Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: Heaven


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 199: Preparativos para ir ao Leste(3)

— Então vamos começar uma mudança?

Depois de falar com Ariã, que depois foi para os pequenos líderes de Chamto espalhar a notícia, Mythro foi se encontrar com os Urto.

Na pequena sala, Mythro com apenas Núbia e Grásio explica tudo para a sua família adotiva.

— Filho, como você conseguiu tanto dinheiro assim? — Baki pergunta.

— Eu encontrei um tesouro que estava prestes a entrar no Quarto Reino.

Bijin, Baki e Brosch ficam boquiabertos. Principalmente Baki como uma mortal, as roupas que ela vendia saiam por 100 gradães no máximo, as mais baratas até 15 gradães.

Mas ela sabia que tinha armas que vendiam por centenas de milhões. A própria Bijin vendia suas armas por algumas dezenas de milhões.

 — Garoto. Que sorte! — Brosch assobia, com os brincos dourados de Mythro brilhando.

O jovem Hipernova percebe que um deles já não tem energia.

— Pai, este brinco esquerdo foi usado, não foi?

— Foi sim. Um lagarto ficou assustado com fogo que teve em seu celeiro e eu tinha de estar na frente do caminho que ele fez para fugir. Ai, seus brincos me salvaram.

— Fico feliz que só tenha sido isso. Agora que estou no terceiro reino, farei algo ainda mais formidável para a segurança de vocês.

Brosch abre um sorriso. Era sempre bom saber que a próxima geração da família estava melhor do que a antiga.

— Você ficará aqui hoje?

— Não, tenho que ir no ponto central da nova Terra Ancestral. Preciso colher umas coisas que deixei para amadurecer. Mas os meus líderes de castas ficarão para acompanhar a mudança e a construção de tudo. Estou indo buscar Mits.

— Ho? Logo você fará 15 anos... Devemos preparar um casamento? — Brosch diz, sua voz e olhares exagerados.

— Sim.

— Calma, calma é só brinc— Quê? Filho!? — Brosch se desmantela, surpreso.

Bijin enche os olhos de lágrimas.

— Meu irmãozinho vai se casar, e eu com 21 encalhada...

— Mas você é muito jovem, Bijin.

Os três olham para ele: ????

E assim uma discussão ainda mais fervorosa do que a construção de um Secto se instaura.

**

 

— Volte logo, estaremos te esperando na sua Terra Ancestral.

— Sim, mãe.

— Com certeza alguém vai forgar com você lá, mas não se esqueça que você é um homem do Oeste e ninguém rouba nossas esposas!

— Sim, pai.

— Vê se acha algum garoto bonito lá para mim.

— Não, irmã.

Os jovens místicos observam a conversa confusos. Akrab fica impressionado um nível acima dos outros, e acaba soltando:

— Nossa, como eles podem falar assim com o Lorde?

— É só conversa fiada, nós podemos fazer isso também. — Alura responde.

— Mas ele não vai ficar bravo com a gente ou algo assim?

— Acho que ele não ligaria, só ficaria bravo se cometermos algum erro quanto às suas ordens.

Zara olha pro seu irmão que começa a pensar profundamente sobre o assunto.

— Lorde Mythro não é tão fechado assim. Brincar e trocar algumas conversas sem sentido a não ser o cômico não o irritaria, a não ser que fosse em um momento sério. Ele ainda não é um monstro de sete cabeças. — Alura diz, olhando para os seus subordinados.

— Ainda... — Odyel solta, não com intenção cômica, mas o resultado...

Todos começam a rir depois de alguns segundos. Os Urto os encaram confusos — Do que estariam eles rindo?

Mythro, claro, ouviu tudo que eles diziam. Mas ele sente que isso pode aproximar mais eles de si mesmos.

Viver uma vida só de guerra era algo que nem ele desejava para si mesmo. A guerra é uma necessidade de proteção. Neste momento, eles realmente precisavam correr contra o tempo para se proteger e proteger a tudo que eles acreditavam que não deveria ser maculado.

Para isso eles estavam ainda muito, muito fracos. Mas sempre que houvesse tempo para regozijo, que se regozije.

— Tenho que ir, vocês se lembram do nome deles?

— Sim, não dá nem pra esquecer. Eles são inconfundíveis fisicamente. — Brosch diz, dando um joinha.

— Fiquem seguros. Estarei de volta em alguns meses, e mãe... Deixo em suas mãos meu casamento.

Baki se aproxima e abraça Mythro bem forte, seus olhos cruzam o de seu menino, que agora está maior que ela.

— Vá em segurança.

Mythro acena a cabeça. Bijin também o abraça, e logo Brosch depois dela. Eles logo se soltam, e o jovem Hipernova monta em Suife, que começa a levitar.

— Tchau para você também Suife, Grásio, Yrvik e Núbia. Cuidem do meu bebê.

Suife relincha e Núbia olha para Mythro fazendo uma cara de: Vou cuidar de você tá bom bebê?

Mythro rola os olhos, e logo eles desaparecem na distância.

— Bem, vamos lá. Tem muito o que fazer. Cadê aqueles avestruzes bonitões?

— Pai é Yibang e Yabang. Yibang é o macho e Yabang é a fêmea. Aí o vermelho é o Balacar...

— Quanto nome difícil!

**

Montado em Suife, a viagem se tornou vezes mais rápida. Embora ele não pudesse correr mais rápido que Núbia, ou voar mais rápido do que Yrvik, Suife sempre foi e sempre será a melhor montaria.

Grásio poderia ser montado, mas não para se locomover rapidamente. De todos, ele provavelmente era o mais lento.

Núbia também poderia ser montada mas, como uma felina, ter alguém em cima dela para lutar simplesmente atrapalharia metade de suas táticas.

Yrvik podia planar com alguém em cima dele, mas igualmente, ele perderia manobras mais arriscadas e para alguém montar com intuito de lutar prolongadamente em cima dele, precisaria de um tipo de sela.

No final, Yrvik e Núbia não eram boas montarias. Mas o Cavalo Jade Negra era exímio nisso, portanto que aquele que o cavalgasse se mantivesse firme para não o preocupar em sua locomoção, muito pouco seria fragilizado de sua agilidade ou mobilidade.

Chegando pela montanha, um ar mais puro do que o de uma floresta recém nascida de um planeta toca o interior do corpo, dando uma sensação de refresco de sair da fumaça, ao ar livre.

Muitos animais de diversas espécies assistem os 4 seres descerem dos céus, e uma vontade antes não conhecida por eles, faz com que eles abram espaço e observem a procissão.

Ao longe, Núbia vê um Tigre sem Pelos, e solta um rugido pequeno, que faz Mythro e os outros rirem.

O animal levanta sua cabeça e estufa seu peito, mostrando seus dotes a Sphynx. Núbia gira os olhos e vai na frente, ignorando os cortejos.

Ao entrar no túnel, o zumbido de vespas-abelhas já podia ser ouvido. As luzes brilhantes de cogumelos fluorescentes iluminavam o caminho.

O cheiro de diversas flores harmonizava o ambiente. Uma onda amena de calor borrifava a pele, como encontrar o sol depois de caminhar a noite inteira dentro de uma floresta densa.

Uma trilha de pedras azuis ilumina o chão de maneira conspícua, eram Pedras Qi.

— Que cosmicidade forte... O divino está presente aqui...

Lilati aparece em sua forma ilusória. Ela olha para a Gruta do Paraíso e sua jóia tremeluz, ansiosa e alegre.

— Então esse é o jardim dedicado a um ÉterDao? Com certeza não é nada grande se comparado a todas as maravilhas aí fora, mas comigo aqui...

— Lilati, você tem diversas coisas com você não?

— Tenho algumas sementes que não pude plantar no Plano Aquático, pois drenariam aquela terra sem dó. Mas aqui elas podem ser plantadas.

— O faça então. Pode invocar as runas de camuflagem?

— Na verdade... — Olhando para cima, Lilati aponta para o “buraco no teto” onde a luz atravessava para a entrada da gruta — Ali tem um encantamento de camuflagem, só é necessário fortificá-lo.

Diversas runas vazam dos dedos de Lilati, e involuntariamente, energia e misticismos do corpo de Mythro começam a vazar também.

— Seu corpo só está ajudando, fique tranquilo.

De uma simples barreira feita quando Mythro tinha chegado aqui, um arranjo poderoso e sagrado é construído. Belo como uma jóia.

— Tudo pronto, agora é só concluir a vinda de Apocalipse.

Mythro se vira para Yrvik, e passa suas mãos em seu dorso.

Uma magia ancestral toma o ambiente, e faz a própria energia tremer em medo.

— Yrvik, aceita ser a Peste, e infectar meus inimigos com a doença que eles mesmos são?

A Águia Jade Negra Celeste solta um guincho, e abre suas asas.

Um novo tremor e som ribomba no corpo de Núbia, Grásio e Suife.

Luzes negras de varias tonalidades tomam seus corpos, e fumaça negra vaza de seus orifícios nasais e oculares.

Momentos depois, Mythro sente uma força definitiva tomando raíz em seu corpo.

Essa força abre dentro de si 4 portas, e essas portas tem runas esculpidas em suas superfícies, que alude a afiliação de cada.

“Morte”, “Peste”, “Guerra” e “Fome”.

— Quando eles usarem seus poderes, as portas se abrirão até 50%, mais do que isso só você pode abrir. Devido a sua cultivação baixa será necessário que vocês fiquem no mesmo continente para poder abrir esses portões 100% para eles. Além disso, caso você queira fechar as portas ou selar elas, também é de seu poder.

Uma outra explosão soa no corpo de Mythro, e ela treme o espaço, quase o rasgando.

Uma outra porta se abre, e ela se mostra até mesmo em sua pele, embaixo de seu umbigo onde ficaria o dantian Jing.

— Essa é a sua porta, você pode a abrir até 5% com sua atual cultivação. 10% caso seja uma necessidade celestial. Como por exemplo matar Kromo, um usurpador de energia celeste.

Depois de sentir por minutos os novos poderes por completo, o grupo de Mythro cuida de alguns detalhes da Gruta e voltam para a estrada.

Lilati fica para trás, cuidando da terra e vida arbórea da Gruta. Em suas mãos, tudo mudaria ainda mais.

Com tudo isso feito, o caminho para o Leste começaria a ser trilhado.



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