Volume 8 – Arco 6
Capítulo 153: O Poder dos Classe Herói
— Melinoe...
Quando a aflita Helena balbuciou o nome, tornou-se clara a mudança que aquele cenário havia de sofrer.
A respectiva encarou por cima do ombro e resmungou com jocosidade.
Logo tornou o olhar à vanguarda, só a fim de encontrar um de seus desafetos recentes, imóvel após os inimigos.
— Hmpf! Mais uma vez salvo seu rabo, moleque!
Damon semicerrou as vistas, nem um pouco satisfeito com a aparição surpresa dela.
Entretanto, apesar dos pesares, agradeceu em silêncio por ela ter salvado sua irmã.
— Apóstola de Classe Herói, filha do Deus do Submundo!... — Castor rangeu os dentes. — Mas que merda ‘tá acontecendo!?
— Oh? Então vocês não esperavam por isso, Dióscuros? — A curvatura dos lábios cresceu, indicando um deleite sem igual aos atônitos. — Por acaso ‘tão com o rabinho entre as pernas agora!? Não sabia que só curtiam enfrentar pirralhos mais fracos que vocês!!
Ao estalar a língua diante da provocação, Castor forçou um novo sorriso de escárnio.
— Nada disso, senhorita... Vai ser um prazer arrancar a cabeça de uma Classe Herói!! — Apertou com força a empunhadura de sua espada, ainda tomada pela camada de fogo. — É a oportunidade real de mostrarmos o quanto somos superiores a vocês, deuses mesquinhos e convencidos!!
— Então, seria uma pena caso isso ocorresse.
Uma nova voz, fria e intensa, voltou a cortar o âmbito.
Todos, com exceção da recém-chegada, direcionaram olhares ao buraco superior do pátio suspenso.
Os gêmeos piscaram os olhos arregalados em perfeita sincronia.
Um redemoinho de Autoridade Elementar da Água foi lançado daquele ponto, permitindo que os outros dois descessem.
— Mais... um...? — Castor quase mordeu o lábio inferior.
— Tch. Vocês vieram. — Em absoluta irritação, Melinoe fitou a chegada de soslaio.
Tríton e Silver tocaram o solo em pouco tempo, unindo-se à grande balbúrdia causada naquele pátio.
Uma situação que parecia ser bem controlada aos traidores, agora se tornava a pior possível.
— Como...? — O murmúrio do robusto tornou-se uma indagação gutural. — Por que vocês vieram aqui!?
— Ah, ‘tá irritadinho, é!? — A ctónica retomou o sorriso jocoso. — Isso não é da conta de vocês, traidores desgraçados!
Em proveito à incredulidade da dupla, Damon se reuniu aos aliados com um salto rápido.
Foi rapidamente conferir como Helena estava. Apesar de inquieta com os recentes desdobramentos, ela sorriu para ele com leveza e disse:
— Estou bem.
O olimpiano assentiu em silêncio.
— Ei, seus inúteis! — Melinoe voltou a chamar a atenção de ambos. — Podem seguir daqui. Eu sou suficiente pra dar cabo desses traidores de uma figa!
Apanhou o cabo da alabarda com ambas as mãos, a feição contorcida em um maléfico regozijo.
— Mas... — A Classe Iniciante apertou o punho livre contra o peito.
— Façam o que ela ordenou. — Tríton a interrompeu, caminhando dois passos à frente.
— Ei, ei... Que que ‘cê ‘tá fazendo? — A ruiva o encarou, nada contente. — Eu disse que sou suficiente pra lidar com eles!
— Eu escutei bem. Mas também tenho algumas pendências com esses dois... — Encarou por cima do ombro, na direção da irmã dos homens.
Ela percebeu rapidamente, mediante o olhar frio do Classe Herói, o que queria dizer com aquilo.
Portanto, refugou o ímpeto do desejo de permanecer no local e assentiu com a cabeça.
— Está bem. — Ao enunciar, recebeu os olhares de Damon e Silver. — Vamos em frente, rumo ao objetivo.
— Assim é melhor.
Melinoe continuou furiosa, entre um estalo de língua, mas não tinha muito o que fazer.
— Helena...
— Não se preocupe. — Antecipou-se à aproximação do filho de Zeus. — Queria deter eles eu mesma, mas... temos algo mais importante em jogo aqui.
Diante do olhar determinado, porém, doloroso da semelhante, o espadachim nada teve a declarar.
Pôde enxergar o brilho tomar conta daquelas esferas esmeraldas, prestes a desabarem em um pranto silencioso.
Restringiu-se a apenas aceitar a escolha dela, por meio de uma bufada pesarosa, e guardou a espada na bainha das costas.
Por mais que qualquer um dos dois fosse capaz de derrotar os Dióscuros e os trazerem de volta de alguma maneira, essa oportunidade havia desaparecido assim que os Classe Herói surgiram.
— Por favor... — Ainda assim, ela fez seu último pedido ao mesurar à frente dos respectivos. — Não os matem!
Permaneceu quieta, os olhos fechados tentando segurar a vontade de chorar.
— Não garanto nada! — Melinoe riu entredentes.
Tríton nada disse.
Mesmo assim, já considerava uma mísera possibilidade de cumprirem a quase súplica.
— Vocês estão de brincadeira, por acaso!!? — Castor voltou a esbravejar. — Que merda é essa, sua fracassada!!? Não disse que ia até o fim pra “salvar a gente”, hein!!? Agora vai fugir com o rabinho entre as pernas!!
— ‘Cê gosta mesmo de falar pelos cotovelos, hein? — A filha de Hades exalou um lamento cansado.
Helena, por outro lado, apenas reergueu a postura e encarou os semelhantes que tinham escolhido o pior caminho.
Um caminho, àquela altura e naquelas circunstâncias, impossível de se ter um retorno...
— Sim. — Foi sucinta em suas palavras. — Eu sou, mesmo, fraca. Por isso, não posso pará-los como eu queria. Me perdoem por isso...
Damon boquiabriu com leveza. Parecia até outra pessoa ao seu lado, naquele instante.
Sentindo-se ofendido, Castor rangeu os dentes e segurou-se ao limite para não irromper contra a irmã e a retaliar.
Isso pois, caso o fizesse, estaria indo de encontro à própria morte.
Ao perceber o controle dele no limite, Pollux arriou as sobrancelhas.
— Agora vão. — Tríton bateu o tridente no solo e criou um redemoinho d’água.
Assim como desceu, Silver se dirigiu à envoltura de energia líquida formada no meão do salão.
Damon e Helena foram logo em seguida.
Aos poucos, a condensada camada aquática cresceu, conduzindo o trio à ascensão para a superfície do pátio.
Quando eles saltaram para o piso superior, a água se desfez e retornou ao local, criando uma chuva artificial temporária sobre os quatro.
Melinoe e Tríton voltaram a empunhar suas respectivas armas.
— Não me atrapalhe, anfíbio.
— Você também, cadelinha.
Os dois não se seguraram em reunir suas energias ao ápice, o suficiente para provocar um impacto avassalador por todo o ambiente.
Mesmo aqueles que escapavam pela superfície e até os demais nos outros pátios puderam experimentar a intensidade vital da dupla.
Assustados, Castor e Pollux não tinham escolha senão encarar o desafio com tudo que tinham.
O primeiro voltou a depositar o máximo de energia na lâmina flamejante, que cresceu de novo, dessa vez em uma proporção ainda maior.
O segundo enfim deixou os raios escuros envolverem as lâminas pequenas e os próprios braços, mostrando o verdadeiro potencial herdado do Rei dos Deuses.
A sede de sangue se elevou.
Os temores internos foram varridos com um grito de guerra do robusto, que moveu a arma de fogo e disparou.
Enquanto as estruturas nos arredores eram derretidas pelo mínimo contato com as chamas, ele trouxe todo o peso do braço à arma e desceu um golpe de arco contra os apóstolos.
Porém, a exemplo do ocorrido com Helena, toda a força disposta naquele golpe tornou-se nula em meros segundos.
Esgazeou as vistas, desacreditado ao conferir a postura simples de Melinoe, com a alabarda acima da cabeça.
A lâmina defensora dela também era envolvida por uma camada de Autoridade Elementar do Fogo.
Ainda assim, se mostrou uma diferença assombrosa.
O musculoso estalou a língua. Pôde retornar com a espada sem ser impedido pela mulher.
Em contrapartida, Pollux focou no filho de Poseidon.
Ele não aparentava ter tanto interesse quanto a aliada, mas estava tão sério quanto ela.
Resolvendo agir como o gatilho que o traria para o jogo, o filho de Zeus flexionou as pernas e iniciou sua corrida adiante, com o corpo um pouco agachado.
De súbito, ganhou celeridade a ponto de surgir em um piscar diante do atlanti; a corrente criada pelo movimento fez o longo e liso cabelo dele menear.
Olho por olho, atacou com a faca destra. Acabou bloqueado pelo tridente. O tilintar dos metais se alastrou pelo salão, conforme os raios correram contra o Classe Herói.
Obrigado a se mover, ele saltou para trás, deixando a densa energia ser dissipada antes de o acertar.
Ciente de suas habilidades, o franzino não desistiu, mirando uma segunda investida...
— Arte do Oceano, Primeira Onda. — As palavras frias proferidas por Tríton despertaram calafrios no oponente. — Navalha de Água.
Brandiu a arma e, do garfo, três navalhas de Autoridade Elementar da Água foram disparadas.
Pollux, na velocidade do deslocamento, não poderia se desvencilhar. Portanto, elevou a produção elétrica nas facas para se proteger.
Só que não foi o bastante. A primeira foi bloqueada, mas as outras duas chegaram em simultâneo, atravessando sua defesa.
Os dois braços e parte do tronco foram cortados e perfurados pelas lascas vitais.
Sangue cheio de Ícor foi arrancado dos lanhos, a espirrarem pelo ar.
O ruivo ainda se sustentou de pé, enquanto o oceânico permanecia soberano em sua posição.
Logo ao lado, explosões se intensificavam a cada novo contato entre os dominadores do fogo.
Castor continuava a usufruir do poder de alcance devastador, mas pecava em agilidade para conseguir atingir a adversária.
Proficiente em cada passo, Melinoe ria à toa ao passo que as estruturas internas começavam a colapsar.
Com uso das Navalhas Flamejantes, ela contra-atacava vez ou outra. Era o bastante a fim de causar grandes dificuldades ao desafeto.
“Merda!!”, aos poucos, o robusto começou a acusar um desgaste físico e vital.
Parte da lâmina de fogo diminuiu, perdendo ímpeto. Caminhava, a passos largos, para uma derrota irreversível.
— O que foi!? Começou a se arrepender dessa escolha de merda que fizeram!?
A ctónica enfim optou por se aproximar num drible contra o novo golpe violento do dióscuro.
— Cala a boca!!!! — Brandiu a arma com ódio. — Não fale como se estivesse com a razão, desgraçada!!!!
— É só isso, seu traste imundo!!?
Melinoe passou pelo novo golpe em horizontal, que derreteu outros aparatos metálicos nas cercanias.
Se aproximou dele e, sem piedade, lhe cortou o tórax que rapidamente cauterizou com a ação das chamas rubras.
— Então ‘cê acha que ‘tá no lado certo, é!? Mas não passa de um mortal tolo que tem complexo de superioridade!! — Empurrou-o com um segundo corte, criando um xis ardente em seu peitoral. — Me poupe dessa conversinha de merda!! Quem vende a própria moral por poder não tem lugar de fala!!
— Não foi por poder... — Pollux surgiu entre os dois, também ferido. — Foi por justiça.
Tríton, com extrema placidez, caminhou até se reunir à parceira de corporação.
— Ainda assim, não consigo compreender a motivação para terem se juntado àqueles que desejam nos derrubar... — Parou em paralelo a ela, que encarou de esguelha. — O que enxergam como injustiça suficiente para se aliar ao inimigo?
— Vocês próprios. — O franzino semicerrou os olhos.
— Nós? Os deuses, você diz? — Da mesma forma, o atlanti franziu o cenho. — Os deuses que os acolheram e conceberam vida a vocês? Ainda não compreendo.
— É disso que a gente ‘tá falando! — Castor rugiu, voltando a se erguer. — Não conseguem perceber como são arbitrários! Vocês, que tem sangue divino, só se importam consigo mesmos, assim como eles! Por isso nos unimos com os Imperadores! Para que vocês sejam arrancados do domínio desta Era e criar uma nova! Onde a justiça prevalecerá para todos, independente do sangue!!
— Entendo... — O filho de Poseidon piscou com alguma delonga. — Se essa é sua resposta, então eu não tenho mais nada a acrescentar.
De súbito, a influência de Tríton tornou-se congelante pelo recinto.
Mesmo a filha de Hades se espantou com a repentina mudança em volta do oceânico, que voltou a abrir os olhos cor de mel escurecidos, pesados.
— Aqueles que se voltam contra os deuses, também se voltam contra mim e meu pai. São nada além de inimigos que devo subjugar...
Era possível ver a terra tremer ao seu redor.
Mas não faziam ideia se era algo real ou só mera enganação causada pelo temor.
— Isso é ótimo...! — Melinoe voltou a sorrir, instigada pela manifestação sisuda do aliado. — Eu ‘tô nem aí se querem derrubar os deuses! Eu só quero acabar com a raça de medíocres como vocês!
Em alteração ao tom de voz rústico, a ctónica também manifestou sua influência aterradora, causando uma disputa entre os próprios apóstolos.
Quente e frio se misturavam, o que causava choques térmicos consecutivos e de diferentes intensidades nos gêmeos.
Enquanto suportava a dor corporal, Castor ergueu o rosto e soltou um brado agressivo.
A energia interior explodiu num ápice colossal.
Então, com o avanço dos segundos, toda a Autoridade acumulada sobre a chapa metálica foi vertida até seu próprio corpo.
O dióscuro, agora, estava literalmente em chamas.
— Você realmente é medíocre...
Melinoe parou de sorrir ao observar a determinação do robusto. Entrar diretamente em contato com a respectiva energia manifestada em uma Autoridade se tornaria sua própria destruição.
A pele parecia ser transformada em escamas, arrancadas de forma gradativa da carne que, aos poucos, era queimada.
Contudo, o sorriso maléfico do homem chamou mais atenção na face, vagarosamente desfigurada.
A risada caótica escapou de sua boca.
Dor? Alívio?
Ninguém poderia descobrir...
Fato era que aquilo o permitiu romper os obstáculos que o levariam rumo ao fracasso iminente.
Sacrificando a si mesmo, tomou um impulso monstruoso e surgiu diante da ctónica na velocidade do pensamento, destruindo tudo que vinha à frente.
Pela primeira vez, a filha de Hades se espantou, mal sendo capaz de reagir ao ataque frontal.
A explosão se conflagrou assim que Castor a atingiu com a espada. No ato, ela conseguiu defender-se com a alabarda, mas sofreu com queimaduras nos braços.
Tríton sentiu o impacto, precisando se sustentar no plano ao fincar a base do tridente.
Outra onda de energia densa espalhou-se, o alertando.
Era de Pollux, que também reuniu a Autoridade Cardeal das lâminas pequenas ao respectivo corpo.
Conforme a eletricidade lhe dominava, criando também lesões teciduais na pele, o cabelo ruivo-alaranjado se arrepiou com as mechas eletrocutadas.
A exemplo do semelhante, partiu numa velocidade sobrenatural e desferiu os primeiros golpes contra o atlanti, que usou o cabo do garfo prateado para se proteger.
As estruturas internas do pátio ruíam.
Em breve, era certo de que viriam abaixo.
Nada que os gêmeos da loucura pudessem se preocupar. Só atacavam com tudo que tinham em suas formas destrutivas.
Pressionado, além de começar a experimentar os cortes lhe atingindo, Tríton retomou o trabalho de energia e bateu o tridente no chão no ínfimo espaço que tinha.
Criou-se uma esfera de Autoridade Elementar da Água em sua volta, permitindo que a maioria das descargas elétricas fossem neutralizadas.
O franzino não se acuou perante a isso. Os raios estouraram mais fortes, ao que a proteção aquática foi forçada ao limite quando fincadas pelas lâminas paralelas.
Realizou um esforço sobre-humano, até penetrar a defesa condensada e, no literal, a rasgar para baixo.
Ciente de que não escaparia ileso naquela situação, o filho de Poseidon resolveu ir mais a sério.
Deixou de lado a morosidade ao girar o tridente e utilizar o vão entre as pontas do garfo para se defender.
Ainda foi afligido pela eletrocussão, porém rebateu com as Navalhas de Água.
Foi bem-sucedido em fazer o dióscuro se afastar, mas pego desprevenido quando o respectivo moveu-se em uma rapidez anormal para o driblar até sua retaguarda.
Antes mesmo de poder se corrupiar, as facas atingiram as costas nuas do atlanti, repetindo o que fizera com sua esfera defensora ao rasgá-la até a lombar.
Isso, somado à eletricidade expansiva, causou uma dor insólita ao apóstolo.
Algo que ele não sentia há bastante tempo, capaz de fazê-lo ranger os dentes enfurecido.
Castor continuava a atacar de todas as formas, causando dificuldades à filha de Hades.
“Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! MORRA!”
Pequenas lacerações nasciam nos braços, pernas e torso, coberto apenas pelo tecido de linho sobre os seios.
Quando um dos cortes tórridos a atingiu na bochecha, o sorriso grotesco regressou à faceta.
Todo o sangue levado daquelas lesões evaporava em questão de milissegundos.
Mais rápido que a paciência da ctónica...
— Arte do Submundo, Primeira Morte: Chamas do Purgatório!!
Buscou irromper a sucessão explosiva do robusto ao cortar, em um giro, com ambas as chapas metálicas da alabarda banhadas em fogo escarlate.
A colisão ocorreu, dispersando labaredas por todos os lados. Diversos monumentos derrubados e setores do salão aberto começaram a incendiar.
Algumas delas chegaram a atrapalhar Pollux, que eletrocutava com vigor o Classe Herói de Atlântida.
Pôde anular os perigos das chamas com sua energia agressiva, mas...
— Arte do Oceano, Terceira Onda... — A voz fadigada do veterano ecoou, ao que ele bateu de novo a base do tridente no solo. — Prisão de Água.
De súbito, a mesma esfera aquática nasceu, agora criada em volta do próprio dióscuro.
Tríton estava livre das facas elétricas, mas sabia que ganhar tempo era imprescindível.
Sem abandonar o estado de espírito remansado, apesar das dores nas costas e pelo resto do torso, corrupiou-se a fim de se afastar.
Dito e feito, Pollux livrou-se em tempo recorde daquela proteção ao elevar a gravidade de sua energia destrutiva.
“Ele me pegou”, o atlanti acusou o golpe, ainda cuspindo um pouco de sangue.
Usava camadas finas de Autoridade da Água em prol de cuidar dos ferimentos que iam das escápulas à lombar.
Cicatrizes que ficariam gravadas para sempre na pele.
Também após a colisão intensa, Melinoe e Castor se afastaram.
Embora ofegante, o desfigurado dióscuro ergueu um olhar satisfeito à inimiga, que tinha além dos cortes pelos membros, uma queimadura grave no antebraço canhoto inteiro.
Por mais duro que fosse, os Classe Herói reconheciam ter subestimado a dupla.
Jamais imaginaram que eles se autodestruiriam daquela maneira para igualar o jogo.
Isso os obrigou a rever os conceitos adotados no encontro até o presente instante.
Ainda que fosse questão de tempo, visto o cansaço extremo e os danos graves sofridos pelos gêmeos, mesmo no controle do confronto.
— Isso ficou bem interessante! — Entre ofegadas pesadas, a descendente do Submundo abriu os braços. — Espero que possam aguentar mais um pouco antes de sucumbirem, desgraçados!! Porque sou eu que vou acabar com vocês!!!
Apontou a alabarda aos inimigos, que também se portavam um ao lado do outro, apesar de separados por alguns metros.
Diante do brado da aliada, Tríton usou aquele raro tempo de liberdade para reequilibrar o fôlego.
Era importantíssimo no que concernia a manter-se em uma condição favorável para sua luta.
Os olhos não tremiam. As sobrancelhas estavam enrustidas, enquanto os lábios ligeiramente separados expulsavam o ar inspirado das narinas.
Como um animal, Castor rugiu outra vez.
O filho de Poseidon aproveitou a distração para executar um ataque rápido contra Pollux, tentando o perfurar no abdômen.
O franzino desviou e disparou outro corte, defendido pela barra do tridente.
Melinoe inclinou-se a fim de seguir o itinerário, porém o robusto repentinamente bateu com a lâmina no chão.
Um mar de chamas rodeou todos os três.
Por aquele singelo átimo, a mulher perdeu a sensitividade vital do homem...
De vistas esgazeadas, nada pôde fazer ao encontrá-lo acima de si, tampando a luz que descia do grande buraco na superfície do pátio.
— Morram!!!!
Ele desceu a espada com duplo empunho, desprovido de alguma cautela.
A lâmina escarlate rasgou sobre a região onde a dupla de Classe Herói se encontrava, causando a nova detonação responsável por derrubar mais de metade das construções interiores.
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