Fenrir Brasileira

Autor(a): Marcus Antônio S. S. Gomes

Revisão: Bczeulli e Heaven


Volume 1

Prólogo

Meu nome é Willian, tenho quatorze anos e hoje estou aproveitando as férias de verão com minha família.

Estamos de carro na estrada, como de costume, meus pais sentavam na frente, eu e meu irmão mais velho, estamos atrás.

Como sempre meu irmão está lendo um livro, ele agora está com dezessete anos e se prepara para prestar o vestibular, seu nome é Natã e eu me dou muito bem com ele.

Minha mãe Cecilia e meu pai Jorge, decidem parar no próximo restaurante, meu irmão, que ansiava por uma pausa concorda com a decisão, eu por outro lado era indiferente, só queria chegar logo.

Meu irmão nota meu humor e diz:

— William vamos parar agora, por que não explora um pouco?

— Eu não sou nenhuma criança!

— Ha! Ha! Entendo!

Meu irmão desceu do carro e eu o acompanhei, não era como se eu fosse morrer por não parar, mas confesso que esticar as pernas depois de horas em um carro é muito bom.

Em um posto de gasolina em nossa rota, um em especial, é bem famoso por seu restaurante e claro que não queríamos arriscar uma dor de barriga no meio da viagem por comer em um local suspeito, por isso tomamos essas precauções assim estamos aqui.

A comida como nos foi dito era deliciosa.

O papai sugeriu visitarmos um monumento ali próximo, mas eu fui contra, queria mesmo terminar rápido a viagem, porém três contra um é covardia e assim fomos visitar o monumento.

Pensava não ser nada de mais, o panfleto falava sobre uma formação rochosa que tomou a forma de uma bela mulher com a ação da natureza, anos atrás foi assunto mundial, foi também tombado¹ como uma das sete maravilhas do mundo atual.

Estava boquiaberto com minha visão, uma imagem perfeita de uma bela mulher com as mãos juntas, como se estivesse orando.

Sinceramente, duvidei que esse “monumento” não foi esculpido, se isso é verdade, não foi à toa que as igrejas se uniram para proteger este monumento como prova de um milagre divino.

— Ora William, parece que vir não foi uma perda de tempo, não é?

Meu pai, que notou minha surpresa, perguntou.

Eu só podia admitir a realidade que meus olhos refletiam:

— Sim, eu concordo, me desculpe por ser um pé no saco pai, mas isso foi mesmo feito naturalmente?

Meu irmão responde no lugar de meu pai:

— Sim! Diversos estudos foram feitos e nada comprova a intervenção humana, ainda sim William eu sou como você, ainda não acredito!

Minha mãe fez uma oração na frente da estátua chamada de Santa Sagrada.

Eu sempre fui cético quanto à religião mesmo sendo jovem, deve ter sido sob influência do meu irmão, mesmo assim eu não podia encontrar outra palavra para descrever essa escultura naturalmente esculpida se não “milagre”.

O local não se resumia a nós, ele estava lotado, diversas pessoas que pareciam de cultos religiosos oravam para estátua natural.

Suspirando ao ver a cena meu irmão pede:

— Vamos embora!

Quando todos estavam se preparando para deixar o local uma misteriosa luz branca iluminou todo o chão.

Todas as pessoas no local entraram em desespero e meu pai gritou:

— FIQUEM JUNTOS!

Assim todos nos abraçamos e fomos tomados pela luz que nos arrebatou daquele lugar.


Nota:

1 – Um bem histórico é tombado quando passa a figurar na relação de bens culturais que tiveram sua importância histórica, artística ou cultural reconhecida por algum órgão federal que tem essa atribuição e se tornam patrimônios públicos.



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