Danganronpa Zero Japonesa

Autor(a): Kazutaka Kodaka


Volume 1

Capítulo 5

Suspiiiiiiiiiiro...

Zzzzzzzzzzzzz...

Zzzzzzzzzzzzzzzzz... GYAAAAAAAH!

Eu pulei de pé com a dor repentina da minha pele sendo puxada violentamente, e vi um garoto de pé ao lado da minha cama com confusas cordas presas a ventosas em suas mãos. Meu coração começou a bater mais rápido.

“Ah! É Matsuda-kun, não é? Não é?!”

Sem perder um segundo, pulei direto para ele, mas assim como um toureiro, ele agilmente deu um passo para o lado. Minha cabeça bateu na parede como se eu fosse o Coiote, enganado pelo Papa-Léguas. Eu podia ver estrelas girando em volta da minha cabeça.

“Ugugugu... Por que você está me evitando...?”

“Porque você está com o rosto inchado.”

“V... Você não pode falar que o rosto de uma garota está inchado...!” virei meus pés trêmulos e espiei em um espelho que encontrei em cima de uma mesa. Meu rosto estava coberto de manchas azul-violeta do tamanho de pequenas moedas... Inchado, com certeza.

“M... Mas, isso é porque você puxou aquelas ventosas do meu rosto com agressividade, Matsuda-kun!”

“Eu estava com pressa.”

“Oh, eu não me importaria se você mijasse nas calças aqui!”

“...... Não tô com pressa por causa do banheiro.”

“Claro, que bobo da minha parte! Matsuda-kun nunca precisa usar o banheiro!”

“O que você acha que eu sou, Feia?”

“Você é o ser mais sublime da história da humanidade, é claro!”

“Não me inclua em suas ilusões ridículas...” Matsuda-kun soltou um grande suspiro, como se estivesse desistindo. “Cansei. Se eu continuar falando com você, também vou enlouquecer.” Ele começou a arrumar o carrinho. “De qualquer forma, tenho mais negócios para tratar hoje. Vá para casa, rápido.

“Eh? Mas por queeee?!” Naturalmente, me opus fortemente a sua indicação. “Eu não quero! Eu vou ficar sozinha!”

“Honestamente, você é uma garota chata...” Matsuda-kun estreitou os olhos e lentamente se aproximou do meu rosto. Ele agarrou meus ombros com ternura. “Feche seus olhos.”

“... Eh?”

“Apenas faça isso, feche-os.”

Enquanto meu coração batia agressivamente quando Matsuda-kun se aproximava diante dos meus olhos, fiz o que me foi dito e os fechei. Meu corpo inteiro ficou quente. Senti como se estivesse prestes a derreter. Os vasos sanguíneos atrás das minhas orelhas pulsaram violentamente. Essa situação só poderia significar uma coisa, certo?! É um clichê terrível, mas o que mais poderia ser?! É, não é? É isso!

Então, quando a expectativa fez meu coração bater e fazer boom boom boom, senti Matsuda-kun se movendo atrás de mim. Antes que eu pudesse imaginar o que estava acontecendo, ele começou a me empurrar para frente. Em um segundo, fui jogada no corredor.

“Aaai!”

Eu desabei no chão do corredor com a força excessiva do empurrão de Matsuda-kun. Foi uma pequena misericórdia eu estar de calcinha limpa.

“O próximo tratamento é em três dias. Seja uma boa menina e fique no seu quarto. Não saia em caminhadas desnecessárias,” disse Matsuda-kun antes mesmo que eu pudesse me levantar, e então fechou a porta ruidosamente atrás dele.

“Uuuu... Ele me enganou...”

Meus ombros caíram, mas como não havia nada que eu pudesse fazer, simplesmente deixei o laboratório de neurologia, cabisbaixa. Ao sair do edifício, a primeira coisa que fiz foi verificar meu caderno. Tive que voltar para os dormitórios, mas como esqueci onde eles estavam, folheei as páginas do ‘Caderno de Memórias da Ryouko Otonashi’ enquanto caminhava. Eventualmente, encontrei o mapa da escola que parecia ter se desenhado sozinho. Acho que é um bom momento para fazer uma revisão completa das minhas notas e entender o quadro completo sobre a Hope’s Peak Academy.

Aqui vamos nós.

De acordo com meu mapa, o campus da Hope’s Peak Academy tem a forma de um grande diamante. É dividido em quatro distritos: Leste, Oeste, Sul e Norte, cada um do tamanho de uma escola de ensino médio regular em escala real. O distrito leste, por onde passei agora, era o coração da academia, onde se localizavam os edifícios e as instalações usadas pela escola principal. Muitos de seus edifícios ainda estavam em construção, mas também havia vários outros de pesquisa magníficos e invejosos para vários campus, como o edifício de Biologia de Matsuda-kun. Além disso, parece que esse distrito também aloca o edifício dos funcionários, onde os alunos estão proibidos de entrar.

Depois, há o distrito oeste. Parece que os edifícios e as instalações do Curso Reserva estão localizados lá, mas acho que nunca os visitei. Infelizmente, não há muito escrito em meu caderno sobre isso.

O distrito sul é onde ficam os dormitórios dos alunos da Hope’s Peak Academy. Além disso, parece que há uma loja de conveniência, uma livraria e várias outras lojas onde os suprimentos necessários podem ser comprados. A propósito, parece que apenas os alunos pertencentes à escola principal têm permissão para morar nos dormitórios, e que é um privilégio especial que não custa dinheiro.

Pós isso, há o distrito norte, que aparentemente está vazio. A única coisa que resta lá é o antigo prédio da escola, que ainda estava em uso até pouco tempo atrás. Por enquanto, parece que foi deixado de lado, então, naturalmente, a entrada é proibida. Em outras palavras, não há muito o que dizer sobre isso.

Finalmente, bem no centro do campus, cercado pelos quatros distritos, estava a ‘praça central’, um grande espaço semelhante a um parque coberto de árvores. Muitas vezes é usado como uma área de relaxamento para os alunos, mas parece que a entrada é proibida entre 10 da noite e 7 da manhã. Bem, eu não planejo andar por aí no meio da noite, então parece que não tem nada a ver comigo.

... E assim, graças ao mapa desenhado à mão repleto de informações, consegui chegar aos dormitórios com segurança. Então, ignorando os cumprimentos dos alunos que passavam por mim no corredor, fui direto para o meu quarto.

Quando entrei na sala, encontrei adesivos escritos ‘Este é meu quarto’ colados por toda parte. Sim, este é o lugar certo, não há dúvida sobre isso! Depois de confirmar esse fato importante, fiquei parada perto da porta por um tempo, olhando para o nada. Mas, não importa o quanto eu tentasse, não conseguia pensar em nada que queria fazer, então, eventualmente, eu simplesmente desabei na minha cama. No entanto, parecia que eu tinha tomado uma soneca do meio-dia em algum lugar, porque nesse momento não conseguia dormir.

Relutantemente, decidi matar algum tempo. Para mim, matar o tempo significa exatamente uma coisa. Peguei o ‘Caderno de Memórias da Ryouko Otonashi’ e, ainda deitada na cama, comecei a folhear suas páginas.

Tudo que está escrito neste caderno é a verdade inegável, mas não consigo me lembrar de nada. Em outras palavras, parece que estou lendo um livro de não-ficção sobre mim. A empolgação de experimentar meu próprio passado é uma forma incrível de entretenimento que só alguém tão esquecido quanto eu pode desfrutar.

Eu li sobre o que conversei com Matsuda-kun e o que ele me disse. A maior parte do caderno era sobre Matsuda-kun, mas é exatamente isso que o torna tão divertido. Então, conforme continuei folheando o caderno, meus olhos pararam em uma única página.

Essa página estava repleta de esboços do rosto de um menino. Meu batimento cardíaco... não estava tão rápido quanto poderia, mas aumentou ligeiramente a sua velocidade.

Estes são provavelmente desenhos de Matsuda-kun. Mas, como meu coração não está batendo tão rápido, eles provavelmente não são muito parecidos. Talvez eu devesse tentar fazer algumas alterações?

“Hmmm… acho que o nariz está todo errado. Não, acho que são os olhos...?”

Eu realmente não consigo lembrar como é o rosto de Matsuda-kun, mas usei meu batimento cardíaco como medida. e cuidadosamente refiz os esboços. É provavelmente assim que o pessoal de eliminação de bombas se sente quando vai à procura de minas terrestres. Não, acho que é um pouco diferente.

E assim, depois de mexer um pouco no desenho, senti meu coração bater um pouco mais rápido do que antes.

“Eu consegui...” não consegui tirar o sorriso do meu rosto. Se eu continuar brincando com o esboço aos poucos, tenho certeza que eventualmente se parecerá com o verdadeiro Matsuda-kun. Provavelmente fiz exatamente a mesma coisa antes, só não me lembro. É que trabalhar neste esboço requer toda a minha concentração, e não posso mantê-la por muito tempo. Cansada, coloquei o caderno ao lado do meu travesseiro e me virei para me deitar com o rosto pra cima. Então, comecei a sussurrar.

Quero me encontrar com o Matsuda-kun. Quero me encontrar com o Matsuda-kun. Quero me encontrar com o Matsuda-kun.

Foi a única coisa que pude fazer. No momento, a única coisa que posso fazer é sussurrar do fundo do meu coração o quanto quero encontrar o Matsuda-kun. Não há mais nada em que eu possa pensar. Não posso fazer mais nada. Não devo fazer mais nada. Afinal, não consigo me lembrar de mais nada. Nem mesmo minha família ou meus outros colegas de classe. Para mim, as pessoas que vivem no mundo exterior e o que fazem são como assistir a uma peça de teatro entediante do lado de fora. Não posso tratá-los como seres reais. Eu nem sinto que vivo no mesmo mundo que eles. Salas de aula barulhentas, aulas de educação física encharcadas de suor, almoços festivos, parando para comer alguma coisa depois das atividades do clube, sentar-se no chão conversando com amigos, conversas constrangedoras com a família... Não consigo nem sentir inveja ou lamentação por estar perdendo esses tipos de coisa. Elas simplesmente não têm nada a ver comigo, e é apenas isso.

Mas, a única existência que me impede de ser totalmente isolada do mundo... é Matsuda-kun.

E é por isso que não consigo pensar em mais nada além dele.

Eu não paro por um segundo para pensar em qualquer outra coisa. Eu quero me encontrar com o Matsuda-kun. Eu quero me encontrar com o Matsuda-kun. Eu quero me en– Thump.

Escutei um som estranho e eu recuperei os sentidos. Levantei-me da cama e encontrei uma carta enfiada por baixo da porta do quarto.

“É do Matsuda-kun!”

Era a conclusão mais lógica, então pulei para pegar o envelope e corri para ler a carta que estava dentro.

“Prezada Garota Super Colegial Lamentavelmente Esquecida,

Peguei todas as preciosas ‘memórias passadas’ que você registrou meticulosamente.

Existem muitas delas, e todos elas narram seu passado com Yasuke Matsuda.

Esse é todo o peso do seu passado, não é

Não é? Não é?

A propósito, se você acha que estou mentindo, olhe embaixo da sua cama.

É onde você armazenou todas as suas ‘memórias’, mas não há nem uma única sobrando.

Isso porque eu peguei todos elas.

Bem, então, vamos ao problema principal.

Se você quiser suas ‘memórias’ de volta, venha para a fonte na praça central hoje à noite à 1h.

Venha sozinha, é claro.

Não é como se você tivesse alguém para chamar, não é?

Tudo bem, então.

Isso é tudo. Agradeço por sua cooperação. Espero ansiosamente para te ver.”

Quando li isso, fiquei rígida. Eu estava tremendo como geleia. Essa metáfora pode não ter sido apropriada, mas eu ainda estava totalmente perplexa.

… Uma ameaça?

… O que está acontecendo?

... Eu não entendo...

Mas esse problema não poderia ser resolvido com algumas linhas de questionamento. Primeiro, tenho que verificar embaixo da cama, como dizia a carta! Quando fiz isso apressadamente, não havia nada lá. Para falar a verdade, nem me lembro de ter guardado velhos cadernos lá embaixo, mas se realmente guardei e todas as minhas memórias anteriores de Matsuda-kun foram roubadas, é terrível! Isso significa que tudo que me resta é este caderno atual que tenho em minhas mãos.

... Isso é tudo que me resta? Apenas um caderno miserável?

... Isso é o que mais de 15 anos de memórias equivalem?

Repentinamente, uma sensação estranha desceu sobre mim. É isso que eles chamam de sentimento de perda? Até agora, esse tipo de sentimento era desconhecido para quem sempre se esquecia. Tenho certeza de que as pessoas que aprendem a conviver com uma pequena ferida, sempre têm que suportar uma certa quantidade de dor, mas esse não foi o meu caso. Eu não tinha ideia de como lidar com essa nova dor que sentia no momento.

Por enquanto, estava simplesmente com raiva.

“De... De quem é essa brincadeira...?”

Minha voz estava tensa e trêmula, minhas mãos agarrando a carta, a amassando.

“O... O quê ...? Por que…?”

Eu deixei meus pensamentos serem conduzidos pela raiva, talvez, este seja trabalho de alguém desprezível planejando ficar entre o meu amor e o do Matsuda-kun. Eu acho o Matsuda-kun muito bonito e incrível, tantas garotas devem estar atrás dele! Para essas garotas, o amor crescente entre nós deve ser horrível, então uma delas deve ter sucumbido a medidas desesperadas. Ela tomou minhas memórias como reféns e provavelmente vai fazer algo comigo assim que eu for ao seu chamado. Oh, ela é uma mulher tão má! Minha raiva atingiu o ponto de ebulição e estava prestes a explodir como o vulcão Etna, mas isso não aconteceu.

“Hmmm…”

Parece que até esqueci como ficar brava de maneira adequada.

Mas isso era natural. Alguém tão alheio ao mundo quanto eu, desconhece os sentimentos de raiva. Portanto, não tinha ideia de como canalizá-la. Acho que a raiva que se origina apenas na imaginação tem seus limites. Em qualquer caso, como não consegui deixar minha raiva sair, meus sentimentos esfriaram rapidamente.

“Acho que vou apenas fazer o que a carta pede e pensar sobre isso mais tarde.”

Depois de me acalmar completamente, me deitei na cama e esperei dar 1h, a hora marcada. Li a carta várias vezes para não esquecer o que estava esperando. E então, conforme o tempo se aproximava...

“... Mas, isso não vai se tornar uma briga, certo? Vai ficar tudo bem, não vai?” abrigando esses pensamentos deprimentes, saí do meu quarto.

“Hum... Era a praça central, certo?”

Desci a calçada com passos pesados, verificando o mapa no ‘Caderno de Memórias da Ryouko Otonashi’.

O mundo à noite. Todo mundo estava dormindo. Essa noite, eu era a única pessoa andando por aí. Não pude sentir nenhum outro ser humano na área. Senti a presença de coisas que não eram humanas, mas provavelmente não deveria pensar muito sobre isso. Para dizer a verdade, a ideia de simplesmente voltar para o meu quarto passou pela minha cabeça várias vezes, mas deixar minhas memórias permanecerem roubadas não me atraiu, então meus pés relutantemente me empurraram a diante.

Depois de caminhar um pouco, uma cerca de ferro apareceu. Ela foi configurada para bloquear completamente a estrada pela qual eu estava caminhando. De acordo com meu caderno, a entrada na praça central foi proibida entre 22h e 7h, e provavelmente é por isso que essa cerca está aqui. Em outras palavras, se eu não conseguir passar por essa cerca, não vou conseguir chegar ao meu destino. Desta vez, pensei seriamente em voltar, mas no último momento, firmemente me decide e comecei a escalar a cerca. Alguns momentos depois, de alguma forma, consegui pousar no gramado do outro lado. Comecei a caminhar ao redor da praça central, procurando a fonte que me disseram para ir.

A escuridão se aprofundou. Provavelmente, porque essa área era repleta de árvores. As mesmas árvores que geralmente eram verdes e brilhantes sob a luz do sol, agora estavam pintando a praça de preto como um breu na noite sem estrelas. Andei na escuridão por um tempo, até que de repente, meu campo de visão ficou mais amplo. Na minha frente, havia um pequeno quadrado. No centro, havia um único poste de luz, iluminando relativamente os arredores. Perto da lâmpada, pude ver a fonte que procurava. A água que saiu dele fez um som fofo de respingos suaves. Assim que minha consciência entendeu que cheguei ao meu destino, meu nervosismo aumentou.

Avancei lentamente em direção à fonte com uma excessiva cautela, mas depois de apenas alguns passos, parei no meio do caminho. Pude ver alguém parado do outro lado da fonte.

Só podia ver a metade superior de seu corpo, espiando nas sombras das árvores, mas estava bem claro que eu estava olhando para as costas de um homem.

“Hum, com licença…” ousadamente levantei minha voz, mas não houve resposta.

… Acho que devo ir um pouco mais perto.

Folhas farfalharam sob meus pés. No entanto, o homem não deu nenhum sinal de ter notado o barulho. Continuei avançando e ergui minha voz novamente.

“Hum... foi você quem me chamou para vir aqui?”

Mais uma vez, não houve resposta. Não havia como ele não ter me escutado.

Meu corpo começou a ficar pesado, uma grande sensação de ansiedade pesava sobre meus ombros. Antes que eu percebesse, meus punhos estavam cobertos de suor. Ainda assim, meu senso de curiosidade levou a melhor sobre mim, e me aproximou da figura. O contorno dele foi ficando cada vez mais claro para mim.

Eu pude ver... Ele estava vestindo um terno. Seu cabelo era grisalho e havia inúmeras rugas profundas em seu pescoço.

Houve uma súbita rajada de vento e ele cambaleou.

Balança, balança.

Balança, balança.

A figura do homem balançava debilmente com o vento.

Senti calafrios por todo o meu corpo. Era como se alguém tocasse minha nuca com uma mão gelada. Dentro do meu cérebro, ouvi uma parte de mim vagamente gritando para parar, mas meus pés se moveram por conta própria quando me aproximei do homem e olhei para seu rosto.

Nossos olhos se encontraram.

Eu vi seus olhos grandes e vermelhos encontrar os meus. Seu rosto estava pálido e coberto de veias desbotadas. Foi assustador. Uma língua que parecia uma lesma do mar em decomposição pendia de sua boca, alcançando seu pescoço.

Ele não estava de pé no chão. Estava pendurado em uma corda em volta do seu pescoço. Essa corda agora balançava lentamente com o vento.

Foi uma visão que, apenas por testemunhar, poderia tirar todo o calor de seu corpo, mas não é hora de escrever descrições floreadas em meu caderno! Eu deveria fugir! Isso não tem nada a ver comigo!

Goteja, goteja.

Eu ouvi um barulho de algo pingando, vindo de seus pés. Eu olhei para baixo. Pingava em uma poça abaixo dele. Por algum motivo, havia um caderno ali. Assim que o vi, senti uma corrente elétrica percorrer por todo o meu corpo até o cérebro. Por algum motivo, havia um caderno caído na poça.

Na capa do caderno, em letras borradas, porém claras, estava escrito: ‘Caderno de Memórias da Ryouko Otonashi’.



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