Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 100: Descobrindo os vestígios(1)

Seguindo pela direção, outros lobos são encontrados, e todos traziam consigo partes que eram feitas de próteses.

Boca, ombros, pata, mandíbula, orelha, olhos, entre outras partes.

Todos foram rapidamente abatidos por Núbia e Grásio. O cheiro de sangue se aprofundava, até mesmo os outros seis do grupo já podiam sentir uma aura corrosiva no ar.

— Professor! — Tobias chama por Mythro, que estraçalhou um lobo ao meio.

— Sim?

Os olhos do pequeno NOVA estavam completamente vermelhos. Sua Aura Mortal Primal lembrava uma situação onde qualquer um poderia ver sua vida passando na sua frente, antes do golpe final.

— Você está indo muito rápido. Nossos cavalos não vão te acompanhar assim. — Lenlen aparece por trás de Tobias e mostra o quão ofegante estava seu corcel.

— Tudo bem, descansem. Alimentem e deem de beber aos cavalos.

Mythro sabia que não ia adiantar ele ir sozinho. Se tivessem indivíduos da seita maligna a frente, mesmo estes seis iam ser úteis.

— Obrigado, professor. — Lenlen desmonta de seu cavalo e de seu saco azul invoca um cantil de couro e dá de beber ao cavalo.

Se afastando dos seis que pararam para descansar, o pequeno NOVA sobe em um galho forte de uma árvore, ele observa e sente com a extensão de seus sentidos físicos a área ao redor. Ele deixa o Chomir no chão, pois, o peso dos dois faria a árvore sucumbir.

— Tem coisa aqui. Muita coisa aqui. — Mythro lambe os lábios.

Pulando da árvore, Mythro pega o Chomir e começa a girá-lo no ar.

“A festa vai começar.”

— Festa de sangue! — parecia ser apenas uma simples frase, mas o pequeno NOVA usa sua Ordem de Cima.

A área ao redor de 50 metros dele se afoga em um peso não conhecido. Uivos, latidos e rosnados emergem de dentro da expansiva floresta.

— Professor!

O grito de Tobias pode ser ouvido.

— Preparem-se para lutar, e tomem conta para nenhum cavalo morrer!

Os seis fazem suas Auras rugirem. Eles se cobrem em uma fina camada de energia de calor e fogo. Diferente de Suife, esses cavalos não lutam, mas é possível colocar uma sela trono usando dois cavalos.

E é isso que Lenlen e Maki fazem. Colocando dois cavalos um ao lado do outro, um trono adaptado é invocado, com o esforço das duas ele é colocado em cima dos cavalos. O trono é vermelho e possui duas espadas em sua costa.

— Guardem o feitiço para casos mais específicos! Vocês sabem que é para um único uso! — Juca grita.

Lobos começam a pular para dentro da área de descanso dos seis. Cortes de fogo são lançados das espadas, retalhando a carne e queimando pelos.

Mythro libera uma energia única. Isso faz com que os mais fortes venham para ele. Lobos brancos e cinzas manchados em sangue e com próteses em seus corpos aparecem.

Muitos mancam, alguns até mesmo sibilam dor pelos dentes.

Ainda girando o Chomir, Mythro começa a dar passos e serpentes negras começam a deslizar de seu corpo para fora.

— Serpente-rei!

Uma víbora negra exalando fogo e raios negros se levanta da sombra do pequeno NOVA, ela sibila, algo mais como um rugido, e se atira em diversos lobos.

O som de carne sendo eletrocutada e queimada já viaja no espaço. A Chomir é jogada e corpos começam a ser mutilados e cortados.

As três correntes servem para diversos padrões de ataque.

A Chomir voa, girando no ar e puxando a corrente da extremidade contrária, Mythro a joga no chão, cortando um lobo de sua altura ao meio.

Mais monstros vem pelos lados, segurando em duas correntes, a Chomir volta rapidamente para seu lado e uma investida dupla de lobos é parada a força com a lâmina, já suja de sangue.

Suas bocas vão direto na lâmina negra e afundam até alcançar os olhos.

Mythro se enfia dentro do Chomir, e assume uma pose. Ele pula e gira no ar, diversos lobos o atacam e são cortados em pedaços pela força de seu giro.

Erguendo o pesado ferro circular, ele o bate no chão e o energiza. Monstros aparecem à sua frente, mas com um brilho do Chomir, a lâmina começa a flutuar e, segurando nas correntes, ele a gira ao redor uma, duas, três, quatro vezes.

O cheiro de sangue já começa a ficar nauseante para mentes fracas. Órgãos já se amontoam em conjuntos. Há três corações por ali, alguns rins para cá.

Jogando o Chomir como se fosse um ioiô, a cabeça de um lobo explode ao ser cortada ao meio.

Erguendo a lâmina circular no alto, atrás de si, Mythro puxa as correntes com os braços cruzados e a faz viajar rapidamente na direção de suas costas, um lobo estava prestes a pular nele quando ele faz um salto mortal e o Chomir passou atravessando e colidindo na garganta do animal.

A cabeça do monstro não voa, pois havia uma prótese ali.

— Comando de Sangue!

Mythro usa uma das artes da Aura Primal Mortal. Ele começa a controlar o sangue que já não tem mais corpo vivo para circular e junta por toda a lâmina circular. Quando o negro se torna vermelho, ele pega no ferro do Chomir e o joga girando para cima.

Dezenas de lobos pulam da floresta e estão indo em direção ao pequeno NOVA.

— Chuva de navalha sangrenta!

O sangue começa a se desprender do Chomir e cai no chão como navalhas afiadas. As correntes como anzóis fisgam carne e jogam um lobo contra ao outro.

Mythro invoca sua espada Samarina e começa um massacre ainda maior.

Em outro lado da floresta, Núbia e Grásio estão deixando lobos com seus corpos completamente torcidos.

A gata passa por dois lobos e de sua boca, chamas brancas vazam como lança-chamas. Grásio pula e se contorce no pescoço do outro lobo, fazendo sua cabeça girar como coruja.

Mais cinco pulam e avançam na gata. Ela invoca uma armadura de um pequeno saco azul, preso em uma de suas pernas dianteiras e a orna.

Sua cauda fica com uma seta de 30cm. Ativando um feitiço, três setas tão parecidas como aquela se manifestam e são atiradas contra os lobos, bem no centro de suas testas. Os dois sobreviventes desviam de uma barragem de fogo branco, mas Núbia pula nele e com uma patada, explode a cabeça do monstro como melancia caindo de um prédio.

O outro lobo morde seu pescoço, mas para sua infelicidade, espinhos crescem e passam por seu crânio.

Sem brechas! Mythro criou uma armadura para atacar até mesmo sendo atacada!

Grásio sibila para Núbia, e ela invoca a armadura dele. Um exoesqueleto feito de ferro negro emanando Qi de fogo e relâmpago se acopla a Serpente Jade Negra. E mesmo com seu grande peso, e sem ao menos ter pernas, ele é quase tão rápido quanto Núbia, pulando de um lobo ela gira em forma circular até parar embaixo da garganta de um lobo, sua cauda tem uma agulha e, ela logo atravessa o pescoço do monstro, o rendendo a uma fonte de sangue que sai pela sua boca e garganta.

Outro lobo logo aparece, Grásio desliza e gira, batendo sua cauda na bochecha esquerda, onde havia uma prótese. Para o azar do animal, ainda assim, sua cabeça gira em 180°.

Os seis do clã Espada sob o Sol lutam arduamente. Protegendo seus cavalos de vários ataques.

O trono lança fogo de tempo em tempo e faz com que as pilhas de lobos mortos tornem-se uma arma contra as novas ondas.

— Muitos deles já têm força do quarto estágio. Vamos nos exaurir assim!

— O trono está ficando sem energia, alguém o reenergize!

— Não dá, se não, não conseguirei manter a Aura de Fogo acesa.

— Onde está o professor?

— Ele está do outro lado, ele já matou muito mais que nós.

Os seis ficam preocupados, a energia está acabando, mas as ondas de lobos não!

— Continuem lutando! Eles não são bestas com grande senciência. — Juca grita, mas ele logo percebe que está enganado.

Três lobos brancos e dois cinzas aparecem. Eles encaram os seis e seus cavalos com bocas salivantes.

Suas auras assustam os seis. Eles tinham força equivalente ao topo do quarto estágio!

— Droga, Juca! — Sâmelo corta um lobo e reclama.

— Não percam tempo, ativem o feitiço do trono. — Lenlen grita, segurando dois lobos com sua espada.

Maki pula no trono e toca nas duas espadas. Sua Aura de Fogo afina até deixá-la completamente. Ela está energizando o feitiço do trono.

As espadas começam a tremer, e o Qi de fogo começa a se manifestar. O ferro que já era vermelho, fica agora como um vermelho de ferro a ponto de derreter.

Os cinco lobos percebem a súbita energia escalando e se movem.



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