Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 3 - Batalha com o dragão de lava

No vasto continente de Raijin, três reinos coexistem, cada um com suas próprias especialidades. O Reino de Raijin é o coração mágico do continente, lar da família que deu nome à terra e guardiã da Magia e Feitiçaria. Rokuto, uma vibrante central de comércio, abriga a renomada escola de comerciantes. Tanjo, por sua vez, é um repositório de sabedoria histórica, funcionando como uma biblioteca mundial.

Dentro do Reino de Raijin, a classificação dos magos que participam do teste de aptidão mágica varia de nível 1 a 10, com apenas uma figura na história alcançando o lendário nível 10: Hendrik Severus, pai de Lina Severus. Conhecido como o maior mago de todos os tempos, Hendrik foi derrotado pelo temível lorde demônio Xuth’tur. 

Agora, os testes de aptidão mágica, supervisionados pela família real, determinam quem será escolhido para fortalecer o reino. Para garantir a imparcialidade e evitar a interferência de nobres influentes, a poderosa maga Chedipé Le Fay implementou uma medida drástica: um dragão guardava os materiais necessários para o teste, garantindo que os participantes só retirassem o necessário para o seu teste.

Mas houve um problema com o dragão e agora Ryusaki e Sankay estão encurralados na masmorra de fogo onde a única saída está sendo bloqueada por um dragão de lava que anula magias de teletransporte e não reagia a magias especiais. 

Ao mesmo tempo que os dois estavam cercados por um dragão, Lina estava à procura dos instrutores com os quais ela havia perdido contato e precisava descobrir o que estava acontecendo. 

— Porque os instrutores não me respondem — Questiona Lina. 

Será que aconteceu alguma coisa com eles? ou será que perderam o controle do dragão? O que está acontecendo? Vou verificar na parte de fogo que é onde o dragão está. 

Ryusaki e Sankay com a respiração ofegante e o suor escorrendo pelos rostos. O dragão de lava rugia, suas chamas iluminando a masmorra com um brilho ameaçador. Sankay, apesar do medo, tentou manter a calma e pensar estrategicamente.

—Irmão, distraia ele e continue desviando! Preciso entender os padrões de ataque desse monstro,— Sankay gritou, com os olhos fixos nos movimentos do dragão.

—Entendido! —  Ryusaki respondeu, rolando para evitar um jato de lava. 

— Mas não posso segurar por tanto tempo!.

Ryusaki utilizou uma magia que seu irmão descobriu para fazer com que o seu corpo se fortalecesse e assim pudesse fugir dos ataques do dragão. 

—Corporis confirmatio et corporis emendatio — disse Ryusaki utilizando as palavras que ouviu quando Lina os mostrou essa magia. 

Ryusaki utiliza magias de terra para chamar a atenção do dragão jogando pedras e atrapalhando o seu movimento enquanto se distanciava, mas sempre utilizando os encantamentos que sabia ao ter escutado Lina usar ou mostrar alguns. 

Em dado momento o dragão fica mais enfurecido e bafora lava por todo o caminho em que Ryusaki iria passar e quase o acertou, mas evitou que ele continuasse fugindo. 

Ryusaki sem saída decide ir para cima do dragão. Assim que ele vai para cima, o dragão prepara mais uma vez a sua arma que era o bafo de lava que transforma onde pegue em lava, mas antes que o dragão use o seu bafo Ryusaki usa sua magia de vento para acelerar ainda mais o seu movimento e assim consegue continuar fugindo. 

— Irmão, já descobriu algum padrão nele? — pergunta extremamente cansado Ryusaki. 

— Ainda não, mas descanse um pouco e eu seguro ele por enquanto até descobrirmos como derrotar ele ou alguém chegar. — disse Sankay. 

Após cerca de meia hora desviando, ambos estavam cansados, pois revezavam um com o outro.

Sankay observava atentamente. O dragão havia derrotado um instrutor de nível 6 com facilidade, o que significava que seu poder era muito superior. Analisando cada golpe, Sankay tentou encontrar uma falha.

— Ele... não tem um padrão fixo — murmurou Sankay, seus olhos arregalando-se ao perceber isso. 

— Irmão, cuidado!

Mas era tarde demais. Uma garra de lava acertou Ryusaki, lançando-o contra a parede da masmorra. Ele gritou de dor, sentindo a pele queimar, e Sankay  correu para ajudá-lo.

— IRMÃO! — Sankay gritou, tentando levantar o irmão caído.

Desesperado e com raiva, Sankay se ergueu. Isso seria o fim em nosso antigo mundo... mas não aqui! Perdendo a cabeça, ele invocou magias de água e trevas, lançando um ataque feroz em formato de tornado. As trevas agiam como veneno, enquanto a água enfraquecia a criatura flamejante.

O dragão rugiu de dor, mas Sankay já estava exausto. Ele caiu de joelhos, mal conseguindo manter os olhos abertos. Ryusaki, vendo o irmão em perigo, lembrou-se das palavras divinas sobre suas magias aprimoradas.

Deus elevou nossas magias básicas... isso significa que somos mais resistentes! Ele se levantou, a determinação brilhando em seus olhos. — Vamos, irmão, juntos! — disse Ryusaki.

Os dois irmãos uniram forças, atacando o dragão com tudo o que tinham. Quando a criatura finalmente estava prestes a cair, uma figura surgiu das sombras. Com um movimento rápido, uma espada de fogo cortou a cabeça do dragão.

Ryusaki e Sankay, exaustos e frustrados, encararam o estranho. — Quem é você? E por que interferiu? — Ryusaki exigiu.

— Sou Allister Raijin, o filho do rei. — respondeu o príncipe com um sorriso desdenhoso. 

— E minha única função é garantir que vocês ralés não tenham glórias fáceis.

—  Pessoas como vocês nem deveriam fazer esse teste, devem simplesmente nos servir e ficarem calados. 

—  Não aceito que lixos como vocês possam participar desse teste e muito menos chamar a atenção por ter derrotado um dragão como este. 

Neste momento Lina chega até onde os garotos estão e vê alguns instrutores caídos ao chão e o Príncipe ao lado do dragão. 

— Você derrotou o Dragão e salvou esses dois? - Lina pergunta ao príncipe. 

 — Claro que sim, como o futuro rei de Raijin preciso proteger todos os meus súditos. — disse o príncipe com um ar confiante. 

— Vocês estão bem? — pergunta Lina para Ryusaki e Sankay. 

— Estamos bem sim. — Respondem os dois. 

Lina ajuda os garotos a seguirem para o início da masmorra e entregarem os materiais que haviam coletado. 

Enquanto ajudava Ryusaki e Sankay ela sussurra para eles —  vocês que derrotaram o dragão?.

— Nós o enfraquecemos esperando conseguir que alguém viesse ajudar ou derrotar ele, mas ele chegou e deu o golpe final —  disse Sankay. 

— Vocês conseguiram enfrentar um dragão como esse sem auxílio e com o pouco conhecimento que aprenderam me vendo usar magias?

— Sim. —  respondeu Ryusaki.

— Conseguiram pelo menos garantir os seus itens para o teste de aptidão? —  pergunta Lina. 

—  Conseguimos a maioria, mas de fogo ainda faltaram alguns materiais —  respondeu Sankay. 

Assim que os instrutores e os participantes do teste se juntaram no ínicio da masmorra Lina começa a falar — Prestem atenção garotos, houve um problema em nosso teste que foi interferido por um monstro descontrolado que atrapalhou o nosso teste, mas a maioria de vocês conseguiram passar no teste, mas por conta desse problema teremos que reavaliar vocês nobre novamente, mas os que são plebeus ou não tem um nome não podem refazer.  Espero que todos estejam bem e vamos aplaudir o nosso querido Príncipe Allister Raijin que salvou esses garotos do dragão e ainda o derrotou. 

Todos no local aplaudiram e agradeceram a Allister por ter ajudado, mas alguns nobres que ali estavam sabiam que o filho do rei que era um preguiçoso não teria tomado uma atitude tão altruísta. 

Em meio a alguns sussurros alguns falavam: 

— Ele deve ter pedido para sua mestra ajudá-lo. 

— Eu acho que ele inventou isso. 

— Mas de onde ele tirou o dragão?

— Eu acho que isso foi preparado pela maga real que ensina ele. 

Mesmo com esses sussurros e conversas ocorrendo, eles foram levados para um local onde alguns magos ajudavam a curá-los e encaminhá-los até a saída. 

Apesar da derrota moral, Ryusaki e Sankay passaram no teste. No entanto, preocupações começaram a surgir. Sem dinheiro, como poderiam entrar na academia? Ryusaki percebeu que precisavam aprender a negociar para sobreviver e prosperar neste mundo.

O teste de aptidão mágica classificava o potencial e a capacidade dos magos usando magias e enfrentando as masmorras e as classificações ficaram pendendo com o melhor desempenho dos nobres e em primeiro Allister Raijin com uma classificação de 8 por ter derrotado um dragão. 

Enquanto Sankay e Ryusaki conseguiram uma classificação de 3, mesmo tendo todas as aptidões de mágia e coletando quase todos os materiais. 

Mais tarde, enquanto se recuperava, Ryusaki compartilhou seus pensamentos com Sankay. 

— Precisamos de um plano. Se quisermos realizar nossos desejos e comprar um nome para nós mesmos, devemos aprender a jogar o jogo deste mundo. Você está comigo?

Sankay olhou para o irmão e assentiu, a determinação renovada em seus olhos. — Sempre estarei com você, irmão. Vamos fazer isso juntos.

— Mas acredito que devemos melhorar as nossas habilidades especiais e conseguir dinheiro para comprar os nossos nomes, pois só assim seremos vistos como seres humanos de verdade. — disse Sankay. 

Com esse pensamento os dois irmãos começaram a aceitar qualquer trabalho que aparecia para eles, desde limpar estábulos até limpar latrinas de guildas. 

Sempre que chegavam pegavam as moedas de cobre que recebiam por seus trabalhos e iam adicionando em seu quarto para que pudessem juntar para comprar os seus nomes. 

Qualquer pessoa que não tivesse nascido em família nobre era incentivado a ser marcado com uma numeração ou viver sem um nome para que um dia, se conseguisse juntar dinheiro, comprasse um. 

A maioria das pessoas que os irmãos conheciam tinham na verdade numerações e isso tornava ainda mais difícil que eles continuassem com empenho em conseguir, afinal era bem caro comprar um nome para eles e com o valor que recebiam. 

Após alguns meses juntando o que recebiam eles pararam para ver o quanto haviam conseguido juntar, mas era muito pouco. 

Para comprar um nome no reino de Raijin era necessário que pagasse o valor de 10 moedas de ouro. 

E eles não tinham nem ao menos uma moeda de prata ainda com o que haviam juntado. 

Sankay então começou a estudar sobre os valores de cada moeda e começou a explicar para o Ryusaki. 

IENE

MOEDAS
1.000 mil 1 moeda de cobre
10.000 mil 10 moedas de cobre
100.000 mil 1 moeda de prata
10.000.000 milhões 10 moedas de prata
100.000.000 milhões 1 moeda de ouro
1.000.000.000 bilhão 10 moedas de ouro

 

Como que nós vamos conseguir o valor que nem mesmo chegamos perto em nossa antiga vida. 

— Isso é muito irreal para nós. — afirmou com tristeza Ryusaki. 

— Nós conseguimos juntar até agora o valor de 10 moedas de cobre, isso fazendo todo o tipo de trabalho que conseguimos. — afirmou Sankay. 

— O maior problema é não ganhar quase nada sem termos um número ou um nome. — disse Ryusaki. 

— É exatamente isso! — afirma Sankay com um tom de firmeza na sua voz que parecia ter tido uma grande ideia. 

— Como assim? Você tá dizendo pra gente ser marcado?— disse Ryusaki. 

— Não, temos que juntar um dinheiro para podermos ir em outro lugar que nos permita trabalhar em mais coisas, mesmo sem nomes. — disse Sankay. 

— Você está dizendo para nós sairmos daqui e deixarmos nossos pais? —questiona Ryusaki. 

— Isso mesmo, mas vamos nos preparar e conseguir mais dinheiro para podermos conseguir viajar. 

— Aqui não conseguimos nem mesmo nos registrar como aventureiros, pois o Rei inspeciona todos da capital e aqueles sem nome não são permitidos, mas nos reinos de Tanjo e Rokuto eles permitem. — disse Sankay. 

— Verdade, mas não me interesso muito em ir para o reino de Tanjo, deve ser uma cidade velha e cheia de livros. — afirma Ryusaki com um tom de desgosto ao falar sobre o reino de Tanjo. 

— E eu quero ir para lá. — afirma Sankay. 

— Acredito que a nossa melhor opção neste momento é nos preparar para podermos nos separar e seguirmos caminhos diferentes para irmos aprender mais sobre este mundo e conseguirmos comprar nossos nomes. — disse Sankay. 

— Por mim tudo bem ir até Rokuto, mas temos que descobrir uma forma de nos comunicar enquanto estamos longe. — disse Ryusaki. 

— Pode deixar que eu vou descobrir uma forma de conseguirmos fazer isso sem precisar de muitas coisas. — afirma Sankay. 

Agora que ambos haviam decidido o que fazer dali pra frente eles focaram seus esforços em trabalhar o máximo que podiam.



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