Volume 7.5
Capítulo 135: A trovadora (Parte 4)
Tendo aceitado a missão de ser o guarda de Cleo, Rudel ficou diante da unidade de Emilio, pensando:
"Mesmo que sejam cavaleiros e soldados oficiais, quão verdadeiramente não confiáveis para os guardas de uma princesa."
Embora essa não fosse a melhor maneira de dizer isso, o grupo era formado por um cavaleiro e três soldados.
… do ponto de vista de Rudel, não era uma diversidade que o fazia sentir muita motivação.
No quarto que ele tinha permissão de usar, a princesa Cleo e os designados para serem seus guardas teriam que pensar em seus papéis a partir de agora. Uma criada serviu chá para todos. No meio de tudo isso, Rudel chamou Emilio, que estava olhando para ele.
— Emilio-dono, em relação aos detalhes da guarda, gostaria de decidir sobre a divisão do trabalho.
— ... essa deve ser uma boa ideia. Mas mesmo se eu disser isso, a partida será em dois dias, portanto, nossa missão cobre apenas hoje, amanhã e a manhã seguinte. Você não quer me dizer que a elite de Courtois, um Dragoon, precisa dormir para exibir sua força?
Foi uma frase provocativa, mas Rudel entendeu seu sentimento. O rei de seu país não confiava nos cavaleiros de seu próprio reino. Em uma situação em que Emilio teria que seguir as ordens de um cavaleiro estrangeiro, não havia como evitar sua irritação. Além do mais, ele estava tentando fazer seu trabalho.
Por enquanto, isso bastava... não, pensando no período da missão, era suficiente.
Naquele quarto que parecia uma sala de reuniões, os nove de Courtois e Celestia tomavam seu chá em uma atmosfera inexprimível. Cleo estava sentada em uma cadeira conversando com Izumi e Millia.
Em frente à entrada, o grupo nervoso de três soldados estava ao lado da porta.
"Eles estão tensos demais. Eles não vão aguentar o anoitecer..."
Pela posição em que estavam, Rudel percebeu que eles não receberam um grande grau de treinamento. Ele olhou para Emilio. Ele tinha fama de talentoso, no caminho para cá, ele havia falado sobre como salvou Cleo no incidente.
Talvez ele fosse um cavaleiro de confiança.
— Vamos ficar bem. Sua preocupação é desnecessária. Mas se é possível aumentar o número de cavaleiros e soldados, devo fazer o apelo.
Sem um incentivo para se opor, Rudel pensou em nada mais do que aumentar a taxa de sucesso da guarda. Ele apenas tentou lidar com isso com números.
Mas Emilio balançou a cabeça.
— Isso será impossível. Com o último ataque, os cavaleiros foram espalhados até o limite para fornecer segurança à cidade da fortaleza. Os soldados também.
Assim que Emilio disse isso, Rudel pensou:
"Estamos falando da princesa do seu país. Mesmo assim…"
Rudel olhou para Cleo. Embora ela parecesse culta, era difícil imaginar que ela havia recebido educação como integrante da família real. Ela era gentil de coração, mas ele ouviu muitas palavras da boca dela que mostrariam fraqueza na diplomacia estrangeira. Vista como uma princesa, ela era um fracasso, como pessoa, uma mulher gentil e bonita.
"Uma vida vivida apenas para a morte, hum."
Rudel se lembrou de Sakuya.
Ele lembrou a deusa que jogou fora o pouco que restava de sua vida para lhe conceder um dragão. Enquanto a Sakuya renascida continuava com seu nome, suas memórias não permaneciam.
De repente, ele acabou vendo Cleo se sobrepor à deusa.
Rudel fechou os olhos e reprimiu suas emoções.
"Esse é um problema deste país. A missão que me foi dada é protegê-la até o dia chegar. Não vacile Rudel."
Lembrando ele mesmo disso, o garoto voltou à discussão com Emilio.
— Provavelmente seria melhor para uma mulher entrar nos aposentos privados da princesa. Vou colocar Izumi e Millia ao lado dela. O resto de nós deve protegê-la quando estivermos em movimento e defender o perímetro enquanto ela está dormindo. É claro que o soldado na porta será destacado em rotação.
Emilio rangeu os dentes com as palavras de Rudel. Ele também estava ciente de que o grupo de três não tinha resistência para manter a guarda por dois dias.
Ouvindo isso, os três levantaram suas vozes.
Ao gritarem, Cleo também ficou surpresa.
— Nós não somos inúteis!
— Is-isso mesmo! Uma noite sem dormir não é nada.
— Com uma soneca pela tarde, acho que vai dar certo, não vai?
Seguindo a voz alta de Ben, Pono transmitiu a mesma opinião. Passan deu uma resposta bastante honesta.
Emilio cerrou os dentes com essa resposta. Talvez ele quisesse dizer a eles para se calarem, mas na frente de Rudel e os outros, ele se segurou.
— Vocês três, não precisamos de suas opiniões por ora. Depois que as coisas forem decididas, eu retransmitirei as ordens.
— Ma-mas, capitão…
Enquanto Ben hesitava, Emilio o silenciou com apenas um olhar. Rudel o avaliou como um cavaleiro com alguma experiência.
"Ele é habilidoso. E, diferente de mim, ele tem experiência."
O próprio Rudel poderia calcular com facilidade sua própria experiência de combate real. Mesmo assim, ao olhar para Emilio, ele se sentiu desconfortável.
Do ponto de vista de Rudel, essa missão foi lhe dada porque ele havia contratado um dragão esplêndido... um contrato com Sakuya. Talvez fosse justamente porque ele sabia disso que o garoto poderia agir com tanta calma.
Mas Emilio não se mostrou gentil com sua compostura.
— Então que tal isso? Por que não aproveitar esta oportunidade para discernir nosso nível de habilidade?
— … não tenho problemas com isso.
O cavaleiro apresentou um duelo para Rudel.
Cleo levou seus pés aos campos de treinamento usados pelos cavaleiros.
Essa era sua primeira visita, e ela sentiu algo mais sufocante do que imaginara. O campo de treinamento construído na área interna era cercado com espadas e lanças de madeira e toras para serem usadas como alvos.
Quando Rudel e companhia eram os únicos que deveriam estar lá, o lugar cheirava a homens. Talvez a maneira como a sala foi construída para conter o calor fosse a culpada.
— Pa-parece um pouco peculiar aqui. Os cavaleiros estão sempre treinando em um lugar como este?
Cleo iniciou uma conversa com Izumi ao seu lado. Cabelo preto era uma visão rara para ela. E a digna Izumi era mais velha que a princesa, transmitindo uma impressão confiável. Se o seu próprio país tivesse cavaleiras, ela imaginou que elas com certeza exalariam esse sentimento.
— Isso varia de acordo com o país e a brigada de cavaleiros, mas quando é construído em ambientes fechados, não há como evitar isso.
Izumi entendeu o que ela queria dizer, então não disse mais nada. De quão confusas suas palavras foram, Cleo entendeu que a situação era praticamente a mesma, não importava onde você fosse.
Era verdade que ela estava um pouco excitada por ter entrado nesse lugar pela primeira vez.
Porém…
— Inaceitável! Você não está nem perto de ser adequado!
— Ai!
— Treinamento insuficiente!
— Geh!
— Não há nenhuma técnica!
— Bubrah!
Quando ela viu Rudel derrubar os três que investiam contra ele com as mãos vazias, seu rosto ficou pálido. Olhando Izumi e Millia ao seu lado, elas estavam com rostos despreocupados.
Derrotando os três desafiantes em um instante, Rudel limpou as mãos enquanto falava. A seus pés estavam as formas dos três tentando se levantar. Pono e Passan ainda lutavam para se levantarem. E Ben agarrou o tornozelo de Rudel.
— Mas sua determinação recebe uma nota de aprovação.
Ouvindo sobre seu sucesso, os três desmaiaram.
— A-aquilo é um dragoon? Tudo isso aconteceu rápido demais para meus olhos acompanharem.
Enquanto Cleo estava apreensiva, Millia explicou:
— Está tudo bem. Rudel está fora da norma, então você não precisa compará-lo a um cavaleiro comum. Contanto que você se lembre de que ele é o estranho, você não terá problemas.
— É-é mesmo. Ele é estranho? Não sei de nada quando se trata de cavaleiros.
A perturbada Cleo olhou para Rudel. Ele estava levantando os três e colocando-os para dormir em bancos. Emilio tirou o sobretudo e jogou uma espada de madeira para o rapaz.
Pegando-a, Rudel se posicionou com o lado esquerdo do corpo projetando-se para a frente.
— Não estou vendo um escudo.
Emilio também se posicionou quando disse isso. Rudel riu.
— Só não quero mudar minha postura. E não tenho intenção de ser atingido.
Com a provocação de Rudel, os dois entraram em um intenso choque de madeira contra madeira. Olhando para Emilio no momento do impacto, Cleo ficou surpresa ao descobrir que havia um cavaleiro que poderia acompanhar o homem. Lutar em igualdade com o cavaleiro aclamado como um gênio com certeza era uma maravilha.
Vendo sua expressão, Izumi falou:
— Nenhum dos lados está particularmente sério, então não haverá feridos.
— É-é mesmo?
Quando Cleo olhou para dois cavaleiros balançando suas espadas de madeira com violência, parecia que ela pensou que os dois estavam usando força total. Então, Emilio aumentou o arco de sua espada. Com essa abertura, Rudel tentou avançar, apenas para recuar instantaneamente.
Perseguindo-o, Emilio aos poucos fortaleceu sua ofensiva.
Vendo a superioridade de um cavaleiro de seu país, não importava o quanto detestasse violência, Cleo ficou aliviada. O fato de o cavaleiro de seu país resistir a um cavaleiro de Courtois era um fato importante.
Mas Izumi estava com uma cara conflituosa.
— O mundo com certeza é vasto. E pensar que ele teria um movimento como esse.
Cleo não conseguia entender o que ela estava dizendo.
Em seu duelo com Emilio, Rudel viu uma abertura e tentou se aproveitar dela. Mas, no fim, ele se viu recebendo um ataque.
As espadas de madeira vieram para ele da esquerda e da direita, mas havia uma série de cortes que desapareceram como se fossem apenas imagens persistentes. E havia alguns ataques que ele nem conseguia ver o movimento prévio.
— Você usa alguns movimentos interessantes.
Ele percebeu que sua boca se curvou em um sorriso, então Rudel deu um grande passo para trás e usou a mão esquerda para cobrir o rosto. Através dos espaços entre os dedos, ele podia ver a pressa de Emilio. Mesmo que nenhum dos lados estivesse sério, isso era mais do que suficiente para medir a competência do outro.
"Isto é ruim. Eu quero lutar mais."
Com as emoções crescendo, Rudel renovou o aperto no punho da espada de madeira em sua mão direita. Desta vez, ele iria para a ofensiva para investigar o segredo do movimento de seu inimigo.
Mas então, Izumi ergueu sua voz:
— Já chega, vocês dois.
Rudel olhou para Izumi e viu Cleo, que estava assistindo à partida, estava oscilando. Talvez seus olhos tivessem girado demais para acompanhar os movimentos dos dois.
Respirando fundo, Rudel separou a mão esquerda de seu rosto. Então, Emilio mostrou um leve sorriso.
— Dragoon.
Ele apontou para a manga de sua mão esquerda. Enquanto ele tirava o casaco, olhando com mais atenção, havia um ligeiro corte na manga de sua camisa.
Sabendo que tinha sido atingido pela espada do inimigo, Rudel riu um pouco.
— Parece que esta partida terminou com minha derrota.
Não era o tipo de ferida que decidiria a vitória ou derrota, mas, desde o início, Rudel havia declarado que não seria atingido. Nesse caso, mesmo que fosse um arranhão, ele decidiu admitir sua derrota. Talvez Emilio não tivesse antecipado essa atitude, pois estava um pouco surpreso.
Mas, recuperando seu próprio sobretudo, ele dirigiu-se a Cleo.
— Princesa, você deve retornar para o seu quarto.
— Sinto muito Emilio.
Millia se aproximou dos dois, enquanto Izumi pegava o casaco de Rudel e se aproximava. Antes de devolver o casaco ao rapaz, ela entregou algo para ele limpar seu suor.
— Como foi?
Em vez das capacidades de Emilio, ela estava mais curiosa sobre a técnica que ele exibira.
— Eu pensei que era um ataque com um movimento mais amplo, mas isso foi apenas para chamar minha atenção. Seu verdadeiro objetivo era um golpe mais direto que eu não consegui ver... pensei assim, mas isso também está errado. Com certeza há algum truque ou artifício nisso.
— Você parece feliz. É melhor você não mostrar esse rosto diante da princesa.
Rudel era um entusiasta de batalhas. Contanto que ele tivesse um inimigo forte, ele era o tipo de homem que gostaria de lutar para chegar a maiores alturas. Ele se arrependeu com as palavras de Izumi, mas ao mesmo tempo, ele pensou:
"Quero lutar com ele de forma séria pelo menos uma vez, mas isso não parece plausível."
— ... Rudel, eu vou ter que dizer isso, mas...
Izumi entendia o que estava passando na mente do garoto. Um pouco em pânico, Rudel tirou o casaco das mãos dela.
— Eu sei. A missão tem prioridade.
— Contanto que você entenda isso. Por enquanto, vamos para o quarto da princesa.
Os dois foram embora, deixando o grupo de três para trás.
Depois de tirar suas vestes, Aleist e Nate andaram pela estrada principal.
Os dois deram os braços, andando pela rua como amantes. Mas quando a cor dos cabelos de Nate se destacou, havia muitas cabeças que se viraram para dar uma segunda olhada nela.
Dando um sorriso amargurado, Aleist fingiu se divertir.
— Aha, ahahaha, que divertido!
— Ó querido, oras seu!
Quem sugeriu que os dois fizessem um ato de casal foi Nate. E Aleist foi extremamente contra. Mas ela o convenceu de que os agressores do Império Gaia não os perseguiriam se continuassem no personagem.
Por esse motivo, Aleist e Nate andavam pela estrada principal como se estivessem em um encontro.
"Isso é com certeza desnecessário. Como ela conseguiu me convencer de que era uma boa ideia?"
Falando de modo geral, convencer Aleist não foi uma tarefa difícil. A razão era simples, se você apenas o pressionasse, ele desistiria. Se não fosse esse o caso, ele seria capaz de impedir a expansão contínua de seu harém. E foi precisamente porque ele era incapaz que Nate pôde avançar.
"Eu sou tão molenga assim?"
Ele pensou enquanto os dois entravam em uma tenda. O rapaz que dirigia a tenda chamou-a com uma voz animada.
— Que cabelo azul esplêndido que você tem madame.
— Você acha? Acabamos de chegar a Celestia para ver os pontos turísticos. Mas, por algum motivo, sinto que estou me destacando.
Assumindo um tom meio estúpido enquanto falava com o dono, ela mudou o rumo da conversa para coletar informações. Para ficar de fora da conversa, Aleist olhou para as lembranças que cobriam o espaço.
— O que é isso, é incrível!
"Me pergunto por que estou elogiando uma peça tão peculiar."
O que ele pegou na mão foi um ornamento feito de um tronco redondo e quatro pernas cilíndricas. Ele pensou que era uma aranha, mas, para isso, o número de pernas era muito escasso. Onde o corpo redondo se nivelava, alguém poderia pensar que um rosto poderia estar ali, uma tinta vermelha havia sido espalhada no local.
Quase parecia um único olho.
Quando Aleist pegou a lembrança na mão, o lojista se aproximou dele e não de Nate.
— Essa é a divindade guardiã.
— Eh? Esta coisa é!?
Surpreso que algo assim fosse um deus, Aleist inspecionou com atenção o artigo em suas mãos. Não importava como ele olhava, ele só podia ver uma boneca de barro feita por uma criança.
— Para ser mais específico, é inspirado nos servos do deus que você pode encontrar na montanha. Ouvi dizer que eles se parecem muito com o deus. O real está preservado onde a cerimônia acontece, mas pessoas comuns não são permitidas no local. Assim, fazemos lembranças dos servos que se parecem com o deus.
— Hmmmmm.
Aleist olhou para a peça. Mas ele não estava tendo nenhuma imagem de deus. Tudo o que ele viu foi um inseto, ou talvez um robô drone que ainda precisava ser terminado.
— Ei! Lojista, estávamos no meio de uma conversa!
— Des-desculpe por isso. Não há o que fazer se você se destaca. Azul é a cor do cabelo da família real por essas partes. Além do mais, as sacerdotisas têm um significado especial. A área está tensa no momento, então os olhos dos arredores serão severos. Não deixe isso te afetar.
— O que aconteceu?
— No passado, sabe? Um pouco antes do ritual anterior. As princesas reais cumpriram com esplendor seus papéis, mesmo assim, havia uma indisciplinada na família real.
Pelo tom do lojista, Aleist se perguntou o que poderia ter acontecido no passado. E quando ele colocou força em suas mãos, uma das pernas do ornamento se soltou.
— Aaaah!
Quando o lojista gritou, Nate deu uma risada.
— Você não pode fazer isso querido!
— Ah, não, espere!
Um Aleist em pânico pediu desculpas ao lojista, dizendo que compraria o item e pegando dinheiro de sua carteira. Tendo comprado o artefato estranhamente caro, Aleist proferiu reclamações após reclamações.
"Se isso era frágil, ele poderia ter dito antes."
Agora, com o peso morto que era o ornamento para ocupá-lo, Aleist não precisou segurar a mão de Nate enquanto davam uma volta pelas outras lojas que ladeavam a estrada principal.
Não havia luz naquela sala do palácio.
Prestando atenção ao ambiente, quem entrou foi Emilio. Ele chamou o indivíduo no interior. Mas ele não conseguia ver o rosto da pessoa.
— Ó, qual é o problema?
— Este quarto é muito claro.
— ... você parece estar com pressa. O que aconteceu?
Naquela sala, com o objetivo de entregar relatórios a seu contato, Emilio deu a palavra de ordem correta em resposta. Um servo perdido seria mandado embora, mas se a senha estivesse correta, o contato cumpriria seu trabalho original.
— Soldados que não sabem de nada foram feitos meus subordinados. Eles podem ser retirados?
— Não podem. Eles foram selecionados por quem se importa se eles desaparecerem.
Ao ouvir isso, Emilio murmurou: — Entendo. — Seu rosto estava um pouco preocupado.
"Eu gostaria de fazer algo por eles, mas..."
Depois de saber que ele não poderia se livrar dos três por causa de seu objetivo, Emilio imediatamente deu seu relatório.
— As habilidades do dragoon são maiores que o esperado. Comecei a duvidar se posso derrotá-lo.
— Estou ciente. Mas ouvi dizer que você o machucou... como esperado de um cavaleiro de Celestia.
— Eu poderia ficar sem a bajulação.
Assim que Emilio disse isso, o contato retransmitiu os pedidos.
— ... partam do palácio amanhã. Os preparativos estão prontos para aquilo.
— Eles não vão achar isso muito anormal?
— Apenas faça isso sair da boca da princesa. Assim os superiores vão aceitar sem reclamar.
Emilio ouviu o plano e martelou o conteúdo em sua cabeça. Qualquer memorando que ele usasse deixaria evidências. Por isso eles se encontravam em um quarto escuro. Emilio não conhecia o rosto da outra parte. Mas essa pessoa conhecia o cavaleiro.
"Isso está ficando problemático."
— … e isso é tudo. A princesa é necessária para o plano. Os instrumentos cerimoniais estão todos prontos, então tudo o que resta é...
— Eu sei. Eu só tenho que apresentar a princesa ao seu grupo, certo? O que aconteceu antes não acontecerá de novo.
— … você tem certeza disso? Depois de investigar, parece que eles vieram do Império Gaia. Embora não tenhamos chegado ao ponto de investigar por que eles vieram.
— Esse é o seu trabalho. Eu apreciaria se você fizesse isso de forma apropriada.
Emilio se lembrou de quando estava cercado. Ele lembrou-se do grupo de túnica preta.
— Devo me desculpar por isso. Então garanta que amanhã corra conforme o planejado.
— Deixe isso comigo.
Emilio saiu e olhou em volta. Desde o início, era um corredor pouco movimentado. E quando se afastou, o cavaleiro murmurou:
— Amanhã, hum. Terei que fazer algo sobre o Dragoon e seus companheiros, mas como devo fazer isso?
Sem que ele soubesse, a mão de Emilio se esticou para tocar o pingente em forma de ovo no bolso do peito por cima de suas roupas.
O dragoon estava participando, e ele até ficou preso com subordinados que o atrapalhariam. Quanto ele teria que sofrer no dia seguinte? Emilio pensou.