Edward The Guide Brasileira

Autor(a): Gusty


Volume 2

Capítulo 13: O pior dos fantasmas

A luz efêmera, falha em uma frequência aleatória de tempo, revelava a cada lampejo o perturbador cenário: o pai de Edward, desacordado, jazia espalhado sobre a cama, enquanto sua cabeça era pressionada por uma figura assombrosa, erguida ao lado dele.

O ato violento partia de uma mão inteiramente de madeira — cuja estranheza aumentava pelo contraste entre os dedos, que apertavam o crânio de Alex com suavidade, e a brutalidade do gesto. O material rústico e atípico do punho se estendia até o antebraço, origem dos estalos desconfortáveis que ecoavam pelo quarto. Acima dele, a madeira dava lugar a um tecido grosseiro, como um pano antigo.

A entidade, além da composição anormal, era tão alta que precisava se curvar para caber sob o teto, e mantinha-se envolta em longas vestes — uma extensão viva da própria escuridão.

Observar cada detalhe abafava todo e qualquer som ao redor de Edward, restava apenas o rugido de sua própria respiração, gradativamente pesada e alta. Incapaz de mover o corpo, o garoto presenciou seu ritmo acelerar ainda mais no instante em que seus olhos encontraram com o rosto da criatura.

Sua face, inteiramente feita de pano, revelava — pelas costuras — outro detalhe macabro: a cabeça parecia formada pela junção da pele de dois rostos distintos, como se vestisse uma máscara. Os olhos, duas esferas brancas e brilhantes, fitavam o fundo da alma de Edward, arrancando-lhe qualquer proatividade 

Mesmo pela falta de uma boca, o espírito repentinamente emitiu alguns sons abafados.

— Haah… ugh… ahh — em uma junção de vozes, finas e graves de homens e mulheres, a criatura grunhiu encarando Edward.

— O… o… que… que… — dizia Edward entre gaguejos na tentativa de formular sua frase. — O que… O QUE VOCÊ QUER?! — gritou em um lapso de coragem, mesmo ainda com a visão turva, engolindo o seco e cerrando os dois punhos. 

O jovem travava uma batalha contra si mesmo. O esforço para manter uma postura firme contrastava com o amargor que lhe preenchia a boca e o aperto sufocante no coração — um cenário digno de um pesadelo se desdobrava diante de seus olhos como uma realidade crua e inevitável. A angústia crescia por compreender, graças a análise física da monstruosidade, que em sua frente se encontrava com um Parasita.

O vento frio de uma noite serena, provido da larga janela retangular atrás do Parasita, agitava os lençóis e fazia ondular as vestes de todos no cômodo. Incapaz de apagar a chama ansiosa do jovem, o próprio insistiu em prosseguir com suas perguntas:

— O que você fez com meu pai? Por que você veio até aqui? — O grito explosivo de tempos atrás dara espaço para uma voz frágil.

Entre novos grunhidos, o Parasita revelava ainda mais do perigo que representava. Mantendo a cabeça de Alex sob a palma, o espírito fez brotar, na ponta de cada dedo, lâminas metálicas — grossas como as de uma tesoura industrial. Nenhuma parecia perfurar a pele do pai de Ed; em vez disso, deslizava-as lentamente por cada traço de seu rosto, como quem brinca com o controle absoluto que detém sobre a vítima.

A mera sugestão das possíveis feridas que aquelas lâminas poderiam causar fazia as pupilas de Edward saltarem, como se estivessem prestes a escapar de suas pálpebras. Na melhor das hipóteses, seu pai ainda estava vivo — mas sob um perigo latente.

— Ei pai… ACORDE! — Desesperado, tentou alcançar o sonolento familiar ao mesmo passo que segurava o choro de preocupação.

A falta de reação por parte de Alex colocava em xeque a relação que o filho um dia tivera com o pai. “Eu te perdi também?” refletiu Edward, enquanto a fúria em seu olhar se dissipava, cedendo lugar a um semblante vazio. No fundo, começava a se arrepender por não ter sido capaz de derrotar o pior dos fantasmas.

Acontecia há 1 ano e 2 semanas atrás.

Após se despedir do espírito de sua mãe, Edward apressadamente pediu para sua tia o levar de volta para casa, afinal de contas precisava contar tudo para seu pai. Ainda havia receio, no fundo duvidava que Alex aceitaria toda a loucura. No entanto, era obrigado a acreditar no otimismo de sua mãe.

— Pode parar por aqui mesmo — disse o menino, de forma agitada, para Lilly e apontou para o meio fio da entrada de sua casa.

— Certo — concordou estacionando o carro no local indicado. — Acho que vou junto com você — prosseguiu com a fala retirando o cinto de segurança — preciso falar com seu pai.

— Ahn tia… — Desgostava da ideia da visita de sua tia neste instante. — Provavelmente meu pai ainda deve estar dormindo…

— Ah, você acha? Já se passou do meio dia… 

— Tia… vem aqui amanhã… — Envergonhado, desviava a atenção para fora da janela de passageiro. — Queria ter mais um tempo a sós com ele.

— Certo, amanhã cedo volto aqui!

Lilly engolia sua insatisfação com o próprio irmão para apostar em agradar o sobrinho. 

Sem mais preparações, ambos se despediram e partiram em direção a seus objetivos.

Edward traçava o jardim de forma apressada, o momento era inoportuno para apreciar a decoração cada vez mais desgastada. 

Menos de um minuto fora suficiente para alcançar a porta de entrada. O frio na barriga convidava o rapaz a dar meia volta, dar vida ao plano de Joe exigia cada vez mais da coragem do assustado Edward.

Ainda que inseguro, decidiu girar a maçaneta. O maior de seus arrependimentos seria desistir de lutar até o fim pela sua verdade.

— Pai, estou de volta… — anunciou Edward fechando a porta e embarcando na escuridão da própria casa.

As cortinas grossas cobriam todas as janelas da sala de estar e da cozinha, impedindo a forte intensidade do sol. 

Tamanha escuridão, incomum, denunciava a falta de movimento por parte de Alex. Talvez ainda estivesse em seu quarto sem qualquer ânimo.

— Está dormindo? — perguntou aumentando o tom.

No ritmo de sua pergunta, o jovem procurou por algum indício de seu pai por todos os cantos da sala. A falta de respostas, provida por alguns instantes de espera, atiçava ainda mais Ed. 

“Ele só pode estar no quarto.” Transformar essa possibilidade em certeza soava como um dos piores cenários possíveis. Embarcar no quarto onde um dia sua mãe adormecia soava inviável, principalmente por compreender a alta probabilidade de acontecer uma discussão.

— Pai pode descer do seu quarto? Preciso conversar com você! — clamou aumentando o volume da voz, tentando silenciar os anseios.

As pernas bambas subiam os degraus curtos até o segundo andar. Observar a dificuldade em se ter uma simples conversa irritava profundamente o rapaz. Compreendia sua parcela de culpa na tamanha tragédia de sua mãe, todavia encontrava verdade na preocupação de Lilly: Alex poderia agir melhor como seu pai.

A um passo do corredor do segundo andar, Edward respirou fundo e deu voz a seus pensamentos intrusivos. 

— CONVERSA COMIGO, VOCÊ NÃO É O MEU PAI? NÃO DEVIA SE IMPORTAR?— gritou desafinando a voz, por falta de controle.

Edward convertera a insegurança em pura raiva; depois de tanto tempo guardando anseios, finalmente desabafava — ainda que apenas um pouco.

Quase instantaneamente após a fala, um estrondo causado pela abertura brutal de uma porta ecoou por todo o segundo andar. Em consequência, a frágil força que sustentava o menino se esvaiu, enquanto o arrependimento pelas palavras e pelo tom escolhidos circundava sua mente.

Os pensamentos repetitivos martelavam no ritmo do andar forte de seu pai pelo corredor — os estalos do piso de madeira, junto do ruído de pegadas, arrepiava por inteiro o filho.

Tarde demais para se arrepender, só sobrou encarar de frente toda a situação. Inseguro, necessitou agarrar em pequenas fagulhas de orgulho e força para se manter de pé e pronto para confrontar seu pai.

Da escuridão, surgia na frente do filho a imagem atípica de seu pai: Alex usava vestimentas surradas, assim como um cabelo inteiramente bagunçado. O rosto sereno, aliado ao olhar vazio, tornava-se ainda mais amedrontador sob a baixa luminosidade.

— O… o… que você disse? — perguntou, em uma voz grave, estampando uma respiração pesada.

A fala enrolada emitia um cheiro forte, amargo, aversivo para Edward: o cheiro de álcool. O fedor se misturava com o suor do pai, um conjunto capaz de causar náusea a qualquer um. A embriaguez pairava no ar; sem pedir permissão, o odor consumia o corpo do filho assim como sua própria mente — o contexto se tornara ainda mais difícil e desgastante para Ed. 

Irritado em ver o estado de seu pai, o filho segurou as lágrimas e cresceu outra vez.

— Você ouviu muito bem! — Manteve firme a fala tentando conter o tornado quente no meio de seu peito.

— Quer falar sobre o quê? Fala logo... MERDA! — reclamou, arrastando a fala e cerrando os punhos. A respiração, ainda mais ofegante, acompanhava as próximas palavras: — Por que não dormiu na casa da sua tia, hein? — concluiu, franzindo as sobrancelhas.

A cada gesto, a cada mudança na feição de Alex, entristecia mais e mais Edward. Pela primeira vez precisava lidar com este terror sem ajuda de sua mãe, o que trouxera um medo imensurável.

— Pai… se acalme por favor. Eu quero tentar te explicar melhor—

— “Se acalme” — riu entre cuspes involuntários — é tão simples não é mesmo? Porra, o meu filho matou minha esposa e eu tenho que ficar calmo…

Sem qualquer tipo de controle, Alex socou a parede à direita, reverberando um ruído seco.

O pai ignorava a dor de sua mão, simulava uma respiração profunda e novamente dirigia a palavra para o filho.

— Pronto filho, estou muitoooo calmo agora tá?

O tom irônico saia da voz da desconhecida pessoa, Edward já não reconhecia como seu próprio pai.

As últimas palavras grudaram na mente do filho. O olhar perdido, incapaz de focar na figura à sua frente, denunciava a vontade de fugir de Edward. Mais uma vez, a escuridão o abraçava com suas mãos sedutoras.

Trêmulo, o menino flertou com a ideia de retroceder os próprios passos — colocou o pé esquerdo no degrau de baixo.

Entre lágrimas, recordava do diálogo de sua mãe. No fim, a realidade quebrara qualquer otimismo divulgado por Joe.

Embora gradualmente coberto por lágrimas, Edward precisava agir como um gigante, Fugir sem honrar o plano e as palavras de Joe seria o seu maior pecado. Justamente isso, aproximou de seu pai e retrucou:

— Prefiro… — o fluxo de lágrimas atrapalhava a fala do rapaz. — Prefiro… saber que nunca… nunca serei um pai que abandona o filho quando ele mais precisa. Um pai que prefere me culpar ao invés de me escutar…

— Cala a boca Edward!— respondeu cerrando os dentes.

— Não, eu não vou! — Agarrado em seu único porto seguro, Joe, Edward continuou. — Eu vi uma pessoa naquela estrada e sim eu também estou com raiva de mim, mas não minto quando digo que vi alguém.

—- Depois do acidente tinha alguém lá? Hein? TINHA? — Alex abria e apertava de forma compulsiva o punho direito na tentativa de se segurar, evitando uma possível agressão.

— Não, claro que não tinha… Eu vi a porra de um espirito… isso é loucura mas é a verdade! — Finalizou soluçando, tremendo os lábios da boca.

O silêncio pairava no ar, escutava-se unicamente o limpar de lágrimas por parte do filho. 

De rosto mais limpo, sentia que deveria continuar.

— Hoje mesmo, vi mais alguns… fui no cemitério. — A sua ansiedade o fazia gesticular sem parar. — Eu vi minha mãe!!

— NÃO OUSE CITAR SUA MÃE!

Jamais imaginara presenciar tamanha agressividade vinda de seu pai. Questionava-se se o pior dos demônios poderia ostentar um semblante mais amedrontador do que aquele que o encarava.

Paralisado, Edward mostrava brechas para Alex continuar com sua performance. O cheiro corrosivo, cada vez mais aversivo, de cerveja contaminava ainda mais o ambiente.

— Para de falar merda. Não está contente com tudo que já aconteceu? Temos mais exames pra fazer—

—- Você sabe muito bem que nenhum resultado irá te satisfazer. E nenhum exame que eu faça vai detectar alguma anomalia. 

Terrivelmente o cenário se tornou um campo de batalha, ambos estavam machucados com suas respirações pesadas. Contudo a vontade de vencer ou apenas o ego dos mesmos, os impediam de ceder. 

— Quando conversei com minha mãe naquele cemitério ela me disse algo que jamais eu teria conhecimento.

— PARE!! — gritou Alex esbarrando no filho e descendo as escadas.

O pai realizava uma espécie de movimento de recuo. Dirigiu-se para a cozinha, carecia de se embebedar ainda mais. Mostrava-se longe de ter desistido do diálogo, na realidade enxergava que era necessário ainda mais álcool para aturar toda a baboseira de Edward.

O filho, insistente, desceu a escada em disparada, virou à direita, ignorou a vasta sala de estar e seguiu para a bagunçada cozinha — nada o impediria de perseguir o homem embriagado.

Avistou o pai, em um trajeto tonteante, em busca de uma nova garrafa dentro da geladeira. Tal procura não impedia Ed de continuar com sua abordagem.

— Você era bem romântico, tenho certeza que ela está odiando ver você agindo assim! — A acidez em seus comentários enfatizava sua maior arma e ao mesmo tempo sua maior defesa contra todos os sentimentos ruins que seu coração carregava. — Mesmo sem muito dinheiro você fez questão de comprar uma rosa para minha mãe… apenas uma rosa

Já com uma garrafa em sua mão, o pai respondeu outra vez munido de seu sarcasmo.

— Meu Deus Edward… VOCÊ DE FATO VIU A JOE!! — falou forçando o rosto de espanto enquanto chacoalhava as mãos, simulando um susto. Em um estalo retomava sua ferocidade. — Inferno… Agora me diga: onde foi esse encontro? O que estávamos fazendo? O que eu disse pra ela naquele dia? Sério essa é sua grande prova!

“Era óbvio que não funcionaria mãe... falamos tão pouco sobre.” Já no processo de aceitação da situação, o triste menino retirou sua atenção do pai. 

— Agora me deixe… — Trombou novamente com o corpo do filho e se dirigiu até o sofá da sala. — Vá dormir.

Ao ouvir todas as últimas palavras, pareceu errado deixar que a assustadora fera saísse vitoriosa sem ao menos tentar um último ataque. Cabisbaixo, sem qualquer rastro de lágrimas, conformava-se com a tristeza e falou em bom tom:

— Minha mãe e sua irmã possuem um colar, quase que um amuleto. Sei muito bem onde posso pegá-lo, sei que está em seu guarda roupa em seu porta joias. Inclusive, vou subir e pegar ele para mim. Pouco importa o que você vai dizer agora, essa é a verdade. Você sabe que eu nunca iria imaginar esse colar, até porque faz tempo que ela não o usa. Minha mãe, antes de partir, contou onde o guardava.

— Caralho… — resmungou em um tom baixo ainda caminhando até o sofá.

Alex cansado, quase espumando de raiva, decidia finalizar com a discussão. Depois de poucos segundos, respirou fundo, jogou-se no sofá e prosseguiu:

 — Para de dificultar ainda mais as coisas… Vá pro seu quarto AGORA! Foda-se… — pausava a fala para dar um novo e longo gole na garrafa — sua mãe poderia ter te contado em inúmeras ocasiões sobre o colar. Vá pro seu quarto, não quero ouvir mais nada de você.

Cansado de se manter cabisbaixo, Edward ergueu a própria postura e partiu em direção, novamente, da escadaria. Antes de iniciar a subida, encarou o pai espalhado no confortável assento e pontuou:

— Desisto... Quer saber? Foda-se... — olhava fixamente para o pai, que estava de lado para o filho. — Iremos fazer dezenas de exames, e nenhum deles vai comprovar o seu ponto. Eu sei da verdade, minha mãe sabe da verdade... e ainda confirmei outra coisa: você é um péssimo pai. Se quer me culpar, então se culpe duas vezes mais: uma por fazer aquela manobra e outra por não me olhar como deveria.

Sem pensar duas vezes, Alex se levantou e lançou a garrafa na direção do filho. Talvez pela embriaguez ou por um lampejo de bom senso, o objeto acertou com força total apenas a porta de entrada — que estava a três passos de Edward.

A garrafa explodiu lançando diversos pedaços de vidro por toda região da entrada. Ainda que assustado, o garoto manteve seu olhar fixo para onde seu pai se encontrava. Alex parecia paralizado, o rosto rancoroso dava espaço para uma feição pálida. 

O barulho de cada fragmento batendo no chão revelava outra coisa que também se partia. Edward já acreditava que jamais conseguiria reconstruir a relação com o próprio pai. Prestes a chorar novamente, virou-se e caminhou em direção ao quarto.

Já na porta de seu refúgio, apelidado de quarto, Edward escutou um choroso lamento no andar de baixo. Em resposta, só conseguia entrar no cômodo e trancar o mais rápido a porta. 

A frustração e a melancolia dominavam Edward. Havia falhado em provar seu dom e, principalmente, não conseguira enxergar, naquela pessoa, o pai que tanto amava. Talvez ele precisasse ser salvo de alguma forma... mas como fazer isso?

Todos os acontecimentos recentes fizeram Ed compreender que no mundo existem dois tipos de pessoas: Os que se movem independente do que aconteça e aqueles que vivem aceitando a natureza estranha de um relógio parado.

Neste momento entendia que tanto ele quanto seu pai estavam no segundo tipo, porém sabia perfeitamente que deveria sair desta situação. Entendia o quanto precisaria ser forte e melhor dali pra frente.

Gostaria de algum dia provar tudo aquilo que disse anteriormente, entretanto identificava que seria melhor evitar essas discussões com seu pai. E assim fez.

O problema é que a cada nova tentativa de aproximação, por parte de Alex, Edward rejeitava. Independente da mudança de hábitos do pai, o sobrenatural gritou mais alto.

 

Nota do autor

Gostaria de pedir desculpas pelo atraso de uma semana e um dia na publicação deste capítulo. Tive alguns problemas quanto minha saúde mental e acabei aproveitando para descansar e dar mais tempo na produção da arte para este capítulo.

Infelizmente o atraso não foi suficiente e por conta de novos imprevistos Gigi não conseguiu finalizar a ilustração. Quando for finalizado a arte será incluída neste mesmo capítulo!

Agradeçemos pelos mais de 9k de acessos, pelo carinho, paciência e, principalmente, pod acompanhrem nossa obra. 


~ Gusty

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