Fios do Destino Brasileira

Autor(a): PMB


Volume 2

Capítulo 40: O botão de rosa

1 de Março de 4818 - Continente de Origoras, Cidade-Estado de Palas, Setor Norte da Academia de Palas

 

— D-Desculpe, Aya! Desculpe m-mesmo!

— O professor Reisho que fala demais, não pede desculpa! Agora aperta o passo aí!

— Não consigo m-mais do que isso!

Poderiam não ter consultado nenhum relógio nos últimos minutos, mas estavam certas do atraso para a próxima aula. Uma hora de almoço não foi suficiente para aplacar o monólogo eterno do professor de História da Magia e seu amor pela matéria que lecionava: Ayame tinha certeza que foi introduzida ao próximo mês inteiro de conteúdo no tempo mantida em cativeiro por Kaito.

O que era para ser uma sessão rápida para Hanako esclarecer suas dúvidas acerca da aula tornou-se uma tortura do repetitivo tique-taque e da fome crescente. Quando foram liberadas para correr, mal tiveram tempo de pegar um lanche simples em um dos refeitórios e já estavam à toda velocidade para o auditório do setor norte de Palas, do outro lado da Academia. 

“Que inferno, por que tudo é tão longe?”, praguejou Tengoku, atropelando mais um aluno que não foi ágil o suficiente para sair de seu caminho. Sua colega de classe estava a uma distância considerável e cada vez maior de si — a todo instante, Hanako insistia em desacelerar para pedir desculpas pelos esbarrões de Ayame ou passar com mais delicadeza entre os espaços apertados demais à sua silhueta. 

Perfeita demais, um anjo em pessoa.

— Aya, pode ir na frente! — gritou ao longe a princesa. — Já te atrasei muito! Desculpe se levar bronca!

— Do que tu tá falando, garota? — A Guardiã de Eolo voltou e agarrou a mão dela. — A gente vai chegar rapidinho.

— C-Como?

— Se segura em mim — ordenou, seca. — Espero não tomar uma dura por isso.

Com facilidade impressionante, Ayame ergueu o corpo pequeno de Hanako e a segurou nos braços antes que ela pudesse reclamar. A ventania crescente empurrou-as para cima e, depois, para o norte, para que caíssem  quase em queda livre. As palavras anteriormente direcionadas à Hanako faziam todo o sentido agora, uma vez que a garota gritava de desespero com a força gravitacional puxando-as para baixo. O pescoço de Tengoku era pressionado em resposta ao desespero da nobre.

O pouso foi suavizado pela aura de Ayame. Mais uma vez liberada, a lufada de ar serviu como amortecedor para pararem logo em frente à porta do prédio. A Tengoku respirou fundo e abriu um sorriso, orgulhosa da precisão monumental de seu movimento. Estava tão acostumada a fazer aquilo sozinha que teve medo de errar os cálculos de desaceleração.

Este foi o motivo pelo qual direcionou os olhos para baixo, buscando o rosto de Hanako. Grande foi a sua surpresa quando ela se deparou com as bochechas coradas e muito fofas da princesa das fadas, cujos braços ainda estavam enlaçados ao redor dela.

— I-Incrível, Aya! — As íris âmbar dela brilhavam em admiração. — Não fazia ideia de que era assim que funcionavam seus poderes de voo. Muito, muito fascinante!

— Eh… obrigada? — agradeceu, acanhada, a garota. — Pode descer? Acho que fica estranho eu ainda estar te carregando.

— Ah, desculpe! — Hanako pulou para o chão, quase se desequilibrando no processo.

— Relaxa. Vamos correr!

Por entre os ladrilhos brancos, o som das botas delas ecoaram — diferente do exterior, os prédios tendiam a ser mais vazios durante o horário de aula, facilitando o deslocamento. Em poucos minutos, encontravam-se diante da porta de madeira do auditório. “Droga, bem que podia tá aberto!”, reclamou Ayame, com uma expressão derrotada. Não tinham outra escolha que não encarar seu destino.

Empurraram, juntas, a porta de entrada, o ranger pesado das dobradiças atuando como anunciante de sua chegada. Para a tristeza de Hanako, todos os olhares da turma, inclusive de seus amigos, tiveram como foco a dupla. Mesmo entre cochichos baixos e risadas de deboche, era bem difícil ignorar a aura silenciosa e imponente do professor, parado sobre o palanque.

O punhado de fios crespos de cor castanha era tudo o que cobria a cabeça oval. Se não fosse a posição de autoridade e presença digna de um grande guerreiro, Ayame acharia cômico como o rosto dele parecia um ovo negro com raspas de chocolate em cima. 

Quer dizer, não estava com capacidade para fazer nada que não se submeter ao intenso julgamento não-verbal.

— Com sua licença… — chamou Tengoku. Nada mudou na mana do docente, o que já lhe era uma vitória. — Peço perdão pelo nosso atraso. Fomos, eh… requisitadas, por assim dizer, pelo professor Reisho.

O nervosismo de Ayame era mais do que justificado. Estava diante de um homem de porte gigante, com olhos grafite que transitavam entre placidez e disciplina. As palavras de Reiko, muito mais antenada do que ela em fatos — fofocas, sendo mais exata —, reverberaram em algum canto de seu subconsciente.

— Ele é meio sem noção com os primeiros anos, mas parece que fica bem mais amigável conforme conhece as pessoas melhor. – A princesa ateniense ergueu o dedo, como se lembrasse de algo muito importante. — Ah, e ele mal faz questão da presença na aula dele! Vou faltar de mon…

— Sabe que a presença afeta o teu recebimento mensal, né?

— Chata pra um cacete, hein, Hana! — xingou Chiwa. Hanako fechou o rosto para ela. — Eu esperava isso do Shu ou talvez do Ryoujin, mas de tu não!

— Dá próxima vez, ficarei calada e deixarei que lide com as consequências — retrucou a ruiva, emburrada.

— Oi, Hana, calma aí! Não foi por mal!

— Essas duas são amigas mesmo?

A pergunta inocente de Yoko tirou a risada guardada na garganta de Ayame. Antes que a princesa do sol pudesse pestanejar sobre seus modos, a Guardiã de Eolo apontou para si mesma com o indicador.

— Tão amigas quanto eu e o Shu.

“Ah, aquilo foi muito clichê e infantil! Pera, isso não importa agora”, focou, ajeitando a postura. Como Hanako, só poderia esperar a represália do professor e torcer para que fosse branda.

— Sentem-se.

— P-Perdão?

— Eu disse para se sentarem. — Indicou dois assentos vazios próximos do palanque. — Conversaremos sobre isso ao fim da aula, está bem?

 

 

Como Hanako detestava punições tardias quando podiam ser aplicadas instantemente. Sentia-se incapaz de se concentrar no conteúdo, com sua mente desesperada para entender o que diabos seria a punição a ser aplicada pelo professor Onishi. A ansiedade crescente em seu peito era cada vez mais incômoda, o que refletia nas batidas audíveis de seu coração. “Que difícil… mamãe, o que você diria para eu fazer?”, lamentou a ruiva — havia quebrado mais uma ponta de lapiseira sem perceber.

— Ei, Hanako — chamou uma voz conhecida, sentada na fileira superior do auditório — tá tudo legal?

— T-Tatsu! Está s-sim, sem problema. — Sua resposta foi um murmúrio quase inaudível. — Só estou receosa do que o professor Onishi pretende falar comigo e com a Ayame ao fim da aula.

— Relaxa, ele é de boa! Dormi numas duas aulas dele na semana passada e ele só me recomendou um café muito bom!

— Senhor Fukushu e senhorita Koufuku, gostariam de compartilhar com a classe o que estão conversando?

— N-Não, senhor! — responderam em uníssono. 

Dai suspirou, alisando sua barba negra enquanto checava seu relógio de pulso. Tinha muitos anos de experiência em sala de aula para compreender o que causava aquele alvoroço no fim da tarde, uma constante em todas as turmas nas quais lecionou. Os infames cinco minutos para o fim do período, conhecido também como “a hora de arrumar os materiais”, fosse guardando-os no reino espiritual ou nas mochilas recém-compradas para as aulas.

“Eu deveria insistir para não ficar com a última aula mais…”, divagou o homem de olhos grafite. Ao contrário do esperado pelos estudantes, a atitude deles não era capaz, nem de longe, de abalar a calma absoluta de seu interior. Não podia negar seu cansaço, contudo, então optou pela medida mais agradável a ambos os lados.

— Vejo que nada vai fazê-los focar mais tempo hoje. Dispensados.

O anúncio repentino foi seguido pelo arrastar rápido de dezenas de cadeiras, bem como um vozerio estridente de timbres adolescentes conversando entre si do “presente” de Dai. Grupos e mais grupos caminharam pelas portas do auditório, despedindo-se com acenos e agradecimentos ao professor de Controle Divino. 

Seu olhar atento notou, com satisfação, que as únicas pessoas restantes na sala eram Ayame e Hanako, conforme as havia orientado antes. Mesmo os amigos delas deixaram-nas sozinhas para não atrapalhar o trabalho do professor.

Sem proferir uma palavra sequer, gesticulou para que se aproximassem, e elas assim o fizeram. Tengoku mantinha a cabeça erguida, pronta para encarar seja lá qual fosse a tarefa bizarra a ser imposta sobre ela. Por outro lado, a princesa faeri tremia feito um cão assustado, mantendo contato visual permanente com o carpete até o palanque.

Quando ambas estavam próximas o suficiente, Dai sentou-se em sua cadeira.

— Fico grato por não ter que ir atrás das senhoritas para conversarmos.

— Era a opção mais segura pra gente.

— O que quer dizer, senhorita Tengoku? — Ergueu uma sobrancelha em inquisição.

— Nada não.

— Ótimo. Bem, vamos ao que interessa — propôs, bebericando da xícara de café sobre a mesa central. — Informo que não as punirei pelo atraso. Kaito pode ser um pouco desleixado com horários…

Tanto a nobre quanto a plebeia arregalaram os olhos, em um misto de confusão e alívio. “Eu causo mesmo uma impressão tão ruim com a minha cara?”.

— Enfim, usei esta situação para fazer um convite às senhoritas.

— C-Como assim, professor? — questionou Hanako, ainda um pouco atordoada.

— Quero que sejam minhas aprendizes.

— Eu me recuso.

A resposta de Ayame foi objetiva e sem hesitação, antes que o docente pudesse esclarecer a dúvida da Guardiã de Titania. As íris castanhas da menina e as grafite do professor se encontraram. A rigidez da expressão de Dai aplicava um teste de fogo à firmeza das palavras dela — permaneceram em silêncio, apenas trocando olhares por alguns segundos, até ele movimentar a cabeça em concordância.

— Muito bem. Acreditei que seria o caso para a filha do General Houseki — comentou com um sorriso. — Se está sob a tutela dele, não há como eu sequer competir pela sua atenção. Agradeço sua sinceridade, Tengoku.

— Admiro muito o senhor, professor, mas está certo. Irei continuar com ele.

— Não vejo problemas. — O homem de pele negra, então, virou-se para Hanako. — E a senhorita, Alteza? Estaria interessada?

— Se me p-permite a pergunta… — Ela buscou a maneira mais apropriada de expressar sua ideia. — Por que eu? O senhor tem tantos alunos melhores…

— Sem dúvidas, os colegas de vocês da 1-1 são espetaculares em combate. Recebi os relatórios de alguns… amigos, por assim dizer. — Pela primeira vez desde o início da conversa, ele pareceu incomodado com algo. — Portanto, devolvo a perguntar a ti, senhorita: qual a minha matéria?

— Controle Divino, estou ciente — concordou a princesa — e ainda não vejo sentido.

— Dentre os herdeiros, você é a mais jovem. Logo, a última a ter acesso à sua Deidade Real. — Dai apontou o indicador ao peito dela. — Mesmo assim, a senhorita demonstrou gigantesca capacidade em manipular seus poderes e passou na prova prática, embora seja comum aqueles que nascem após agosto não realizarem a prova do ano imediatamente posterior.

— Eu dei sorte. Se eu não tivesse Togami e Reiko ao meu lado, eu teria fracassado.

— E sem você, eles quem teriam falhado — replicou o professor, plácido. — Ao menos, isto que o relatório da General Kochiwa expôs. A senhorita também foi capaz de purificar-se do veneno de ilusão dela, correto?

— Sim…

— Não me restam dúvidas de que deveria ser escolhida, senhorita Koufuku.

— M-Mas…

Hanako compreendia a linha de raciocínio de seu superior. De um ponto de vista externo, seus feitos eram impressionantes, de fato — os professores de sua terra natal lhe disseram coisas similares, meses antes do exame. Titania era outra que não poupava elogios à sua capacidade de aprender e adaptar as muitas técnicas da Rainha das Fadas para o estilo de luta calmo e cuidadoso da princesa.

Do ponto de vista da garota, porém, havia um oceano de distância entre ela e alguém no nível de Zuko, Togami ou Yoko, com a qual teve contato há pouco tempo. Estava acostumada a não ser o destaque. Viveu grande parte da vida na sombra de seu título de princesa — comparada aos seus pares da Academia de Forestrie, mágica e socialmente, Hanako nunca fora sequer cogitada ao topo da hierarquia. Seus talentos eram medianos, com apenas a magia de natureza sendo algo a se destacar. As palavras um dia ditas por sua mãe ecoaram pelos quatro cantos de sua cabeça, como sempre faziam em momentos de nervosismo.

“Há quem nasça para governar, querida. E há quem nasça para ser governado.”

— O senhor Togami e a senhorita Yamazaki vieram me procurar para treinar — comentou Dai, tirando-a do ciclo de negatividade. — Creio que seria uma ótima oportunidade para expandir seus horizontes, não?

Silêncio perdurou, desconfortável e absoluto. Onishi era bem pouco consciente de sua intimidação física natural, embora fosse bem perceptivo se destinasse algum esforço a isso. Ali, naquele instante, tinha a certeza de que faria a herdeira de Alfheim chorar se continuasse a pressionando daquela maneira. A barra da saia dela já estava amassada de tão forte o aperto pela ruiva aplicado.

O professor preparou-se para sair.

— Não precisa responder agora. Se precisar de mim, estarei sem…

— Eu aceito.

Lento foi o movimento dos olhos de Dai na direção de sua aluna, dividido entre surpreso e embasbacado com a confirmação.

 A expressão da Hanako não era firme. Notara, sem esforço, os lábios trêmulos e as mãos inquietas na lateral do corpo, além do suor reluzente em sua testa. Deduzir, a partir disto, qualquer outra emoção que não medo ou receio era uma mentira deslavada. Seu corpo confessava o temor da estagnação, de ser deixada para trás por seus colegas e acabar sendo insuficiente às expectativas nela colocadas.

Contudo, os olhos âmbar contrapunham esta percepção. A chama de determinação transpassava as córneas dela e atingia o interior do professor, incendiando-o com a mesma vontade ardente. Sem dizer uma só palavra, Hanako admitia sua fraqueza e se recusava a abraçá-la — estava disposta a lutar contra cada parte de si que ousasse manter-se inerte. E o único que poderia ensiná-la o caminho a seguir era seu novo mestre.

— Fico lisonjeado, Alteza. — Fazê-lo sorrir daquela forma era difícil. — Os treinos começam amanhã, após a aula, no terceiro campo do setor leste. Peça que Yamazaki ou Togami te guiem se precisar de ajuda.

— S-Sim, senhor, professor!

Dai acenou para elas antes apressar suas passadas para a saída. Quando estavam a sós mais uma vez, Hanako sentiu-se relaxar por completo a tensão dos ombros. “Eu não acredito que falei sem pensar de novo! Você é muito impulsiva, Hana…”

— Cara, que atitude foda! 

— Q-Que?

— Você foi demais, Hana! Demais mesmo! — Ayame balançava os ombros dela empolgadamente, sem ter como se conter de agitação. — Nem o professor Onishi sabia o que dizer! E nunca vi tu fazer essa cara de determinada, aprendeu com quem?

— Sozinha, c-claro!

Um vislumbre de sua conversa com Reiko e Haruhi no dia anterior passou pela cabeça da princesa, que agora ignorava a amiga debater o que o docente faria nos relatórios semanais após aquela conversa. Uma memória que pintou suas orelhas na mesma cor de seu cabelo.

— Eu descobri uma coisa bem difícil de explicar.

Reiko e Hanako levantaram o rosto para ouvir a Guardiã de Medusa falar, ainda que a loira mantivesse o rosto fixo no caderno de exercícios dela. As bochechas tomadas pelo rubor leve logo serviram para transformar a seriedade da ateniense no sorriso mais maroto capaz de ser formado.

— Vai me dizer que descobriu como pegar o Tatsu no banheiro?

— Q-Q-Quê? Claro que não! — O desespero de Haruhi era de dar pena. — É s-sobre mana!

— Porra, que chatice, hein! — Reiko foi fuzilada com os olhos por Hanako. — Tá, boca suja, mal aí. Conta mais, Haru!

— Eu estava falando com um amigo e d-descobri que a mana está ligada aos nossos sentimentos — afirmou ela. — Como nunca passei por isso, perceber que eles podem mudar o rumo de uma luta me fez ficar curiosa se vocês já passaram por isso.

Foi a vez de Chiwa enrubescer, algo que nem Hanako esperava.

— S-Sim… foi por pouco tempo, mas senti minha mana explodir. É difícil demais explicar pra quem nunca sentiu.

— Conversei um pouco com a professora Jougai e ela confirmou o que eu pensei depois também. — Haruhi percebeu suas colegas ficarem na ponta das cadeiras da biblioteca para ouvi-la. — “Quanto mais forte a emoção, maior o efeito”. Pelo menos, foi isso que ela me disse.

— Me faz questionar qual a mais poderosa das emoções…

A dúvida pairou no ar, subitamente quieto até para o ambiente que estavam. Após pensar um pouco, Reiko quem ergueu a mão com o mesmo ânimo de uma criança para pedir um favor.

— Lembrei, valeu, Atena! A emoção mais forte é o amor! — constatou, estalando os dedos. — Li isso uns anos atrás. Medo e raiva podem ser tão influentes quanto, mas só o amor é capaz de afetar qualquer um sem uma circunstância específica que não amar outra pessoa.

— Tem dias que você parece um dicionário, Rei.

— Minha memória perfeita é do que eu mais me orgulho, querida Haru!

O som deixou de atingir os tímpanos de Hanako, escanteada durante a discussão fervorosa entre suas amigas sobre mana. A temperatura parecia muito quente de repente, e seu coração batia tão, mas tão rápido que se sentia zonza pela alta pressão de cada bombeamento. O surto sem causa aparente era advindo dela mesma — não que fosse dizer às suas companheiras ou buscar conselhos sobre isso.

Tudo porque, no momento em que ouviu a palavra “amor”, um rosto com belos olhos rubi e cabelos pretos lisos preencheu cada canto de sua cabeça.

 

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