Volume 2
Capítulo 23: Uniformizada (2)
Quando o sol começou a iluminar os quartos pelas janelas na manhã seguinte, Minty acordou bem cedo e foi esquentar a sopa para o café da manhã. Vestiu seu uniforme para voltar à escola e, depois de comerem, eles saíram.
Assim como no Brasil não é comum usar meia-calça, neste mundo também não é. Apenas humanos das famílias de elite de cada reino e empregadas dos Palácios Reais têm esse direito, mas como essa escola é de um Primordial, ele faz como desejar.
As garotas eram obrigadas a usar saia de pragas, meia-calça, uma blusa e um blazer. Os garotos usavam calça, uma blusa e um blazer. A ordem das cores não importava, mas só eram permitidos branco, tons de verde e tons de marrom com os detalhas da escola sendo em ouro.
Alguns alunos moravam na escola mesmo durante as férias por terem comida e por ser mais seguro do que viver fora das muralhas de algum reino. Já outros, como Minty, estavam voltando para lá.
No caminho, Nina viu uma garota usando meia-calça em um tom de marrom muito escuro até a coxa, saia e blusa verde em um tom muito escuro, com um blazer branco e detalhes da escola em ouro.
Ela copiou o visual, alterando sua roupa de sangue e continuou andando ao lado de Minty.
"Primordiais são bizarros..." pensou Minty, admirando a Imperatriz de sua linhagem, mesmo com o cabelo verde e não aquele preto absoluto.
Nina não quis mudar seus olhos, ainda eram roxos como os da mãe dela.
Após entrarem junto com os outros alunos e passarem pela estatua e as escadas de ouro, as portas se fecharam.
Havia alguns corredores, como o que levava até a arena. Todos faziam parecer que estavam dentro de uma floresta ou, no caso, de uma árvore gigante. Tudo era decorado dessa forma, com uma rica vegetação, até mesmo em estátuas de armas, armaduras, joias e escrituras exaltando o Primordial Verde.
Passando por um corredor, chegaram a um mural com os nomes dos alunos e as respectivas salas.
Enquanto Minty procurava seu nome, dois amigos se aproximaram: o primeiro era um garoto alto igual Minty, com cabelo amarelo-claro e olhos completamente amarelo-claros, sua pele era bem clara.
A outra era uma menina com cabelos brancos e olhos brancos misturados com rosa-claro, sua pele acompanhava a cor dos cabelos e olhos, bem clarinha.
Era mais baixa que Nina e assim que ela viu Minty ao lado de uma garota, ficou um pouco incomodada, mas não demonstrou nada.
Chegaram mais perto.
— E aí, Minty! — Tap! garoto fez um toque de mão com ele.
— Opa, Jaan, tá tranquilo?
— Mais ou menos.
Ele olhou mais atrás de Jaan e viu a garota.
— Bom dia, Clarah.
— Bom dia, Minty... — respondeu, fazendo um aceno de mão.
— Quem é essa garota? — perguntou Jaan.
Minty, sem saber o que responder, inventou uma mentira na hora:
— O nome dela é Nina. Ela é uma amiga de infância que foi morar em uma vila longe, voltou esses dias e se matriculou aqui.
"Esse cara não sabe inventar uma mentira."
— É sério? Que legal!
"Nem fodendo." Nina, desacreditada que a mentira tinha dado certo, ficou com um sorriso falso no rosto.
— Ficamos na mesma sala esse ano.
— Sim, eu vi ali. Vai sentar no fundo de novo?
— Se vocês estudarem mais ao invés de conversar a aula inteira, eu topo.
— Você é muito certinha.
— Se você é muito burro, a culpa não é minha.
— EU NÃO SOU BURRO!
— Só pessoas burras tentam provar que não são burras.
— Você que é burra.
Nina e Minty permaneceram encarando os dois.
— Como deu para ver, ele é burrão e ela é uma amiga muito próxima minha — Clarah ouviu e ficou feliz, mesmo sem demonstrar — seis vezes mais inteligente que eu e o Jaan juntos.
— Como se fosse difícil ser mais inteligente que você.
— Vai me humilhar também?
— Você já se humilha sozinho. — Minty chorou com as palavras de Nina, e Clarah e Jaan riram dele.
— Mas em que sala você está, Nina?
"Para de fazer perguntas, desgraça!" — Estou na mesma sala que vocês.
— Não vi seu nome na lista.
Nina, com um sorriso no rosto e os olhos fechados, respondeu:
"Moleque do caralho!" — Entrei hoje, ainda não atualizaram as coisas. Hihi.
— Entendi. Vamos pra aula então, já deve estar para começar.
Os quatro foram para a aula, mas não houve a primeira aula; o período inicial foi dedicado para os alunos se enturmar e para a apresentação da professora Rose.
Ela era diferente: seus cabelos eram de duas cores, quase inteiramente verdes com muitas mechas rosas, e seus olhos eram marrons com um toque de verde. Sua pele era clara e suas roupas eram semelhantes às das outras mulheres que trabalhavam na escola, um vestido verde-escuro, bem elegante, que cobria toda a perna.
Ela se apresentou rapidamente, sem exigir muita atenção, pois era uma aula vaga e ela sabia disso. Depois que Rose saiu da sala, Nina e os outros ficaram no fundo conversando sobre assuntos variados.
No segundo horário, a professora Rose voltou para a sala e começou a explicar sobre cada tipo de magia.
Sendo descendente mista das linhagens rosa e verde, ela demonstrou um exemplo de mesclagem de poderes: criou raízes e adicionou o poder do sangue rosa, que produziu um aroma agradável e fez lindas flores desabrocharem nas raízes que ela criou.
— Demônios mestiços como eu, que possuem dois tipos de sangue, têm mais facilidade em mesclar magias.
— Apenas quem possui dois tipos de sangue pode? — perguntou Clarah.
— Não. Só é mais fácil. Vocês também podem aprender outras magias que não são da sua descendência. Por exemplo: água — criou uma bola de água em sua mão e, enquanto movia a mão, a água deixou um rastro no ar — fogo — Clap! bateu uma palma na água e, ao separar as mãos, criou fogo — todas as magias são possíveis de aprender, só é necessário tempo de estudo.
— E magia escura? — Todos olharam para trás, em direção a Nina.
"O que você tá fazendo, maluca?" Minty olhou para ela com os olhos bem abertos.
— Não entendi, jovem. Pode repetir?
— Magia escura. Tem como aprender?
— Isso... Isso é proibido. O uso dessa magia pode... levar à morte.
"Mente mais que tá pouco." — Entendi. Obrigada por tirar minha dúvida. — Nina deu um sorriso em resposta.
— Claro, sem problemas, mas... por que o interesse?
— Sei várias magias, mas não consegui encontrar estudos sobre magia escura. "Aceite essa desculpinha aí. Namoralzinha."
— Sabe várias? Teria como mostrar algu...
Nina apareceu atrás da professora.
— Como qual?
Rose se virou lentamente e olhou para Nina.
"O quê?"
A sala ficou em silêncio, olhando para a cena.
"Não consegue ficar quieta, não, garota!" pensou Minty, já quase ficando careca de preocupação.
— Qual magia você quer ver?
— Nã-não é mais necessário. Pode voltar ao seu lu... — Nina desapareceu e apareceu sentada em sua cadeira no fundo da sala com seus colegas, apoiando a cabeça na mesa e com uma expressão entediada.
"Preguiça de escutar mais blá-blá-blá de magia fraca."
A turma percebeu que ela tinha desaparecido e olhou para trás. Quando todos a viram, Ding... dong... o sino mágico tocou, anunciando o segundo intervalo, e todos se levantaram. A professora, confusa e ainda assustada, olhou para Nina e saiu da sala junto com os alunos.
— Gente, vocês poderiam me esperar no refeitório?
— Não vai vir junto não?
— Preciso falar algo com a Nina...
— Aah... Entendi. — Jaan e Clarah saíram na frente.
"O que ele quer falar com ela?" Clarah, cheia de dúvidas, pensou.
Ela percebeu que Minty olhava de uma forma diferente para Nina, o que a deixava insegura.
A sala ficou vazia.
— Você é retardada? — Minty cochichou gritando, gesticulando com as mãos, olhando para Nina, que permanecia com uma expressão despreocupada e um pedaço da língua no canto da boca, zoando com ele.
Ele ficou sério.
— Tô zoando... Ah... Que fome, vamos comer logo! — Rrrromm! Nina colocou a mão na barriga, que roncou, e olhou para o teto com a boca aberta.
— Para de chamar tanto a atenção das pessoas.
— Tá, tá, chatão. Vamo logo.
Indo para o refeitório, deram de cara com uma mulher, a principal administradora da escola.
Seus cabelos e olhos eram inteiramente rosas. Sua pele era clara, e ela era bem mais baixa que Nina, além de ser bastante gorda, parecendo um barril amassado. Assim como Rose, ela usava um vestido verde escuro.
"Não é possível." Minty, nervoso, começou a suar frio.
— Garota, você é nova aqui?
— Sou.
"Respondeu a verdade ainda?!" Ele tentou manter uma expressão normal.
— Não lembro de ter aceitado sua matrícula. Poderia me seguir até minha sala?
— Claro! — Nina deu um sorriso e a seguiu até sua sala.
A administradora entrou em sua sala, que ficava no mesmo corredor, e Nina a acompanhou.
Enquanto estavam lá dentro, Minty, do lado de fora, sentou no chão com a alma quase saindo de seu corpo de tanta preocupação.
No refeitório, Clarah ficava olhando para a entrada principal, mas os dois não apareciam.
Com sua mente trabalhando contra ela, imaginou os dois se beijando e sacudiu a cabeça rapidamente em resposta.
"Não. Não. Óbvio que não."
Jaan olhou para ela.
— Será que estão se pegando no chão da sala uma hora dessas?
— OE! OE! — Ela olhou para Jaan com um olhar ameaçador.
— Foi mal...!
Jaan olhou para a comida dela e pegou um pouco.
— Já que não vai comer, eu como! Nhami! — e comeu.
Ela se irritou.
— Vou quebrar tua cara! — Clarah pulou nele, o enforcando — Não roube minha comida!
Os alunos ao redor começaram a gritar.
— Briga! Briga! Briga!
— 90 moedas de bronze na doidinha de cabelo branco, hein. Quem dá mais?
Nina saiu da sala da administradora andando normalmente, mas com um rosto abatido.
Minty ainda permanecia desmaiado no chão e Nina viu a alma saindo pela boca.
— Hã?
Ele escutou, Cshuuuuu... engoliu a alma, e se levantou.
— O-o que aconteceu?
[ — Por que está fingindo estudar aqui?
— Queria muito entrar nessa escola, mas como as aulas já voltaram, fiquei com medo de não me aceitarem... "Acredite, por favor." Nina fez um rosto fofo, com seus olhos arregalados.
"Ain, que fofinha!" — Não se preocupe, mocinha, vou fazer sua inscrição. — A administradora abriu um sorriso e entregou uma ficha para Nina.
Depois de preencher a idade e algumas informações, Nina finalmente foi liberada para sair.
Antes de sair, fez um coração com as mãos, uma pose fofa, Mwah! e mandou um beijinho para a administradora, PÁHF! que caiu para trás, encantada com a fofura.
"Que otária." ]
— Fui expulsa — respondeu com uma expressão séria e triste.
Pah...
Minty caiu de joelhos, e sua alma começou a sair novamente.
— Tô zoando. Me deram uma matrícula e agora posso ficar tranquila.
Cshuuuu... respirou aliviado e sua alma voltou para dentro.
— SÉRIO?! Pensei que tivessem descob...
Nina colocou um dedo nos lábios dele, Pha... o empurrando e pressionando contra a parede.
— Shhh. Para de gritar, ainda mais isso.
Rrrromm!
Seu estômago roncou e ela tirou o dedo dos lábios dele.
— Aah... Que fome, vamos comer logo. Onde é o refeitório desse lugar?
— O-o quê? — Minty não escutou direito, se perdeu na beleza dela quando Nina colocou o dedo nos lábios dele.
— Tá surdo? Tô com fome, vamos lo...
Ding... dong...
— Aaaaaah, que merda! — colocou as mãos nos ombros de Minty e o sacudiu. — Estou com fome!
Ele, depois de ser balançado até ficar tonto, respondeu tentando fazê-la parar:
— Calma. Deve ter sobrado algo no refeitório.
Chegando lá, a moça permitiu que eles pegassem uma fruta e os mandou embora.
Nina ficou olhando para a fruta com nojo, mas a comeu mesmo assim.
"Aparência horrível, mas não é tão ruim."
Voltando para a sala, chegaram atrasados e os alunos começaram a cochichar sobre os dois chegarem juntos, o que fez Clarah alimentar ainda mais sua insegurança.
Ela gostava de Minty desde criança, mas nunca disse isso a ele.
Após as aulas, já era bem tarde e à noite caía.
Nina se dirigia até os dormitórios femininos que Minty lhe indicou quando Clarah a chamou:
— Nina?
— Oi, Clarah — respondeu com o corpo meio de lado, olhando para trás.
— Você já tem parceira de quarto?
— Não tenho não. Nem sabia que tinha isso.
— Eu não tenho uma dupla, quer ficar no mesmo quarto?
— Pode ser. — Nina abriu um sorriso.
Chegando no quarto, Nina arrumou sua cama e se deitou.
Era pequeno, com uma cama de solteiro em cada lado, um pequeno criado-mudo ao lado com um abajur diferente feito de metal simulando uma planta. Entre os criados-mudos, havia uma janela. E como toda a escola, raízes e plantas eram intensamente presentes na decoração.
Depois de um tempo deitadas em suas camas, Clarah quebrou o silêncio:
— Nina... Você gosta do Minty?
Nina abriu os olhos.
"Sabia." — Não. Ele é só um amigo e eu já tenho namorada.
Clarah se sentou na cama, olhando para a dela.
— NAMORADA?!
Nina se sentou também, olhando para ela.
— Sim. Mas não sei onde ela está ou se está bem.
— Faz tempo que não a vê?
— Desde que vim para cá. — Nina deitou-se novamente, olhando para o teto.
— Entendi. Você vai se reencontrar com ela. Talvez em umas férias você possa viajar até onde ela mora.
— É... Talvez. Mas por que a pergunta se eu gosto do Minty? Você gosta dele?
— Sim. Desde que o encontrei na escola pela primeira vez e ele veio conversar comigo.
"Sem rodeio? Milagre isso." — Mas por que não diz a ele?
— Porque acho que ele não gosta de mim e me declarar pode ser ruim para a nossa amizade.
Nina se lembrou de Nino falando para ela contar a Nathaly.
"Sou uma hipócrita por falar isso e nem ter tido coragem para falar com a Nathaly." — Eu te entendo perfeitamente. Um dia você vai conseguir dizer a ele, e espero que ele aceite o seu pedido.
— Talvez sim... Mas ter ele como um amigo próximo está sendo o suficiente para mim.
— Eu não conseguiria ver a Nathaly com outra pessoa, seria doloroso para mim.
— Nathaly?
— Sim. Minha namorada se chama Nathaly.
— Entendi... Bem — ela abriu um leve sorriso descontraído —, é melhor pararmos com isso por hoje, né? Vamos ficar tristes à toa...
— Tem razão. — Nina e Clarah deram uma leve risada juntas.
Paff...
Clarah se deitou feliz por Nina não ter interesse em Minty e dormiu mais despreocupada. Já Nina ficou um tempo olhando para o teto, pensando em reencontrar seu amor e também seu estresse. Com Nino e Nathaly em mente, ela fechou os olhos, tentando dormir.
Enquanto toda a escola dormia, Rose andava nas salas subterrâneas.
Quando chegou à frente de seu quarto, viu que o Primordial Verde batia levemente na porta. Ao sentir a presença de Rose, ele se virou para encará-la.
Rose caminhou até ele, com a intenção de contar sobre o comportamento irregular de Nina.
— Pai, tem algo estranh...
O Primordial Verde ignorou sua filha, aproximou-se dela e colocou uma mão na cabeça, deslizando os dedos pelos cabelos. Ela abaixou a cabeça instantaneamente, e ele, com a mão direita, segurou o queixo e a levantou cuidadosamente, acariciando os lábios.
Ele, assim como todos os outros primordiais homens, é muito alto. Mesmo podendo alterar sua altura à vontade, todos mantinham um padrão de 2,10m. Já as mulheres, 1,90m, embora, dependendo da situação, preferissem diminuir bastante essa altura.
— Shh... Silêncio. Faz tempo que você não me visita. Era tão obediente quando era mais nova.
Rose começou a sentir medo — o efeito da droga estava passando, e ela começava a se lembrar aos poucos.
— Pai, por favo...
Ele tapou a boca dela com a mão, aproximando seu rosto do dela.
— Não deixei você falar nada. Não veio me dar um presente esta noite? O que veio fazer aqui além disso?
— Pai...
PÁ!
A marca da mão dele ficou na pele clara do rosto de Rose, Pah... que caiu no chão. Verde a segurou com força, Rarrrrsg! e rasgou todas as camadas de tecido do vestido dela.
— Pai, não, por favor, me escuta! — Uma porta se abriu e a administradora que havia dado a vaga para Nina entrou. — MÃE, SOCORRO!
A mãe de Rose, ao ver a cena, abriu um sorriso.
— Deixa eu participar disso, Verde? — Rose ficou paralisada, com uma expressão de medo, incapaz de reagir.
Ela permaneceu imóvel, ouvindo os sons de seu corpo sendo usado pelo seu pai e pela sua mãe.
Lágrimas surgiam em seus olhos, mas nenhum som de choro saia de sua boca; ela apenas esperava que o seu pai acabasse de estuprá-la mais uma vez. Tornou-se uma boneca sem vida, sem voz, sem expressão, sem esperança.
Depois de vários minutos, Verde terminou, mas não parou. Continuou tocando o corpo dela enquanto ela se sentia enojada e com vontade de vomitar a cada toque. Finalmente, ele se levantou, observando Rose suja no chão.
A administradora lambia a sujeira que Verde havia deixado no corpo de sua filha.
Lágrimas voltaram a surgir nos olhos de Rose. Verde a observava de cima, vendo a mulher lambendo o esperma no corpo da jovem adulta, como uma porca gorda, se alimentando.
— Você sabe que, se tentar sair da escola, eu matarei todos os seus alunos, não sabe? — Rose ouviu claramente aquelas palavras e apenas continuou chorando, paralisada. — Não escutei um sim, papai.
— Si-sim, papai... — respondeu, levantando-se parcialmente do chão, machucada e abalada, enquanto sua mãe ainda a lambia.
— Volte para seu quarto e sonhe comigo, minha filhinha.
— Si-sim, papai... — Ela se virou, recolhendo suas roupas rasgadas do chão e se dirigiu ao seu quarto.
Lá, Phahf... caiu sentada no chão, tentando ao máximo não fazer barulho com o choro.
Verde saiu da sala acompanhado pela mãe de Rose e entrou em outra cheia de celas com escravos.
Ao verem a entrada deles, os escravos começaram a chorar e a gritar. Os homens tentavam quebrar as grades à força, mas era em vão; tudo o que podiam fazer era olhar.
— NÃO! POR FAVOR!
— VAI EMBORA!
— SAI DE PERTO DELAS!
— EU VOU TE MATAR! DESGRAÇADO!!
Os homens ficavam em celas separadas de suas esposas e filhos.
Eles berravam e clamavam cada vez mais alto ao ver Verde se aproximando das celas onde suas famílias estavam.