Cheat do Crescimento Japonesa

Tradução: Themis


Volume 11

Capítulo 429: Prólogo da Deusa Preguiçosa (?)

No fim, Torerul fugiu para a Russia, na Terra, foi capturada por Koshmar enquanto comia blini (panquecas russas) e foi forçada a começar a criar uma nova dungeon. No entanto, assim como uma criança que não quer estudar, o seu trabalho se acumulou por um tempo.

Se uma grande dungeon fosse criada perto de um lugar onde humanos vivem, pessoas entrariam por conta própria e derrotariam os monstros, criando um sistema auto-sustentável. O problema era que, mesmo que o miasma se reunisse ali, esse era um lugar onde os humanos não entrariam normalmente.

— Por que eu tenho que ficar com essa tarefa problemática?... Eu só quero ser desempregada e dormir o dia todo. — Torerul ficou de mau humor enquanto cutucava a boneca matryoshka que comprou como lembrança com a ponta do dedo. — Esse tipo de coisa devia ir pra nova deusa. Isso, vou mandar ela…

No entanto, quando Torerul lembrou que a nova Deusa era Miri, ela abandonou seu pensamento.

Para ela, Miri era aterrorizante mesmo quando humana, e a condição da garota para se tornar uma deusa era não trabalhar por uma centena de anos. Se Torerul quebrasse essa promessa e empurrasse o trabalho para ela, não saberia que retaliação a esperaria.

Haa… se tivessem outras "eu', eu poderia forçá- las a trabalhar por mim. — comentou enquanto abria a boneca matryoshka e expunha outra. Imaginou que seria bom se ela pudesse se dividir assim.

Mas, se alguém mais ouvisse isso, pensaria que os clones provavelmente sentiriam que o trabalho era problemático e o abandonariam também. Eles definitivamente reclamariam dizendo algo como『Esse é um trabalho do corpo principal, então é óbvio que o corpo principal deveria fazê-lo. Por que eu, um clone, deveria fazer uma tarefa tão problemática?』.

— É isso! Só tenho que dar um jeito dos humanos fazerem tudo. Já tá na hora de um novo transmigrado chegar, então vamos fazê-lo cuidar da dungeon… Não, isso não vai funcionar.

Em primeiro lugar, havia uma regra inviolável de que os cheats chamados bênçãos divinas dadas aos transmigrados deveriam ser algo que eles quisessem.

A deusa até podia oferecer uma benção divina parecida com o que o transmigrado deseja, mas não podem ignorar a conversa e só empurrar uma benção neles.

Haveria um transmigrado estranho que desejasse realizar a tarefa chata de administrar uma dungeon?

Torerul pensou consigo mesma e de repente viu a boneca matryoshka que abriu. Talvez tenha sido um produto com defeito, pois a mais externa e a segunda estavam grudadas, embora pudessem desgrudar com um pouco de força.

— É mesmo! Tem essa opção.

Ela bateu palmas e pegou um papel tamanho A1. Em seguida, seguindo a sua vontade, o papel foi dividido em várias tiras e cada uma recebeu a descrição de uma bênção divina que ela poderia conceder.

E, então, o último pedaço recebeu a『Capacidade de criar e gerenciar sua própria cidade dungeon』. Normalmente, apenas a dungeon e seus arredores podem ser gerenciados, mas para que ela funcionasse mesmo após a morte do transmigrado, uma cidade devia ser criada.

Então, Torerul colocou o papel entre a boneca mais externa e a seguinte e distribuiu aleatoriamente o restante dos papéis nas bonecas matryoshka.

Por que colocar a bênção divina que ela queria que fosse escolhida no lugar mais estranho?

Era simples.

Os humanos eram seres que viam valor nas coisas que estavam escondidas.

Não tinha como uma bênção divina que só podia ser selecionada uma vez na vida ser decidida em cinco minutos. E, com o passar do tempo, o transmigrado notaria que havia outro pedaço de papel no vão da matryoshka. Se não percebessem, ela podia criar um mecanismo que quebrasse automaticamente. E quando encontrassem o papel, entenderiam mal por conta própria.

Era uma bênção-armadilha.

Fumu fumu, estou ansiosa por isso. Bem, estou forçando eles a administrar a masmorra, então poderia dar uma ajudinha. Certo, se eu fizer aqueles humanos coletarem as pedras mágicas, eu poderia matar dois coelhos com uma cajadada só. Uma ilha desabitada com suprimentos escassos. Eles ficariam felizes em oferecer pedras mágicas se eu as trocasse por comida e materiais adequados. — Torerul resmungou com um sorriso malicioso antes de fechar a tampa da matryoshka.

Embora estivesse ansiosa para saber que tipo de pessoa iria visitá-la, ela sentiu que seria um chato explicar diretamente, então decidiu colocar uma função de chamada na boneca matryoshka e desligar a ligação assim que a explicação terminasse.

Torerul falava sério quando se tratava de faltar ao trabalho.

E quando acabou, chegou a hora dos transmigradores do Japão chegarem.

Ela colocou a boneca no primeiro mundo que o transmigrador visitaria e esperou.

Então, um rapaz de aparência exausta apareceu de camisola.

Ele parecia ter sido trazido quando estava prestes a morrer de excesso de trabalho.

Torerul manteve as expectativas quando o chamou através da boneca matryoshka.

『Teste, teste… você me ouve?』

Ele respondeu a essa voz.

Era o começo de uma nova história.



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