Volume 10
Capítulo 360: Desfazendo a maldição
Ele mencionou uma instalação protegida, então eu esperava que fosse um edifício remoto nos subúrbios. No entanto, era um grande edifício na Rua da Magia.
Parecia que foi remodelado de uma antiga fábrica construída para criar ferramentas mágicas.
Havia guardas postados na entrada, mas depois que Suzuki mostrou a eles seu broche de Barão, ele comprovou sua identidade e, depois que eu fui interrogado, recebemos uma permissão para entrar no prédio.
O fato de a inspeção ser mais detalhada do que no cais do dirigível mostrou o quão aterrorizante era a maldição do frenesi.
— Que ferramenta mágica eles estavam fazendo?
— Eu acho que eles estavam fazendo espadas mágicas.
— Basicamente, uma oficina de Ferraria Mágica?
— Hahaha, de jeito nenhum. Não há Ferreiros Mágicos no mundo. Ferreiro, Alquimista e Mago, apenas uma pessoa que domina todos esses trabalhos de campos variados pode se tornar um.
— A dificuldade sem dúvidas é alta.
Seria difícil sem uma trapaça do crescimento.
… nesse caso, como Kanon dominou o trabalho de Ferreira Mágica, ela era na verdade uma trabalhadora dedicada? Ela não parecia ter esse perfil.
— Aqui eles estavam experimentando se uma espada pode ter habilidades únicas ao incorporar talismãs mágicos feitos pelo Jornalistas Mágicos no cabo da arma.
— Um talismã em uma espada. Isso é interessante.
— Sim, mas, ao que parece, a mudança no desempenho foi sútil. Embora os efeitos tenham sido bastante duradouros, os talismãs serão consumidos e não vendem muito bem, mesmo se incluirmos os colecionadores que os compram.
Entendo, então os efeitos foram fracos. Os talismãs também eram caros.
Tentei perguntar sobre os efeitos por curiosidade e eles realmente foram sutis.
Se você usasse um Talismã de Transferência, poderia fazer uma espada que te faria escapar de forma automática quando quebrada no labirinto. Eu pensei que seria conveniente usar para escapar em uma situação perigosa, mas outros talismãs não poderiam ser usados depois que o Talismã de Transferência estivesse no lugar e ele não seria ativado se a espada fosse derrubada da mão do usuário, desse modo, o efeito era fraco.
Mas isso ainda era considerado algo bom.
Se você usasse o Talismã de Recuperação, a arma se tornaria uma espada que curaria o oponente sempre que você o cortasse e causasse dano a ele. Poderia ser útil para tortura, mas não teria utilidade em combate.
O uso mais sem sentido seria conectar um Talismã Alto-falante.
Ao colidir espadas afixadas com o Talismã Alto-falante, o som do choque das armas seria amplificado e poderia tornar o duelo mais impactante.
Fui em direção ao local onde uma pessoa com a maldição do frenesi foi mantida.
Havia um homem de meia-idade de aparência comum.
Seu trabalho era Carpinteiro e havia um guarda na entrada e outro lá dentro.
Essa vigilância rigorosa era mais semelhante à prisão do que à proteção.
— Quem são vocês? Vocês estão aqui para me interrogar de novo?
— Não, estamos aqui para ajudá-lo. Essa pessoa aqui é um Médico capaz de usar o Dissipar. Ele dissipará a maldição do frenesi que foi colocada em você.
— Sério!? Muitíssimo obrigado.
— Por favor, espere, ainda não é certo que eu seja capaz de dissipá-la.
Eu disse ao homem de meia-idade que estava prestes a se agarrar a mim.
Eu aprendi o Dissipar, mas nunca havia testado seus efeitos.
— Por favor, faça isso. Fiquei preso nesse lugar e tive que responder inúmeras de perguntas como "Você conheceu alguém suspeito recentemente?" ou "Nomeie todos os seus conhecidos." e até "Sua esposa é da facção antideusas?”.
Essas perguntas foram feitas a ele?
Ele não parecia ter sido torturado, mas eles o estavam tratando como um criminoso.
Claro, ele ficaria bravo se você duvidasse da família dele.
Eu simpatizava com ele.
— Não acredito neles. Eles deveriam saber pela investigação da minha história que eu não tinha namorada, apesar da minha idade. Não havia como eu ter uma esposa.
Eu realmente simpatizava com ele.
Olhei para o homem e entoei o feitiço.
— Dissipar.
Uma luz fraca envolveu o homem.
Mas não houve mudança óbvia para ser vista.
— Isso deve resolver tudo (eu acho).
Depois que eu disse isso, o guarda trouxe um líquido azul e o jogou nas costas da mão do homem.
— Essa solução ficará vermelha quando entrar contato com pessoas amaldiçoadas.
— Como procurar amido usando solução de iodo?
— Em termos simples, sim.
Eu acho que eles usaram a solução do medicamento para testar a presença da maldição.
Fiquei me perguntando como eles poderiam encontrar três pessoas afetadas. Seria fácil investigar com esse método.
Depois de confirmar a presença ou ausência da maldição, o Pesquisador de Investigação Mágica faria um exame de sangue. Com a Avaliação de Sangue e a Avaliação de Cabelo, eles poderiam obter muitas informações.
A solução nas costas da mão do homem não mudou de cor mesmo após a explicação de Suzuki.
— Está confirmado que a maldição foi dissipada. Você pode voltar para casa.
— Óó… óóóóóó!
O homem estava emocionado e segurou minha mão.
— Muitíssimo obrigado. Você é o meu salvador. Muito, muito obrigado.
— Está tudo bem, você não precisa me agradecer.
Aceitei a gratidão do homem quando ele chorou de alegria e o viu sair da sala.
Eu conduzi a mesma dissipação na outra sala e recebi agradecimentos.
E depois que saí daquele quarto, um homem acima do peso e com roupas extravagantes me chamou.
— Bom trabalho, Suzuki-dono, Ichinojo-dono. As pessoas inocentes agora podem ir para casa com segurança. Guhihihi.
Elas não estavam bem... as pessoas libertadas foram tratadas de forma terrível, como se fossem criminosas, então pareciam ter acumulado muita ansiedade.
O homem riu de forma animada com um rosto desagradável.
Sua risada era como a de um sapo.
— Obrigado por seu elogio (Esse homem é um inspetor que se reporta diretamente ao rei, por favor, não brigue com ele).
Suzuki disse e eu concordei.
Eu verifiquei às escondidas e seu trabalho era Plebeu.
Mas o nível dele não era normal.
Era Lv99.
Eu já vi muitas pessoas com o emprego de Plebeu desde que cheguei a este mundo, mas o nível mais alto foi em torno do nível 10. Eu nunca vi alguém chegar até o Lv99.
Por que ele faria isso?
— Você pode voltar para casa.
O inspetor falou.
— Mas só terminamos o tratamento de duas pessoas.
Eu falei.
— Não há necessidade de tratar a última pessoa.
— Por quê?
— Você saberá quando entrar na sala. Mas não será interessante de se ver.
O inspetor disse e me levou para a sala, apenas eu e Suzuki
Era uma sala pequena.
Parecia ter sido usada como depósito e havia espadas com talismãs aparentemente feitas na oficina colocadas ali.
Havia uma pequena janela na sala e podíamos ver a sala vizinha de lá.
Ao contrário das salas comuns, aquela estava construída com revestimento de metal preso às paredes.
Um homem estava atuando como interrogador e guarda lá dentro.
Cavaleiro: Lv35.
Ele era bem forte. E era um Quase-Nobre.
E, voltando-me para a pessoa afetada pela maldição, fiquei sem palavras.
— Quê…!
Era uma garota com cerca de 20 anos de idade.
Havia chifres pretos na cabeça e asas negras de morcego em suas costas.
Ela estava sentada em uma cadeira, mas eu desviei os olhos.
Provavelmente foi por causa de um chicote.
Os tendões da perna dela foram cortados.
Suas roupas estavam manchadas de vermelho escuro com sangue e a pele exposta estava cheia de arranhões. Seu cabelo originalmente bonito agora estava esfarrapado e coberto de sangue.
— Isso é terrível… por quê?
— Kusunoki-kun… ela é da raça dos demônios.
Suzuki me disse.