Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 98: Temporada de caça

— Professor exagerou de novo. — Sâmela diz, bufando.

— Não precisam se preocupar com ele. Germano estará novo depois de algumas semanas. Agora, vamos voltar as filas, podemos?

Com desespero, todos se levantam e formam as 10 filas, eles esperam Maki, Lenlen e Sâmela chamá-los.

Mythro volta para sua cadeira de balanço com Grásio enrolado nas mãos.

“Aquele garoto vai sofrer bastante, mas vai curar.” — Gornn comenta, rindo um pouco.

— Isso aqui está chato. O oeste de fora vai se tornar inútil para mim após o segundo reino. Essas pessoas são muito pequenas.

“Acalme-se, gatinho. Tome o que der deste planeta até você conseguir sair dele, e pronto. Você está quase chegando no segundo nível do quarto estágio, mas para ir ao segundo reino você precisará de energias bem maiores, no mínimo 5kg de pedra cósmica.”

As lutas começam. Os ataques das meninas são bem cabidos e trazem consigo explicação para os outros mais jovens. Maki fica constantemente distraída, olhando para Mythro.

— Gornn, eu deveria matar essa princesa?

“Ainda não. Ela pode ser útil.”

O instrutor volta depois de algumas horas e preenche seus relatórios para passar a Casa Maior.

Todos tem suas avaliações feitas com perfeição. O clã Espada sob o Sol tem adotado algumas ideias de Mythro, ou melhor, de Gornn e isso tem feito efeito para melhorar a jovem geração de uma forma muito grande.

O oeste de fora tinha um sério problema de cultivar a energia bruta, mas não seu significado. Isso criava vãos nas técnicas, e as deixava superficiais. Com a “Ordem de Cima” de Mythro, é possível fazer coisas impensáveis para estes pequenos cultivadores, que ficavam sem fundação de significado por trás da arte.

Simplesmente aumentar o reino não vai trazer maior força, se você não conseguir compreender o reino em que está, e o que ele deve significar.

Desde o primeiro estágio, Mythro caminha nisso. Em seu reino de cultivo, não existem iguais.

Depois que tudo estava pronto, o time Serpentes de Fogo é chamado para a Casa maior.

Na sala principal, estavam Gahilia, Mirmo e Mirmo II. Um outro homem os acompanhava, sua aura era forte, mas não ia além do segundo reino.

Na frente destes estava Tobias, Juca, Sâmelo, Sâmela, Maki, Lenlen e Mythro. Todos com suas armaduras leves vermelhas.

— Jovem sábio, temos um pedido para você e seu time. — O homem se pronuncia.

— Caçar mais monstros?

— Sim. Muito parecido com o último trabalho, mas em maior escala. Foram avistados lobos canibais andando por volta de lobos brancos. Isso é incomum e precisa ser investigado. Como não há o envolvimento de um monstro de segundo reino, isso estará nas mãos de um time hábil a tarefa.

Este homem era o chefe de expedição do clã Espada sob o Sol. Seu departamento era procurar lugares onde deviam ser podados monstros que estavam crescendo, ou agindo de forma incomum.

Era um trabalho importante, e muitos clãs e seitas tinham iguais departamentos internos destes. Deixar um monstro de segundo, ou até mesmo de terceiro reino crescer na vizinhança de seu clã é pedir morte aos seus.

— Muito bem. Iremos amanhã pela manhã.

— Sempre rápido em resolver esses assuntos. Por isso você é preferencial em nossos ranques. Como a tarefa a frente é árdua, lhe será prometido uma recompensa, pense no que você quer quando voltar, assim como cada um de vocês também. Terá, no entanto, um limite de 1 milhão de gradães cada presente.

Todos os seis ficam alegres. Um presente de até 1 milhão de gradães era algo incrível.

Mas Mythro simplesmente balança a mão em recusa. Como um artesão, para ele 1 milhão era basicamente nada. E ainda mais, dentro do primeiro reino, o que ele poderia querer que este pequeno clã do oeste de fora poderia lhe oferecer?

Depois que todos os detalhes foram acertados, eles se levantam e seguem cada um para sua própria casa.

Suife e Grásio estavam esperando o pequeno NOVA fora da Casa Maior. Ele monta no cavalo colocando a serpente ao redor de seu pescoço.

Mas Mirmo aparece em sua frente, e o para, ele o entrega um saco azul. Sem dizer muito, ele se despede e entra na Casa Maior.

“O que é isso?”

Mythro olha dentro do saco e percebe diversos materiais e outros saquinhos, que trazem consigo um cheiro muito conhecido.

— Matéria-prima. Parece que hoje vamos forjar algo legal. Vamos Suife.

Viajando com o vento, o Cavalo Jade Negra se apressa pelas ruas do clã a noite.

Mythro tinha feito seu espaço de trabalho sob um monte feito da pedra negra do clã. Ele chamava de covil da morte, já que todas as coisas que ali fossem criadas eram para trazer a morte.

Dois fornos ficavam atrelados em diversas correntes presas no chão. Ele removeu as coisas do saco azul e colocou-as sobre uma mesa de mármore verde, que trazia uma sensação harmoniosa, junto com flores de Qi de fogo.

“Estes materiais...” — Gornn observa as barras de ferro negro, bem purificadas ao seu elemento, os sacos com pó de refinamento entre outros.

— Gostei. O que devo fazer com isso? Mais facas de arremesso?

“Faça outra Samarina.”

— Essas armas da série Samarina são ótimas, mas sem um material muito especial é difícil fazer uma arma com 180% de aprimoramento.

“De fato, as matérias daqui quebram após 150% de aprimoramento devido a natureza yin da raiz moribunda. A espada conseguiu se manter, pois você alinhou aos chifres de Arietem.”

— Este ferro aqui é tão bom quanto o que consigo cultivar na gruta. Pelo menos, 140% deve ser possível sem que a arma quebre. Bem, eu já tenho as adagas Samarinas, a espada Samarina, qual seria a próxima arma?

“Um Chomir do povo Samarino.”

— Como é essa arma?

“Ela deve ser como um círculo feito de ferro, com uma barra para segurar no meio. Este círculo deve ter pelo menos dois metros de altura e comprimento. É uma arma bela, vi dezenas sendo massacrados por um Chomir. Ah, e duas correntes devem ser feitas em suas extremidades.”

Mythro vai até o forno e joga as barras em uma gaveta de ferro, lá, elas iam derreter até se tornarem maleáveis. Ele invoca um ninho de serpentes e as faz cuspir fogo negro.

O pequeno NOVA abre a boca e ele mesmo começa a cuspir fogo, enquanto isso ele faz alguns sinais de mão, criando glifos no ar que vão até o ferro em processo de derretimento.

A cada 30 minutos ele pega um saco com pó de refinamento e joga na gaveta de ferro.

Estes pós tem diversos efeitos para melhorar o ferro e deixarem ele mais forte.

Em três horas o ferro chega ao ideal nível de ebulição.

Mythro puxa uma corrente ao redor do forno e a gaveta se levanta e derrama todo o ferro líquido em uma forma circular que tinha diversos diagramas.

Ele respira fundo e junta as mãos. Seu corpo começa a irradiar energia cósmica e sua imagem viva aparece atrás dele.

Uma densa névoa ao redor de uma árvore, que por sua vez é banhada por um rio de fogo e relâmpago e recebe chuva no formato de raios.

Uma imagem digna de um descendente direto de Numroharr, progenitor Arfoziano.

Mythro começa a mexer o ferro líquido, e suas mãos cósmicas materializam.

— Núbia!

A gata aparece de uma penumbra, em sua boca já tem um canal pulsando com energia.

Estendendo sua energia cósmica, o pequeno NOVA pega outros materiais e vai dando detalhes únicos ao ferro circular.

“Abençoe com a constelação de touro!”

— Taurus! 

Mythro bate duas vezes suas palmas e suas mãos cósmicas fazem dois chifres no ferro circular.

Uma energia descende até o monte e paira, até que uma serpente de 30 metros a engole e rapidamente some.

Segundos depois Grásio aparece e cospe essa energia para fora, Mythro a coleta e grava sobre toda a arma.

— Já sei quais feitiços serão gravados, Núbia, dê-me!

A gata envia o canal com suas presas cósmicas para o pequeno NOVA, que segura o canal com sua mão cósmica. Energizando ainda mais o canal, Mythro o faz expandir e então tomar a forma de Chomir.

Quando todo o canal se grava, sua mão cósmica cria garras que vão talhando no ferro que se solidifica em diagramas.

Dois diagramas são feitos. Puxando de seu saco azul correntes negras com anzóis nas pontas, Mythro funde três correntes, que fazem um triângulo no círculo.

— E agora, condense!

Vestindo as mãos cósmicas e tirando o ferro da forma, o pequeno NOVA pega o Chomir e vai o solidificando de vez, enquanto isso, ele estende as artérias do canal, que em maioria convergem nos diagramas.



Comentários