Volume 1
Capítulo 13 - A Fuga!
Enquanto Ryusaki permanecia preso em uma masmorra escura e úmida junto a seus pais que estavam sem entender nada, o jovem príncipe e a maga real conversavam.
— Eu quero matá-los o quanto antes, eles podem acabar com a minha reputação de heroi dos plebeus. — disse Allister.
— Fique calmo jovem príncipe, precisamos confirmar se é realmente ele. — disse Chedipé.
— Eu sei que precisamos confirmar isso. Eu lembro da cara feia desses idiotas pobretões. Basta eu olhar para eles. — responde em tom bravo e irritado Allister.
— Jovem príncipe pelo que você me disse eles tiveram alguém que os ensinou alguma coisa e isso é contra as regras do Reino. Já prendemos alguns instrutores em nossos calabouços e vamos conseguir as informações com cautela. — explicou Chedipé.
— Tá, mas eu irei lá onde está essa ralé para confirmar se é o mesmo daquele dia. — disse decidido Allister.
Allister sai irritado e cheio de ódio pela situação em que se encontrava e segue a caminho da masmorra onde estava Ryusaki e seus pais.
Enquanto seguia o caminho para a masmorra onde o plebeu estava aprisionado Allister pensava:
Eu preciso acabar com a raça daqueles dois enquanto meu pai ainda não chegou da reunião e sem causar um escândalo pelo reino. Aqueles dois me pagam por serem mais úteis e roubarem o meu momento de brilho frente a Lina.
Ryusaki ainda tentando entender o motivo de terem aprisionado a ele e a seus pais em uma masmorra que inibe a utilização de magias ficou tentando relembrar se haviam feito algo de ruim para alguém.
Ryusaki não se lembrava de ter ido contra ninguém ou contra qualquer nobre que seja.
Ryusaki ficou ainda mais confuso porque os seus pais também haviam sido capturados junto com ele.
Logo que o príncipe chegou à entrada da masmorra ele não parecia nada bem, parecia tomado de fúria e irritação com todos que passavam por ele ou o cumprimentavam.
Allister gritou com um dos guardas — ABRE LOGO ESSA PORTA! IDIOTA!!!.
Enquanto o Príncipe se dirigia para a masmorra, Chedipé preferiu interrogar os instrutores de magia do dia do teste de aptidão para averiguar quem havia ensinado magia para quem não tinha sequer um nome.
Chedipé começou a mostrar uma imagem que fez do garoto para ver se alguém o reconhecia ou mostraria algum traço de que o conhecia.
Assim que ela mostrou alguns mostraram que reconhecia aquele rosto.
Enquanto Chedipé estava continuando seu interrogatório atrás de informações sobre os garotos e sobre aquela família, o príncipe tinha acabado de entrar na masmorra onde Ryusaki estava.
Allister assim que chegou na cela de Ryusaki imediatamente falou — Olha o porco inútil que consegui pegar! o mesmo que me deu uma boa pontuação no teste de aptidão mágica.
— Onde está aquele seu irmão porco? — perguntou Allister.
— Você é aquele que se aproveitou que tinhamos derrotado um monstro e se aproveitou de nossa pontuação. — disse Ryusaki.
— Cale a boca seu imundo! O poder dos nobres foi feito para ser usado e vocês são lixos que servem para o que precisarmos. — disse em tom arrogante Allister.
— Vocês vão morrer o quanto antes para que não falem demais e causem confusão no meu nome. — disse Allister.
— Um príncipe como você que usa de seus subordinados de qualquer maneira não passa de um lixo. — responde Ryusaki com grande coragem.
— Então a ralé tem mesmo um pouco de coragem para falar assim com os maiores nobres do reino. — disse Allister.
Allister faz o sinal para que os guardas abram a cela para ele entrar.
Assim que a cela é aberta Ryusaki se arrasta para a frente de seus pais para protegê-los.
— Você não consegue fazer nada neste lugar seu porco imundo. Sua magia não funciona e eu posso fazer o que eu quiser com você e com seus pais. — exclama Allister.
— Tudo isso pelo medo de que descubram que você não é nada e mal sabe usar magia? — responde sorrindo Ryusaki.
Allister pega o jovem Ryusaki pela garganta e cospe em seu rosto com muita raiva e o joga no chão em seguida.
Assim que Ryusaki cai no chão o jovem príncipe começa a pisar em seus pais que estavam quietos no canto da cela.
— Vocês são uma escória e devem morrer quando os nobres bem quiserem. — exclamou furioso Allister.
Os guardas pedem para que o príncipe fique calmo e o seguraram para que ele pare de maltratar os presos.
— Me soltem! vou deixar essa ralé por um tempo, mas depois eu volto para ver o que faremos com esses lixos. — disse Allister arrumando sua roupa.
Allister então sai da cela que volta a ser trancada.
Assim que o jovem príncipe sai do local Ryusaki se arrasta até os seus pais:
— Vocês estão bem? — disse Ryusaki.
— O que você fez ao princípe? E porque ele quer tanto nos humilhar? — pergunta seu pai 1247.
— Ele se aproveitou dos meus feitos e do meu irmão no teste e agora quer nos eliminar para que não falemos a verdade. — responde Ryusaki.
— Então nunca fale a verdade! — disse sua mãe 1478 chorando.
Ao ouvir aquelas palavras a raiva e o ressentimento tomam conta de Ryusaki e fica pensativo.
Allister que estava indo ao encontro de Chedipé é informado que ela encontrou as pessoas que haviam ajudado os garotos.
Ele chega a uma sala que é utilizada no castelo para interrogatórios.
— Quem ajudou e ensinou aqueles lixos? — pergunta Allister.
— De todos os que tem aqui, a única que parece conhecer de verdade os garotos além do dia do teste é a própria neta do Kuros. — disse Chedipé.
— Mas não é possível que seja logo ela que tenha ajudado esses lixos. — disse Allister.
Chedipé pede que levem Lina para uma sala especial e a deixe-a lá por um tempo.
Deixaram que Lina ficasse a noite inteira em uma cela que parecia sugar a sua magia ou atrapalhar a utilização da mesma com facilidade.
Depois de uma noite inteira sem dormir e naquela sala estranha, Lina escuta uma voz.
— Nesta sala você será reconhecida como uma criminosa que incentivou um motim contra o reino. Mas pode ser liberada se nos der informações. — disse a voz.
— Quem é que está falando? O que eu fiz e onde eu estou? — respondeu Lina.
— Não finja que não sabe de nada. Já temos as informações que queremos sobre o ocorrido e o que você demonstrou na sala de interrogatório nos disse que você está junto com aqueles idiotas que atentaram contra a vida do princípe. — disse a voz de Chedipé através da sala.
— Como assim? Quando eu ajudei alguém a tentar matar o jovem príncipe? — exclamou Lina sem entender do que estavam falando.
— Você foi uma das instrutoras do teste de aptidão mágica onde o príncipe quase foi morto por um monstro sendo atiçado por dois plebeus. — disse Chedipé.
— No teste de aptidão o príncipe derrotou o dragão e todos sabemos disso. — disse Lina.
— Chega de Mentiras! Sabemos que você tem ligação com os dois filhos dos números 1247 e 1478.
— Eu nem sei do que vocês estão falando? Os dois já fizeram alguns trabalhos para mim e nada mais. — disse Lina
— Fale a verdade sua mentirosa! Você tramou a morte do príncipe junto com aqueles dois. — responde brava e irritada Chedipé.
— Eu já disse que não tenho nada haver com isso! Se aqueles garotos tivessem tramando algo, eu não estava junto a eles. — disse Lina.
— Então você concorda que sabia de algo daqueles garotos sem nome? — pergunta interessada Chedipé.
— Eu já disse que eles trabalhavam para mim e nunca os ensinei nada. — disse Lina.
— Você está mentindo e eu consigo perceber isso. Nos fale a verdade e nós podemos te libertar. — disse Chedipé.
— Eu só mostrei a eles as magias e me viram algumas vezes as usando, mas nada além disso. — disse Lina.
— Você está dizendo então que eles são gênios que aprenderam por conta própria e puderam tramar contra o princípe de Raijin? — pergunta irritada Chedipé.
— Não é exatamente isso. Só disse que eles me viram usar algumas magias e que pareciam interessados e indiquei que fizessem o teste de aptidão. — disse Lina.
— Então você os ajudou a tramar essa emboscada no teste de aptidão mágica? — perguntou Chedipé.
— Não foi nada disso, mas porque estão atrás deles e me prendem? — pergunta Lina.
— Você receberá uma punição adequada a sua traição ao reino. — disse Chedipé.
— Logo decidiremos a sua punição real. — complementou Chedipé.
— Mas eu não fiz nada, fui fiel ao reino e ensino magia na escola de magia. Não tive nada haver com toda essa história e posso provar. — gritou Lina.
Enquanto Lina gritava tentando se explicar, ninguém respondeu.
Chedipé imediatamente passou as informações para o príncipe Allister.
Enquanto Allister recebia as notícias de que por meio das ações da maga Lina Severus os dois jovens haviam aprendido magia e foram incentivados a irem ao mesmo teste de aptidão que o príncipe. Ryusaki começava a pensar em como sairia daquele lugar o quanto antes e sem ferir mais a ele e seus pais.
Ryusaki que estava tentando pensar em algo lembra que tem uma bolsa em sua cintura.
A bolsa que estava em sua cintura foi feita por ele mesmo com a sua magia de teleporte a pedido de seu irmão Sankay.
Bendito Sankay, sua genialidade vai me salvar dessa situação.
A bolsa que Sankay havia pedido para Ryusaki encantar com sua magia de teleporte era uma precaução caso houvesse lugares onde não poderiam usar magia.
Antes de eles viajarem sozinhos Sankay havia preparado ambas as bolsas com itens que conseguiu adquirir ao longo do tempo.
A bolsa mágica era como um espaço neutro no tempo que permitia que tudo que fosse adicionado e colocado nela permanecesse do mesmo estado que estava antes.
Sankay havia colocado um liquido de slime negro que fazia materiais derreter, além disso ele havia deixado na bolsa alguns bonecos que podem assumir formas com uma magia de luz que imita ilusoes, facas, espadas e outras coisas que o ajudariam nessas situações.
Ryusaki se lembrou disso e resolveu usar o tempo que ele tinha para pedir a ajuda dos seus pais para poderem sair e conseguirem antes que o príncipe voltasse.
— Vocês precisam me ajudar. — disse Ryusaki.
— Virem a minha bolsa para as minhas mãos aqui nas costas. — pediu Ryusaki.
Os pais prontamente o ajudaram a virar a bolsa para onde suas mãos estavam e com bastante dificuldade ele conseguiu abrir o zíper da bolsa.
Colocou as mãos lá dentro e mexendo lá sentiu algo meio quente em suas mãos.
Imediatamente ele imaginou que seria algo perigoso e retirou as mãos.
A algema em sua mão que tinha encostado no líquido começou a enfraquecer.
Os guardas próximos a cela começaram a se ajeitar pois haviam escutado uma movimentação vindo para a cela onde os prisioneiros estavam.
Allister tinha acabado de chegar a porta de entrada da masmorra.
Ryusaki usou um pouco da sua força e terminou de quebrar as algemas que o prendiam.
Imediatamente ele puxou novamente a bolsa e puxou um frasco de poção de cura que tinha lá para as suas mãos.
Os guardas se viraram para olhar os prisioneiros, mas Ryusaki levou as mãos para trás como se estivesse algemado.
Eles olharam e disseram — sem gracinhas.
Ryusaki então colocou uma barreira em suas mãos para pegar mais do líquido de slime e dissolver as algemas de seus pais.
— Não faça isso meu filho! Eles vão perceber e teremos que fugir do Reino. — disse sua mãe 1478.
— Shhh! já vamos embora daqui.— disse Ryusaki.
Ryusaki tira três bonecos que estavam com os encantamentos e pede para que seus pais toquem em um e ele toca em outro.
Assim que eles tocam os bonecos começam a mudar a aparência e se parecem com eles.
Os soldados viram e veem seis pessoas na cela.
Sem entender eles pensam que é algum truque e abrem a cela.
Assim que a cela abre Ryusaki parte para cima do guarda e acerta um golpe em sua cabeça que o faz desmaiar.
O outro guarda então usa um apito avisando que houve problemas e logo Ryusaki consegue puxar seus pais para fora da cela e coloca o guarda dentro da cela.
Tranca a cela, pois havia pegado a chave.
Imediatamente com seus pais ao seu lado ele tenta utilizar a magia de teleporte, mas parece que está falhando.
Ryusaki se lembra que ele precisa estar calmo e imaginar bem com quem está e em que local pretende chegar para poder teleportar.
Estava tão ansioso e acelerado que não conseguia teleportar.
Escuta gritos e passos descendo a masmorra em sua direção.
A porta da escada próximo a sua cela se abre e Allister está na porta.
Ryusaki segura seus pais e desaparece da vista de Allister Raijin.