Genealogia Mystery: A Conspiração do Hamster Brasileira

Autor(a): Rock Mystery

Capítulo 6: Maldito Hippie Sujo (3)

Mansão do Amadeus, Woodnation – 9:45 da noite, treze de Julho.

— Olha só… — falou Laertes, com seus olhos afiados mirados para o rosto descoberto de Einstein.

Furioso, Einstein fitava as presas demoníacas daquele chihuahua, prestes a entrarem em sua pele para colocá-lo no temido sono eterno.

Quando o cachorro menos esperava, seus dentes atravessaram um pedaço de carne. Só que não eram as de seu alvo.

— Mas que merda é essa?! — berrou Laertes. Sangue jorrava de seu braço.

Tudo aquilo foi fruto do azar, pois bem quando pulou em direção de seu alvo, uma enorme ventania mágica saiu das mãos dele e o jogou para a direção oposta. Resultado? Suas presas se encaixaram perfeitamente nos braços de seu mestre.

Ele não foi o único a voar com a ventania. Dessa vez, a magia não mirou em um só alvo; era uma explosão caótica de vento, fazendo todas as pessoas e mobílias do cômodo saírem do chão.

Não só as mobílias, como também os próprios Einstein e Laertes. Tudo começou a voar sobre os ares daquele cômodo, voar e rotacionar, como se estivessem nas bordas de um poderoso ciclone.

— Durma com os anjos! — zombou, agarrando a sua máscara e a colocando em seu rosto. — Se contar o que viu para alguém, vai pagar!

Não se encontrava muito desesperado, embora seu corpo voasse alucinadamente pela sala, guiado pela ventania incontrolável.

— Acha que irei dormir só por ter sido mordido? — indagou o hippie, gargalhando maquiavelicamente. — Tolo, isso não funciona comigo!

“O poder do cachorro não funciona nele? Droga, essa era a minha melhor chance…", pensou o feiticeiro, reflexivo. “Exagerei demais nesse ataque mágico, a minha mana se esgotou quase que completamente. E essa ventania mágica está tão poderosa e dispersa que de modo algum posso absorvê-la de volta para minhas mãos como costumo fazer para cancelar os meus ataques mais simples! O pior de tudo é que só serei capaz de fazer mais um feitiço… mas se eu atirar alguma magia dessa distância, essa ventania toda vai fazer o disparo voar para outra direção sem atingi-lo! Droga!”

Os dois voavam em direções opostas, sem nenhum controle sobre isso. A maior chance de Einstein seria acertar Laertes com o seu último feitiço quando a ventania os aproximasse um do outro, uma distância de no mínimo dois metros. Era como uma batalha de piões, só que com pessoas.

Todavia, logo percebeu que o inimigo não pretendia seguir essa mesma estratégia.

— Destrua ele, em! — gritou o loiro, agarrando Coolio e o arremessando como uma bola.

Oito metros de distância entre Einstein e Laertes e um chihuahua encapetado girando loucamente no meio de tudo, aniquilando com os seus dentes qualquer coisa que passasse próximo dele. Em poucos segundos, três jornais e um braço de poltrona foram despedaçados por suas presas.

“Catapimbas! Como que vou chegar no peladão com um demônio no meio do caminho? Se o vento me puxar para o meio, estarei com o pé na cova!”

Indeciso, o hamster revirou seus olhos pelos arredores.

— Olha que fofinho, ele sem saber o que fazer! — zombou o inimigo, nada preocupado.

“Já sei.”

Após varrer as mobílias com seus olhos, o feiticeiro focou-se no sofá que voava em círculos pelos cantos da sala. A mobília passou pela frente de Laertes e continuou rotacionando, até dar a volta no cômodo e avançar em sua direção. Atento, foi propositalmente atropelado por ela.

Ao ser atropelado pelo sofá, segurou-se nele para ser levado por seu trajeto. O sofá continuou a circular pelos arredores do cômodo, ignorando o centro. Era questão de segundos para dar a volta na sala e consequentemente passar na frente de Laertes.

Seis metros de distância entre Einstein e Laertes.

— Ai, se eu te pego… Ai, ai, se eu te pego… — Escalou o sofá em meio a cantoria, com seus olhos afiados mirados no hippie. — Se prepare!

Quatro metros de distância. Era questão de tempo.

Questão de tempo para o rosto de Leonard cair nas bocas do chihuahua demoníaco.

“Macacos me mordam!”, pensou Einstein ao ver que, de uma hora para outra, o detetive — ainda totalmente inconsciente — fora levado pela ventania até o centro do tornado; onde, pasmem, Coolio o esperava com suas presas sedentas por carne humana. “Por que logo agora? Que azar. Merda!”

Com a pressão alarmando sobre a sua mente, quase nem pensou quando teve que escolher entre explodir a fuça do hippie ou salvar o detetive.

Apenas subiu no sofá e saltou até o olho do ciclone. A mobília continuou o seu percurso e deu a volta em Laertes, enquanto Einstein esmagava o chihuahua com uma barrigada brutal.

Seis metros de distância. De novo.

— Cachorrinho maldito! — Agarrou o animal com as duas mãos, ambos flutuando sobre o centro do ciclone. — Faça o detetive acordar, senão te levo para um canil. Um canil no quinto dos Infernos!

A única resposta que recebeu foram vários latidos que, se fossem convertidos para o português, tomariam a forma de xingamentos que poderiam levar o chihuahua demoníaco para a prisão por ofensa à honra, intolerância religiosa, homofobia, apoio a Klu Klux Klan e mais algumas ofensas a todos os tipos de minorias conhecidas.

Felizmente, Einstein não sabe falar em cãozes. Infelizmente, foi atropelado pelo corpo inconsciente do detetive, que o jogou contra a parede oposta a Laertes.

Dez metros de distância. “Droga!”

Sem ar e com o corpo do colega sufocando o seu, acabou por largar o cachorrinho, que não perdeu tempo e saltou contra o seu rosto para devorar sua máscara.

— Sai de perto, salafrário! — vociferou, tentando agarrar o bichinho do capeta, mas falhando. A criaturinha escapou de sua mão rapidamente e continuou avançando para atacá-lo.

“Desgraça, não posso deixar que ele me arranhe ou me morda!” Acertou um tapão no chihuahua.

Como um belo exemplar de Anticristo, Coolio agarrou a luva dele com seus dentes e decidiu não largar antes de perfurá-la. O traje até poderia ser resistente, mas uma hora ou outra, tinha que ceder para as presas.

O vento não parava e eles voavam pela parede. Por mais que não perfurassem o traje, os dentes do cachorro faziam uma pressão irritante na mão de Einstein, que se esforçava para não gritar de dor.

“Se eu atacá-lo com minha magia, ficarei sem mana para matar o hippie…” Não vendo outra alternativa, bateu o animal contra a parede e o manteve lá, enquanto todos os três continuavam sendo arrastados pelos poderosos ventos.

— Morre, maldito, morre! — gritava, vendo o cachorrinho ser agressivamente arrastado pela parede até começar a espirrar sangue. — MORRE!!!

Todavia, mesmo ensanguentado, o animal não cedia. As suas presas perfuraram a luva.

Sem mais opções, Einstein persistiu em bater o cachorro contra a parede. Sem parar.

— Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre! Morre!

Sem parar mesmo.

Nem por um único instante.

Mais um pouquinho.

Sem pressa.

Quase lá.

Tá acabando.

Pronto.

— Ufa… — falou, vendo o cadáver do cachorro largar a sua mão e cair para ser levado embora pela ventania poderosa e sem fim.

Mais aliviado, olhou para o inconsciente Leonard, despejado em seu ombro. Foi com aquela visão que uma ideia acendeu em sua mente.

“Se eu fizer usar a minha mana para criar uma bola elemental do tamanho normal, vou ficar esgotado. Mas e se…” Estendeu sua mão até a parede. Sobre ela, surgiu uma pequena esfera mágica de ar, tão grande quanto uma bolinha de gude. “Consegui!”

Então, a bateu na parede.

Vuuuuuuuu!

A ventania, por mais que pequena se comparada com a criada pelas esferas mágicas de ar maiores, foi o suficiente para jogá-lo Einstein para longe da parede junto de seu amigo, os posicionando no mesmo fluxo de ventania do sofá — que no momento se encontrava do outro lado do cômodo, perto de Laertes.

— Isso! — exclamou. Com o impulso, começou a girar pelos ares da mesma forma que a mobília pelo qual pegou carona anteriormente. Segurando o Leonard com uma mão, observou o semblante de Laertes, que escondia seu medo por trás de um sorriso.

Oito metros de distância entre eles.

— Quando que você vai desistir, em…? — indagou o hippie, alisando o chihuahua em seu ombro. Um chihuahua idêntico ao que foi morto há poucos segundos, que por sua vez, era idêntico ao que foi morto há poucos minutos.

“Ora bolas, como isso é possível? Esse cara é uma máquina de clones? Não tinha nenhum cachorrinho aí na última vez em que olhei! Será que o poder dele é invocar chihuahuas demoníacos gêmeos que deixam pessoas em coma?!”

Seis metros de distância.

A chegada do feiticeiro era questão de tempo e o inimigo sabia muito bem disso, por isso mesmo, arremessou o cachorrinho novamente. Dessa vez, no mesmo fluxo de vento que estava levando o hamster até eles.

A criaturinha, tão do Inferno quanto as outras, abriu sua boca para abocanhar Einstein assim que o vento o jogasse contra suas presas. Estando dentro do fluxo, era impossível sair dele sem ajuda externa. E, quando no fluxo, não é você quem decide o seu destino. Você apenas é levado pelo vento.

O que o cachorro não esperava, era que Einstein desistiria de ser apenas guiado pelo vento e decidisse passar a surfar sobre ele.

— Cacetadas, isso é muito… como é que falam mesmo? Cool — exclamou o surfista, usando o corpo do detetive como uma prancha para se locomover pela ventania e passar por cima do cachorro.

— Au, au! — latiu, sendo levado para longe com o fluxo da ventania.

Quatro metros de distância.

— Não, isso não pode ser possível! — Laertes deixou escapar um grito de desespero ao ver o feiticeiro surfista avançar em sua direção.

Próximo o bastante para o próximo passo, o hamster agachou, concentrou a força nos músculos de suas pernas e enfim saltou na direção de seu adversário.

Dois metros de distância.

— Strange Magic! — Uma horda de raios nasceu sobre a sua palma, ganhando a forma de uma esfera elétrica. Já dentro do alcance requerido, o feiticeiro lançou o orbe assassino na direção de seu alvo.

E, neste exato momento, foi atropelado pelo sofá voador.

— Meu bracinho! — gritou o feiticeiro, enquanto o orbe mágico mudava de rota devido a ventania. — Ah, não!

— Nossa… eu sou sortudo por um caralho! — gritou Laertes, perplexo. — Perdão pelo palavrão, acabei por me empolgar.

Com uma dor excruciante tomando conta de seu braço direito, o feiticeiro falhou em se segurar no sofá e foi tomado pelo caos da ventania, voando descontroladamente.

Por mais que percebesse que os ventos ficavam cada vez mais fracos, sabia que aquela abominação enjoativa não cessaria antes de mais uns trinta segundos. Tempo o suficiente para alguma morte acontecer.

O fluxo pelo qual foi abduzido era no poço da imprevisibilidade, longe das bordas e distantes do meio, uma incrível fonte de vômitos. Mesmo assim, teve o azar de se encontrar com o cachorrinho do capeta.

“Macacos me mordam, esse definitivamente não é o meu dia!”

— Sai daqui! — esbravejou o hamster assim que o servo de Satanás fincou suas presas no braço de seu traje. — Vou te matar de novo, estou falando sério!

Não demorou muito para que isso começasse a se concretizar. Com a fúria de mil hamsters, começou a cobrir o cachorrinho de soco.

— Estou vendo que precisarei interferir — resmungou o hippie, esperando o sofá giratório dar a volta no cômodo e passar por ele. Quando o momento chegou, agarrou a mobília e foi levado junto dela pelo vento.

Mesmo depois de ter espancado o chihuahua até a morte pela segunda vez, Einstein não pôde descansar. Foi repentinamente presenteado com um chute no estômago vindo de Laertes, que pulou em sua frente.

— Salafrário… — murmurou, atônito. — Não deveria ter se aproximado! — Cerrou o punho e atingiu o rosto do hippie com um cruzado de direita.

Sua mão quebrou.

— Meeeeeeeeeeeerda! Você também fez o treinamento especial do detetive?

— Do que você está falando?

Com um chute, entendeu que as “coisas” de seu oponente não eram tão resistentes quanto as do detetive.

— Maldito!

— Deixa para lá, o senhor não fez o treinamento espec–

Fora acertado com outro soco.

— Por hora, não invocarei o Coolio novamente — falou Laertes, com os olhos denunciando todo o seu ódio. — Irei eu mesmo te destruir, seu teimoso de merda!

O feiticeiro não conseguiu desviar dos socos seguintes, sendo acertado duas vezes no estômago. Depois, com cinco. Os seguintes esmagaram o seu rosto, e mesmo assim, a raiva do inimigo não diminuía.

Diferente da ventania, que a cada segundo se tornava cada vez mais fraca. Já era questão de segundos para que todas as mobílias pousassem no chão.

“E agora…?”, pensou. Sua visão ficando turva a cada soco que recebia. Com a tontura, a eletricidade que dava círculos pelo cômodo tomava os seus olhos. “Talvez, se…”

— Maldito! — Os socos não paravam. — Isso é tão humilhante, não é, hamster? Como é passar por isso, sabendo que é tudo culpa dos seus atos impensados?

Por fim, os pés deles chegaram ao chão. A ventania se tornou apenas uma brasa.

— Finalmente! — exclamou o hippie.

Einstein poderia estar esperando isso há um bom tempo, mas naquele estado, nenhuma comemoração passou por sua mente. E nem reclamações. Apenas uma coisa passava por sua mente: a rota que deveria seguir.

Incapaz de ver, só poderia confiar na sua memória. Cerrou os olhos e agarrou o ombro do inimigo com a sua mão intacta. A única coisa que fez foi correr. Correr para a esquerda, o puxando junto.

— O quê? — Laertes poderia muito bem impedi-lo ali mesmo, mas foi pego de surpresa. Quando tentou segurá-lo, já havia sido chutado. — Acha que ainda consegue lutar comigo?

O feiticeiro recuou, sem respondê-lo.

Quando Laertes menos esperava, um show de luzes surgiu em sua retaguarda. Virou-se para trás e, ao ver o orbe de eletricidade caindo em sua direção, se preparou para desviar; entretanto, não foi suficientemente rápido.

O seu corpo foi invadido pela esfera de raios e ele começou a berrar enlouquecidamente, tomado pela dor.

— Toma essa, bostola! — exclamou o hamster, vendo o inimigo ser eletrocutado.

— Merda! Merda! Você vai me matar, seu maldito!

— Ora bolas, a intenção é exatamente essa.

— Calma! Não me mate, por favor! Se me matar, o seu amigo vai ficar dormindo para sempre!

— Espera, é sério?

— Sério! Por favor, pare!

“Catapimbas, o que devo fazer…?”, pensou, em meio aos urros do hippie. “Ele pode estar mentindo, mas não posso arriscar.”

Estendendo a sua mão, Einstein cerrou o punho e se concentrou. Os raios que serpenteavam sobre o corpo do inimigo começaram a saltar até sua mão, sendo absorvidos e voltando para a forma de mana.

Parou o processo na metade, fazendo com que alguns resquícios de eletricidade mágica continuassem no corpo do loiro, sem parar de eletrocutá-lo.

— Você não vai morrer de imediato, amigo — explicou. — Faça o detetive acordar e te deixarei viver.

— Tudo bem… primeiro, pare o ataque por completo.

— Não.

— Se é o caso, morrerei e o seu amigo não vai acordar. Que tal?

— Uh… tá bom! — Cruzou os braços. — Vamos ver se está tão disposto a morrer assim.

Fraco à medida que a eletricidade destruía o seu corpo, Laertes novamente gritou de dor e ajoelhou-se. Alucinado, sussurrou:

— Merda… ok.

Entre os destroços das mobílias destruídas durante o tornado, alguém repentinamente levantou.

— Ih, que soninho bom — comentou o mascarado detetive. — Coé, Einstein! Eita, o que rolou aqui?

Toda a sala, depois do furacão, se tornou um verdadeiro antro de bagunça. Mobílias destruídas por todos os lados e paredes rachadas. Sem compreender muita coisa, o detetive apenas evitou os destroços e se aproximou de seu cliente.

— Ah, esse merdinha… — observou o ferido Laertes. — Ele é um perigo, Einstein.

— Catapimbas, não me diga! — ironizou.

Já livrado da eletricidade do feiticeiro, o loiro desabou no chão, desnorteado de tanta dor.

— Cê conseguiu derrotá-lo? Boa, cara.

— Hihihi. Se não fosse por mim, o senhor ficaria dormindo para todo o sempre.

— Ah, agora me lembro. Muito obrigado! Te agradeço melhor depois, temos que levar esse otário conosco.

— Mas por quê?

— Para interrogá-lo, ué. Ele parece saber demais.

— Então ok, vamos.

— Tá ouvindo isso?

As sirenes policiais chegaram no ápice de som, o que significava que as viaturas pararam na frente da mansão. Os cinco minutos de Namekusei finalmente haviam passado.

— Cacetadas, é a polícia! Vamos dar no pé.

Einstein só não correu na mesma hora em que disse isso porque outro chihuahua do capeta saltou em seu rosto e, incrivelmente, o derrubou. Novamente, idêntico aos outros três cachorros que foram assassinados.

— Ah, não, de novo não!

— O quê? — indagou Leonard, atônito.

Aproveitando da distração, Laertes se levantou e saltou no detetive como um verdadeiro animal selvagem, o jogando no chão com um chute na barriga. Por fim, virou-se e partiu cambaleando até as escadas.

Embora ferido, o homem foi surpreendentemente rápido. Quando Leonard se levantou, ele já havia sumido das escadas.

— Vamos! — gritou o investigador, arrancando o cachorro do rosto do feiticeiro com um chute.

Os pés dos policiais já pisoteavam o gramado do quintal.

— Au, au! — latiu o cachorro, pulando na dupla.

— Toma! — Einstein vociferou, descarregando os restos de sua mana contra o animal.

A criatura foi obliterada com a chuva de raios que a atingiu.

— Pega aí. — O detetive correu até o sofá e arrancou a capa da mobília, jogando sobre o hamster. — Vamô fugir pelo quintal de trás, então é melhor que nenhum vizinho veja a sua fantasia. Belê?

— Tá bom — respondeu, seguindo o detetive. De repente, deu alguns passos desastrosos para trás e pegou o nariz de sua máscara que havia caído no chão, para então continuar a fuga.

Índice

Genealogia Mystery: A Conspiração do Hamster Brasileira

Vol. 1 – Arco 1

Capítulo 6: Maldito Hippie Sujo (3)

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