Volume 8

Capítulo 157: Eventos destinados

No palácio de Courtois, os cavaleiros e nobres que haviam perdido a bandeira conhecida como Aileen, e muitos soldados que participaram do golpe foram apreendidos.

Uma parte do palácio havia queimado e as paredes estavam desmoronando, mas sem tempo para considerar os custos de reparo, Fina levou Sophina e suas peças, os defensores, para se encontrarem com sua mãe e seu pai.

Albach estava deitado na cama. Ele parecia um pouco aliviado porque o tumulto no palácio havia diminuído. Mas quando ele ouviu sobre Aileen, sua expressão turvou.

No lugar de Albach, cuja voz ainda não saía, Ciel perguntou a Fina:

— Fina, eu reconheço sua habilidade em parar as ações imprudentes de Aileen. A verdade é que você conseguiu muito enquanto nós não podíamos fazer nada. Você pode se tornar a próxima rainha, reinante ou consorte, e fazer o que puder. No entanto, em relação a Aileen...

Sua mãe Ciel também se preocupava com Aileen.

Fina acenou de leve com a cabeça.

— Entendido. No entanto, ela será oficialmente tratada como morta. Isso é o máximo que posso fazer.

Ela promulgou uma insurreição enquanto o império estava invadindo. Dali em diante, Aileen seria tratada como morta.

— Isso é o suficiente. Além disso, sobre a situação de guerra...

Mesmo que eles possuíssem dragoons, se o palácio estivesse em ruínas, talvez algo terrível estivesse acontecendo no campo de batalha.

Enquanto Ciel pensava nisso, Fina deu um suspiro interno.

"A irmã foi e despachou minhas tropas, então não tenho forças para enviar ao mestre. Embora tenha ouvido que os Arquiduques Halbades e Diade enviarem reforços."

Fina não iria transmitir a Ciel qualquer pensamento positivo. Ela apenas expressou a verdade.

— A situação ainda está sendo verificada.

Uma ruga enfeitou a testa da rainha.

— Isso é uma humilhação. Mesmo se você vencer aqui, se o território for perdido, você será a próximo a enfrentar o carrasco.

Mas Ciel realmente não podia culpar Fina por isso. Ela tinha, em essência, sido jogada por sua outra filha em uma prisão domiciliar.

Fina virou-se para Ciel e deu uma reverência.

— Já tomei as medidas apropriadas, então não precisa se preocupar. Agora, quanto ao que está por vir...

A confusão no palácio seria resolvida por Fina.

"Muito bem, já preparei um local para o mestre retornar, só resta o campo de batalha."


— O que é… isto…

— General Licorise, o que em nome de Deus é isto?

Mies Licorise, a ajudante de Askewell, e uma garota cujo nome foi colocado na posição de segunda em comando, olhou para a cena no campo de batalha sem dizer nada.

Os monstros negros fortalecidos que ela preparou, vivos ou mortos, dissiparam-se em fumaça e se reuniram em dois pontos.

O primeiro foi em Askewell, que tinha sido derrotado pelo cavaleiro branco.

O resto se reuniu no céu e assumiu a forma de um dragão.

O Gora Askewell tinha sido preparado como uma contramedida para dragoons para decidir a batalha.

Um monstro gigante e horrível com vários braços. Sua forma aprimorada contava com asas, para que pudesse voar através do céu.

Mas na partida do Dragão Branco, ele sofreu uma grande lesão e foi enviado para as linhas de fundo.

Assumindo essa forma gigante, Askewell afundou até o peito na testa do gora. Tudo o que podia ser visto era sua silhueta caída.

— Eu não sei. Isto não é… o que eu…

Desde o início, havia muitos pontos não naturais. O monstro controlado atingiu tanto sucesso que até a deixou com medo. E estabelecendo um exército de monstros aprimorados.

Era um exército de monstros criado sem nenhuma pesquisa decente, mas mesmo Mies nunca pensou que pudesse fazer algo assim.

Seu subordinado, um cavaleiro, buscava confirmação:

— Devemos chamar de volta os generais?

O autoproclamado arquimago Leor estava preparando um círculo mágico, então ele não conseguia se mover.

Bahn Rhoshwas disse que não estava interessado e liderou seu exército separado do batalhão principal.

Mies queria segurar sua cabeça.

Leor era uma pessoa que se fixava em preparar seu próprio círculo mágico pessoal, e só lutava em cima dele. Se o inimigo se desviasse, sua magia provavelmente os atiraria para longe. Ele provavelmente poderia até enfrentar um dragoon.

Mas ele não conseguia se mover.

Bahn tinha aversão por cercar um único homem com um exército enorme e não dava sinais de se mover. Não, ele poderia se mover se notasse essa situação anormal...

— Envie um mensageiro para...

Quando Mies estava prestes a se mover, um dragão rugiu no alto.

Quando ela olhou para o céu, o cavaleiro branco havia colocado seus escudos e espadas de luz, saltando para enfrentá-lo.

— Mas o que diabos ele está...!?

Vendo Rudel enfrentar o dragão de aparência diabólica, Mies gritou com os olhos marejados.


"Entendo. Então essa é a sua resposta."

Enfrentando o dragão espinhoso e sinistro, Rudel disparou um bombardeio de magia. A razão pela qual ele levou a batalha para o céu foi porque Askewell não estava se movendo.

Embutido na testa do gigante, o príncipe ainda estava caído sem se mover.

Portanto, ele decidiu que o dragão era uma prioridade maior.

O dragão estreitou os olhos quando recebeu a magia de Rudel. No entanto, não importava como o dragoon disparasse, não havia nenhum efeito visível.

— Não vá arbitrariamente fechando as cortinas. Eu definitivamente refleti um pouco... mas você é meu inimigo, não é?

Enquanto Rudel amava dragões, isso não significava que ele era gentil o suficiente para conceder sua vida a um.

Mais do que isso...

— Mas eu mesmo tenho um ódio especial por tais meios dissimulados.

Ele olhou para o dragão.

A fumaça negra se reuniu para derrotar Rudel e tomou a forma de um dragão. Isso era algo que o rapaz não podia perdoar.

"Entendo. Mas este é o seu fim. Deve ser o seu fim. Essa é a conclusão da 'história', e seu destino."

O dragão sinistro... a serpente vil abriu suas grandes asas, a atmosfera tremendo sob seu rugido. As vibrações sozinhas enviaram Rudel para trás, o fazendo bater no chão.

Se levantando depressa, o rapaz limpou a boca.

— Isso apenas com o rugido!? E nem estou o arranhando...

Enquanto em seu interior ele queria montá-lo um pouco, Rudel agarrou sua arma.

"Você não deve manter seus olhos em mim. Aquele que vai te matar é..."

Rudel baixou um pouco os olhos. Ele não teve escolha.

Pois lá havia a forma de um gigante negro, causando tremores na terra enquanto abria caminho até ele.

Visando Askewell em sua testa, o dragoon não hesitou em formar e disparar espadas de luz.

Enquanto elas batiam diretamente e explodiam, o pensamento de parar parecia estranho para este ser de quatro braços.

— Isto… será difícil.

Aproximando-se de seu limite, Rudel murmurou para si mesmo, diante dele um dragão no ar e uma gora na terra:

— … este é o meu destino?

Com um pequeno murmúrio e uma pequena risada.

— Mas não é ruim. Se algo quer me derrotar, é melhor que seja muito forte...

Por um momento, Rudel se lembrou de Sakuya quando ela tinha sua forma humana.

As palavras que ela disse a ele.

— Quando estou em minha jornada para me tornar o dragoon mais forte, se parar aqui, ela rirá de mim.

Com um desespero avassalador à frente, Rudel lentamente avançou.

Ele caminhou, aumentando aos poucos sua velocidade para enfrentar o Gora. Embora fosse enorme, seu equilíbrio parecia precário em seus dois pés.

— Tudo bem, vamos começar com os tornozelos.

Apesar de estar na pior situação, Rudel tentou encontrar a melhor opção. Contudo, o dragão no ar deu um grande bater de asas para obstruí-lo.

Com os ventos soprando sobre ele deixando difícil o movimento, Rudel se infiltrou no espaço ao redor dos pés do gora e cortou com sua espada em seu tornozelo.

A pele do gigante era muito grossa, um corte normal não parecia capaz de atingir o tendão.

— Nesse caso!

Espada Mágica. Luz residia em sua lâmina enquanto mana formava um fio de espada em torno dela, seu comprimento crescendo para algumas dezenas de metros. E com um giro.

A perna do gora foi decepada.

— Vamos começar com esse cara...!

Rudel saltou para trás com grande pressa quando um ataque de sopro foi disparado de cima para envolver o gora também. Ele conseguiu desviar.

Mas a vil serpente no ar não parecia perturbada.

O chão afundou, em meio ao inferno escaldante, o gora, que terminou de regenerar sua perna, se levantou.

O rapaz ouviu a voz da serpente no céu:

"Lute, fique de pé. Tudo o que o espera é a morte."

Rudel, ao ouvir isso, preparou sua arma com um sorriso.

— Pode vir.


A parceira de Bennet, o dragão da água Heleene.

Montando em suas costas, o grupo de Izumi e Aleist se reuniu com Sakuya ao longo do caminho. Depois de descer os evacuados e confiá-los a Chlust, eles se dirigiram para o campo de batalha a toda velocidade.

Bennet sentiu o ar tremer nas costas de Heleene.

— Que sensação é essa...

Assim que Bennet sentiu uma presença desagradável, Heleene ficou com a mesma impressão.

"Sim. Esse sentimento detestável. Como devo dizer, isso está me irritando."

Deixando o comentário de Heleene de lado, Bennet sabia que o campo de batalha estava próximo e ordenou que todos se preparassem para a luta.

— Estamos nos aproximando da batalha. Estão todos prontos?

Izumi acenou com a cabeça; Aleist tinha colocado sua armadura negra, ele estava pronto para ir.

— Estou bem.

— Tudo certo aqui. Mas Heath está bem?

Agarrado na pata da frente de Heleene, o corcel de confiança de Aleist estava sendo carregado com eles. Bennet ouviu sobre a condição de Heath de Heleene e a transmitiu para Aleist.

— Sem problemas. Você tem um belo cavalo. Ele está se preparando para começar a correr no momento em que suas pernas tocarem no chão.

Aleist se sentiu aliviado. As integrantes de seu harém estavam acabando de se preparar também.

Mas assim que Bennet olhou para a frente, sua expressão ficou um pouco amargurada.

"O inimigo deveria ter preparado tropas na casa das dezenas de milhares. Em tal campo de batalha, Rudel está sozinho. Além do mais, nós, seus reforços, somos tão poucos."

A probabilidade de sobrevivência de Rudel, e os danos causados ao seu potencial de guerra enviando números tão pequenos.

Com uma situação muito dura diante dela, Bennet se preparou.

"Um campo de batalha tão drástico é novidade para mim."

E o campo entrou em vista.

— … o que é isso?

O campo de batalha que ela viu teve seus arredores explodidos, o chão estava mostrando sua pele, não havia um exército, mas um dragão negro pairava sobre a terra estéril.

Na terra, um grande gigante balançava seus quatro braços e abria sua boca grande.

Mas quando uma luz radiante foi emitida, três de seus braços foram arrancados e saíram voando.

— É Rudel!

... ele estava vivo.

Ao confirmá-lo assim, Izumi gritou, enquanto Aleist fez um punho com a mão direita em uma pose triunfante. Bennet também ficou aliviada, mas...

O dragão sinistro rugiu, enquanto a boca aberta do gigante emitia centenas, milhares de objetos que pareciam agulhas.

Os intensos sons de batalha que tinham ocorrido até aquele ponto não podiam mais ser ouvidos.

Atrás de Heleene, Sakuya, que estava seguindo de forma desesperada, rugia. Era quase como se ela estivesse gritando. Quando Bennet olhou para Izumi, ela tinha desabado em seus joelhos.

— ... então nós não conseguimos.

Essas palavras de Bennet fizeram Aleist entrar em choque.

— De-de jeito nenhum. Mas ainda há uma chance de ele estar vivo!

Ele pode apenas estar ferido. Isso era o que ele queria dizer, mas pelo estado de Sakuya e de Izumi, Bennet entendeu que as perspectivas eram sombrias.

— Um dragão tem uma boa compreensão do estado de seu parceiro dragoon. Infelizmente... estamos agora em uma batalha de vingança. Na pior das hipóteses, recuperaremos o corpo de Rudel e saímos.

Para seu tom frio, Aleist agarrou os ombros da comandante.

— Co-como você pode...!

"Dizer algo tão cruel", Aleist queria dizer isso. Mas Bennet sabia como cadáveres eram tratados no campo de batalha.

No mínimo, querer dar um fim apropriado ao corpo ainda era uma demonstração de compaixão.

— Vamos aterrissar em breve. Se ele estiver vivo, você pode ouvir suas últimas palavras. Você e Izumi se apressem até Rudel.

Bennet produziu um bumerangue de ferro de uma bolsa presa em Heleene e segurou-o em sua mão.

Assim que Heleene se aproximou do campo de batalha, ela lançou um sopro.

Enquanto parecia haver tropas seguras em ambos os flancos da matriz de batalha do exército imperial, o exército no centro estava em frangalhos.

Enquanto parecia bizarro, também parecia óbvio que não seriam capazes de se aproximar do dragão e do gigante fora de controle no centro com tanta facilidade.

"Aqueles malditos imperiais prepararam algo louco."

Um dragão negro e um gigante.

Não foi só Heleene que achava que isso era obra do império. Assim que Aleist se separou de Bennet, ele baixou os olhos e sacou suas espadas.

"Ele deve ter feito um belo estrago, aquele Rudel."

Sabendo que seu subordinado havia lutado de forma esplêndida, Bennet fortaleceu a mão segurando sua arma. Ela continuou testando o dragão negro ao disparar sopros contra ele.

— Estamos aqui.

No campo de batalha, soldados imperiais se reuniam em torno de Rudel.

Tecendo numerosos bumerangues no espaço entre os dedos, Bennet os jogou em rápida sucessão.

Heleene voou perto do chão para facilitar a desembarque de todos.

E a cena que veio à tona foi de Rudel, seu peito perfurado por um longo projétil semelhante a uma lança.

— Todos, desçam.

Heleene baixou Heath no chão, enquanto o grupo de Izumi e Aleist pulou de suas costas um após o outro.

O que Bennet viu no momento depois que ela pulou foi a forma de Sakuya socando o gigante.



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