Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 151: Praticando as novas magias, ressonância do Panorama Dao

O fogo negro faz a caverna antes fria, se tornar um inferno quente. Yibang, Yabang, Suife, Grásio e Núbia já tinham recuado quando viram que o corpo de Mythro tinha retornado ao normal.

Agora eles estão juntando suas energias em uma barreira para não preocuparem o pequeno NOVA com sua nova elucidação.

Fechando o punho, Mythro invoca o Tridente.

— Ijio lucko uhrno exclanr(Osso de jade negro celeste).

O tridente se desprende da cabeça de Suife e com sua ausência uma navalha se revela. A arma atravessa a barreira sem obstruções, pois um buraco é aberto para sua passagem.

A Aura Primal Mortal brilha, deixando olhos dourados, vermelhos. O tridente chega em sua mão e toma os atributos de Mythro em sua superfície.

Depois de absorver a fumaça negra lutuosa, um conjunto de magias, que formavam uma arte apareceram na cabeça do pequeno NOVA. O poder de Paulo não era simplesmente o nível puro de seu luto, era muito mais. Mas o principal fator desta energia negativa pura, era o apagar da “Vontade”. Tudo no universo se movia por uma vontade, que era engrenada no próprio corpo de um ser. Vontade é material e imaterial. Uma vez que luto atingisse o corpo de alguém, a força física iria deixar o corpo, como um veneno e quando atingisse os canais enérgicos, corroeria até alcançar o dantian, e do dantian, os canais espirituais seriam afetados, liderando até a própria alma. Quando a própria alma fosse contaminada, a vontade de prevalecer aos ataques seria completamente tomada, ela seria apagada em reposta por uma fraqueza e vontade de morrer.

Por que um ser humano se levanta todos os dias e vai trabalhar? Por Vontade de ter uma vida melhor.

Por que um animal chega a caçar sua própria espécie quando está faminto? Por vontade de continuar vivendo.

A vontade move tudo, desde seres celestiais até minhocas no chão. Se um homem quer sair de seu lugar baixo na pirâmide, ele deve além de tudo, ter suficiente vontade para enfrentar os obstáculos que são colocados à sua frente.

Se um rei perde a vontade de ser rei, logo haverá alguém em sua corte que o destronará. Se um rico comerciante perde a vontade de ganhar mais dinheiro, ele logo toda a riqueza perderá.

Todos que se acometem em um lugar e não buscam maiores altitudes perdem tudo!

O poder do luto era assim. Em contrapartida, se alguém sobrevivesse a este luto, poderia encontrar uma maior vontade. Quem se perdesse em tal profundo luto, mesmo que não morresse, se não se livrasse dele, jamais conseguiria avançar em seu cultivo.

Pois tristezas eram além de tudo, cosmicidade mal resolvida. Até mesmo se afundar em prazeres demais poderia estagnar sua cultivação. Todo momento deve ser aproveitado ao máximo, mas não se deve iludir que a vida será uma linha reta de alegrias. Quem está muito alto cai se machucando vezes mais.

Mythro invoca a Lança de Caudas e dessa vez seis saem de seu cóccix. Elas dançam junto com seu tridente, rasgando a terra da caverna, fazendo os glifos brilharem forte em supressão.

O melhor de uma magia de Alcance Cósmico é que seus requerimentos de consumo de energia diminuíam ao serem conectadas diretamente ao dantian. Elas recebiam nutrição direta de toda a cosmicidade do ser, não apenas o que podia ser trazido à tona do conhecimento mágico da estrutura da magia.

Como por exemplo o Passo Reação, ele podia jogar uma pessoa metros a frente, mas era isso. Não era uma Arte de Movimentação para desviar de magias elegantemente, ou trazer mais forças a golpes por intermédio de uma formação da gravidade que oprime o inimigo e beneficia o usuário.

Ela apenas ajudava você a chegar mais rápido onde queria.

Outro exemplo era o chão terremoto. Ele tremia o chão. Quanto mais forte o cultivador fazendo isso, mais forte seria a magia. Mas atacando alguém no céu essa magia seria igual a um puro desperdício de energia cósmico se conjurada.

Por isso novas magias tinham que ser aprendidas e velhas jogadas de lado.

Enquanto ele treinava o poder do luto, uma sensação começou a tomar todo o corpo de Mythro. Ele se lembra das artes que aprendera antes, ele se recorda do Sismo Celeste.

“Trazer os céus negros da perdição, fazer os raios proferirem sua canção, e o relâmpago aniquilar o que estiver abaixo de sua descensão. Para aquele que sobreviver seu poder, a lança do trovão”.

Gornn uma vez o disse que a maior vantagem de um Alcance Cósmico, era a conjuração combinada de outras magias. Magias que ressoam entre si geram maior poder.

Colocando o tridente a sua frente, Mythro o segura com as duas mãos e olha para cima. Ele o solta, mas a arma permanece em pé com seu cabo firme no chão. Ele puxa a Éter de sua perna esquerda e conjura nuvens que vão se mesclando as lágrimas que saem de seu rosto, metros acima e sobem como pilares gasosos de fogo e raio.

O Qi de Nuvem que era gerado era Yang, mudar sua natureza era difícil, mas Mythro era um ser que residia no topo da dualidade. Logo a própria energia Yang se transforma em Yin, ela se acumula nos céus pesadamente.

— Céu Apocalíptico!

O Céu apocalíptico era uma das quatro fases da arte Sismo Celeste. Uma pressão poderosa cai em toda a caverna, até mesmo fora dela, os seis que agora se juntaram para discutir o que poderia ter sido aquela onda de tristeza súbita, se sentem pressionados e colocam suas armas e auras em pose de batalha.

Mythro mantém o Céu Apocalíptico, ele busca caminhos dentro das nuvens. Invocando os braços de Caos, ele segura novamente o tridente. Ele invoca a enguia dourada e ela rapidamente se transforma em uma lança dupla.

Desde o Ritual Sangrento ele não sentia o poder de Mer, mas desde que ele se tornou o Yang da dualidade de Caos, seu crescimento foi enorme. 

Mer, Caos e as Quatro Deidades estavam sincronizadas. Por isso para uma evoluir, as outras também deveriam. O custo de subir de nível era exorbitante, pois não só eram 8 criaturas ao todo, elas eram divinas.

Felizmente a natureza delas criavam uma simbiose que ajudava a cultivar mais rápido, todas elas estavam pelo menos no Segundo estágio da Condensação de Anima. Era isso que ajudava Mythro a carregar tantos seres conscientes dentro de si. Caso contrário, as Três Sereias da Tragédia já teriam explodido sua alma.

Com a maioria de suas armas na mão, Mythro salta e começa a mexer as armas de maneira alternada nos quatro braços. Ele começa devagar, mas vai se acostumando com o gasto de energia física e cósmica. Uma nova sensação permeia seu corpo, ele se sente pronto para o próximo estágio do Sismo Celeste.

De repente, as Sereias se soltam de seu cabelo e voam até as nuvens. Elas começam a cantar em sua forma normal. Mas diferente do seu cantar normal, elas vociferam vozes guturais, que amedrontam os próprios glifos, que parecem estarem prestes a se partir.

Nuvens negras pesadas sempre trazem uma sensação de perigo. Mas as nuvens criadas por Mythro traziam uma energia caótica para os outros, enquanto só ele podia entender sua natureza, pois dele elas provinham. Com as três cantando por toda sua extensão, o termo Céu Apocalíptico definitivamente trazia mais senso de propriedade.

— Tribulação Proferida!

As nuvens começam a ficar com uma movimentação rápida. É como se um tornado estivesse sendo conjurado dentro das densas obstruções de luz. O cantar gutural das sereias se mescla ao que agora são trovões. Raios começam a dançar nas nuvens, apenas seu brilho não é escondido pelas massas apocalípticas.

O som das nuvens com os cantos guturais e trovões se tornava amedrontante o suficiente para fazer todo o grupo acuado na barreira ficar com olhos abertos em espanto. O pequeno NOVA desce seu cenho, duvidando do que está vendo.

“Você ainda não percebeu.”

— O quê?

“O poder que você está conjurando agora. Escapa dos confins de compreensão mortal e terrena. Qualquer ser que não for eles agora, te vendo assim, com este Céu Apocalíptico acima de ti, estaria de joelhos implorando pela vida.”

 — Descensão da Morte!

Mythro junta sua Aura Primal Mortal e conjura o terceiro estágio do Sismo Celeste.

As nuvens param. Mas de suas partes extremas uma energia azul elétrica começa a andar devagar até o centro. O coração do pequeno NOVA aperta, ele sente um perigo que faz os cabelos de seu braço levantarem.

Mer se solidifica em seu corpo, e a Perdição do Egito toma forma. Sua cultivação viva agiu rapidamente para proteger seu hospedeiro.

As nuvens parecem ter saído de seu estado gasoso, ondas começam a se ver por toda a densa camada negra. As ondas param ao tocar a imagem de três seres, e suas belas curvas agora parecem ser montanhosas bestas. As nuvens são agora, como água, eventualmente toda a energia elétrica se junta e...

Um estrondo parecido com o céu desmoronando soa. Um relâmpago cai, trazendo a energia de tudo que havia nas nuvens. Este relâmpago cai em cima de Mythro, fazendo até mesmo Érebo, Hemera e Nyx se ativarem trazendo toda a força que podiam para fora.

Nyx e Hemera não precisavam ser portadas, elas podiam flutuar usando a energia do corpo de Mythro. Assim como qualquer cultivador podia controlar suas espadas no meio do ar com seu Qi.

A Descensão da Morte era com certeza o nome certo para esse relâmpago. Os glifos não mais suportam toda a energia canalizada na caverna e estouram.

Os olhos do pequeno NOVA e todo seu corpo se ilumina, ele pega o tridente e aponta para o relâmpago.

— EU SOU O RELÂMPAGO QUE ILUMINA AS TREVAS, O TROVÃO QUE TODOS ESCUTAM, APENAS EU DESCENDO DO CÉU, DESIMPEDIDO!

Isso era o Panorama Dao de Mythro! No momento em que seu Sol foi criado, este foi o motivo de sua primeira coroação, com o Sol pousando diretamente na copa da árvore.

De repente, o poder de toda a magia aumenta. As sereias começam a cantar com vozes angelicais e fenômenos espirituais começam a aparecer, como o nascer de Lótus Negras ao redor dos pés do pequeno NOVA.

“Ressonância Dármica!”

O relâmpago atinge em cheio a Mythro, mas não o machuca nem um pouco, ao contrário! Seu tridente gira canalizando a energia, e o trovão sobrepõe a arma, pronto para atacar quem Mythro soltasse sua ira.

As nuvens começam a se mover novamente, os cantos angelicais voltam a seu gutural, ainda mais poderosos e estridentes.

É como se o Senhor das Trevas tivesse reencarnado.



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