Epopeia do Fim Brasileira

Autor(a): Altair Vesta


Volume 10 – Arco 6

Capítulo 182: QUINTO ATO DO LIMIAR - Jogo do DESTINO

Como se não já fosse um evento corriqueiro, Láquesis estava mais uma vez boquiaberta diante dos Fios do Destino separados a dedo na grandiosa Câmara de Tecer.

A sequência de anormalidades no controle da moira beirava o surreal.

O cabelo rosa ondulado subia e descia à medida que flutuava para lá e para cá, sem mais saber o que fazer naquela situação.

Tudo, a partir de então, escapava por seus dedos sem qualquer margem de erro.

Nunca tendo sentido algo do tipo, ela tentava manter o controle emocional que por pouco não a fazia roer unhas.

“Se continuar dessa forma...”, ponderou enquanto uma dose inédita de receio começava a envolver seu peito.

Conforme se contorcia a fim de cobrir os Destinos burlados em sequência pelos jovens aventureiros, Átropos terminava de cortar alguns fios no extremo escuro do salão, sempre desconfiada.

Já Cloto aproveitava os giros intermitentes da Roda da Fortuna no objetivo de usar as magistrais habilidades manuais para tecer as fibras douradas, dando extensão inicial a elas.

Contudo, pela primeira vez em muito tempo, a pequena mulher interrompeu as ações no grande objeto que produzia os artefatos singulares.

Tal ato causou um estrondo sem igual por todo o recinto, o qual foi preenchido por ecos pesados indo e voltando durante bastante tempo.

Tudo estremeceu por singelos segundos, o que assustou as outras duas detentoras do Destino, que viraram os rostos simultaneamente em direção à roda.

Láquesis e Átropos tinham perdido nas memórias acerca de quando foi a última vez que a mais velha tinha brecado o ciclo ininterrupto. As duas engoliram em seco, uma mais que a outra.

Todos os fios no salão oscilaram, tendo mudado o caminho da vida de incontáveis seres vivos. Não o deles...

Já ciente disso, Cloto deu a volta. Seu olhar fechado trouxe um arrepio sem igual às mulheres.

A encarada tudo bem, mas o fato de ela ter exclusivamente parado seu trabalho longínquo as deixou com falta de ar.

E nenhuma delas tinha coragem de questionar o motivo de ter adotado aquela medida repentina.

Foi quando a Tecelã flutuou de seu ponto, deixando o vestido longo menear assim como as mechas curtas de seu cabelo rosa-claro.

A Sorteadora moveu-se à esquerda, permitindo que a irmã passasse ao seu lado.

Só que ela parou bem à sua frente.

E disparou, sem preliminares:

Os Limites foram rompidos.

A curta frase proferida pela mulher foi suficiente em prol de deixar as outras duas em choque.

Láquesis por ter sido descoberta após tanto omitir a informação e Átropos pela mera surpresa que aquela revelação trazia.

Mesmo diante de tamanho baque, a Sorteadora ainda buscou vencer os abalos emocionais.

No entanto, primeiro veio o estado de negação.

— P-perdão?... — A voz da esguia soou num misto de perplexidade e escárnio. — Nossa! Eu não sabia que você também gostava de pregar essas peças, hein irmã? Se isso for algum tipo de pegadinha, eu não sei... eu não sei nem como lidar!! Você não é disso, e...

— Sua Autoridade está sendo burlada corriqueiramente. — Cloto a interrompeu, abrindo um sorriso desafiador; de fato, nada daquilo era feitio dela. — Já havia percebido isto há um tempo. É o ponto central de seu interesse no que ocorre ultimamente nos domínios olímpicos.

— Err...

— Acontece que a sequência de anomalias fez com que um ponto de não-retorno fosse alcançado. A construção dos caminhos deles através de sua Sorte tornou-se absolutamente restrita.

Não era mais possível ludibriar a líder; o segredo havia sido exposto por completo, causando a maior tensão que a Câmara de Tecer se lembrava ter sofrido em séculos.

Isso pois Átropos reagiu de forma efusiva ao disparar de seu recinto às duas. O ímpeto venenoso, contudo, foi contido pelo olhar frígido de Cloto.

A Rompedora rangeu os dentes, mais desacreditada do que a principal afetada no processo.

— Isso é impossível!! Como algo dessa natureza poderia ocorrer, irmã!? — Cerrou os punhos diante da incredulidade da caçula. — Eu sabia que deveria ter os matado o quanto antes...!!

Abaixo do capuz, semicerrou os olhos turquesas em direção à respectiva, incapaz de responder à altura como sempre fazia.

Se pudesse, com certeza ensinaria uma lição a ela, mas a Tecelã jamais permitiria que algum atrito maior entre as duas viesse a se tornar realidade.

— Desde quando...? — Láquesis, os olhos estremecidos, indagou à pequena. Sua voz embargada acompanhando o semblante atônito. — Desde quando você sabe disso?...

— Desde o princípio, como disse. — Cloto virou as costas às duas. — Você foi bem comedida em tentar esconder as anomalias, embora confirmei que não sabia do rompimento em si dos Limites. Houve um momento em que quase fui levada a acreditar que estava tirando conclusões precipitadas. Todavia, a ocorrência deste Destino já aparentava estar prevista a ocorrer.

— Então, você está dizendo que Láquesis não pode ter mais a Autoridade na determinação da Sorte deles!? — Átropos questionou.

— Precisamente.

Menos de um segundo após a resposta oferecida pela superior foi propício para que a encapuzada apanhasse os fios emaranhados.

A tesoura cor de sangue já estava posicionada, bem aberta, ao redor deles. Poderia cortá-los, todos de uma vez.

— Nesse caso, precisamos matá-los! Desta vez Láquesis não irá me impedir...!!

— Não será necessário. — Diferente do esperado, quem tomou a iniciativa em impedir o ato sanguinário da moira foi a própria Tecelã. — Ou melhor dizendo... você não pode mais fazer isso.

Átropos reagiu tão incrédula quanto a Sorteadora, impelida a soltar os fios para que retornassem às respectivas colocações.

— O qu...?

— Foi o que eu disse. Com os Limites rompidos, nenhuma de nós pode mais exercer nossa Autoridade sobre o Destino deles.

Naquele exato momento, as duas se sentiram de mãos completamente atadas contra as determinações impostas pela mais velha.

E isso, mesmo tendo demorado, começava a despertar certa estranheza em ambas.

“Por que ela está agindo de forma tão tranquila numa emergência inédita dessas!!?”, a Rompedora podia fazer sua profunda indignação sobrepor a cobertura do capuz.

Além disso, já nem sabia mais o que fazer diante de tantas imposições contrárias da líder.

Láquesis, por outro lado, começou a aceitar aos poucos a realidade e se habituou ao choque primário da revelação.

O semblante espantado desapareceu, dando lugar às linhas sisudas no rosto, ainda bastante aquém do que expressava ao natural.

“Odeio ter que pensar nisso, irmã. Mas você não faria isso à toa, não é?”, semicerrou as vistas em direção às costas da mulher.

Por algum motivo, e deveria ser um bom motivo, a Tecelã ainda escondia algo maior do que o que tinha contado. Foi essa a sensação que se espalhou pelo coração de Láquesis.

E ela confiava muito em sua intuição.

Só de pensar nisso ela sofreu com novos calafrios, uma mistura de aflição e euforia. Um sorriso torto brotou de volta à face.

Por mais incrível e surreal que tudo aquilo fosse, talvez as coisas ficassem ainda mais interessantes nas novas conjunturas.

E até descobrir o que era essa omissão importante de Cloto, aceitaria de bom grado acompanhar o inesperado.

— Então, querida irmã. O que nos sugere a partir de agora?

Tendo as emoções recompostas, a Sorteadora questionou.

A Tecelã deu a volta, no intuito de regressar à Roda da Fortuna. Com a pergunta, passou os dedos delicados em alguns fios ao redor.

— Apenas observem. O momento está chegando. — Apenas encarou por cima do ombro. — Logo, logo, você precisará conceder outra audiência. Fique pronta para isso, Láquesis.

“Ela descobriu isso também”, a esguia lamentou, embora feliz por não ter sido repreendida.

Dito e feito, a líder das Moiras retomou as atenções ao mecanismo enorme em um dos extremos do salão.

Inaptas a oferecerem qualquer retruca, Láquesis e Átropos guardaram as efusividades pessoais, enquanto acompanhavam-na se aproximar do instrumento de criação das fibras.

Levou as mãos pequenas sobre uma delas e, ao subir o olhar que repentinamente ganhou outra tonalidade, a roda voltou a girar num solavanco estremecedor.

Por não ser mais necessário o ato de medir a Sorte dos jovens envolvidos no grande conflito daquela Era, a esguia comemorou a possibilidade de reduzir a carga de trabalho.

Não mais ficaria cansada além do desejado, assim como estaria livre para acompanhar todos os próximos desenrolares com a atenção redobrada.

A encapuzada resolveu retornar à escuridão de sua ala, sem superar o baque repentino por um bom período.

De todo modo, empenhou-se no intuito de manter a linha de desfecho dos Destinos que iam até seus domínios.

“Eu não sou medrosa como você, Átropos”, pensou em silêncio ao esconder um sorriso maior da irmã colérica, “Me mostrem o que podem fazer com essa liberdade que eu nunca imaginei que veria em minha longa vida, pirralhos!!”

Na sequência das deixas, Láquesis voltou a determinar a Sorte daqueles que não eram diretamente afetados; a maioria dos mortais e demais seres vivos.

Cloto, embora escondesse bem as aparências, sentia-se tão bem-disposta quanto a caçula.

Conforme o rodopio do grande ciclo de fibras voltou a pegar velocidade, fechou as vistas brilhantes, permitindo a ínfimos fragmentos de memórias calorosas regressarem à seu coração.

“Enfim está se tornando realidade... Papai.”

A madrugada começou a ser substituída pela alvorada no horizonte de indicação ao continente distante de Hélade.

Chloe, Julie e Irene, as mais avançadas dentre os apóstolos, já não poderiam mais ver o sol raiar no céu.

Àquela altura, a gigantesca morada das Moiras se apresentava ao alcance.

O topo celeste resumido a nuvens carregadas, que se tornavam negras após alguns poucos quilômetros, eram o convite absoluto para o grande final.

As meras passagens de luz, formadas em pontos específicos dos aglomerados responsáveis por rodear a enorme torre, já eram sentidas ao alcance.

E apesar disso tudo, o “relógio biológico” bem determinado das duas podia as indicar que a manhã do terceiro dia no Berço da Terra tinha chegado.

Chloe sequer piscava diante da paisagem. Havia uma sucessão de abismo, repleto de pilares rochosos gigantescos.

A queda, diferente da enfrentada nas correntes dos jardins suspensos, não mostrava rumo algum; somente uma treva nebulosa.

Julie mantinha o foco fixo no que vinha além daquele trajeto perigoso. Uma ponte quebradiça se estendia até um dos últimos pilares, conduzindo o trajeto final ao ponto de interesse.

O santuário gigantesco que parecia preceder a torre negra era composto por diversas construções nos arredores, como estátuas, torres e outros templos adjacentes.

Irene, na companhia das gêmeas, reagiu boquiaberta perante as enormes construções. Um misto de temor e ansiedade a dominou, pois estava ciente de o quanto alcançara na jornada.

Não parecia existir erro algum; aquele realmente era o lugar onde elas estavam.

— É, definitivamente, deslumbrante. — A purpúrea deixou escapar tal murmúrio.

Os olhos violetas brilharam em regozijo perante a simetria de todos os aparatos que compunham a “decoração” da entrada do santuário.

Mostrava todo o esmero que aquelas entidades possuíam em suas criações.

Já tinha percebido esse tipo de configuração desde os primeiros pátios e os Jardins Suspensos.

Equiparado a qualquer outra edificação encontrada no caminho até ali, aquela era, disparada, a mais requintada e imponente.

Mesmo comedidas emocionalmente, as irmãs podiam sentir um frio na barriga só de encarar a utópica linha de chegada ao pleno alcance.

No entanto, não era lugar nem momento de permitir que o nervosismo atrapalhasse.

— Prossigamos ao escopo definitivo.

A determinação da lanceira foi absoluta, sendo a primeira a iniciar as passadas rumo ao Destino.

“Resposta: Como quiser, minha irmã”, a arqueira seguiu as passadas da mesma forma.

A perplexa pacifista ficou para trás, demorando a perceber o avanço repentino das gêmeas.

Depois de perder meros segundos, realizou uma corridinha até alcançá-las.

E não demoraram a chegar no primeiro grande desafio daquela reta final...

— I-Irene... não sabe se consegue...!!

Trêmula de tão amedrontada, tentou fechar os olhos para os precipícios sombrios.

Não sabia o que era pior; aquela vista, ou o fato de as filhas de Atena aparentarem sentir nada perante tamanho perigo.

— Você chegou até aqui. Está deveras distante para sequer cogitar desistência, concorda? — As palavras da púrpura retumbaram nos ouvidos da garota. — És o único meio de atravessarmos ao templo.

“Portanto, já que estamos aqui...”, respirou fundo ao erguer o olhar. “Mostrem a nós o que aprontaram para a recepção, senhoritas do Destino.”

Cerrou os punhos, gesto que foi percebido por Irene ao encarar de soslaio.

Depois, mudou o foco para a alva, que semicerrava de leve as vistas esverdeadas.

Sabia que, apesar de serem mestres em esconder no exterior, as duas eram parecidas. Estavam nervosas, aflitas, incapazes de determinar o que aconteceria dali em diante.

Se já era assim desde a partida àquele lugar, há quase quatro dias, agora tudo tendia a piorar. O domínio das controladoras do Destino estava mais do que invadido.

Dito isso, ela tentou seguir os procedimentos demonstrados pelas irmãs, de respirar fundo até estufar o peito e relaxar a tensão nos ombros.

Em seguida, foi além delas ao bater as palmas uma contra a outra, cinco vezes. Aquilo chamou a atenção das duas e, de alguma forma, serviu para também as aliviar.

Nenhuma delas era adepta de coisas do tipo como rituais ou superstições — ainda mais cientes de que alguém as controlava, até certo ponto indeterminado.

Mesmo assim, se entreolharam em perfeita sincronia e assentiram uma para a outra, menos atordoadas graças aos feitos repentinos da antiga adversária.

Com a decisão mútua, elas decidiram saltar até a primeira plataforma, que se estendia a alguns metros da beirada ao abismo.

Só de ver isso, metade da confiança recuperada por Irene foi por água abaixo. Ela esgazeou as vistas índigo, encarando o ímpeto das duas ao pular de um ponto a outro.

Apesar dos pesares, inexistia outra opção. Como a ateniense tinha dito, chegara longe demais para voltar atrás.

O grande desejo dela estava logo ali.

Levada por tais devaneios, ela pegou distância, correu e realizou o salto. O coração quase parou, os olhos quase perderam a íris.

No entanto, ela conseguiu, após segundos tortuosos de viagem em pleno ar, chegar ao primeiro ponto.

Ao pisar no solo rochoso, acabou perdendo o equilíbrio em virtude da rápida perda dos sentidos.

Então, quando o corpo ameaçou ser puxado para trás, foi apanhada em cada braço pelas duas apóstolas.

Aquilo serviu para a despertar uma última vez, encarando as feições sisudas das garotas.

Agradeceu ao gesticular positivamente com a cabeça e foi puxada de leve por elas, voltando a se equilibrar.

Como tudo parecia bom demais para ser verdade, os vórtices negros surgiram na superfície daquela coluna. E outros também apareceram nas demais que vinham adiante.

— Eis as primeiras boas-vindas — resmungou ao apanhar a lança dupla, conectando o cabo das divisões.

Julie pegou o bastão e apertou o botão central, o transformando no arco celeste de forma ágil.

De mesmo modo, não demorou a apanhar as primeiras flechas da aljava na perna.

Já Irene, embora desaprovasse o cenário caótico, entendeu que seria necessário lutar.

Afinal, eram apenas criaturas desprovidas de sanidade.

A maioria delas estavam mortas.

Levou isso em consideração ao puxar o cajado de madeira, do suporte improvisado pelo que tinha restado de seu manto negro, na cintura.

Chloe estendeu o braço à frente dela.

Dúbia com a atitude, Irene apenas observou a ação imediata tomada por Julie em disparar diversas flechas pela extensão.

A maioria atingiu monstros localizados nas colunas seguintes, derrubando-os no precipício.

— Não parem. Nem por decreto... — Concentrada, a lanceira rompeu pelo centro contra os mortos-vivos mais próximos.

Conforme as correntes de vento criadas pela investida dela fazia seus cabelos dançarem, a pacifista, ainda em porte de seu cajado, entendeu o plano.

Enquanto uma desocupava as aglomerações a seguir através de disparos distantes, a outra abria os caminhos com o combate aproximado.

E quando os espaços favoráveis surgiam, as três só deveriam fazer uma coisa: correr.

Pularam à próxima coluna e repetiram o processo, assim sucessivamente.

Algumas criaturas surgiram de baixo dos espaços encíclicos, mas nem isso podia surpreender as irmãs sincronizadas.

“Elas são... incrííííveis!!”, os olhos de Irene brilhavam tanto que, por um instante, descuidou-se na retaguarda.

Um espectro saltou para a cortar, sendo percebido tardiamente. Quando virou o rosto, as garras esqueléticas já eram preparadas, rente ao peito.

Uma flecha zuniu pelo flanco esquerdo da aturdida e atingiu o centro do crânio do monstro, devolvendo o ímpeto.

Incrédula, a jovem pálida deu dois passos para trás, quase tropeçando nas próprias pernas.

— Não parem! — gritou Chloe.

Ao receber aquele chamado, ela pisou com força no solo, a fim de manter-se erguida.

“Irene não pode ser um estorvo!!”, concluiu na mente e no coração ao franzir o cenho e avançar contra o monstro de trevas.

Sem hesitar, atingiu-o com uma pancada de frente, empurrando a ponta florida do cajado para o atingir na barriga e o lançar com toda força de volta ao abismo.

A filha de Atena observou toda a sequência e assentiu para a ex-integrante dos Imperadores das Trevas.

Ela não era fraca, tampouco desprovida de habilidade — apesar de um pouco desajeitada em diversos aspectos.

Só precisava de um “empurrão”.

Ofegante com o feito, Irene juntou os lábios numa expressão aplicada e girou sobre os tornozelos.

Quando outros monstros surgiram em sua frente, ela levou o braço dominante ao controle absoluto do cajado, desferindo golpes rápidos para se livrar de todos e continuar.

Levou poucos segundos até se reunir às irmãs.

— P-perdoem a Irene... — Contorceu de leve as sobrancelhas.

— Não se preocupe com isto. — Chloe girou a lança e ajeitou a postura. — A resposta foi perfeita. Estou ciente de que detesta as batalhas, todavia, os adversários não passam de seres irracionais.

— Irene sabe disso. — Assentiu, apertando o objeto contra o peito. — Irene também pode ajudar!

— Perfeito... — Olhou de canto para a gêmea, que continuava a acertar inimigos distantes.

Com a junção da terceira aliada no combate, seria bem mais tranquilo o prosseguimento.

Isso foi confirmado da melhor forma, quando as três redividiram as responsabilidades e construíram o trajeto até a ponte.

Depois de completarem a travessia do abismo, tiraram breves segundos em prol de recuperarem o fôlego.

Irene respirou fundo. Ainda tremia um pouco em virtude da adrenalina, mas estava contente consigo mesma por ter driblado os medos sem abrir mão da própria filosofia.

Ainda assim, não havia tempo hábil a perder.

Logo à frente, já encaravam a passagem para o enorme santuário. Em destaque, duas estátuas enormes, uma masculina e outra feminina, em cada ala das grandes portas.

Sejam bem-vindas à entrada do Templo dos Destinos.

A voz familiar as recebeu, através de outra estátua menor, posicionada no topo do arco de passagem.

As três encararam os olhos esverdeados da figura de gesso, pedra e metais desconhecidos. Dali escaparam os feixes luminosos que criaram a projeção espectral.

Sintam-se glorificadas, meninas! Até os dias de hoje, posso contar nos dedos a quantidade de pessoas que alcançaram nossa morada...

Láquesis esboçou um sorriso entusiasmado ao passar a informação.

Opa, tudo bem? Muito obrigado por ler mais um capítulo de Epopeia do Fim, espero que ainda esteja curtindo a leitura e a história! 

✿ Antes de mais nada, considere favoritar a novel, pois isso ajuda imensamente a angariar mais leitores a ela. Também entre no grupo do whatsapp para estar sempre por dentro das novidades.
✿ Caso queira ajudar essa história a crescer ainda mais, considere também apoiar o autor pelo link ou pela chave PIX: a916a50e-e171-4112-96a6-c627703cb045

CatarseInstagramTwitterGrupo

Apoie a Novel Mania

Chega de anúncios irritantes, agora a Novel Mania será mantida exclusivamente pelos leitores, ou seja, sem anúncios ou assinaturas pagas. Para continuarmos online e sem interrupções, precisamos do seu apoio! Sua contribuição nos ajuda a manter a qualidade e incentivar a equipe a continuar trazendos mais conteúdos.

Novas traduções

Novels originais

Experiência sem anúncios

Doar agora