Volume 1
Epílogo
Dazai estava andando no andar subterrâneo da Máfia do Porto.
Sombrio e longo
A decoração é de lâmpadas fluorescentes e extintores de incêndio. É uma sala de evacuação estreita para se proteger dos ataques inimigos .
Dazai havia machucado perna esquerda e estava carregando uma muleta. Ao lado de Dazai estava Mori, de jaleco branco, e ao lado dele uma criança segurando uma boneca.
“Então este é o seu próximo trabalho.” disse Mori.
“Eh... essa criança está inquieta, ei... Ei, tente se controlar por um momento.”
Dazai estava conversando com o garoto que andava. A idade da criança parece ser de cinco ou seis anos. Ele não demonstrou interesse nas palavras de Dazai, apenas segurando o pulso e olhando para frente.
“Talvez essa criança ainda não consiga controlar sua própria habilidade, então não sei exatamente o que está acontecendo.”
Ele colocou a mão na cabeça dela.
“Em um hospital que eu conheço, ouvi falar de uma criança que machucou outra no mesmo quarto. Então eu fui por ele. Segundo rumores, essa criança não pode ser machucada, senão, quem quer que seja sofrerá as consequências. Seu próximo trabalho será o de descobrir sobre o que se trata sua habilidade.”
Dazai hesitou diante da criança.
“Kyusaku!” A criança ficou subitamente feliz. “Hahahaha, eu sou Kyusaku! Ei, vamos jogar? Quer jogar?”
“Sim, sim. Quando você crescer.” respondeu Dazai calmamente.
Duas pessoas caminharam pelo corredor, seus passos faziam barulho.
“Esse é o resumo da reunião.” disse uma mulher alta em um vestido japonês, que combinava com a cor de seus cabelos. “Você tem alguma pergunta, garoto?”
“Eu acho que entendi.” O garoto ao lado dela respondeu. Era Chuuya. “Tenho uma pergunta. Por que você está me levando para uma reunião, Ane-san?”
“Não me chame de Ane-san. Ainda não tenho essa idade.” A mulher do quimono olhou para Chuuya. “O motivo para levá-lo, é claro, porque uma empresa aliada virá. O parceiro nesta reunião é de uma empresa protegida pela Máfia. Ele é o presidente comercial de uma empresa com a qual Mori-dono formou recentemente uma aliança. O chá será servido durante a conversa e fluirá para o assentamento da máfia. Espero que você entenda que não há oportunidade para cortar a cabeça da outra pessoa como antes.”
“Sim...” Chuuya coçou a cabeça não convencido. “Mas alguém assim estando presente e algo der errado...”
“Então...” A mulher do quimono escondeu a boca entre as mangas e riu. “Se é um osso prestes a cair a esse ponto, é melhor deixá-lo cair.”
“Então é isso?”
O rosto de Chuuya expressou preocupação.
E... uma voz podia ser escutada do outro lado do corredor.
“Ei, Mori-san, essa criança é... garota ou garoto?”
“Falando nisso, eu não cheguei a perguntar. Eu irei ver os documentos mais tarde.”
E... vozes foram escutadas do final do corredor.
“A propósito, o chapéu preto que o chefe lhe deu... Você não estava com ele ontem, o que aconteceu?”
“Isso? É...”
As vozes dos dois garotos se cruzaram.
Um dia, um certo momento, no mesmo lugar.
Um evento cotidiano que não seria registrado na história, que particularmente, permaneceria na memória.
“Ah!”
“Ahhh, seu desgraçado!”
As vozes do garoto encheram o corredor.
Os adultos observaram os dois, surpresos.
“Chuuya?! Por que acha que te colocamos na organização?!”
Dazai se aproximou de Chuuya.
“Você é meu cachorro! Você tem que me seguir, se meus pés coçam, você tem que os coçar por mim; Se eu lhe disser que quero comer soba, você ameaça um posto de soba e traz para mim! Por que você foi com a Kouyou- san?!”
“Eu não tenho que estar com você! Entrei para a máfia por vontade própria! Não posso ser subordinado de alguém como você e muito menos o seu cachorro! Eu também sabia qual era seu plano, no final de tudo!”
Chuuya não havia sido derrotado.
“E quando notei mais tarde, parecia que o painel de controle do fliperama estava encharcado de água e impedia que funcionasse corretamente! Isso não é válido!”
“Ah? Sério, Chuuya? Está dizendo que trapaciei, mas onde está a prova? Ou isso é porque você soube que distribuir o boletim de ‘Chuuya perdedor chorão da semana’ para toda a organização? Tá tentando causar problemas aqui?”
“Você o que...? Espera! É por isso que todos riram de mim quando os cumprimentei?!”
Dois garotos gritaram um para o outro.
E dois adultos os assistiram.
“Novo chefe, é realmente bom ter esses dois garotos na mesma organização?” A mulher do quimono questionou Mori.
“Claro que sim, Kouyou-san.” Mori respondeu com um sorriso. “É bom justamente por estarem na mesma organização.”
Mori olhou para o chapéu que Chuuya estava segurando.
Foi dado a Chuuya por Mori no dia que o mesmo entrou na Máfia.
෴
“E esse chapéu? ”
No escritório do último andar da Máfia do Porto, Chuuya estava olhando para um chapéu preto.
“Depois de se juntar à organização...” Chuuya ficou na frente de Mori, falando com um sorriso. “Na máfia, a pessoa que recruta os recém-chegados é seu tutor responsável. É por isso que eles recebem presentes como boas-vindas. Eu dei a Dazai-kun um casaco preto.”
“É um chapéu velho.” Chuuya virou o chapéu e olhou para ele. “ Eu gostei, mas... o casaco de Dazai é novo. Por que pra mim você dá coisas de segunda mão? Não tem dinheiro?”
“Não são roupas de segunda mão.” Mori disse com um sorriso. “É o que Randou-kun deixou para trás.”
Chuuya olhou rapidamente para Mori. Então segurou o chapéu cuidadosamente e olhou para ele novamente.
“A maioria dos pertences de Randou foram queimados, mas antes disso, dei uma olhada em tudo.”
Mori estava sorrindo enquanto continuava sentado na cadeira do escritório.
“Parece que dois meses antes do incidente de ‘Arahabaki’, ele estava investigando a operação em que participou. O registro foi salvo. Qual é a instalação secreta em que ele se infiltrou, informações sobre o paradeiro de seu parceiro e um registro da posse do governo do poder de Arahabaki.”
Chuuya observou o rosto de Mori no momento em que lia as intenções da outra parte.
No entanto, Mori continuou a falar com um sorriso que era impossível de ler.
“Ele não obteve informações até o ponto atual, mas continuou investigando. Aparentemente, a instalação que ele se infiltrou guardava habilidades para usar como armas. Era uma instalação para pesquisa militar, por assim dizer, para habilidades artificiais.”
“Instalação... de investigação militar?”
“O nome ‘Arahabaki’ foi dado por aqueles que testemunharam a explosão há oito anos. Obviamente, ‘Arahabaki’ foi nomeado diferentemente no centro de pesquisa, sob o nome de ‘Protótipo-258’.”
Chuuya arregalou os olhos.
No momento que viu a reação de Chuuya, Mori abriu uma gaveta na mesa e pegou o envelope do documento.
“Esta é uma série de materiais coletados por Randou.” Mori mostrou o envelope a Chuuya. “Há mais coisas escritas.”
“Isso...” Chuuya inconscientemente estendeu a mão. “Minha verdadeira identidade e sobre o Arahabaki...”
No entanto, o envelope foi tirado de perto de Chuuya.
“No entanto, apenas os membros executivos podem ter acesso a essas informações.”
Ele disse a Chuuya com um sorriso.
“Eu deveria mostrar a você, mas não posso revelar o que está no envelope assim. Muito menos por ser o chefe.”
Chuuya abaixou a mão, mantendo o olhar no de Mori.
“Se você for bem-sucedido e se tornar um executivo, poderá ver o material.” disse Mori.
“Você está preocupado com a minha traição e é por isso que tomou essa precaução?”
“Não estou preocupado com isso.” Mori sorriu como um doutor para um paciente.
“Então por quê?”
“Na verdade, estou preocupado com Dazai. Vejo que ambos são excepcionais e surpreendentes, e suas habilidades são quase as mesmas. Seria muito cedo assim, mas se ele tivesse a oportunidade de ver esse material primeiro, o que acha que faria? Não acha que ele iria memorizá-lo e queimá-lo, para se livrar dele pra sempre?”
Chuuya empalideceu.
Se isso acontecesse, para obter as informações de todo o material de Dazai, ele teria que passar por um inferno para isso.
“Um diamante pode polir outro diamante.”
Mori sorriu.
“Se você contribuir com a organização, ficaremos tranquilo. Poderemos superar o antecessor sem recorrer à violência, medo e injustiça. Isso será possível. Do meu jeito.”
Chuuya estava pensando enquanto olhava para Mori.
“Eu...” Chuuya falou com uma voz infantil. Ele gentilmente colocou a mão contra a ferida em seu abdômen, ainda dolorido. “Eu era o líder da Ovelha, mas tudo que dei aos meus colegas foi apenas dependência e preocupação por traição. Não estou tão insatisfeito em ingressar na sua organização e seguir seus pedidos. Mas diga-me uma coisa, o que significa ser o líder de uma organização?”
Ao olhar sério para o garoto, Mori rapidamente apagou o sorriso.
Ele fechou e abriu os olhos. E falou com os olhos tão puros que nunca havia mostrado a ninguém.
“Ser um líder é estar no topo da organização e, ao mesmo tempo, ser escravo. Para a sobrevivência e o benefício da organização, ficarei feliz em mergulhar em toda a terra. Alimentarei meus subordinados e os moverei para onde eles são mais adequados. Vou usá-los e descartá-los, se necessário. Se for para a organização, terei prazer em realizar todos os tipos de atrocidades. Isso é ser um líder, apenas isso...”
Mori olhou pela janela e olhou para as cidades vistas através dela.
“Para proteger esta organização e esta bela cidade.”
Chuuya ouviu todas essas palavras com atenção.
Enquanto uma expressão pura, como se ele tivesse acabado de nascer, apareceu em seu rosto.
“Sim, eu entendo. Vou dedicar tudo, inclusive meu sangue, a você, chefe. Protegerei esta organização da qual você se tornou escravo e, para apoiá-lo, me tornarei seu escravo, derrotarei seus inimigos. E os inimigos serão ensinados que: Todos aqueles que desprezarem a Máfia do Porto serão esmagados pela gravidade mais severa.”
Mori observou silenciosamente o garoto que se ajoelhava e inclinava a cabeça.
Um sorriso apareceu em seu rosto como nenhum outro que ele havia mostrado até agora; não um sorriso aterrorizante e ilegível, mas um sorriso completamente normal, que expressava felicidade.
Então, ele simplesmente disse: “Estou ansioso para esse momento.”
෴
A descrição acima é a história completa do que aconteceu quando Nakahara Chuuya, executivo da Máfia do Porto e Osamu Dazai, ex-executivo da Máfia do Porto, se juntaram à organização.
A Máfia se expandiu significativamente sob o novo chefe da organização, Mori Ougai. Ele estabeleceu uma base econômica e desfrutou de um relacionamento simbiótico hábil com o governo e criou um sistema difícil de inferir pelo órgão judicial.
O evento mais importante de tudo isso foi a terrível catástrofe que ocorreu um ano depois, a enorme disputa que atraiu todas as organizações ilegais de Yokohama, conhecidas como o “Conflito de Cabeça de Dragão”. A Máfia do Porto superou o que é conhecido como a pior disputa na sociedade sombria de Yokohama com o mínimo de danos. Como resultado, em meio à cansada sociedade sombria, a Máfia teve a força relativa para expandir seu território e construiu as bases para o atual sistema fixo de governo.
Além disso - naquela época, Chuuya, que havia contribuído com a organização por meio de seus esforços notáveis, subiu para a posição de membro executivo muito mais rápido do que o anunciado anteriormente, e teve a oportunidade de ver os documentos que Randou deixou para trás.
A verdade sobre quem ele é e as intrigas da unidade de pesquisa dizimada, um relatório separado deve ser apresentado sobre as ações de Dazai e Chuuya em expô-las.
Este foi um relatório sobre o conteúdo completo de ‘O Caso de Arahabaki’. Este relatório está sob a jurisdição da nona sala de referência classificada do Ministério dos Assuntos Internos, e a leitura e eliminação deste documento por pessoal não autorizado é estritamente proibida.
Número do documento: I-41-90.
<Detalhes da atividade de jovens usuários de habilidades durante o incidente ‘Arahabaki’>
Relator: Departamento de Tarefas Especiais do Ministério dos Assuntos Internos, Secretário Geral: Sakaguchi Ango.
...
<Documento suplementar>
Número do documento: I-41-93-Kou
Relator: XXXX XX
Categoria: Ultra Secreto
Não importa o quão profunda seja a noite, a Máfia do Porto nunca dorme.
Centro de Yokohama, prédio sede da Máfia do Porto, andar superior.
Não importa o quão profunda seja a noite, a Máfia do Porto nunca dorme.
Centro de Yokohama, prédio sede da Máfia do Porto, andar superior.
Um lugar protegido pelos melhores e mais leais combatentes da máfia. O escritório do Chefe, do último andar, é “especial” dentro da máfia. Se for indesejado, nem um feixe de luz é permitido entrar.
Em frente a essa sala, havia dois mafiosos de guarda
O Chefe não estava. Eles protegiam apenas a sala vazia. Porém estavam alerta. Não importa o lugar, nem contra quem…
… a missão seria feita sem hesitação. Somente essas pessoas com mente de aço eram escaladas para essa missão.
Era uma noite de vigia silenciosa, sem qualquer fala ou tosse sequer.
Um desses guardas ouviu um pequeno barulho.
Kon. Era um barulho tão baixo que não daria para ouvir por causa da própria respiração. Não se sabe de onde veio. Porém não teria como passar por despercebido um som diferente, após várias horas de silêncio.
Intuitivamente ele preparou sua metralhadora e começou a prestar atenção.
“O que foi?”
“Ouviu alguma coisa?” falou brevemente ao seu colega, e ambos voltaram sua atenção ao redor.
Em seguida ouviram: kon. Seguido pelo som de papel sendo folheado. Dessa vez não tinha como deixar escapar.
O colega também preparou sua metralhadora.
Nesse horário, eles deveriam ser os únicos no piso superior. Esse piso foi projetado para não entrar uma brisa sequer, logo não teria como ter um som natural.
Corredor na dianteira. Escritório na retaguarda. Nada no corredor. Então…
“No… escritório?”
O guarda começou a ficar nervoso.
Sinalizando ao colega com a mão e olhar, falou para abrir a porta. O colega pegou as chaves acorrentadas em seu pulso, encaixou nas três fechaduras e as destrancou.
E abriu a porta com tudo.
Lá dentro estava parado um indivíduo alto. Um jovem de membros compridos, de costas para a luz do luar. Estava segurando documentos. O jovem tirou os olhos desses documentos e disse:
“Vocês demoraram.”
“Parado! Quem é você e como entrou aqui?!” gritou o guarda apontando a arma.
“Como? Que pergunta estranha. Entrei normalmente. Por essa porta aí, passando por vocês.”
A expressão do guarda se encheu de fúria.
Isso era impossível.
Eles estavam focados na porta. Não relaxaram nem um segundo sequer. Notariam até um pernilongo passando entre eles.
O jovem sorria calmamente.
A luz do luar mostrava sua aparência: era alto e flexível, cada movimentação parecia ser feito por magia. Seu terno de cor do mar não possuía rugas. Parecia um ator ou algum deus nórdico.
“Vim ler uns documentos. Este aqui.” Disse o jovem mostrando os papeis. Era os documentos que Mori havia mostrado uma vez para Chuuya, o relatório de investigação sobre ‘Arahabaki’ que Randou havia reunido. “Até que foi interessante, principalmente esse anexo: ‘Membro da Inteligência Paul Verlaine, antigo parceiro de Randou, morto em combate após trair o mesmo’. Então, ele realmente se esqueceu de várias coisas. Mesmo eu estando aqui, vivo.”
“Largue os documentos. Se resistir, atiramos.” disse o guarda com sua metralhadora firmemente apontada.
Em seguida apertou um alarme escondido no forro da roupa, usado para avisar a segurança em casos de invasão.
Normalmente, o alarme soaria pelo prédio inteiro, e todos os corredores seriam bloqueados.
Mas nada aconteceu.
“Ah, desculpe a decepção, mas não vai acontecer nada. O pessoal da segurança acabou de tirar uma folga. Uma folga bem longa.”
Aos pés do jovem havia um porta-chaves contendo as chaves eletrônicas de cada andar. Observando manchas de sangue nelas, o guarda entendeu na hora.
Já estão todos mortos.
“Na verdade, queria ser pacífico. Afinal, não vim brigar. Só vim pegar esses documentos com as memórias do meu amigo e esse chapéu que estava no vestiário.”
De repente, havia um chapéu preto na mão do jovem.
Era aquele chapéu que Mori havia dado a Chuuya.
“Último aviso. Renda-se. Caso contrário, abriremos fogo em cinco segundos.” Foi o que o guarda disse, mas já sabia que alguém iria morrer ali.
Normalmente, só matavam o intruso em último caso. Se possível, pegavam e tiravam informações do objetivo ou sobre o mandante. Esse era o jeito da Máfia. Porém, esse intruso era diferente. A intuição de quem vive no submundo estava gritando. Ele é mais profundo que as trevas. Provavelmente um Esper. E estava ciente que o método de combate comum não funcionaria.
Somente um usuário morto é um usuário previsível.
Por isso, quando avisou que abriremos fogo em cinco segundos. Isso é apenas fachada. Quando falam que vão atirar em cinco segundos, na realidade eles atiram em menos de um.
Atire.
Era o que queria que seu colega fizesse.
Mas ninguém atirou.
Inconformado, o guarda olhou para o lado.
Seu colega estava parado com a arma apontada.
Não havia nada acima do pescoço.
“O q...” ficou boquiaberto. Um sinal vermelho tocou dentro de sua cabeça e imediatamente puxou o gatilho.
Não conseguiu.
O dedo que estava no gatilho agora estava decepado no chão.
O pulso e o ombro caíram. O tronco, cintura, queixo, nariz, e a cabeça se espalharam no chão. Só sobraram as pernas paradas como se nada tive acontecido.
Assim morreram duas pessoas silenciosamente.
“Que bom. Seria deselegante esse som de tiros nessa noite tão tranquila.” O jovem invasor deu um sorriso de alivio.
E então devolveu os documentos a mesa e caminhou até a janela dos fundos.
Fora da janela a lua estava azulada.
“Onde será que está você, Nakahara Chuuya, o ‘Arahabaki’.” disse o jovem enquanto olhava pela janela. “Estou grato por ter matado meu par… ex-parceiro. Parece que você ficou forte. Vou te buscar em breve.” disse enquanto colocava a mão na janela.
Essa janela era feita de vidro reforçado, feito para proteger o Chefe tanto de atiradores como tiros de tanque.
“O desastre vivo, o deus pulsante, ‘Arahabaki’. Você é solitário. Ninguém irá te compreender. Incapaz de se tornar nem deus e nem humano, ficará agoniando no meio termo até a morte. a não ser que venha até mim.”
O jovem então levantou uma de suas pernas.
Na verdade foi um chute. Porém de forma tão leve e silenciosa como uma pena.
E com esse chute, a janela blindada foi despedaçada.
Um vidro blindado, com vários centímetros de espessura, agora se tornou uma chuva brilhante sobre a superfície.
“A espera foi longa. Mas finalmente...” a lua iluminava o olhar do jovem. “Estou indo, Nakahara Chuuya, meu irmãozinho.”
Após dizer isso, ele colocou o chapéu preto em sua cabeça e pulou pela janela.
Foi engolido pela escuridão da noite e sumiu.
Restou apenas o som da brisa noturna.
As sombras que perambulam sob a cortina da noite. Na profunda e escura noite de Yokohama, ninguém é capaz de acompanhar.