no seu pé quando veio aquela cidade.
Ele abriu um pequeno sorriso, mas logo percebeu que não poderia demonstrar aquela emoção.
Continuou olhando para todos os caídos pelo caminho, mas percebeu que algo parecia estranho.
— Ei, vocês perceberam que tem muitos soldados aqui? Quando vim a esta cidade não tinha todas essas pessoas assim. — disse Sankay.
Lina, que já havia ido até aquela cidade, também percebeu isso, mas não sabia o que aconteceu.
— Eu também não sei o que houve, mas com todos esses soldados é bem provável que seja alguma guerra ou a preparação para uma. — afirmou Lina.
Quando ouviram a afirmação de Lina, Excia e Ryusaki engoliram em seco e pensaram que o pior já estava acontecendo no Reino de Raijin.
— Mas qual séria a guerra? — perguntou Ryusaki criando coragem.
Foi nesse momento em que Sankay parou para ver alguém que ele parecia conhecer caído no chão.
A pessoa ainda não estava inconsciente, mas sua mente estava perturbada a ponto dela somente repetir algumas palavras — O general do Rei demônio foi encontrado no mesmo momento em que o Rei demônio retorna.
Repetia essa frase sempre, mas Sankay não compreendeu bem do que ele falava.
Até que Ryusaki achou um papel e gritou para todos irem ao seu encontro.
— Achei uma folha que contém informações. — disse Ryusaki.
E mostrou a folha que dizia o seguinte:
General Demoníaco encontrado! Kuros Severus um dos heróis dos reinos, na realidade é um dos generais do Rei demônio e se encontra preso no castelo de Raijin. Tudo indica que os outros aventureiros Santos podem ser cúmplices, por isso pedimos que se preparem para coisas ruins de agora em diante. Convidamos todos os aventureiros e pessoas capazes para se juntarem a força do exército de Raijin. Lutem pelo nosso Reino contra o Rei Demônio! |
Ao ler aquele texto, todos olharam diretamente para Lina.
A expressão dela ao finalizar a leitura das informações era de espanto e indignação.
— Não… Não…. Não pode ser…. Meu avô. Ele nunca faria…. Algo assim. — balbuciava Lina em meio ao seu choro e sua incompreensão.