Vol. 1 – Arco 1
Capítulo 2: O Hamster
Apartamento de Leonard Mystery, New Krox – 01:08 da tarde, sete de Julho.
A fantasia de hamster cobria todo o corpo do invasor, impedindo o detetive de ver o verdadeiro rosto dele, muito menos seus verdadeiros olhos — o mais próximo disso eram as lantejoulas esbugalhadas que simulavam os olhos de um roedor. Isso poderia ser fofo caso a raiva daquele figura não fizesse com que os olhos parecessem desalmados.
— Devolva o meu brother agora, seu mequetrefe! — gritou o invasor pela segunda vez com uma voz extremamente fina, tão fina quanto a de um apresentador de programa infantil ou uma verdadeira criança.
— Tá doido, parceiro? — falou o detetive. — Nem sei que é tu, acha mesmo que vou saber quem é seu irmão? E como posso devolver alguém que tá morto? Devolvo só o cadáver?
Relutante, Leonard começou a recuar lentamente, até encostar as costas na janela.
— Então está admitindo que o matou?! — Desesperado, soltou um falsete ensurdecedor.
— O quê? Nunca matei ninguém!
— Mentiroso, vou te esbagaçar!
Leonard observou o fantasiado correr em sua direção, e observou o fantasiado golpeá-lo com diversas braçadas. Quase contra-atacou, mas desistiu quando percebeu que os golpes dele eram ridiculamente fracos e que aqueles braços eram tão moles que pareciam um par de macarrões.
— Sério? — Não teve dificuldade alguma em segurar os braços dele, acertando um chute em seu estômago. O jogou contra a parede logo em seguida.
— Ai, ai, ai… Minha barriguinha… — resmungou o fantasiado, largado no chão.
— Sai da minha casa agora, seu doidão!
— Não vou sair… Não antes do senhor me revelar onde meu irmão está, seu bobalhão!
“Quem que xinga assim?”, pensou. Cruzou os braços e soltou uma risada sutil, comentando:
— Do jeito que cê luta, vai ficar aqui pelo resto da vida.
— Para de me zoar… Caso contrário, eu… eu...
— Vai fazer o quê? Sacar um revólver de brinquedo e atirar em mim?
— Negativo… — Se levantou com dificuldades, arfando. — Não preciso de armas e nem de saber lutar. Só necessito de um pouco de… magia!
— Oi?
Embora ofegante, o fantasiado não poupou esforços ao balançar as próprias mãos como um louco, fazendo movimentos aleatórios enquanto falava palavras incompreensíveis.
— Pensava que tu tinha saído de uma festa fantasia, mas pelo visto, deve ter fugido de um sanatório mesmo — Leonard caçoou.
A tranquilidade do detetive não permaneceu por muito mais tempo. À medida em que um brilho avermelhado começava a surgir sobre as mãos do invasor, mais o seu sorriso se fechava.
Em questão de segundos, aquela luz se transformou em uma esfera de energia que ficou flutuando sobre as palmas do invasor.
“Que merda é essa? De onde ele tirou isso?”, pensou Leonard.
Mesmo com o tamanho de uma mera bola de beisebol, a esfera de energia trazia consigo um calor escaldante. A sua pele se avermelhava só de estar no mesmo cômodo que aquela coisa.
Talvez, bastasse a gema de um ovo ser jogada naquele chão fervente para que virasse um belo ovo frito.
Não restavam dúvidas; aquele homem fantasiado de hamster carregava praticamente um mini-sol na palma da mão. Era uma arma mortífera. Não importando quem acertasse, o alvo definitivamente seria transformado em cinzas.
— Seu paspalhão! — gritou o invasor quando, incrivelmente, o orbe de energia saltou de sua mão e voou em direção de Leonard. — RECEBA!!!
“Lascou!” O investigador observou o projétil se aproximar cada vez mais. Seus olhos estavam vidrados naquela concentração mortal de energia, que não esperava por uma resposta para ficar mais e mais perto de atingi-lo.
O desespero era inigualável; seu corpo tremia como um peixe que vê um tubarão saltar em sua direção. O tempo não queria passar.
Seu corpo queria fugir. Sua mente só queria que aquilo acabasse logo. A esfera de energia cada vez mais próxima de atingi-lo.
Todavia, neste cabo de guerra, só houve um vencedor.
...
— Catapimbas, que veloz — murmurou o invasor.
Depois de ter se jogado no chão de última hora, o detetive se levantou apressadamente. Virou-se para trás e olhou para a janela em suas costas. O vidro ganhou um buraco no perfeito formato daquela esfera.
De repente…
BOOOM!!!
Um estrondo veio diretamente das ruas.
Se aproximando da janela, pôde ver o veículo estacionado que explodiu. Se virou para o invasor, gritando:
— Tu quase me explodiu! E quase se explodiu também! Por acaso é imbecil?!
— Quero nem saber, vou explodir todo mundo! — berrou.
Para a infelicidade do detetive, outra esfera começou a surgir sobre a palma daquele homem.
“Como ele tá fazendo isso?!”
Dessa vez, Leonard não perdeu tempo e deu as costas para o infeliz invasor. Sequer hesitou na hora de saltar pela janela.
— Foge não, seu merda! — gritou o fantasiado, correndo até a janela. — Carambolas, ele sumiu!
Tais pensamentos se deram conta apenas porque o homem vestido de hamster não presenciou o momento em que, logo após saltar, Leonard se segurou na lasca da janela do apartamento de baixo. Como aquela janela não estava aberta, teve que saltar até a janela aberta do apartamento à direita, instantes antes do invasor olhar para baixo.
Essa foi a maior dificuldade do detetive. Depois disso, não foi complicado entrar naquele apartamento pela janela e correr para fora dele, ignorando completamente os moradores.
“Nossa, isso foi muito 007!”, pensou, percorrendo os corredores e posteriormente descendo apressadamente as escadas.
Em dois minutos, chegou no hall do prédio. As pessoas discutiam sobre o carro que explodiu na rua, mas ninguém parecia ter notado que a origem da explosão havia saído de seu apartamento.
“Uh, será que saio por trás ou pela frente…? Acho que o mais óbvio é sair por trás, mas isso é muito previsível. Aquele cara maluco já deve ter saído do meu apartamento e tá descendo pra cá.” Sorriu maleficamente. “Aquele bosta vai me interceptar por trás, duvido que pensaria que eu seria burro o bastante de sair pela entrada!”
Foi com tal lógica em mente que Leonard Mystery afundou as mãos em seus bolsos e começou a assobiar, andando com calma até a entrada do prédio. Saiu do edifício como uma pessoa completamente normal, tentando ao máximo não chamar atenção.
…
— Badum, tutu… badum, badum, tutu! — cantarolava o homem fantasiado de hamster, sentado sobre o chão do apartamento, com um tabuleiro ouija logo a sua frente.
“Eu sabia que comprar esse item sobrenatural daquele sábio seria de extrema utilidade…”, pensou.
Sábio = moleque de seis anos que queria descolar uma grana para jogar no fliperama.
— Digam-me, espíritos, aquele paspalhão morreu ou conseguiu fugir?
A peça do tabuleiro, sendo segurada apenas pela mão dele, se moveu até a palavra sim — um evento totalmente sobrenatural, sem nenhuma relação com o vento que começou a entrar pela janela quebrada.
— Ué… sim o quê? Isso não é uma pergunta de “sim” ou “não”!
A peça novamente se moveu pelo tabuleiro, novamente marcando a palavra sim.
Fantasmas, claro. Fantasmas!
— Então… — De repente, um estalo aconteceu em sua mente. — Ah, entendi, ele morreu E fugiu! Morreu para fugir! O corpo dele sumiu porque… sim. É essa a resposta, não tem uma explicação, apenas devo aceitar o absurdo da vida e saltar para a morte. Somente assim conseguirei explodir aquele palerma!
Chutando o tabuleiro para longe, se levantou e começou a fazer alguns alongamentos. Tinha sorte de estar em casa, pois se fizesse isso em público, a sua incontrolável sensualidade de hamster definitivamente faria com que todas as gatinhas tentassem assediá-lo.
Após o alongamento levemente sensual, correu até a janela e pulou.
Enquanto isso, o detetive acabava de sair do prédio pela porta da frente. Embora apressado, parou quando viu uma enorme sombra cobrir o seu corpo. “Que merda é essa…?”
Quando olhou para cima, vislumbrou o enorme traseiro de hamster caindo em sua direção.
Talvez, Leonard conseguisse desviar caso a sua atenção não tivesse sido totalmente fisgada pelas enormes proporções daqueles glúteos, mas este não foi o caso.
Quando foi antigido por aquilo, a sua visão escureceu completamente.
Dias depois…
Quando os olhos de Leonard Mystery novamente se abriram, ele se viu deitado sobre a maca de um hospital, vestindo uma camisola hospitalar. Seu pescoço e pernas estavam cobertos por gessos. Assim como seus braços, o seu rosto e a sua dignidade.
“Que merda é essa? Caí de um avião e não me lembro?”, pensou.
Um homem de jaleco branco se aproximou, carregando uma ficha médica.
— Olá, como vai? Gostaria de pedir para que você colocasse o seu nome nessa ficha. Precisa fazer isso para…
Olhou em volta e entendeu que estava dentro de um quarto, em algum hospital da cidade.
— Hm… hm… hm… hm… hm… hm… — Embora quisesse falar, o gesso na boca não permitia.
"Como uma bundada machucou a minha mandibula?!"
— Sabia que tentaria fazer isso. — O médico gargalhou. — Tem gente que é atropelada por um caminhão e sai menos ferida do que você. Mas olha pelo lado bom, teve sorte de não ter quebrado o pescoço no impacto. Meus parabéns por sobreviver!
— Hm…
— Acho que já pode tirar isso.
Após bons minutos e ajuda de alguns equipamentos, o gesso foi tirado de sua boca.
— Finalmente…
— Você! Seu salafrário cafajeste! — O grito não saiu da boca de Leonard e nem da boca do médico.
Ao ouvir a voz reconhecível, os olhos do investigador seguiram o som. “Ah, não! Aquele maldito cara fantasiado de hamster!”
O invasor não estava tão quebrado quanto ele, visto que usou o detetive como amortecedor na hora da queda. Ainda assim, andava com uma muleta. o mais impressionante era que mesmo sob aquela situação, permanecia fantasiado.
— Tira esse maluco daqui! — gritou Leonard. — Ele tentou me explodir e depois deu uma… uma bundada na minha cara!
— Deveria ficar grato por eu só tê-lo feito beijar o meu popozão, assassino maldito!
— Vai te catar — continuou, tentando sair da cama. — A culpa nunca é da vítima, já ouviu falar disso? A única vítima que será culpada por ter levado uma surra vai ser tu depois que eu me recuperar!
— Ei, ei! — O médico levantou a voz. — Parem de discutir. Não tenho a mínima ideia do que aconteceu, mas resolvam isso com a polícia.
— Nem ferrando! — Leonard ainda tentava se erguer, até que caiu no chão.
— Oh, meu Deus… Você tem que descansar, não pode se mexer…
— Não, quero sair daqui! Tenho que matar esse desgraç…
Movido pela raiva, ele se levantou em um salto!
Não conseguindo segurar os músculos do detetive, os dois gessos que prendiam suas pernas simplesmente foram partidas em quatro.
Sorridente, ele partiu para cima do homem fantasiado e atropelou o rosto dele com uma… braçada?
O fantasiado foi atingido sem nem oportunidade para se esquivar. O gesso que cobria o braço do detetive se partiu com o poderoso impacto.
— Ai, minha cabecinha… — resmungou o "hamster" ao cair, ainda com aquela voz infantil e irreproduzível.
“Aqui tá cheio de gente, no que tô pensando?”
— Cê quer me matar, né? Vem me pegar, trouxa — Leonard agarrou os outros gessos presos no seu corpo com a mão livre. Com uma facilidade desumana, os quebrou um por um. Era como se estivesse apenas arrancando folhas de um caderno.
— O que você está fazendo? Pare! — gritou o médico.
— Ah, mano. Tem que pagar pela hospedagem aqui, né? Vou fazer isso não, tô sem grana.
Agora livre, se virou e partiu para fora do hospital em uma corrida furiosa. Parou assim que saiu de dentro da estrutura, no estacionamento.
Em plena noite, a escuridão só não dominava tudo por conta de alguns postes de luzes. O frio também já era predominante. Ficou parado ali por alguns segundos, tremendo, até ouvir aquela voz odiável:
— Ei, seu salafrário!
Virando-se, se deparou com o fantasiado, que o seguiu até ali.
— Nem vem. Cê tá de muleta. E como viu, já tô muito bem de saúde. Duvido que consiga mirar em mim para atirar aquele poderzinho estranho. Também já deve saber que é incapaz de me vencer na mão.
— Estou pouco me lixando, Amadeus… — falou, gerando outra esfera de energia sobre a palma da mão. — Irei transformá-lo em purê de batata!
— Amadeus?
— É!
— Esse não é meu nome. Calma lá, isso era para ser alguma espécie de xingamento?
— Acha que adianta mentir agora, zé bostinha? Vai pagar! — gritou.
Girando seu braço, o "hamster" conduziu o projétil de energia como um jogador de beisebol e o atirou contra o detetive.
— Nem vem! — Leonard vociferou, desviando ao saltar para o lado. A esfera atingiu o poste logo atrás dele, a metros de distância, explodindo no mesmo instante.
“Foi bem mais fácil desviar dessa vez… estranho.”
— Sei que não é a melhor hora, mas cê tá ligado que esses seus xingamentos não são nada ofensivos, né? — comentou. — “Zé bostinha”? Tá me tirando?
— Vai catar coquinho! — berrou novamente o fantasiado, gerando outra esfera de energia sobre suas mãos.
Leonard não pôde evitar a tremedeira. Embora se sentisse muito bem fisicamente, não sabia se era capaz de desviar mais uma vez. Tinha certeza de que, caso fosse acertado, o seu corpo seria completamente explodido da mesma forma que ocorreu com o carro e com o poste.
— Sério. Para! Calma! Deixa eu falar! Não sou nenhum Amadeus e não matei ninguém, seu maluco!
— Por que ainda se recusa a ser sincero?
A esfera não parava de ser inundada por aquela energia, cada vez mais.
Era como se todo aquele poder estivesse saindo de dentro do corpo do estranho homem fantasiado e se juntasse com o orbe, fazendo o tamanho dele crescer até o nível de uma bola de basquete.
“Se aquela bola pequena explodiu um carro, essa daí consegue fazer o quê…?” Agora era fato: seria impossível desviar daquela distância.
— Me escuta, cara, não me chamo Amadeus. Na real, o meu nome é Leonard Mystery e sou um detetive particular!
— Para de mentir! — resmungou. A esfera não parava de crescer, era questão de segundos para se tornar maior do que o corpo do homem fantasiado.
“Merda!”
Observou a esfera de energia começar a sair das mãos do sujeito, prestes a voar com toda a potência em sua direção. Precisava fazer algo caso quisesse continuar vivo. Correr não seria o suficiente.
No desespero, gritou:
— Se o seu irmão foi morto e cê tá procurando o assassino, posso te ajudar nisso!
— Morra!
…
— Espera — Por capricho do fantasiado, a esfera parou no meio do trajeto. — Como assim?
— É. Tu só tá nervoso, né? Nem sabe se matei ou não o seu irmão. Provavelmente, acabou encontrando uma pista que o levou a mim e, pelo desespero da situação, concluiu precipitadamente que sou o culpado. Né?
O sujeito se retraiu ao ouvir o que foi dito.
— Carambolas… na verdade, talvez eu tenha sido um pouco precipitado. Não sei se meu irmão está morto ou vivo, mas tenho certeza de que ele está com um homem chamado Amadeus.
— Continue.
— Fui sim levado até você, viajei para cá só para te encontrar e encontrar o meu irmão. Tinha certeza de que o senhor era o culpado, mas… pensando bem, sinto que tem algo de errado.
“Ele é muito inocente e manipulável. Sei lá como consegue fazer o que faz, mas isso é muito perigoso.”
— Onde é que viu o meu rosto e descobriu onde moro? — indagou o detetive. — E como tem certeza de que o culpado se chama Amadeus?
— Não vi essas informações em lugar nenhum, elas já estavam na minha cabeça.
— Uai, isso nem faz sentido. Mas sinceramente, nada disso faz. E como é que cê solta aqueles poderzinhos?
— Magia.
“???”
— Magia? Como assim “magia”? Tipo, magia mesmo? Magia de verdade?
— Você já viu ela, é claro que é de verdade. Mas não temos tempo a perder. Vai me ajudar a encontrar os meus irmãos, né?
— “Irmãos”? — indagou o detetive. — Não era apenas um?
— Que nada, são dois! Explicarei com mais clareza depois, mas você vai ter que vir comigo!
“O que tá acontecendo?!”
A enorme esfera de energia se desfez. Leonard não pôde ver muito bem, mas aquela energia avermelhada ficou no ar e aparentemente, foi entrando aos poucos dentro do corpo daquele homem. Sem esperar muito, o fantasiado estendeu a palma da mão e criou outra esfera de energia; porém, uma de coloração amarela.
— Ei, a gente não fez uma trégua…?
Diferente do esperado, viu ele atingir a si mesmo com aquele orbe, que perdeu a sua forma esférica e se espalhou pelo seu corpo em forma de esporos antes de serem absorvidos.
Então, ele largou a muleta e correu até o investigador.
— Calma aí, cê não estava manco?
— Até alguns segundos atrás, sim — respondeu, o agarrando. — Se você realmente não for o Amadeus, deve ser capaz de me ajudar a encontrá-los. Talvez seja por isso que as vozes me disseram para te achar…
— Vozes?
— Sei lá o motivo disso, mas tenho certeza de que o senhor será de grande importância! Venha comigo e me ajude a resolver este mistério!
Aquilo tudo era uma verdadeira mistura de sensações.
Medo, confusão, uma dor de cabeça nada legal… mesmo assim, Leonard se sentia estranhamente atraído por tudo aquilo. Ao ouvir a última frase, não pôde evitar de sorrir.
— Admito que tô um pouco assustado, mas acho que essa é a minha chance de ouro. — Segurou o ombro do homem fantasiado. — Certo, serei o seu detetive a partir de agora.
— Isso!
— Mas… qual o seu nome?
— Bem, Leonard, me chamo Einstein Heisenberg Holmes.
“A mãe dele deve odiá-lo.”
— Mas pode me chamar apenas de Einstein, para não ficar complicado.
— Pode pá.
— Ótimo. Estou ficando animado, vamos logo começar a investigação!
Preparado, Einstein começou a recitar aquelas palavras estranhas que haviam sido ditas no primeiro encontro deles. Assim como daquela vez, elas eram sinais de que um evento peculiar estava prestes a acontecer.
— O que é isso?! — indagou o detetive, vendo a situação.
Uma estranha energia avermelhada saiu do corpo de seu novo cliente e envolveu os dois. Ela tomou a forma de um véu e os cobriu.
— Magia — Einstein repetiu.
O véu se desfez em instantes. Quando isso aconteceu, os dois desapareceram completamente, em um passe de mágica.