Volume 11
Capítulo 421: As respectivas lutas de todos
O impacto do Big Bang lançado por Ichinojo foi transmitido por todo o labirinto.
Chegou até mesmo ao quinto andar.
— O que é isto?! O chão está chorando! Senhor Labirinto, você está com fome?!
— Isto é ruim! O Senhor Labirinto está com fome. Ele vai nos engolir.
Jofre e Elise disseram com expressões pálidas.
— Senhor Labirinto, se você for comer Elise, coma eu, Jofre, primeiro!
— Senhor Labirinto, se você for comer Jofre, coma eu, Elise, primeiro!
— Não, eu primeiro!
— Não, eu primeiro!
— Parem de brincar e lutem!
Carol gritou sua reclamação aos dois.
— Carol, você está bem?
Quince perguntou enquanto segurava sua maça.
— Sim, estou bem... não, é um pouco difícil. O consumo de poder mágico para a Barreira Sagrada não é pequeno.
O MP de uma Rainha Súcubo era bastante alto, mas manter de forma constante um feitiço causava um consumo tremendo. Não só isso, sempre que os monstros se aproximavam, ela usava seu feitiço Charme para selar seus movimentos, então isso agravava a situação.
Jofre e Elise estavam fazendo o seu melhor, mas se não fosse pelo esforço de Centauro, a linha de batalha teria colapsado há muito tempo.
Mais importante ainda, as negociações com Centauro foram a causa para o cansaço de Carol.
— As Medalhas Raras que Jofre tem, bem como um ano de tomates para contarmos com sua ajuda.
— Estou questionando a maneira como a criei vendo como você está desesperadamente negociando com um burro.
Quince disse com exasperação enquanto ela pegava um cachimbo.
— Aqui, pegue isto.
— Quince-sama, isto é?
— Um cachimbo. Dentro não é tabaco, mas remédio para restaurar o poder mágico. Como Autômato, uso-o de forma constante para repor MP.
Carol aceitou o cachimbo e colocou a ponta na boca enquanto Quince acendia a erva medicinal em seu interior.
Foi a primeira vez que Carol fumou um cachimbo, por isso ela tossiu.
— Cof-cof, cof... ah, mas a fumaça não tem sabor tão ruim assim.
— É porque não há substâncias prejudiciais ao corpo. Claro, não há preocupação com o vício também.
— Mas esta não é uma versão seca de fezes de Sugyu?
— Você sabe sobre isso?
— Sim, já ouvi falar sobre isso, mas esta é a primeira vez que a vejo.
Sugyu, que comem Erva de Mana, a excretariam depois de remover as toxinas dentro dela e reteriam os ingredientes efetivos do medicamento.
— Parece que um pouco de meu MP se recuperou. Devo ficar bem por algum tempo.
— Sinto muito, Carol.
— Eh?
— Só posso ver você sofrer devido às habilidades de Tentadora. Originalmente, como alguém com experiência como Tentadora, deveria ter te acompanhado mais.
— ... não, Quince-sama. Eu não odeio mais minha habilidade de Tentadora. Dói que o pai e a mãe morreram por causa disso, mas não tinha controle sobre isso.
Carol disse.
Ela encontrou sua determinação.
Até agora, Carol havia se culpado pela morte dos pais. Já que era um fato inegável que seus pais morreram quando sua habilidade se ativou sem seu conhecimento.
Normalmente, não seria um problema que poderia ser considerado como algo fora de seu controle.
Na verdade, ela sempre disse a si mesma que não deveria ter tal ideia.
Mas, isso estava errado.
Não era expiação continuar se culpando.
Isso era apenas escapar de seu pecado.
— Depois que essa batalha acabar, prometi sair de férias com Ichino-sama. Nessa hora, pretendo informá-lo sobre o local onde meu pai e minha mãe faleceram. E informá-los que Carol encontrou um parceiro para se casar.
— Entendo, então Carol já superou.
Quince olhou para o crescimento de Carol e sorriu.
Ela pensou consigo mesma.
Talvez ela tivesse cometido um erro.
Se ela escapasse, o Herói capturaria Carol e a transformaria em uma Deusa Demoníaca.
Para garantir que isso não acontecesse, ela teve que protegê-la.
Talvez esse pensamento tenha sido um erro.
Carol tinha crescido de forma esplêndida sem sua intervenção.
— Uma cerimônia de casamento, estou ansiosa por isso, Carol.
— Sim. Quince-sama, quando essa hora chegar, por favor, caminhe pelo corredor com Carol.
— Sim, ficarei contente.
Quince respondeu com um sorriso.
— Parem de brincar e ajudem! É perigoso!
— Parem de brincar e ajudem, é realmente perigoso!
Mesmo depois de ouvirem as súplicas desesperadas de Jofre e Elise, as duas não sentiam que perderiam.
A vibração foi transmitida para o 14º andar também.
— O que é este tremor?
— É um terremoto?
Nem Kanon nem Marina sabiam do poder do Big Bang de Ichinojo.
Elas presumiam que era o prelúdio de um desastre natural ou o trabalho de uma Deusa Demoníaca.
— Parece que não temos tempo, Malina. Você pode dizer, não pode? Este é o poder de uma Deusa Demoníaca.
— Deusa Demoníaca? Esse é o som do poder do caos selado no meu tornozelo direito despertando.
— Você realmente tem um monte de coisas seladas dentro de você, Malina. Nesse caso, vou desfazer o meu selo também.
Ao fazer isso, chifres pretos apareceram na cabeça de Kanon e asas pretas apareceram em suas costas.
Eles eram a prova da raça dos Demônios que ela tinha escondido até agora.
— Hmm, depois de quebrar o selo, veremos o quão longe você, Kanon, que é uma Ferreira Mágica e não possui um trabalho de combate, pode chegar.
— Agora que penso sobre isso, eu não lutei com Marina com força total até hoje.
Kanon comentou e um martelo de batalha apareceu em sua mão.
Ela saltou alto e balançou o martelo para baixo.
Marina se esquivou ao saltar para o lado.
— Mega-água.
Uma grande bola de água agrediu Marina.
— Quê?!
Kanon nunca tinha usado mágica na frente de Marina. Isso a levou a baixar a guarda. Ela assumiu que sabia tudo sobre uma oponente com quem esteve todo esse tempo.
Marina foi pega pelo ataque inesperado e se chocou contra a parede.
— Você não ouviu de Ichinojo-kun? Ferreira Mágica é uma anormalidade mesmo entre as anormalidades. Trata-se de um trabalho de produção que só pode ser alcançado por aqueles que atingem o ápice tanto do Alquimista quanto do Ferreiro. A pessoa deve possuir aspectos físicos e mágicos. E minha verdadeira natureza é mentir. Marina deveria saber disso também. Mentir é a minha especialidade. Se você se render, eu vou colocá-la para dormir de modo confortável.
— Não me faça rir, Kanon. É isso que eu quero dizer. Quando o poder selado dentro da minha cabeça acordar, sua derrota será decidida.
Marina disse enquanto suportava a dor nas costas.
— Se estiver selado, tente quebrá-lo. Você sempre diz as mesmas coisas.
— Entendo... então, devo apenas fazer isso.
Marina falou com o selo em sua cabeça.
E então, ela sorriu e atirou sua flecha na direção errada.
Aqueles que não sabiam poderiam ter pensado que ela errou, mas Kanon sabia. Esse era o poder de Marina como uma Artista de Rua.
As flechas disparadas do Arco do Vento mudaram sua trajetória e se aproximaram de Kanon.
Era fácil evitar tal ataque se fosse conhecido previamente que a trajetória poderia mudar.
Sim, Kanon sabia mais sobre Marina e Malina do que qualquer outra pessoa.
Era por isso que ela ficou chocada.
Marina tirou a máscara no meio da batalha.
Se isso fosse tudo, ela teria pensado que Marina tinha crescido e decidido tirar a máscara para garantir melhor visibilidade.
No entanto, ela derrubou muito as expectativas de Kanon.
Marina... não, Malina jogou a máscara para frente.
Ela percebeu.
Nesse ritmo, a trajetória da flecha e da máscara se sobreporia e a máscara se quebraria.
— O que você está pensando?
Kanon gritou e pulou para frente em vez de para trás, pegando a máscara.
Sim, ela não esperava por isso.
A máscara tinha um talismã de explosão.
Quando a máscara explodiu, Kanon não sabia o que estava acontecendo.
Ela não conseguia entender como Malina estava agora em cima dela e segurava o Arco do Vento contra ela enquanto estava caída no chão.
— Não se preocupe, eu pedi a Kusunoki para enfraquecer o poder de modo considerável.
Malina disse com um sorriso.
Em contraste com o sorriso de Malina, os olhos de Kanon mostraram raiva.
— … quais são suas intenções, Malina. Você matou Marina? Com suas próprias mãos.
— Você está errada, Kanon. Marina sempre esteve dentro de mim. Marina conversou comigo antes de eu tirar a máscara. “Eu não estou morrendo, Malina. A hora de quebrar o selo que separa nós duas e nos tornamos uma chegou.” Marina e eu éramos originalmente uma entidade. Não está relacionado com aquela máscara barata de um Sense que Kanon comprou daquela loja comum!
Malina disse de forma desesperada.
— Fu, ahahahahah. Coff-coff.
Kanon riu alto e engasgou.
— Haa… a pessoa que só sabe mentir foi enganada. Não esperava que Malina soubesse a origem da máscara.
— Eu fui àquela loja de um Sense antes e fiquei interessada naquela máscara. Mas pensei que não podia desperdiçar dinheiro porque era uma escrava, então desisti.
— Entendo… nosso senso de moda é semelhante. Ei, Malina. Você planeja voltar para o seu mundo, não planeja?
Kanon preguntou a Malina mais uma vez.
— Hã-hã, Kanon é importante neste mundo, mas meus pais estão daquele lado.
— Então, você não pode me deixar ir? Se eu me tornar uma Deusa Demoníaca, posso enviar Malina para aquele mundo. Eu alcançaria todo esse poder.
— Essas são as palavras de uma perdedora? Não, Kanon. Neste mundo, Kanon é aquela que eu mais amo. Eu não posso retornar através do seu sacrifício.
Malina disse, baixou o seu Arco do Vento, e abraçou Kanon.
— Não se preocupe, mesmo que você não se torne uma Deusa Demoníaca, posso retornar ao meu mundo original.
— Marina te falou isso também?
— Não, eu que decidi. Eu com certeza voltarei.
Kanon, que vinha discutindo sobre várias medidas, ficou perplexa com aquela teoria irracional.
Não havia vitória contra tal lógica.
— A derrota é minha, Malina.
Assim, a batalha no 14º andar terminou.