Volume 10
Capítulo 392: Recepção inesperada
Durante o tempo em que Ichinojo e Haurvatat se dirigiam em direção à tenda onde o Rei esperava, apesar de saberem que era uma armadilha e que isso os colocaria em risco em nome do amor deles por Carol...
A Mini-Hume seguiu para a lavagem a seco.
A investigação sobre o caso já tinha acabado, então o local estava vazio.
"Ichino-sama está trabalhando duro. Carol tem que trabalhar duro também."
Ela disse isso para si mesma para se animar.
— Carol-chan, estou aqui, mas há alguma coisa para vermos?
Carol pediu a Lana-san, que tinha terminado suas compras, para dizer a Suzuki para ir à lavanderia quando o visse. A garota pediu-lhe para informá-lo que era um assunto urgente.
— Estive te esperando, Kota-kun. Eu tenho um pedido.
— ... tenho que exterminar os monstros que apareceram na cidade. É algo ainda mais importante do que isso?
— É claro. Há um limite para quantos monstros Kota-kun pode exterminar por conta própria, mas se você seguir o que Carol tem a dizer, pode derrotar seus inimigos de forma muito mais eficiente.
— … é mesmo? É, vou confiar em você. Então, o que devo fazer?
— Sim, por favor, coloque essas roupas em sua bolsa de itens e leve-as com você.
— Eh? Isto é?
O traje ao qual Carol se referia... foi originalmente feito para a venda de livros.
Normalmente, não seria permitido ser levado sem permissão, mas ontem, Kikkori enfim encontrou o organizador da venda do livro. Originalmente era uma informação desnecessária, mas que agora trazia resultados.
Carol entregou um pouco de ouro para o organizador no caminho para cá e obteve permissão para emprestar todas as fantasias.
Ele de bom grado as emprestou quando a garota explicou que era para salvar a cidade da crise.
— Mas para onde devo levar tudo isso?
— Para a casa de Kota-kun. Pedi a Lana-san para esconder temporariamente 20 companheiras de Ichino-Sama.
Em situações comuns, seria impensável convidar 20 pessoas para uma casa sem a permissão do dono, mas de acordo com o manual de Lana-san, "Se o dono está fora e um hóspede traz o amigo, devo proporcionar o máximo de hospitalidade até que o dono volte para casa.", então ela seguiria seu manual, mesmo se 20 pessoas aparecessem de repente.
— Companheiras? Esconder? Não me diga que são da raça dos Demônios?
Suzuki pensou em Flute e perguntou.
O assunto com Flute deixou um pequeno incômodo no coração de Suzuki e ele queria encontrá-la mais uma vez se a garota estivesse bem.
Carol sacudiu sua cabeça.
— Ela está bem, mas não está lá. Vou explicar mais tarde. Por enquanto, por favor, colete os trajes e vamos embora.
— Tudo bem.
Suzuki acenou e guardou todos os trajes em sua bolsa de itens.
Então, ele voltou para casa junto com Carol.
— Bem-vindo de volta.
Lana se curvou ao receber Suzuki e Carol.
Ela não mostrou sinais de esconder ninguém enquanto suas ações seguiam seu manual ao pé da letra.
— Lana-san, onde estão todas?
Carol perguntou.
— Sim, elas estão no salão. Por aqui, por favor.
Suzuki foi levado para o salão e ficou chocado.
— Elfas-Negras!?
Esperando lá estavam as Elfas-Negras, que se dizia terem sido erradicadas pelo exército da Igreja. E ele ficou ainda mais chocado ao ver que todas eram do sexo feminino.
Ele não sabia que a raça das Elfas-Negras só tinha fêmeas.
Antes de Ichinojo partir para encontrar o Rei, ele sugeriu usar o Bracelete da Transformação para transformar Haurvatat em Carol e procurou a ajuda das Elfas-Negras para a segurança da cidade.
Ele disse isso para as Elfas-Negras no Meu Mundo:
"Sei que é errado pedir algo assim apesar de prometer proteger todas vocês. Mas ainda desejo... proteger os moradores da cidade de Mallegory. Por favor, me ajudem."
Ninguém discordou.
— Elas são companheiras de Ichino-sama. Posso atestar a habilidade de todas com o arco. Eles vão se fantasiar e atirar nos monstros da cidade.
— Um número suficiente de flechas foi preparado para todas. Elas com certeza serão de ajuda.
As Elfas-Negras eram, assim como a raça dos Demônios, inimigas da Igreja.
Normalmente, não seria perdoável que Suzuki, um nobre do Reino Shiraraki, contasse com a ajuda delas.
Entretanto, ele assentiu com a cabeça:
— … tudo bem. Eu tinha me preparado quando salvei aquela garota da raça dos Demônios. Não revelarei suas identidades. Lana-san, não diga a ninguém sobre isso.
— Sim. Obedecerei ao manual para não revelar os segredos dos convidados.
— Mas todas vocês serão capazes de usar o arco enquanto usam as fantasias?
Olhando para o tamanho dos trajes que ele trouxe, Suzuki sentiu que a corda do arco atingiria a fantasia quando a flecha fosse lançada.
Antes de mais nada, o campo de visão era estreito. Era o traje mais desvantajoso para se usar com um arco.
— Treinamos diariamente, então vamos ficar bem.
Rarael comentou enquanto segurava a cabeça da fantasia de coelho.
O treinamento com arco das Elfas-Negras era extenso. Não só elas treinavam na escuridão, como também treinavam em locais com baixa visibilidade e enquanto carregavam companheiras feridas.
A precisão delas não diminuiria só porque estavam usando uma fantasia.
Como resultado, um esquadrão de 20 arqueiras fantasiadas se reuniu.
— Puxa vida, o que vou dizer aos guardas?
Mas com essas arqueiras de elite... Suzuki achou a situação encorajadora.
Talwi e o Lorde Demônio, ambos escaparam enquanto ainda estávamos presos no meio do território inimigo.
— Mestre, vamos descansar por um tempo.
— Sim, vamos fazer isso.
Por sorte, ou por ordem do Rei ou por causa da lavagem cerebral, ninguém entrou na tenda.
Queria descansar lá até que os efeitos secundários do Sangue da Fera passassem.
Por ora, nós descansamos enquanto nos escondíamos atrás do trono e esperávamos o efeito do Sangue da Fera chegar ao fim.
Ouvimos uma comoção fora da tenda.
Estava bastante barulhento.
— Sua Majestade! É uma questão de grande preocupação!
— Onde está Sua Majestade...
Haru atingiu o soldado que tentou gritar em seu plexo solar com sua espada embainhada.
O soldado gemeu e desmaiou.
— Mestre, este lugar não é mais seguro.
— Sim. Meu corpo pode se mover um pouco melhor agora, vamos escapar daqui.
Apliquei Megacura em Haru e Cura em mim mesmo.
A dor diminuiu.
Mas qual era o problema sério?
Foi então que senti.
Duas presenças poderosas se aproximaram da nossa localização.
Não me diga que era isto o que o Herói se referiu como o perigo deste lado?
Quando pensei nisso, uma garra enorme atravessou a tenda.
Olhando para as garras enormes como as de um dragão, gritei de forma involuntária:
— Fenrir!?
Fenrir ficou à vista depois que a tenda rasgada desabou.
E então, vi a jovem com uniforme de marinheiro cavalgando no monstro.
— Uhu, Onii! Há quanto tempo.
Logo quando o Lorde Demônio partiu, o antigo Lorde Demônio, Miri, apareceu montando Fenrir.