Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 169: Em busca da Semente de Terceiro Véu(4)

“Suife vai adorar isso.” — Pensa Mythro colocando o tomo em seu saco azul.

Sem perder tempo, Mythro informa a eles que vai traduzir outro tomo para eles. Mas ele informa o menos valioso dos 20 tomos anteriores.

Logo um novo tomo é traduzido e a Pedra Coração Vulcânica é trocada com uma Pedra Fogo Explosivo.

— Obrigado pela sua cooperação. Nossa Montanha do Tigre Branco poderá novamente, prosperar.

O Alto Ancião diz, e logo sai da sala, após dizer mais algumas coisas com Laudis Tong.

O Ancião o acompanha, mas a Princesa Coroada fica.

— Jovem Sábio, a Princesa Coroada é nossa convidada hoje. Por que vocês dois não se conhecem melhor? Um dia lutarão juntos em busca de um oeste melhor.

A mulher olha Mythro de cabeça para baixo e solta um suspiro, olhando para Odyel.

— Estou com um problema em uma magia. Como você é apenas um artesão convidado de um clã do oeste de fora, não ouse recusar meu pedido. Soube que até mesmo anciões e reis já foram ajudados por você.

“Raico e Suta falaram daquela frase?”

Quando o pequeno NOVA saiu do Ritual de Fogo e revelou para a jovem Princesa da Lua que ele era uma criatura divina, ele também disse uma frase que ajuda a formação de uma Monarquia Espiritual.

— Não sou mais o artesão convidado do clã Espada sob o Sol. Não pretendo ficar aqui também, viajarei em treinamento com minhas castas. Logo estaremos no estágio correto para lutar no fronte.

— Jovem Sábio, o que diz é verdade!?

Laudis Tong se empolga. Os outros anciões na região também.

— Desculpe, mas pretendo ser reconhecido como um clã independente pelo clã da lua em alguns anos. Até lá preciso treinar todos os meus.

— Você quer fazer da vila Chamto um clã? — A Princesa Coroada pergunta.

— Jamais. A vila Chamto continuará uma vila. Meu clã será composto por estes, e talvez mais dois.

Os mais dois que Mythro falava, eram as duas outras raças místicas que através do que Odyel, Alura e os irmãos Camilitiafso sabiam, existiam em algum lugar escondido no continente Caelum.

Um deles, em particular, o pequeno NOVA esperava encontrar logo. Uma raça odiada pelos dois lados, mas que representava a maior necessidade do atual universo. Os Elfos Manchados, filhos de uma fada com um diabrete.

(OBS: Fada são os guardas das criaturas divinas no lado de Caenn. Diabrete é o mesmo só que pra Lornum.)

— A minha Montanha do Tigre Branco poderia ter um artesão como você.

A jovem mulher olha no fundo dos olhos do pequeno NOVA, mas então cora e abaixa sua visão, enrolando o cabelo nos dedos.

— Não estou interessado em ser artesão convidado de ninguém. O próximo clã que irei servir de artesão será o clã da lua, pela ajuda que recebi de Oprita e Tuin.

Mirmo, ficou calado durante todo o processo. Seu rosto mal tinha reações, ele ainda estava afogado em arrependimento. Sua garganta parecia ter pedras. Ainda mais depois que ele recebeu a pedra de quatro estrelas negras.

Quando ele ouve que Mythro será o próximo artesão do clã da lua, para pagar de volta a ajuda que lhe foi prestada, ele treme. Ele lembra de seu filho, a ofensa dele, e ainda mais, ele começa a se perguntar de onde tal raiva veio ou porque ele quis tratar o Jovem Sábio do clã deles daquele jeito. Mão que te alimenta? Piada! Eles eram os alimentados com uma nova geração muito mais promissora e morrendo menos em expedições.

— Jovem Sábio. Que tal você ficar esta noite, e ao ajudar nossa Princesa Coroada, nós pagaremos a você?

Um ancião se levanta e propõe. Infelizmente, todos acham que o homem pirou de vez.

“Por que ele faria isso por dinheiro!?”

Laudis Tong abre a boca para se desculpar, mas então—

— Por 15 bilhões eu fico essa noite.

— Que bom, Jovem Herói! Meu neto está com problemas em sua cultivação e uma arte pessoal de nossa família. Se você puder ensiná-lo pessoalmente, eu tirarei 15 bilhões eu mesmo do meu bolso.

— 15 bilhões para passar a noite e ajudar a Princesa Coroada do Montanha do Tigre Branco, e 15 bilhões para ajudar seu neto.

O ar fica parado por um tempo. Mas então os anciãos se levantam e começam a falar em dispositivos de aumento de distância de mensagem cósmica.

— Jovem Herói, também seria uma honra ter meu neto sob sua tutela esta noite!

— Minha casa é modesta, mas adoraríamos que passasse hoje lá. Tenho dois netos, incrivelmente, com o mesmo problema porque é uma técnica dupla..

— Cavalheiros, eu serei a primeira. Espero que isso não seja problema.

Os anciões param por um momento e concordam. Laudis Tong começa a pensar se aluga o tempo de Mythro para ensinar seus netos, mesmo eles estando na casa dos 10 anos.

— Mythro, pode me chamar pelo nome também.

Alguns segundos se passam. Arkab olha preocupado para o pequeno NOVA. Os outros franzem o cenho olhando para a Princesa Coroada.

— Não quero que me chame de Mythro diretamente. Nem os anciãos fazem isso, imagina uma menina que não derrotaria nem minha Líder de Castas, Alura Boor.  Além do mais, se você quer que eu diga seu nome, não tem que se apresentar primeiro?

A atmosfera muda completamente. Os anciões olham para a jovem mulher e veem seu rosto se enchendo de lágrimas. Com certeza era a primeira vez na vida que alguém falou assim com ela.

— Você... Não sabe nem o sobrenome do meu clã?

— Não. Vocês acham que eu conheço o oeste com a palma da mão? São tantos clãs, eu decorei os do oeste de fora, já que vivi mais tempo por lá. Mas os do oeste profundo, realmente, não dei a mínima.

— Você conhece o oeste de fora mas não dá a mínima para o oeste profundo?

Laudis Tong toca nos ombros da Princesa Coroada e com o melhor sorriso que ele consegue tirar do bolso, ele fala:

— Bem, bem. É de se esperar, afinal, o nosso Jovem Herói não é nativo daqui. A Montanha do Tigre Branco tem como sobrenome Tigre. Nossa Princesa Coroada é Laura Tigre.

— Vamos logo então, além disso, são muito de vocês, parece que terei que ficar dois dias aqui. Quero uma região vazia para dormir, eu e eles ficaremos meses afora, quanto antes perder a ideia de ter um teto melhor.

— Sim, o dinheiro será contado e passado para seu cartão.

— Ótimo. Venha Senhorita Princesa Coroada. Patriarca Tong, pode mostrar o caminho?

— Claro. Por aqui.

A jovem mulher se acua e segue os seis de cabeça baixa. Mas mordendo sua boca, uma nova determinação surge na sua expressão.

**

Laudis Tong deixa os seis em uma campina. Ele se despede e antes de sair pede para Mythro ir com calma com a Princesa Coroada da Montanha do Tigre Branco.

O pequeno NOVA dá os ombros levantando as mãos. Em sinal ambíguo de “vou tentar” com “é, talvez ela se machuque”.

— Aqui é um ótimo lugar. Me diga Princesa Coroada. Qual arte você ainda não domina?

— Nossa arte do Tigre Branco Selvagem.

— Me mostre ela uma vez.

— Preciso de alguém como adversário.

— Muito bem, Arkab.

O jovem menino se levanta e vai puxando uma espada, ele se prepara para lutar.

— Eu quero ela.

Laura Tigre aponta para Alura. Que dá um pequeno sorriso, enquanto seus dois braços esquerdos acariciam Balacar, que está em seu ombro.

— Nossa Líder de Casta? Você está se superestimando demais, tigresinha. — Zara ri, mostrando grande desdém pela Princesa Coroada.

— Subordinados não tem voz aqui!

A jovem mulher fica irritada, ela nunca na vida foi tão humilhada quanto hoje. Primeiro, o seu avô a deixou com menor moral da sala depois de assumir que precisava da ajuda de Mythro, depois Laudis Tong e os anciãos pagando centenas de bilhões para que ele ficasse dois dias no clã deles. Se todos os esforços fossem só para ela, okay, mas eles amontoaram um monte de discípulos deles mesmos, como se eles pudessem ter os mesmos professores que uma Princesa Coroada do Oeste Profundo!

— Escute, Arkab é o de menor cultivação aqui, por ser mais jovem do que os outros três. Sei que você está no segundo estágio e acha que Alura é o que mais se aproxima de você, mas a qualidade daqueles ao meu redor é diferente. Arkab é suficiente para treinar com você.

— Eu quero ela, se não, você mesmo serve!

Laura aponta para a albina, mas percebe que ela já não está mais lá.

— Você quer lutar contra o meu senhor? Acho que um pouco de respeito e educação devem ser ensinados.

Alura aparece atrás de Laura. Seus braços inferiores seguram os dela, enquanto os superiores agarram em seu pescoço.

— Solte-me, eu sou...

A Jovem Pálida Júri larga a Princesa Coroada, que cai no chão rolando uma vez.

— Você ainda não entendeu que seu título não vale nada contra nós. Nós somos as castas do Eterno. A Princesinha quer lutar? Levante-se, se arme, deixarei você começar atacando, porque se não vai acabar em instantes.

— Sua vadia suja. Eu vou esfregar esse seu rosto branco nojento no chão depois que eu quebrar essa máscara horrenda.

— Ora essa. Minha máscara horrenda? Nem seu clã se sacrificando poderia ter uma igual.

— AAAHHH

Laura se levanta e seu corpo muda em diversos aspectos. Pelos brancos crescem em seu corpo e sua energia cósmica fica selvagem. Suas unhas e dentes se alongam e duas espadas aparecem no ar para serem pegas por ela.

Com uma desumana velocidade, ela corta o vento. Sua espada direita busca o pescoço de Alura.

— Mortal frágil.

Levantando seus dois braços esquerdos e utilizando um pouco mais do que metade de sua energia, Alura para as espadas.

O olhar feroz de tigre em Laura morre por um segundo. Seu queixo é golpeado pelo joelho de Alura e seu corpo voa 3 metros para trás.



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