Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BCzeulli e Heaven


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 111: Leilão(1)

“Graças a todas as contribuições que o clã Espada sob o Sol fez ao convidar e suportar o crescimento do jovem Mythro, filho adotivo de Baki e Brosch da casa Urto da vila Chamto. Chamamos vocês para participar do leilão que ocorrerá dentro de dois meses na vila Déka.”

“Os itens serão separados em pílulas, armas, pergaminhos, livros, escravos e outros itens. Eles não irão superar a barreira do terceiro reino, será um leilão de itens de valor de até segundo reino.”

“Aquele que quiser participar na venda de algum item, terá que chegar antes e falar com um dos meus embaixadores. As devidas taxas serão aplicadas.”

“Por enquanto é só, a carta possui um selo, ele garante seu convite, não a perca.”

— Munica Yulang

**

— A pequena anfitriã é poderosa! É a filha mais jovem de nosso anfitrião. — Mirmo Mopak(o ancião) diz, suspirando.

— Pai, devemos nós mesmos ir atrás do pequeno sábio? Temos que preparar algumas armas para que possamos lucrar. — Mirmo II Mopak(o patriarca) pergunta, dobrando a carta.

— Sim, isso não pode ser atrasado. — O ancião concorda e se levanta.

Gahilia sobe as escadas para preparar alguns itens. Se eles iam fazer uma viagem, precisariam de suas armas, que eram guardadas no cofre selado.

— Senhor Patriarca! — Um homem chama Mopak II.

— Pode entrar.

As portas abrem e um guarda entra. Do seu lado, Mythro.

Ele acena e diz:

— Voltei, desculpem a demora.

O ancião abre um sorriso e vai até o pequeno NOVA. Ele o mede de cima para baixo e o pergunta de sua situação.

— Eu estou bem senhor Mirmo. Eu encontrei uma pequena onda de lobos e acabei me ferindo demais. Eu fui visitar um lugar onde eu me lembrava ter as ervas necessárias para que eu pudesse me curar.

— Então é isso, que bom.

— Guarda, diga que as procuras pelo nosso artesão convidado já podem ser encerradas, ele está de volta e bem. — Mopak II põe a mão no ombro de Mythro e diz para o guarda.

— Sim, senhor! — O guarda desaparece rapidamente.

Jock olha para Mythro e abre um sorriso. Durante os anos de sua estadia, o clã tem aumentado seu poder militar de forma grandiosa. Muitos dos jovens que antes saíam desarmados, ou com armas mortais para enfrentar as bestas em missões, agora estavam armados.

Isso faz com que mais missões sejam completadas. Trazendo mais segurança ao clã e seus moradores. Sejam mortais ou cultivadores.

A taxa de mortalidade caiu, e mais gênios podem ser nutridos!

O clã poderia dizer com firmeza que graças ao pequeno sábio eles estavam entrando em sua época de ouro.

Quando Mythro alcançasse o segundo reino, até mesmo os mais velhos poderiam começar a se armar mais profundamente e trazer para o clã maiores espólios de guerra, e oferecer ainda mais segurança para a jovem geração.

Um artesão habilidoso trazia glória e prosperidade ao clã da qual ele protegia. Isso é um fato consumado em qualquer um dos pontos cardeais do continente Caelum Dominum.

— Jovem sábio, temos novas notícias. Haverá um leilão presidido por Munica Yulang, filha mais jovem do nosso Lorde anfitrião do oeste.

— Leilão? — Mythro fica surpreso.

Ele nunca esteve em um leilão antes. Era lugar para pessoas com muito dinheiro.

Claro, que, ele como um artesão possuía muito dinheiro. Mas nos últimos anos ele só estava comprando materiais para fortificar a vila Chamto e o resto ele investiu nas pedras Qi, para criar a escultura guardiã e para trazer mais itens para a Gruta do Paraíso.

Fora as runas que ele comprou, que, embora fossem sementes de runa, o primeiro nível da acumulação natural de uma runa, elas foram bem caras.

— Acontecerá em dois meses e gostaríamos de levar você. Poderá ampliar seus horizontes, comprar boa coisa, e também conhecer a pequena srta anfitriã. Leia a carta, você é o motivo do nosso convite.

Mythro passa rapidamente a carta por seus olhos e lê seu conteúdo.

— Ah, sim… Muito bem, então já podemos partir? Leva 15 dias para chegar a vila Déka.

— Partir o quanto antes, é de fato o melhor. Com certeza a vila Déka terá investimentos e poderemos encontrar matérias primas que são difíceis de serem encontradas no oeste de fora. Espero que haja artefatos neste leilão. — Mopak II fala empolgado.

Se neste leilão um artefato aparecesse, com certeza haveria uma grande batalha de gradães. Um artefato era um item criado entre o céu e a terra, era por muitas vezes mais poderoso do que criações humanas!

Dizem que as armas dos reis não eram armas de primeira terra, e sim, artefatos de primeira terra!

Muitos artefatos traziam mais que simples feitiços. Uns traziam até mesmo benefícios para o cultivador e poderia se tornar até mesmo sua Anima Praesidii.

— Irei comer e beber. O time de expedição voltou a salvo?

— Sim, Mythro. Eles também tiveram aumentos consideráveis em suas cultivações. Foi muito sábio de sua parte usar as pílulas durante a luta, eles conseguiram absorver bastante de suas nutrições. — O ancião diz, enquanto se senta.

— Mythro! — Maki aparece na escada.

— Olá, Maki. Estou de volta.

— Que bom… — Lágrimas começam a escorrer da menina.

— Eu vou ir para minha casa. No momento, estou com medo de deixar minha sede de sangue machucar algum de vocês, preciso meditar para limpar minhas garras. Volte a me ver daqui a duas horas, até lá, já poderemos partir com tudo que é necessário, certo ancião, patriarca?

— Sim. — Mopak II confirma, com dois acenos de sua cabeça. — Sempre que você volta de missões onde houve uma pequena matança, sua sede de sangue fica meio fora de controle. Aquela sua arte sanguínea de controle de sangue é muito forte, mas, tem mais contras do que prós. Espero que um dia você pare de utilizá-la.

— Quando eu tiver segurança de não precisar mais dela, talvez a deixe para último recurso.

Maki recua e sobe as escadas sem dizer tchau. Como Mythro poderia não entender os sentimentos da menina? Mas ele já tinha compromisso, e, mesmo que não tivesse, Maki não entraria em seus olhos.

O pequeno NOVA estava aqui para conseguir uma maior rede de recursos. Embora ele tivesse agradecimento por Mirmo Mopak, por ter protegido ele anos atrás no estádio das crianças santas, essa dividida já tinha sido paga!

Mythro sai da Casa Maior e sobe em Suife, que o esperava com Grásio enrolado no pescoço. Núbia já tinha ido direto para casa deles dentro do clã. O clima quente do lugar a apetecia, já que ela mesmo usava artes de fogo.

**

Quando o pequeno NOVA alcançou a casa, Núbia veio a ele de forma apressada e lendo seus olhos e miados, Mythro se apressa com ela para o outro lado da casa.

Mythro segue Núbia até onde a Pedra Coração Vulcânica fica escondida, quando ele chega perto do local, sente uma onda de calor poderosa tocando seu semblante.

A runa de fogo em seu dedo fica jubilante, e começa a sinergizar essa energia para poder ficar mais forte.

Com a runa ativada e entrando em harmonia com o ambiente, Mythro entra mais rápido e vê que ao lado da runa há uma salamandra ilusória, que mergulha dentro da pedra e depois ruge para fora dela.

— Gornn, o que é isso? — Mythro lança um pensamento para Gornn

“Essa pedra está em um pequeno processo de evolução. Em alguns anos ela se tornará um minério de quatro estrelas negras, assim como Mopak queria.”

— Entendo, mas por que uma salamandra?

“Essa deve ser a maior afinidade dela. Minérios de quatro estrelas tem um pouco de anima, por isso que no quarto reino um minério deve ser bem escolhido para se tornar a joia de sua coroa, pois, ela afeta diretamente sua alma, porque você engrandece sua alma e cultivação ao se tornar um príncipe.”

— Então se o Sr Mopak usar este minério, ele poderá ter uma imagem espectral com esta salamandra?

“Exatamente.”

Passa na cabeça de Mythro neste momento o oceano com diversos tufões de Caluf Uin e a flor da matriarca Haokon. Suas imagens espectrais deviam ser assim devido a suas joias.

Ele se senta perto da pedra e começa a cultivar. Núbia já estava a frente dele e estava engolindo muita energia da transformação, mas com seu nível do primeiro reino ela não atrapalharia a evolução do minério.

Era um benefício de uma parte, sem criar buracos para a outra cair.



Comentários