Volume 1
Capítulo 105 : As verdades sob as sombras!
Todos ficaram sem conseguir saber onde estava aquele Deus que os ameaçou.
Ryusaki usou imediatamente a habilidade que havia conseguido aprender com Lina e visualizou tudo ao seu redor.
Mas nenhuma energia mágica estava por ali.
As únicas eram as que estavam ali presentes.
— Onde ele está? — questionou Sankay.
— Não sei, ele não está aqui perto — sentenciou Ryusaki.
Aquelas palavras que Ryusaki disse trouxeram preocupação a Sankay.
Dadb não conseguia sentir a energia mágica de Sartre, nem de Arthen.
Após isso, todos tentaram se reunir.
Quando Dadb, Sankay, Ryusaki, Excia e Ivy estavam reunidos, eles pareciam quase destruídos.
Suas roupas cheias de fuligem, queimaduras e cortes.
Quando se reuniram, eles viram o estrago que a Sartre havia causado e olharam uns para os outros como se compreendessem o que o outro diria.
Ao mesmo tempo, os Golems sumiram diante dos olhos dos generais e dos aventureiros.
No momento em que os golems desapareceram, a energia pesada que ocupava o ambiente, tornando-o mais sombrio, desapareceu.
Assim que a energia deixou de ser tão pesada no ambiente, todos perceberam.
Principalmente Ryusaki e Lina.
Ambos olharam um para o outro como se conversassem com os olhos.
— Sartre foi embora — disse Lina.
— Agora precisamos lidar com outra coisa — disse Ryusaki diretamente para seu irmão.
Sankay sabia exatamente do que ele estava falando.
Mas, imediatamente, eles sentiram algo surgindo dos céus.
O céu começou a escurecer e a ficar carregado de uma aparência escura.
Os céus começaram a ficar carregados de energia mágica.
Todos sentiram a energia e parecia que Sartre estava retornando.
Junto a essa sensação da energia mágica, eles também sentiram seus peitos ficando mais pesados.
Parecia que alguém estava apertando seus corpos.
A maioria dos generais caíram no chão; os feridos mal conseguiram ficar em pé.
Aqueles que ainda permaneciam em pé se prepararam para poder realizar uma nova luta.
Enquanto todos se preparavam, os céus assumiam a escuridão e ficavam carregados de raios negros.
— Vocês não podem escapar das minhas mãos — disse a voz de Sartre ecoando pelos céus.
Todos olharam para os céus confusos para o que Sartre realmente queria dizer.
Um raio negro desce dos céus na direção de Raijin.
O raio que cai naquela direção parece não causar nenhuma explosão.
A luz negra que formou o raio negro atingiu Raijin, mas logo sumiu novamente.
Antes de o céu retomar suas cores, todos escutaram novamente a voz de Sartre dizendo — Isso ainda não acabou.
Após isso, o céu retomou suas cores e a energia pesada que pairava sobre todos havia desaparecido.
Preocupado com o que havia acontecido com Raijin, Ryusaki se aproximou de seu irmão e disse: — Precisamos ir.
E imediatamente tocou em seu ombro.
— Vamos para Raijin — disse Ryusaki.
— Para onde vocês vão? — questionou Excia.
Quando Ryusaki olhou diretamente nos olhos de Excia, ela percebeu que era algo sério.
Antes que ele dissesse algo, ela foi diretamente ao seu encontro.
— Eu vou com você — disse Excia.
Lina fez o mesmo que Excia e se juntou aos irmãos.
Ivy somente disse: — Eu explico a situação para todos e os ajudo.
Ryusaki e Sankay acenaram afirmando confiarem nele para levar a notícia e se juntaram.
Assim que todos estavam reunidos, Ryusaki utilizou sua magia especial e sumiu do local onde estavam.
Com Ryusaki, foram também Excia, Lina, Dadb e Sankay.
Desde o desaparecimento de Sartre, Sankay e Dadb estavam juntos.
Quando todos estavam naquele lugar que havia sido o seu lugar de partida, perceberam o quanto estava diferente.
Eles apareceram diretamente em frente à loja de Fabron Forge.
O pequeno vilarejo não estava ensolarado e nem mesmo assumia as cores e a presença da alegria de sempre.
Assim que eles adentraram a loja de Fabron, perceberam haver muitas pessoas por lá.
— O que está acontecendo aqui? — questionou Ryusaki.
— Estávamos nos protegendo do Allister — comentou uma mulher que se escondia.
— Cadê aquele príncipe de merda? — bradou Ryusaki.
A mulher apenas acenou como se não soubesse.
Ryusaki começou a se exaltar e gritar, perguntando se alguém sabia onde ele estava.
Mas logo foi interrompido por Fabron Forge.
Quando ele apareceu, se aproximou e tocou o ombro de Ryusaki, tentando acalmá-lo.
— Fique calmo, garoto, ele sumiu com o raio que atingiu a vila — disse Fabron Forge.
A raiva de Ryusaki não diminuiu.
— Como assim? Vocês não foram atrás daquele assassino? — esbravejou Ryusaki.
Foi nesse momento que seu irmão se aproximou e disse: — Fique calmo, vamos fazer o que precisamos e depois resolvemos isso.
Com as palavras de Sankay, Ryusaki o olhou nos olhos e se conteve.
Imediatamente eles continuaram seguindo em direção ao subsolo, onde a arena ficava.
Antes de chegarem até lá, encontraram várias pessoas feridas e com cortes.
Algumas com queimaduras pelo corpo e algumas pessoas distribuindo poções de cura.
Assim que desceram as escadas, começaram a ver quantas pessoas estavam espalhadas pela arena.
Havia vários feridos e alguns mortos entre as vítimas do ataque de Allister.
Entre eles estavam os pais de Ryusaki e Sankay.
Excia, ao ver aquela quantidade de pessoas feridas, ficou com os olhos marejados de lágrimas.
Lina queria sair de perto dos irmãos, mas, assim que os viu chegando até seus pais, foi impactada por lembranças que retornaram.
Os rostos dos pais de Ryusaki e Sankay apareceram na mente de Lina como se fossem lembranças perdidas.
Dos pais deles ensinando magias a ela, brincando com ela em sua infância.
Quando percebeu que aqueles dois faziam parte de sua família e que eram seus tios, foi difícil ela segurar as lágrimas.
Quando Lina começou a chorar, Ryusaki sabia que ela poderia ter conhecido ambos.
Sankay, pela primeira vez, viu os corpos sem vida de seus pais.
Sua primeira ação foi se ajoelhar próximo aos corpos e tentar usar sua magia de cura.
Tentou uma vez.
Tentou novamente.
Forçou mais algumas vezes.
O desespero começou a tornar a morte de seus pais real, mas imediatamente ele tentou criar uma magia, juntando elementos e criando raios.
Quando conseguiu visualizar eletricidade percorrendo suas mãos, ele sabia que poderia usar como desfibrilador.
Se preparou e tocou suas mãos no peito de seu pai e, em seguida, de sua mãe.
Não houve nenhum resultado.
— Preciso de mais carga — disse Sankay.
Ele se concentrou e tentou mais uma vez.
O desespero começava a tomar conta da mente de Sankay, que tentava de todas as formas salvar os seus pais.
— Não adianta, eles estão mortos — disse Ryusaki em meio às lágrimas.
Sankay ainda não acreditava, mas compreendeu depois de mais 3 tentativas de cura e mais 5 de fazer o coração deles bater.
Quando a realidade veio em sua mente, foi difícil aguentar a perda de seus pais.
Ryusaki, Sankay e Lina choravam.
Excia e Dadb estavam tristes por ver as pessoas que lutavam junto a eles com tamanha tristeza.
Permaneceram assim por um tempo.
Até conseguirem ajudar a cuidar dos feridos.
Daqui a três dias, seria feito um funeral aos que faleceram durante essa batalha.
Durante o período de espera para o retorno de todos que estavam na ilha de Rikerhan, trazendo os mortos, Ryusaki e Sankay continuaram auxiliando os feridos.
Enquanto isso, todos se juntavam e seguiam as suas direções para os seus continentes.
Michael e Kira se despediram de Kuros, dizendo que ele deveria ficar no comando do reino de Raijin.
Kuros não queria aquela posição, mas apenas afirmou que cuidaria o melhor possível do reino até que alguém pudesse ocupar seu lugar.
Os navios usados por Raijin eram muitos e havia poucos sobreviventes.
Ivy e Kuros se ocuparam em juntar todos os seguidores de Dadb.
Os doze generais se reduziram a apenas 4.
Os outros seguiram para os seus reinos.
— Vamos voltar para Raijin e honrar nossos mortos — disse Ivy.
Todos confirmaram.
Imediatamente começaram a embarcar naquele navio.
Os corpos dos mortos não continuaram ali.
Após um tempo que Sartre havia saído, os corpos desintegraram.
Uma viagem que durou um tempo para que eles pudessem chegar a Raijin.
⧫
Após a chegada de todos em Raijin, foi o momento de preparar o funeral.
Todo o continente de Raijin foi convidado a ajudar na cerimônia que aconteceria no palácio de Raijin.
Kuros acabara de assumir como Rei de Raijin e abriu um local para os mortos próximo ao castelo para que todos se lembrassem do que o poder pode fazer caso alguém se perca no caminho.
Assim que assumiu como Rei, Kuros solicitou para que Ryusaki desse a oportunidade dos sem-nome em seu espaço da masmorra retornarem.
O que ele fez de imediato.
Mesmo assim, muitas pessoas haviam morrido.
Após isso, foi o momento de construir um local de homenagem e avisar o reino sobre o que aconteceu.
Usou a mesma forma com que ele divulgou o campeonato.
A cerimônia do funeral foi celebrada com várias raças presentes e com todas as vilas juntas.
Quase não havia espaço para as pessoas ficarem.
Para representar os mortos, Kuros convidou Dadb e seus generais para mostrarem a realidade.
— Fomos convidados aqui para falar algumas palavras pelos mortos nessa batalha organizada e armada com o Rei de Raijin.
— A desculpa dessa batalha era me derrotar, dizendo que eu era o rei demônio e que queria acabar com o reino, mas a realidade é que os meus ubordinados e eu so queriamos ser aceitos.
— Desde que surgiu o primeiro demônio, foi alimentada a ideia de que nos alimentávamos de outras raças, mas isso foi um plano dos Raijin por inveja das outras famílias.
— Eles nunca aceitaram que nossa raça descende da mistura de todas as vidas existentes em nosso mundo. Só pensavam em seres puros.
— Foi esse pensamento que os levou à perdição e a se unirem a uma força maligna que quer ascender ao lugar de divindade, mas precisa que todos aceitem que os puros devem viver.
— Agora vemos o resultado aonde isso levou. Por isso quero pedir que vocês falem por seus mortos e entendam que somos todos seres vivos que devem aprender a conviver. — finalizou Dadb.
Após o discurso de Dadb, foi o momento de todos se juntarem com seus amigos e levantarem seus pensamentos para aqueles que nos deixaram.
Enquanto todos se reuniram, Lina se aproximou de Ryusaki e Sankay e disse: — Precisamos conversar sobre a nossa família.
Ambos afirmaram.
Mais tarde, após o funeral, todos saíram e Ryusaki e Sankay foram para o palácio conversar com Lina e Kuros.
— O que vocês querem conversar? — questionou Kuros.
— Sobre os nossos pais — afirmou Sankay.
— Uma pena que eles tenham falecido — disse Kuros.
— Eles eram da família Severus, mas tiveram seus nomes retirados — afirma Ryusaki sem esperar.
— Do que vocês estão falando? — pergunta Kuros.
— Nossos pais foram obrigados a retirar seus nomes, mas não sabemos bem o porquê — explicou Sankay.
— Quais eram os nomes dos seus pais? — questiona Kuros.
— Toshiro Severus e Alayna Severus — disse Ryusaki.
Assim que Kuros escuta os nomes, ele fica sem palavras.
Os seus olhos parecem inquietos, como se estivesse se lembrando e sendo bombardeado por diversas informações.
— Vocês têm certeza de que são esses nomes? — pergunta Kuros.
Ambos afirmam que sim.
Kuros se levanta e começa a andar pela sala.
Lina observa seu avô andando pela sala e até comenta: — São meus tios que pensamos estarem mortos.
— Mas, como? — questiona Kuros.
Antes que ele obtivesse uma resposta de si, Sankay começa a falar: — Gostaríamos de poder conhecer a história real de nossos pais.
— Claro, vocês merecem conhecer quem eram os heróis da família Severus — disse Kuros.
Sankay e Ryusaki gostaram quando ouviram Kuros dizer que seus pais eram heróis.
E, após uma longa conversa entre eles, conseguiram compreender a verdadeira história sobre os seus pais e sobre a família Severus.
Mesmo com Sankay se sentindo bem por conhecer mais sobre a história de seus pais, ainda havia algo que o incomodava.
Sartre não desapareceu por acaso, levou Allister e Arthen, mas qual o motivo disso? Por que ele se passou por um Deus? Quem é a Nefertari e o que ela quis dizer sobre a Dadb ascender ao divino?
Sankay ainda parecia procurar as respostas que ficaram sem questionamento da maioria, mas seu irmão sabia que ele questionava isso.
Antes que pudesse comentar qualquer coisa com seu irmão enquanto estavam saindo do palácio, ambos foram surpreendidos.
Em instantes, apareceram no mesmo ambiente em que haviam visto Sartre pela primeira vez.
Um espaço em branco cheio de nuvens.
Mas dessa vez havia uma mulher conhecida por eles desde que viram a estátua de Nefertari.
Nefertari estava sentada naquele local.
— Sejam bem-vindos ao lugar onde as suas perguntas obterão respostas — disse Nefertari.
— Quais respostas? — disse Sankay.
— Todas, desde o motivo de terem vindo ao nosso mundo até pela presença de Sartre em nosso mundo — explicou Nefertari.
— Se prepare, pois tenho várias perguntas — diz Sankay.
Fim do primeiro volume!
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