Volume 1 – Arco 1
Capítulo 56: Pedindo Um Alto Valor (1)
— Será que ele já acordou?
— Devemos checar?
— Sim, ele provavelmente vai ficar zonzo por não conhecer o lugar.
Oprita e Tuin terminam suas bebidas e deixam algumas gradães na mesa. Eles vão até a escada da pousada e sobem até encontrarem a porta do quarto onde deixaram Mythro.
Antes mesmo de abrir a porta, o cheiro de queimado alcança suas narinas. Isso os deixa ansiosos, e acabam abrindo a porta sacando suas armas.
Quando eles veem o menino simplesmente dormindo, eles vão até a janela. Ele olha o tráfego de pessoas, e depois inspeciona a madeira para ver se há sinais de pressão ou quebra devido a peso.
— Ninguém entrou aqui pela janela.
— Muito menos a porta.
Oprita hesita, mas então, ela começa a sacudir Mythro. Talvez ele soubesse o que se passou.
Acordando devagar, ele olha a cara da mulher. E percebe que em seu peito existe algo que ele já viu antes.
— Quem é você? Esse colar é igual ao da Bijin.
— Bijin? A menina artesã da vila Chamto? — Tuin que estava encostado na janela reconhece o nome.
— Sim. Vocês são futuros artesãos do clã da lua também?
— Não, pequeno. Nós somos artesãos oficiais do clã da lua. Estávamos indo pegar a menina Bijin para levar com a gente.
— Entendi… A mana Bijin vai ser artesã com vocês, eu me chamo Mythro.
— Eu sou Oprita, e ele Tuin. Então você é Mythro?
— É acabei de dizer.
Tuin começa a rir.
— Hã… Mythro, você é do clã tempestade de relâmpagos?
— Não, eu sou do abismo.
Tuin para de rir.
— Como assim moleque?
— Vocês devem saber da história. Teve uma luta entre um ancião do norte contra uma das vilas que estavam tentando fugir. Muitos morreram, mas alguns conseguiram escapar graças a um repentino terremoto.
— Ah, sim. Ouvimos falar disso. Eles te expulsaram da vila Chamto?
— Não é que…
Mythro explica o que aconteceu entre ele e Santiago.
— Você é muito descuidado, se ele quisesse te matar você já estaria morto. — Tuin está sentado na cama agora.
— Eu sei.
— Oi, garoto. Como aqui pegou fogo?
— Foi eu. Eu acordei mal e acabei invocando alguns relâmpagos. Hã, espera, você disse antes algo sobre um clã de relâmpagos, me disseram que não havia cultivadores de relâmpago no óctagono.
— Existe, sim. Mas é confidencial, tente não espalhar, okay?
— Não diz interesse à mim. Mas um dia irei contra eles para provar meu relâmpago.
Mythro aponta o dedo e uma serpente começa a se formar, ela possui 2 metros de largura, pois assim, ela conseguirá carregá-lo sem problemas.
Mas quando a serpente se forma por completo, ela o encara e fica mostrando sua língua.
‘’Ela está mostrando desprezo por você. Quando você se abandonou, sua cultivação viva perdeu interesse em lhe proteger. Mostre que você ainda é o mesmo, tome controle de sua vida.’’
Mythro agarra a cabeça da cobra, e sua Aura Primal Mortal explode. A víbora começa a tremer.
— Não interessa se eu quase me matei em chamas, não existe outra pessoa que você possa servir ou pertencer. — O pequeno NOVA encara intensamente a serpente, e ela então começa a e mexer conforme seu desejo, por instantes, as pupilas de Mythro ficaram em filetes, como as de um animal, ou melhor… como as de Numroharr.
Isso é seu sangue arfoziano se tornando ainda mais presente.
A serpente abraça Mythro e o levanta.
— Tem certeza que quer ir assim na sua magia? Tuin pode carregar você.
— Verdade eu pos— Tuin tenta pegar Mythro, mas percebe uma coisa ao tentar lvantá-lo.
— Menino, você tem uns 90 kg!
— Tuin como isso é possível? Uma criança de 7 anos deve pesar 35kg em média.
Oprita levanta Mythro sem dificuldade. Um cultivador do segundo reino levantaria até meia tonelada sem dificuldade. Mas ainda assim, uma pena de pombo e uma pena de avestruz ainda assim tem suas óbvias diferenças, e ela consegue perceber.
— Isso… — Ela vira Mythro de cima para baixo, e tudo que vê é uma criança normal, nada obesa ou gorda. Na verdade, muitos o chamariam de magrelo.
— Meu corpo é diferente dos outros, não vou explicar mais. Me coloca na serpente.
Oprita então percebe que foi um tanto sem educação, e coloca ele de novo na serpente de energia.
— Me digam, vocês dois, preciso aprender a forjar, vocês tem alguns pergaminhos ai?
— Sim claro, mas são pergaminhos do nosso clã, e você teria que ser um artesão.
— Eu tenho mãos cósmicas.
— Isso é ótimo, então venha conosco para o clã da lua. Poderemos cuidar melhor de suas feridas lá e também ensinaríamos como melhor lutar e melhores artes! E também teria recursos para cultivar mais rápido…
— Oprita! — Tuin fala alto.
— Não recusarei seu convite, mas tem coisas que preciso fazer antes… Tem algum modo de entrar pela minha própria força?
— Tem. A cada três anos nós fazemos uma competição de diversas modalidades para poder encaixar novos talentos no nosso clã.
— Então daqui há alguns anos irei a vocês. E pagarei minha dívida.
— Que dívida? Achar um artesão é bem raro, se garantirmos mais um talentoso artesão para o clã da lua seremos melhores pagos e também prestarão mais atenção a gente devido ao serviço prestado ao clã.
— Não é disso que estou falando, vocês vão comprar coisas para mim.
— Ah, entendi. — Oprita fala colocando a mão em um saco azul.
— Entendeu? Como assim você vai nos explorar? — Os cabelos de Tuin arrepiam.
— Eu vou pagar em uns… 10 anos talvez.
Os três descem as escadas. Tuin se aproxima de um homem e pergunta quanto ficou o tempo em que eles permaneceram.
Enquanto isso, Oprita tenta afastar os curiosos que tentam chegar em Mythro e oferecer serviços.
— Que povo chato, por quê eles estão tentando em oferecer coisa de graça?
— Porque você é uma criança santa. A serpente de energia é uma magia conhecida por ser difícil de cultivar.
— Sério? Eu aprendi na hora.
— Não exagere, não da pra aprender uma magia na hora.
— Tem alguma aí?
Oprita franze suas sobrancelhas e abre seu saco azul. Um pergaminho pula para fora.
— Meu saco cinza não faz isso!
— Dependendo da qualidade do saco, com um pensamento você vai conseguir puxar o item em segundos para fora.
Ela coloca o pergaminho na mão de Mythro. Ele passa uma vez os olhos e começa a fazer alguns selos com as mãos.
Tuin fica atrás de Mythro e vê o pergaminho que Oprita lhe deu.
— Meu deus, como você passa isso para ele?
— E daí? Ele não vai aprender.
— Eu gostei disso aqui!
Para a surpresa de Tuin e Oprita, uma lua começa a nascer atrás de Mythro.
— Mythro, desfaça isso agora! — Oprita urge o pequeno, ele não podia cultivar isso!
Mas ele não a escuta, ele continua mergulhando na arte.
Deificação Lunar
Primeiro capítulo
Aviso: Somente aqueles do galho principal do clã da lua podem ter acesso a essa magia, salvo aqueles com direito direto de seu atual grão-mestre e rei; os dois juntos, nunca somente um.
A deificação lunar é uma arte guia sobre os estágios da lua, assim assimilando sua beleza, força e intenção.
Esta arte tem padrão reconhecido como toda terra, porém do primeiro ao quarto reino sua manifestação e cultivo mudam conforme a cultivação de seu hóspede.
Para a deificação lunar, é preciso absorver a energia da lua e criar uma semente branca na própria cultivação, assim sendo possível usar o Qi da lua. O poder manifestado dessa semente deve percorrer todo o corpo do hospedeiro, e se concentrar no centro de sua testa, onde fica a mente de um ser.
Essa semente deve crescer até ser 1/10 do Sol, enquanto ela cresce, é dever de seu hospedeiro torná-la o mais semelhante a uma lua, como as luas de nosso céu.
Quando chamada, a imagem de uma lua deve se materializar na testa de seu usuário.
A lua no primeiro reino é o reflexo interno de seu hospedeiro, aquele que lança a deificação lunar no primeiro reino deve alcançar a cor branca em seus cabelos, e uma aura fria e tangível.
No segundo reino, os asteroides de uma pessoa devem se unir e formar uma lua, assim quando se alcançar o segundo estágio da condensação de anima, as artes lunares alcancem um novo nível de força.
Esta arte segue os 6 níveis de maestria,
Maestria normal, incomum, rara, extraordinária, perfeita e santa.
Cada nível segue com uma única aura e imagem, que deve ser categorizada por um usuário mais experiente baseado no tempo de estudo sobre a arte.
— Ele invocou uma imagem lunar depois de ler uma vez… Isso é… Maestria santa.